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AVI Administrativo II - Resenha Crítica

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NOME: ANA PAULA COELHO DE OLIVEIRA 
MATRÍCULA: 201506202314 
DISCIPLINA: ADMINISTRATIVO II 
TURMA: 
A requisição administrativa pode ser feita por um ente político para a pessoa federativa 
(um estado requisitando bens e serviços públicos de um município, por exemplo)? 
 
INTRODUÇÃO: 
Neste momento em que nos encontramos, de grave crise de “pandemia”, os entes 
federativos podem requisitar bens e serviços com dispensa de licitação, além de 
flexibilização das leis trabalhistas e tantas outras medidas que se façam necessárias para 
salva guardar a população de modo geral, afim de que a doença não se dissemine e 
cause um caos generalizado. 
Tais procedimentos de requisição de bens e serviços é feito de entes particulares, 
com indenização posterior, para atender as necessidades coletivas em tempos de crises e 
ou de guerra. 
A requisição de bens e serviços por parte de um ente público, feito a outro ente 
público não é aceita, pois interfere gravemente na autonomia dos entes federativos, pois 
como é de conhecimento de todos, nossa administração pública carrega o fardo de falta 
de estrutura há tempos e não poderia um ente exigir que outro o supra sem causar falhas 
maiores neste. 
 
DESENVOLVIMENTO: 
 Cabe ressaltar que anteriormente houve uma tentativa de intervenção no sistema 
de saúde, e a mesma foi considerada nula pelo STF, que entendeu que a interferência na 
administração pública de um ente público, viola a autonomia do ente público. 
 Como entendimento melhor a ser fundado, as requisições em tempos de crise 
devem ser feitas para introduzir em nosso sistema público qualidade e eficácia de 
atendimento e gerenciamento, desta forma não poderia um ente público requisitar de 
outro ente público seus serviços, sem que houvesse uma escassez de qualidade, pois 
nossos sistemas de saúde já se encontram em colapso, podendo piorar a cada segundo 
com a epidemia. 
 CONCLUSÃO: 
 Chegamos à conclusão que as requisições feitas de emergência devem seguir o 
mínimo das normas, afim de sanar a deficiência dos entes públicos, não podendo estas 
causar mais caos e violar a autonomia conquistadas pelas entidades federativas no 
decorrer da gravidade do contexto atual. Pensando também que, toda requisição sem 
cumprir os requisitos da administração pública deverá ser executada para suprir a falha 
no sistema público, para que seja sanado maiores intercorrências e sem comprometer 
gravemente o modelo federativo de autonomia, garantido pela carta cidadã de 1988. 
 Caso se faça necessário intervir um ente público a outro entre público, esta 
deverá seguir moldes de INTERVENÇÃO, para que não se torne nula. 
 
SANTANA, Jamil Pereira de. Covid-19: possibilidade de requisição administrativa de 
bens e serviços de ente federativo. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, 
ano 25, n. 6119, 2 abr. 2020. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/80652. Acesso 
em: 11 maio 2020.

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