Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
MARY VANJA CORREA LAURINHO APLICABILIDADE E EFICACIA DAS MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS IMPOSTAS AO ADOLESCENTE INFRATOR O Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à disciplina de Projeto de TCC – do Curso de Serviço Social – do Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI, como exigência parcial para a obtenção do título de Bacharel em Serviço Social. Nome do Tutor – Edilane Silva dos Santos SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................ 2 APRESENTAÇÃO DO TEMA .................................................................................. DISCUSSÃO DO TEMA O capítulo pode ter subtítulos conforme a necessidade. 3 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA E A RELAÇÃO COM A QUESTÃO SOCIAL .......... PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA E RELAÇÃO COM A QUESTÃO SOCIAL O capítulo pode ter subtítulos conforme a necessidade. 4 JUSTIFICATIVA .......................................................................................................... CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA NO CAMPO DE ESTÁGIO O capítulo pode ter subtítulos conforme a necessidade. 5 OBJETIVOS DA PESQUISA....................................... APRESENTAÇÃO DO OBJETIVO GERAL E DOS OBJETIVOS ESPECÍFICOS. O capítulo só pode ter dois subtítulos, ou seja: 5.1 Objeivo Geral 5.2 objetivos específicos 1 METODOLOGIA DE PESQUISA: APRESENTAÇÃO DA METODOLOGIA DE PESQUISA O capítulo pode ter subtítulos conforme a necessidade. REFERÊNCIA................................................. APÊNDICES....................................... ANEXOS..................................... 1 INTRODUÇÃO As Medidas Socioeducativas representam um novo modelo de responsabilização do adolescente infrator. “O adolescente passou a ser visto como sujeito do processo,sujeito de direitos e deveres, observada a condição especial de pessoa em fase de desenvolvimento.” (SARAIVA artigo [...] 2009). Somente serão aplicadas as medidas elencadas no art. 112 do Estatuto da Criança e do Adolescente, se, ao adolescente estiver sendo atribuída a prática de uma conduta típica, do contrário, este será apenas inserido em programas de proteção, conforme descrito no art. 101 da mesma lei. A medida socioeducativa tem um caráter aflitivo, e isto se deve ao fato de que, caso o adolescente esteja em cumprimento de uma medida em meio aberto, e venha a descumprir, injustificadamente, qualquer imposição ou resolução que haja sido estipulado na medida, o infrator poderá ser sujeitado à privação de sua liberdade. Prevê o ECA dois grupos de medidas, quais sejam: A) Medidas Socioeducativas em Meio Aberto: Advertência, Reparação do Dano, Prestação de Serviços à Comunidade, e Liberdade Assistida; e; B) Medidas Socioeducativas em Meio Fechado: Semi – Liberdade e aoternação. Na visão de João Batista costa saraiva. Neste sentido, evidencia-se que as violações sã o reflexos da ausência de investimentos públicos e de decisões políticas não aplicadas. Ainda, ausência de profissionais qualificados, tanto no acompanhamento e orientação destes internos quantos ausência de Juízes qualificados para uma área tão delicada da jurisdição. João Batista da Costa Saraiva evidencia uma necessidade de aperfeiçoamento dos programas socioeducativos em meio aberto. E atenta para o fato de que a privação de liberdade deve ser aplicada em casos excepcionais explicitados em lei, sempre em observância às garantias processuais e penais previstas na legislação pertinente, evitando assim, que a internação venha a se tornar uma medida rotineira, sendo aplicada ao bel prazer do magistrado e como sanção primária, utilizando-a como pretexto para a manutenção da ordem e único método de correção aos infratores. 2. APRESENTAÇÃO DO TEMA O tema escolhido partiu através da observação no estagio da problemática com o jovem infrator e as medidas socioeducativas aplicadas que são previstas de forma a fazer com que o menor infrator se coíba da pratica de novos delitos,e para a sua aplicação o juiz da infância e da juventude deve levar em conta a capacidade deste menor em cumprir determinada medida,bem como a circunstâncias e a gravidade da infração,além da personalidade do adolescente e referencias familiares. Deve- se ter em mente na aplicação das medidas previstas no estatuto a proporcionalidade entre a infração praticada e a penalidade de imposta, de modo a fazer com que o menor seja punido de maneira proporcional e,assim, realizada a sua ressocialização. Quanto às medidas socioeducativas a jurisprudência se pronuncia nesse sentido de acordo com Ishida (2010,p.193): Se o objetivo da lei é proteção da criança e do adolescente com a aplicação de medidas socioeducativas tendentes a permitir a sua remissão dos maus atos e de procedimentos irregular que possa impedir seu desenvolvimento e integração na sociedade, o que deve ser analisado é a sua conduta, sob o aspecto da sua adequação social e da sua conformação com os hábitos e costumes tradicionalmente aceitos. Em outras palavras, não se exige que o menor tenha praticado um crime para, só então, aplicar-lhe medidas socioeducativas. Se assim for, a medida perderá esse caráter de proteção social e educativa, para transmudar-se em verdadeira pena. O que se mostra é que o objetivo das medidas socioeducativas se diferencia das medidas protetivas, visto que àquela tem como objetivo a proteção e educação do adolescente, além de repreendê-lo pela conduta infracional, sendo a sua aplicação vedadas às crianças infratoras, em razão de essas não possuírem discernimento suficiente, caso em que receberão elas medidas de proteção previstas no art. 101 do ECA (PEREIRA, 2010). É de suma importância que quando da aplicação de qualquer das medidas socioeducativas faça-se uma análise do contexto social em que vive o adolescente, observando-se as condições sociais, politicas e econômicas. O Estado deve se prevenir desta situação ao oferecer ao adolescente melhores condições de vida, dando à população opções de cursos de aprendizagem, melhores condições de saúde, moradia, laser, segurança, etc. Tudo isso poderia a evitar esse mal, pois colocando a disposição do menor cursos profissionalizantes de maneira gratuita ou até mesmo em relação à parte cultural, poderia estar-lhe ocupando seu tempo e, assim, poderia evitar-se que cada vez mais crianças e adolescentes entre para a vida do crime mais cedo. De acordo com o artigo 12 do Estatuto em tela, ao ser verificado a prática de ato infracional, a autoridade competente poderá aplicar ao adolescente, medidas socioeducativas que serão proporcionais ao grau de infração. As mesmas podem assim ser descritas: advertência, obrigação de reparar dano, prestação de serviço a comunidade, liberdade assistida, semiliberdade e internação (PEREIRA, 2010). No ano de 1927 criou-se um Novo Código de Menores, primeira lei editada especificamente para os indivíduos menores de 18 anos, também conhecido como “Código de Mello Matos” (professor e jurista José Cândido de Albuquerque Mello primeirojuiz de menores do Brasil e da América latina, que esteve à frente do Juizado de Menores, impedindo que crianças e adolescentes tivessem desrespeitados seus direito a saúde, integridade física ou moral) . O Código d e Menores d e 1927, apesar de suprir a necessidade de uma lei voltada para este grupo especial de indivíduos, ainda não cumpria com as funções de proteção e garantia. As crianças e adolescentes tinham sua dignidade atacada, por violência e arbitrariedade vivida nos reformatórios onde eram instaladas, prova disso, foram os acontecimentos das Fundações Estaduais do Bem – Estar do Menor, as FEBEMs. Viu-se então a necessidade da criação de um novo código, com uma nova doutrina a ser seguida, assim, e m 1979, deu-se a criação do Novo Código de Menores, fundamentado na Doutrina da Situação Irregular. Doutrina que culpava a 11 pobreza pela criminalização verificada entre os adolescentes, e os culpava pela situação precária em que se encontravam. O Ex – juiz de menores Alyrio Cavallieri defende: Com efeito, a referida doutrina sustenta a necessidade de serem impostas providências, ainda que aflitivas com as restrições ou privação de liberdade, ao menor autor de ato infracional. Apenas com o advento da Doutrina da Proteção Integral, constante no texto Constitucional promulgado em 1988, notaram - se significativas mudanças favoráveis à infância e a juventude. O embasamento desta doutrina encontra-se no art. 227 da Constituição Federal, regendo direitos e garantias à criança e ao adolescente, institutos que devem ser garantidos pelo Estado, família e sociedade. Seguindo os parâmetros estabelecidos pelo texto constitucional, leia-se, Doutrina da Proteção Integral, no ano de 1990 temos a edição do Estatuto da Criança e do adolescente- Lei 8.069 de 1990. Nas palavras de Afonso Armando Konzen, Em complemento à análise realizada por Konzen, temos a reflexão de Tailson Pires Costa: “Ao contrário do que ocorria com as antigas legislações de menores, o atual estatuto demonstra maior suavidade ao destacar, em sua nomenclatura, os termos “criança” e “adolescente”.” (2002, p. 17). O Estatuto vem proporcionar um sistema socioeducativo e protetivo a estes indivíduos em fase de desenvolvimento. Não mais sendo tratados como delinqüentes, mas sim, como sujeitos de direitos e garantias. 3. PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA E A RELAÇÃO COM A QUESTÃO SOCIAL. Essa problemática deu-se apartir do estagio a grande demanda de jovem Ao menor infrator é aplicada uma sanção diversa da que é aplicada a um adulto que cometa o mesmo crime, visto que é ela inimputável essa sanção vem prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente como medida socioeducativa, a qual visa a regeneração deste menor, a fim de que não cometa mais nenhum outro delito (BARROSO FILHO, 2011). A Lei nº. 8.069 de 1990 que regulamenta o Estatuto da Criança e do Adolescente trouxe como uma de suas maiores mudanças no âmbito da política de atendimento aos direitos das crianças e dos adolescentes à atenção prestada aos adolescentes que cometem ato infracional. O artigo 106 de acordo com Machado (2003, p.56) “nenhum adolescente será privado de liberdade senão em flagrante de ato infracional ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judicial”. O artigo supracitado representa o rompimento com práticas arbitrárias e orientadas por critérios subjetivos e preconceituosos do Código de Menores que, apreendia adolescentes pelo simples fato de se encontrarem na rua sendo interpretados pela polícia como “infratores e delinquentes ou mesmo abandonados” os quais deveriam ser ajustados a ordem social por meio de privação de suas liberdades. É mister, que se faça uma designação do que seja ato infracional, para assim compreendermos quais as situações pelas quais adolescentes são responsabilizados a cumprirem medidas que possibilitem sua reinserção na sociedade. Assim o ECA define em seu artigo 103 “considera-se ato infracional a conduta descrita como crime ou contravenção penal”, e que seja cometida por pessoas com idade entre 12 e 18 anos. Esta definição é de suma importância, haja vista, que adolescentes não serão mais privados de sua liberdade, sem haver comprovação fundamentada da autoria do ato infracional. Vale ressaltar que, embora a política de atendimento aos direitos da criança e do adolescente dê respaldo a aplicação de medidas coercitivas para adolescentes que cometem ato infracional, a mesma acata princípios defendidos no artigo 40 da Convenção Internacional Sobre Direitos das Crianças; na regra 7 das Regras Mínimas das Nações Unidas para a Administração da Infância e da Juventude; na regra 2 das Regras Mínimas das Nações Unidas para a Proteção de Jovens Privados de liberdade, bem como na Constituição Federal Brasileira de 1988. Este arcabouço jurídico-legal reconhece crianças e adolescentes como sujeitos dignos de terem um desenvolvimento humano, desfrutando de direitos inerentes à sua cidadania. Assim, as medidas socioeducativas aplicadas aos adolescentes em conflito com a lei, devem oferecer respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento, oferecendo os meios dignos necessários à sua ressocialização. 4. JUSTIFICATIVA O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) prevê incontáveis providências socioeducativas contra o infrator: advertência, liberdade assistida, semiliberdade, entre outras. Até mesmo a internação é possível (e internação nada mais significa que prisão), embora regida pelos princípios da brevidade e da ultima ratio (última medida a ser pensada e adotada). A lei concebe a privação da liberdade do menor, quando se apresenta absolutamente necessária. De qualquer modo, em se tratando de menor absolutamente desajustado, que revela grave defeito de personalidade inconciliável com a convivência social, não parece haver outro caminho senão o de colocá-lo em tratamento especializado, para sua recuperação. A Constituição Federal de 1988 estabelece a condição de inimputável do menor, vez que a ele não pode ser aplicada penas, exigindo a criação de lei específica a fim de regularizar tal situação. A lei específica criada foi a Lei n° 8.069/90, Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que prevê vários direitos conferidos ao menor, dentre eles prevê a apuração de atos infracionais, seu procedimento, as medidas aplicadas na semiliberdade. Não é preciso, evidentemente, chegar à solução dada por alguns países no sentido de punir o menor como se fosse um maior. Não parece aceitável, de outro lado, remeter o menor para o Código Penal; muito menos transferi-lo para os cárceres destinados aos adultos quando completa 18 anos. Não basta ademais, para se adotar medidas mais contundentes, a mera grave ameaça à pessoa, que faz parte da essência do roubo. Para isso o ECA já prevê a internação. Moderação e equilíbrio são tudo o que se espera de toda medida legislativa. Em nossosdias há um crescente envolvimento de menores em atos infracionais, em alguns casos apresentando condutas em muito semelhantes à de criminosos violentos; e em sua maioria, estes jovens e adolescentes são reincidentes. Surge então um questionamento sobre a eficácia da aplicabilidade das medidas socioeducativas, diante da necessidade urgente de reversão de tal realidade social, e diante do clamor da sociedade por práticas que visem solucionar esta problemática. Visando analisar as medidas socioeducativas previstas na legislação específica e sua aplicabilidade e avaliar diante do que tem sido feito quais os caminhos a serem percorridos na busca da recuperação do menor infrator e de sua reinserção na sociedade questiona-se nessa pesquisa: a aplicação das medidas socioeducativas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente são realmente eficazes e chegam a atingir a finalidade para a qual foi criada? 5. OBJETIVOS DA PESQUISA O presente trabalho tem por objetivo discutir a eficácia das medidas socioeducativas impostas ao adolescente em conflito com a lei diante da atual realidade brasileira. 5.1 OBJETIVO GERAL ● As medidas socioeducativas estão pautadas principalmente em uma proposta pedagógica, que visa à reinserção social do jovem, partindo da ressignificação de valores e da reflexão interna. ● É importante lembrar que, mesmo não tendo a intenção de punir o adolescente, as medidas socioeducativas limitam alguns direitos individuais como, por exemplo, o direito à liberdade, pois ainda que não esteja submetido ao Código Penal, o adolescente está sujeito a uma legislação especial que acarreta consequências jurídicas para a sua conduta infratora. 5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS • Analisar as possíveis causas da criminalidade juvenil. • Descrever as medidas impostas ao adolescente em conflito com a lei. • Verificar se as medidas são eficazes. 6. METODOLOGIA DE PESQUISA A pesquisa efetivada é a qualitativa buscando compreender os usuários que faz a utilização do tema aqui levantado. Diante da convivência e observações executadas no decorrer do estágio na instituição, foi notado à falta de informações primordiais referente ao CREAS. Para ter este levantamento que haviam usuários que estava havendo essa falta de informação referente ao benefício, foi através da escuta qualificada, onde foi feito através de diálogo, este procedimento era realizado quando o usuário se dirigia ao setor do Serviço Social em busca de auxilio, de como iria da continuidade ao seu tratamento. Havendo esta dúvida, durante o atendimento do usuário com a assistente social, era levantando a pergunta se o mesmo fazia uso do CREAS, com esta questão levantada diretamente com o usuário, era repassado as informações pertinente ao benefício como entrega de folder. A pesquisa foi realiza com os usuários que cumpriam medidas socioeducativas do Centro de Referencia Especializado de assistência social onde foi cumprida todas as etapas do estágio. Teve como objetivo levantar conhecimentos especifica do tema abordado. REFERÊNCIAS AMARAL E SILVA, Antônio Fernando do. Poder Judiciário e Rede de Atendimento. In MARQUES, Antônio Emílio Sendim; BRANCHER, Leoberto Narciso (coords.) – Encontros pela Justiça na Educação. Brasília: Fundescola/MEC, 2001. BARROSO FILHO, José. Do ato infracional. Jus Navegandi, Teresina, ano 6, n. 52, 1 nov. 2011. Disponível em: . Acesso em: 24 abr. 2012. CURY, Munir. Estatuto da Criança e do Adolescente comentado. 7.ed., revista e atualizada. São Paulo: Malheiros, 2005. ISHIDA, Válter Kenji. Estatuto da Criança e do Adolescente: doutrina e jurisprudência. 12.ed., São Paulo: Atlas, 2010. PEREIRA, Cássio Rodrigues. Estatuto da Criança e do Adolescente: à luz do direito e da jurisprudência. Belo Horizonte: Líder, 2010. PIOVESAN, Flávia. Direitos humanos e o Direito Constitucional Internacional. 3.ed., São Paulo: Max Lemonad, 1998. Apêndices Apêndice é um material de suporte elaborado pelo autor do trabalho, como questionário e roteiro de entrevista. (KESTRING, 2004). Anexos Anexo é uma cópia ou transcrição de um documento de outra autoria. (KESTRING, 2004).
Compartilhar