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UNIVERSIDADE PAULISTA REGIANE DA SILVA OMENA T529IB3 REGISTRO REFLEXIVO SOBRE A ENTREVISTA – COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA SOROCABA 2020 UNIVERSIDADE PAULISTA REGIANE DA SILVA OMENA T529IB3 REGISTRO REFLEXIVO SOBRE A ENTREVISTA – COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA Trabalho apresentado à Universidade Paulista – UNIP, na disciplina de Orientação em Práticas e Projetos na Infância. Orientadora: Prof.ª Doutora Ana Paula Souza Brito SOROCABA 2020 Registro reflexivo sobre a entrevista A Orientadora Pedagógica entrevistada foi Ana Paula Souza Brito, Graduada em Pedagogia na UNESP, Magistério pelo CEFAM, Mestrado e Doutorado pela UNICAMP. Atualmente exerce sua função de Coordenadora Pedagógica na Prefeitura de Sorocaba a 12 anos. Escolheu o magistério muito nova, com apenas 14 anos. Cursou o CEFAN pelo governo de estado de São Paulo em período integral, com duração de 4 anos. Para ela o curso foi muito interessante, pois era uma formação completa e aprofundada na atuação do professor. Além de ter sido influenciada pelo seu Pai e com a sua condição socioeconômica, acabou escolhendo a docência. “Destaca que a partir do momento que foi aprofundando os estudos e buscando outros cursos dentro da mesma área, se aproximou ainda mais das questões da docência e do magistério, tendo um compromisso ético e político com sua profissão. Diz que permanece na Profissão por questões políticas.” Para ela sua carreira foi muito difícil no começo, e apesar de ter muitos estudos teóricos e do CEFAM ter sido um espaço formativo, interessante e contar com partes práticas, continuo com dificuldade, pois sabia fazer as críticas das atividades tradicionais, porém não tinha tanto conhecimento de como desenvolver atividades sem reprodução. Pensou em desistir, pois achava que não se identificaria com a profissão, mas obteve ajuda das companheiras de trabalho e acabou conseguindo “reorganizar” sua prática docente. No seu ponto de vista a escola precisa apoiar e organizar a maneira de lidar com as professoras iniciantes e atendê-los melhor. E que o Poder público deveria organizar políticas públicas nesse sentido. Ana Paula acredita que o Papel do coordenador é mediar o projeto político pedagógico da escola, para que este profissional consiga dialogar, organizar e ao mesmo tempo dar ou oferecer condições para esse projeto. Por exemplo: o acompanhamento do trabalho pedagógico dos professores, envolvendo o planejamento com frequência, as contribuições oferecidas, percepção dos procedimentos metodológicos, se este professor traz recursos para sala de aula, se a temática dessas atividades são adequadas para que esse aluno aprenda e entenda o conceito, entre outros, pois é um acompanhamento bastante complexo. O diálogo e os registros são constantes para tentar trabalhar as concepções, pois, acompanhar o trabalho pedagógico é um processo formativo para o professor. O cuidado com a forma de trabalhar com os professores e crianças por ela é muito grande, pois pensa em cada detalhe sobre as dificuldades de aprendizagem e ensino de ambos, sempre buscando o aperfeiçoamento. Busca sempre organizar as ações formativas desse professor, diz que a responsabilidade maior da formação continuada deveria ser da Prefeitura pois é o local onde trabalha. Ela se posiciona com uma defensora de que a prefeitura deveria se organizar nesse processo de formação continuada desses professores e que as escolas deveriam procurar algo nesse sentido, pois cada escola sabe das suas necessidades, sendo como conselho de classe ou HTPC, procurando ajudar a escola a ser um potencial. Tudo que se desenvolve na escola é tentando organizar e atender essa demanda, sempre buscando refletir no processo de aprendizagem da criança. O maior desafio enfrentado por ela era lidar com as resistências dos professores, porque isso gerava algo negativo em seu ponto de vista. Com o tempo percebeu que essa resistência é um forma do professor marcar que ele também tem uma concepção de trabalho e ensino, e que difere com aquilo que ela fala ou observa. Com tudo isso ela tem que dialogar com esse professor e mostrar outras percepções que essa opção pode ser ressignificada, para isso ela precisa estar forte como profissional, sempre estudando e se mantendo em grupos daquela área. Outro desafio que ela cita é sobre lidar com o cotidiano pois é planejado algo de uma forma, porem acontece coisas inesperadas ao qual muda todo o processo. Nos últimos anos não tem participado de cursos de ações pedagógicas, para ela seria importante se apropriar dos conhecimento historicamente construídos para que ela possa repensar essa atuação e ter consciência das alternativas de transformação. Considerações finais Através da entrevista pude perceber como é dificultoso ser Professor ou Coordenador. Que além de ser dedicado, corajoso e lutar pelas conquistas é muito mais complexo do que imaginei. Quem não conhece o dia a dia de um professor, não imagina tudo que o mesmo fez para chegar onde está e tudo que ainda passa por não ser reconhecido, além ter que lidar com o salário baixo e com a violência sofrida em várias escolas. Eu estou admirada com cada detalhe, com tudo o que vamos aprendendo com o decorrer do tempo e acreditando que podemos mudar aos poucos a forma de pensar e agir de cada um. Apesar da dificuldade enfrentada deve ser gratificante ver o seu trabalho dando resultado. E ainda assim conseguir olhar para frente com a sensação de que falta muito para as mudanças acontecerem, mas que elas viram. Mas o mais bonito dessa profissão além de todo o processo é ter o carinho e a força que esse tem para ensinar, desenvolver, analisar e aprender com aqueles que nos torna tão especial. Continuar na educação é ter certeza que poderemos mudar tudo aquilo que dizem que não podemos. REGIANE DA SILVA OMENA REGISTRO REFLEXIVO SOBRE A ENTREVISTA – COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA SOROCABA 2020 Registro reflexivo sobre a entrevista Considerações finais
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