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ESCOLA SUPERIOR DA AMAZÔNIA - ESAMAZ CURSO DE ODONTOLOGIA MARIA DA CONCEIÇÃO FERREIRA DA SILVA NUELLEN SOUSA CORRÊA RAYANE EVELYN SILVA DE LIMA A IMPORTÂNCIA DO PRONTUÁRIO ELETRÔNICO NO CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO: REVISÃO DE LITERATURA BELÉM – PA 2020 MARIA DA CONCEIÇÃO FERREIRA DA SILVA NUELLEN SOUSA CORRÊA RAYANE EVELYN SILVA DE LIMA A IMPORTÂNCIA DO PRONTUÁRIO ELETRÔNICO NO CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO: REVISÃO DE LITERATURA Trabalho de Conclusão de Curso, como requisito para obtenção do grau de Bacharel em Odontologia. (ESAMAZ). Orientador: Prof. Renan Carlos Lopes Cavalcante BELÉM – PA 2020 MARIA DA CONCEIÇÃO FERREIRA DA SILVA NUELLEN SOUSA CORRÊA RAYANE EVELYN SILVA DE LIMA A IMPORTÂNCIA DO PRONTUÁRIO ELETRÔNICO NO CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO: REVISÃO DE LITERATURA Trabalho de conclusão de curso, com requisito para a obtenção do grau de Bacharelado em Odontologia (ESAMAZ). Data da aprovação: ____/____/____ Nota: ________ Orientador: _______________________________________ Prof. Renan Carlos Lopes Cavalcante Escola Superior da Amazônia - ESAMAZ Banca examinadora: _________________________________________ Docente avaliador interno: Prof. Escola Superior da Amazônia - ESAMAZ _________________________________________ Docente avaliador interno: prof. Escola Superior da Amazônia - ESAMAZ DEDICATÓRIA Dedicamos esse trabalho a Deus, a nossos familiares, a nossos amigos. AGRADECIMENTOS À Escola Superior da Amazônia. À Coordenação do curso de Odontologia A nosso orientador, Prof. Renan Carlos Lopes Cavalcante, pela oportunidade concedida de orientar este trabalho, pelo suporte incondicional, pelas requisições de qualidades científicas ao trabalho e pela paciência demonstrada. Aos Professores do curso de Odontologia pelo incentivo e ensinamentos. Aos colegas de curso pelo incentivo e apoio nos momentos mais difíceis. À todos aqueles que direta ou indiretamente contribuíram para a realização deste trabalho. EPÍGRAFE Vistes um homem destro em sua obra? Perante Reis se assentará; vistes um homem remisso na sua obra? Ele é irmão do que arruína. Provérbios de Salomão SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 8 2 OBJETIVOS .......................................................................................................................... 9 2.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................................. 9 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................................... 9 3 METODOLOGIA .................................................................................................................. 9 4 REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................................... 11 4.1 PRONTUÁRIO DO PACIENTE ....................................................................................... 11 4.2 A IMPORTÂNCIA E A UTILIZAÇÃO DO PRONTUÁRIO ELETRÔNICO NA ODONTOLOGIA ..................................................................................................................... 12 4.3 ANÁLISE CUSTO BENEFÍCIO DO PRONTUÁRIO ELETRÔNICO ........................... 19 CONCLUSÃO ......................................................................................................................... 23 REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 24 A IMPORTÂNCIA DO PRONTUÁRIO ELETRÔNICO NO CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO: REVISÃO DE LITERATURA RESUMO As tecnologias evoluem de forma acelerada, frequentemente surpreendente, e nesse contexto evolutivo, são diversos os recursos que a inclusão digital traz para a sociedade de um modo geral, se considerando que a utilização de tecnologias, pode ocorrer em diversas áreas, com múltiplas aplicações e resultados. Em se tratando de pessoas, pacientes, necessitando de atendimento odontológico, as tecnologias de tratamento também evoluem consideravelmente, sendo que no que diz respeito à questão do atendimento, existe atualmente o prontuário eletrônico, ferramenta tecnológica capaz de propiciar qualidade ao atendimento, incluindo rapidez, segurança e eficácia. Este trabalho teve como objetivo analisar a importância do prontuário eletrônico no consultório odontológico, a partir de revisão de literatura. Os dados obtidos apontam para a otimização da relação paciente/atendimento/eficácia, à medida que tecnologias são adotadas e utilizadas de forma correta. Palavras-chave: Tecnologias; Odontologia; importância; Prontuário eletrônico THE IMPORTANCE OF THE ELECTRONIC PRONTIUM IN THE DENTISTRY CONSULTING: LITERATURE REVIEW ABSTRACT Technologies evolve in an accelerated, often surprising way, and in this evolutionary context, there are several resources that digital inclusion brings to society in general, considering that the use of technologies can occur in several areas, with multiple applications and results. When it comes to people, patients, in need of dental care, treatment technologies have also evolved considerably, and with regard to the issue of care, there is currently an electronic medical record, a technological tool capable of providing quality care, including speed, safety and effectiveness. This study aimed to analyze the importance of electronic medical records in the dental office, based on a literature review. The data obtained point to the optimization of the patient / care / efficacy ratio, as technologies are adopted and used correctly. Keywords: Technologies; Dentistry; importance; Electronic medical record. 8 1 INTRODUÇÃO É fato que a utilização de tecnologias em variados segmentos, tanto do setor produtivo, como do setor de serviços, geralmente tende a aumentar significativamente a produção e o lucro das organizações, quer sejam estas, organizações do setor público ou do setor privado. No contexto atual em cenário de rápidas transformações, onde interesses devem se alinhar, como por exemplo, a expansão da qualidade de atendimento odontológico e a captação e manutenção de clientes conquistados, se faz fundamental contínuos investimentos em processos, técnicas e tecnologias, buscando contribuir no melhoramento amplo e sequencial aos pacientes clientes. A utilização de tecnologia de informática na odontologia é ampla, podendo melhorar consideravelmente várias etapas processuais relacionadas ao consultório odontológico, até a intervenção estritamente odontológica. Nesse sentido, o atendimento odontológico, deve buscar continuamente, melhoramento nos padrões totais de qualidade. O presente trabalho se trata de uma revisão de literatura em relação ao prontuário eletrônico, especificamente no que se refere a importância deste instrumento no consultório odontológico. Portanto, se questiona: qual a importância do prontuário eletrônico no consultório odontológico? Desse modo no sentido de abordagem segmentada do trabalho, focando na questão- problema,este foi subdividido em: Prontuário do paciente: aborda a importância dessa ferramenta, seu conceito e aplicabilidade; A importância e a utilização do prontuário eletrônico em odontologia: aborda os resultados da revisão bibliográfica sobre a importância, eficiência e eficácia e efetividade do instrumento. Análise custo-benefício do prontuário eletrônico: aborda questões especificas do produto que diz respeito a viabilidade deste analisada sob o prisma da relação custo-benefício. 9 2 OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL Analisar a importância do prontuário eletrônico no atendimento odontológico 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Compreender o que seja prontuário do paciente e prontuário eletrônico; Verificar a dimensão da importância da utilização do prontuário eletrônico no consultório odontológico; Analisar sobre a relação custo-benefício da utilização de prontuários eletrônicos no consultório odontológico. 3 METODOLOGIA Foi realizada uma pesquisa na base de dados: LILACS (Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências Sociais e da Saúde), Scielo (Scientific Eletronic Library Online) serviram como instrumento para coleta da literatura selecionada, a partir dos seguintes descritores: Odontologia; Tecnologias; Atendimento; Prontuário eletrônico. Os dados foram coletados também na biblioteca das seguintes instituições de ensino superior: ESAMAZ, UNAMA, CESUPA E UEPA. A seleção do material obedeceu aos seguintes critérios de inclusão: artigos e demais publicações disponíveis em texto completo, produção com intervalo temporal dos últimos 20 anos (2000-2020), em idioma português e que contemplasse a temática em estudo. Como critério de exclusão: material incompleto; que não contemplasse o interesse do estudo; duplicados e que estivessem foram do espaço temporal estabelecido. Foram selecionados 13 (treze) publicações para leitura, análise e extração de partes do conteúdo no sentido de estruturação do trabalho. Para organização da tabela, as publicações são demonstradas na tabela a seguir, incluindo ano de publicação, autores e título. 10 TABELA: PUBLICAÇÕES SELECIONADAS Ano Autores Título 2001 GOMES, Denise da Silva. “Pesquisa: A Qualidade dos Registros nos Prontuários do Paciente” 2002 CARVALHO GP Avaliação de prontuários clínicos digitais em odontologia 2003 MARIN, H. de F. et al. Prontuário Eletrônico do Paciente: definições e conceitos. 2004 MOTTA, Gustavo Henrique Matos Bezerra. Um modelo de autorização contextual para o controle de acesso ao prontuário eletrônico do paciente em ambientes abertos e distribuídos. 2008 CERVEIRA JGV. A legalidade dos documentos digitais. 2009 PARANHOS LR, Caldas JCF, Iwashita AR, Scanavini MA, Paschini RC. A importância do prontuário odontológico nas perícias de identificação humana. 2009 BRASIL. CFO. Aprova as normas técnicas concernentes à digitalização, uso dos sistemas informatizados para a guarda e manuseio dos documentos dos prontuários dos pacientes, quanto aos Requisitos de Segurança em Documentos Eletrônicos em Saúde 2010 HOLANDA DA, Mello VVC, Zimmermann RD. Documentação digital em odontologia. 2011 SARAIVA AS. A importância do prontuário odontológico – com ênfase nos documentos digitais. 2011 CRUZ JAS. Políticas e Requisitos Necessários à Implantação no HUSM [dissertação]. 2012 BRASIL. CFM. SBIS. Cartilha sobre Prontuário Eletrônico. A certificação de Sistemas de Registro Eletrônico de Saúde [Internet]. 2014 SANTOS, Perseu S.; CARVALHO, Gilberto P. Prontuários eletrônicos em odontologia e obediência às normas do CFO. 2015 FRANCO S. A validade legal de prontuários eletrônicos. 11 4 REVISÃO DE LITERATURA 4.1 PRONTUÁRIO DO PACIENTE Segundo Gomes (2001), o prontuário do paciente se trata de documento direcionado a registro de cuidados prestados, em internação hospitalar, atendimento de ambulatório ou em casos de situações de emergência. O prontuário do paciente é um documento fundamental de um hospital, diretamente ligado com a atividade assistencial, de pesquisa, ensino e, também às atividades de gestão. O prontuário do paciente é o instrumento de comunicação entre diversos setores do hospital e múltiplos atores, se constituindo portanto em fonte de um conjunto grande e rico de informações com capacidade de gerar diversas informações e conhecimentos. (GOMES, 2001) Para Marin (2003), informações registradas no prontuário dos pacientes servem de base para a continuidade e verificação do estado dos cuidados de saúde, quais os procedimentos resultam em melhoria ou não do problema, assim como a identificação de novos problemas de saúde e procedimentos diagnósticos e terapêuticos correlacionados; apresentam caráter bastante significativo no processo gerencial, considerando para isto que simbolizam fonte de dados para a pesquisa e para subsidiar a gestão de uma unidade de saúde. O conceito de prontuário tem sido construído cada vez mais de maneira eficiente, o prontuário do paciente, frequentemente conhecido como prontuário médico, é um documento que aborda todas as informações relativas aos atendimentos realizados no paciente em unidade de saúde, incluindo o atendimento odontológico. (GOMES, 2001) Segundo Motta (2004), o Prontuário do paciente se trata, portanto, de documento que registra o percurso do paciente desde sua admissão até a alta, registrado por todos os profissionais de uma unidade de saúde, envolvidos em seu atendimento, seja a nível ambulatorial ou de internação. Se trata de documento com proteção prevista no Código Penal Brasileiro e Código de ética odontológica, onde o profissional em contato com as informações contidas é obrigado a manter segredo, estando sujeito às penalidades legais. De acordo com Saraiva (2011, p.157), 12 No caso de disputas judiciais entre profissionais e pacientes, seja por cobranças de honorários, acusações de erro profissional, ou qualquer outro motivo que promova a desarmonia entre o profissional e o paciente, o prontuário odontológico constitui-se prova diferencial no desfecho de qualquer julgamento. O prontuário é o melhor instrumento que o profissional tem para produzir as provas necessárias a sua defesa, desde que o mesmo contenha os dados necessários e suficientes para prestar todos os esclarecimentos à Justiça Desse modo, o prontuário do paciente no sentido de eficácia, conciso a seus propósitos, deve ser documento único, corretamente identificado que concentre todas as informações referentes à saúde de cada um dos pacientes, ressaltando as alterações e dando visibilidade a evolução desse paciente durante o período de atendimento. (MARIN, 2003) 4.2 A IMPORTÂNCIA E A UTILIZAÇÃO DO PRONTUÁRIO ELETRÔNICO NA ODONTOLOGIA De acordo com Saraiva (2011), durante bastante tempo, o prontuário de papel era a única alternativa para registrar as atividades realizadas em consultas e atendimentos odontológicos. A partir da revolução tecnológica e seu desenvolvimento na virada do século, passou a existir a possibilidade do prontuário se tornar digital. No entanto parecia não ter grandes vantagens, pois digitar as anotações após procurar o arquivo no disco rígido de um desktop, também era naquele momento, considerado mais seguro legalmente a anotação de próprio punho e do mesmo modo, a assinatura do paciente dando o de acordo com as informações do atendimento. São considerados de grande impacto e benefício na melhoria da eficácia, eficiência e efetividade na segurança e qualidade, prontuários padronizados tendo base em processamento digital, tendo portanto a possibilidade de manter registros longitudinais abrangem a vida do indivíduo e a criação de bases de dados com informações clínicas e administrativas agregadas. (SARAIVA, 2011) Para Holanda, Mello e Zimmermann (2010), nos últimos10 anos, em função dos avanços e disponibilidade das tecnológicas de processamento de dados e recursos de telecomunicações, alcançou-se mudança radical na forma com que são criadas, recuperadas e mantidas informações de saúde, clínicas e administrativas, em relação a indivíduos e comunidades. Nesse sentido se tem portanto características como: Facilidade de leitura. Agiliza o processo de anotação, extinguindo dificuldade de entender o que foi escrito pessoas com acesso ao histórico do paciente; 13 Manutenção dos Dados. A partir do prontuário digital, não há possibilidade de danificar importantes documentos de um paciente por descuido ou manuseio constante do prontuário de papel; Dados Estruturados. Possibilita o levantamento de dados demográficos e a análise de um determinado grupo. Como exemplo, o levantamento estatístico especifico de um procedimento de estudo, informando e facilitando o levantamento de dados para pesquisa ou trabalho científico; Facilidade de acesso. O acesso rápido facilita e ganha tempo. Em qualquer dispositivo com acesso à internet ou 3G/4G, pode-se ter acesso a todas as informações do seu consultório ou de onde o profissional estiver; Informações organizadas com o prontuário eletrônico, além de eliminar a papelada, se pode acessar as informações de forma organizada, em ordem de data progressiva ou regressiva, ordem alfabética, prioridades, histórico, receitas, raios- X, agendas, controles financeiros, estoque, contratos, etc.; Histórico. Pode ser acessado de forma digital, incluindo informações de datas e horas, e arquivos necessários. Por exemplo: raios-X digitalizados, imagens, orçamentos, dados financeiros. Ou seja, dados completos relacionado ao paciente; Agendamento e Gestão das Consultas. Com o prontuário eletrônico, o agendamento e o gerenciamento das consultas é mais fácil. Sendo possível agendamento e cancelamento de consultas a qualquer momento, de diversos locais, desse modo, sendo possível conciliar horários de trabalho em locais diferentes por exemplo. O Prontuário eletrônico digital pode ser devidamente configurado para lembrar e registrar aos pacientes de seus compromissos na clínica, reduzindo assim a taxa de pacientes ausentes, reorganizando a agenda rapidamente, aumentando a produtividade do consultório. Maior precisão e segurança às anotação ou modificações feitas pelos profissionais e/ou funcionários ficam registradas em histórico geral, salvas em nuvem a cada registro, sendo possível revisar a qualquer tempo, quem fez o registro e quem foi registrado, além de quando foi realizado o registro, contribuindo para a gestão do negócio. O sistema de documentos ordenados, sistematizados e concisos, é o que define por excelência um prontuário. Este instrumento, o prontuário odontológico, possibilita ao cirurgião-dentista comprovar quando, onde e como o diagnóstico e tratamento do paciente foi 14 realizado e se de acordo com os padrões recomendados. (HOLANDA; MELLO; ZIMMERMANN, 2010) Paranhos (2009), diz que no prontuário odontológico as declarações firmadas e utilizadas pelo profissional no exercício da profissão, devem estar presentes, de modo que estas podem ser utilizadas em processo jurídico ou pericial. Um prontuário tradicional é constituído de anamnese, contrato de prestação de serviços odontológicos, evolução clínica do tratamento, radiografias e fotografias do paciente, e ainda de cópias de receitas, atestados e encaminhamentos. O prontuário odontológico se trata de instrumento que deve conter a totalidade de informações que um profissional requer para produzir trabalho de qualidade, assim, tornando- se ferramenta essencial para o profissional odontólogo. A partir da utilização dessa ferramenta é possível realizar avaliação diária das intervenções odontológicas, se podendo assim verificar, evolução e condições gerais do paciente. (CARVALHO, 2002) De acordo com Reis-Schmidt Apud Carvalho (2002, P.31), A evolução e a facilidade gráfica da informática transformaram o odontograma, periograma e aspectos gerais de cada elemento dentário, itens essenciais de um prontuário odontológico. Desta mesma forma, assim que os dentistas aperfeiçoassem-se mais com os computadores e os prontuários clínicos digitais, a indústria responderia com maiores investimentos no setor odontológico, produzindo e aprimorando a parte gráfica dos softwares existentes, incluindo odontograma, periograma, orientação preventiva e exame inicial Essas características integradas com o plano de tratamento, ferramentas clinicas essenciais e os registros gerais proporcionarão um melhor gerenciamento da clínica odontológica. Segundo Cerveira (2008), vários estudiosos e pesquisadores renomados já constataram que o prontuário é instrumento do qual não se deve abrir mão, sendo, portanto, indispensável. A prática odontológica deve estar diretamente relacionada ao uso do prontuário odontológico, que se trata de documento com diversas características: clínico, cirúrgico, odontolegal e de saúde pública. Em função de sua importância, o preenchimento adequado do prontuário não pode ser negligenciado pelos profissionais da odontologia, considerando ainda para isto, que podem ser utilizados com finalidade jurídica ou pericial. Os prontuários odontológicos são fundamentais em processos de identificação humana, o acesso à documentação do paciente contribui bastante neste aspecto, visto que o cirurgião-dentista tem o dever de preenchê-lo e de o manter atualizado, guardando em arquivo próprio, de acordo com o que está o Código de Ética Odontológica. (CERVEIRA, 2008) Para Carvalho (2002), os programas odontológicos foram concebidos para que usuários, não especialistas em informática, também pudessem utilizá-los. A facilidade dos 15 programas permitia que o profissional se preocupasse com sistemas que ofertassem um amplo odontograma e registro da totalidade do tratamento. Neste contexto, diversas ferramentas surgiram na produção de backup, visto que dados poderiam ser parcialmente perdidos. De acordo com Cerveira (2008), a utilização de tecnologia produz novas possibilidades que tem como objetivo maximizar o atendimento odontológico de modo geral. A partir do crescimento do quantitativo de processos jurídicos envolvendo odontólogos, e o surgimento de novas perspectivas na relação entre profissional/paciente, a informatização da documentação odontológica se tornou alternativa indispensável para os profissionais. As tecnologias de informática devem ser aplicadas à odontologia, como nova maneira de se conduzir as atividades odontológicas, com ênfase no prontuário. A tecnologia possibilita a criação de instrumentos de registro e controle voltado às necessidades e especificidades profissionais, nesse sentido devendo se ater às normas e leis de acordo com o Conselho Federal de Odontologia (CFO). (CERVEIRA, 2008) Segundo Carvalho (2002), o prontuário de papel, preenchido pelo profissional da saúde, garante a legalidade do documento, no entanto a ausência da padronização dos prontuários, assim como a complexidade e ilegibilidade de certos documentos, ainda a dificuldade de conseguir estes documentos para fins judiciais, de pacientes que moram em lugares distantes e/ou de difícil acesso, induziu a necessidade de criação de sistema digital e padrão. Desse modo, as informações nesse contexto podem ser enviadas pela internet, e a segurança dos dados acontece por meio de sistemas de chave eletrônica. Segundo Santos e Carvalho (2014), os Estados Unidos da América passaram a utilizar prontuários digitais em hospitais desde fins da década de 60. A partir do momento em que ficou constatada a existência de vantagem dos documentos eletrônicos em relação aos tradicionais prontuários, diversos softwares passaram a ser desenvolvidos por empresas de informática. Neste contexto, no entanto, a maior partedos profissionais a princípio não aderiu à digitalização total dos documentos, sendo que os clínicos utilizavam prontuários digitais, mas sem abrir mão das tradicionais pranchetas escritas à mão. Na década de 80 os computadores passaram a ser utilizados nos EUA, com o objetivo de controle contábil do profissional. Em fins dos anos 80 ocorre inclusão dos planos de tratamento e registros do histórico de saúde oral dos pacientes em programas odontológicos. Desse modo, prontuários digitais passam a ser considerados instrumentos facilitadores do dia a dia do profissional, sendo, portanto, indispensável a otimização dos programas. (SANTOS & CARVALHO, 2014) 16 Segundo Santos e Carvalho (2014), pesquisa realizada nos Estados Unidos constatou que em 1990, 29% dos consultórios dentários se encontravam já, na condição de informatizados. Vale ressaltar que existiam dificuldades em relação à informatização dos consultórios, como por exemplo, a dispensabilidade, o custo, o receio de distanciamento dos pacientes, os problemas técnicos, assim como era então visto como distante da realidade odontológica. No entanto, a quantidade de pacientes que passaram a concordar com o uso de seus dados em meio digital, subiu de 10% para 60% entre os anos de 1983 e 1990. As informações estavam registradas em disco rígido para utilização em plano de tratamento e procedimentos necessárias na prática cotidiana. No ano de 1991 o Institute of Medicine verificou que este fato ocorria tanto por barreiras tecnológicas, como por barreiras não tecnológicas. Em função do avanço inquestionável da tecnologia e informática, o conceito de prontuário digital a cada dia está se firmando entre profissionais da odontologia e medicina. (SANTOS & CARVALHO, 2014) Segundo Santos e Carvalho (2014), na década de noventa ocorre na América do Norte, evolução dos programas odontológicos, visto que estes criaram independência do suporte técnico. Os programas ofertavam então, sistema operacional autoexplicativo, propiciando melhor desempenho necessidades atuais e futuras dos profissionais. Esta nova geração de programas possibilitava atualizações, de modo que o sistema não se tornasse obsoleto. Os programadores assim buscavam o aperfeiçoamento do sistema de gerenciamento de informações a partir dos novos sistemas operacionais. (SANTOS & CARVALHO) Para Santos e Carvalho (2014), Em 1997, aproximadamente, 25% dos cirurgiões- dentistas dos Estados Unidos da América, já possuíam acesso à Internet em seus consultórios odontológicos. Grande parte destes profissionais utilizava a Internet como para auxiliar diagnósticos, terapêuticas, discussão de casos clínicos e ainda para a aquisição de novos conhecimentos profissionais. A década de noventa marca uma revolução na utilização de prontuários odontológicos digitais nos Estados Unidos da América, na Inglaterra e também no Canadá, mostrando vantagens fundamentais sobre os prontuários tradicionais, porém sem obedecer a questões legais, o que vai inviabilizar a utilização de um prontuário unicamente digital. (SANTOS & CARVALHO) Segundo Carvalho (2002), no ano de 1999, as companhias produtoras dos prontuários digitais começaram a disponibilizar estes via internet, permitindo assim, a partir 17 de autorização prévia do paciente, troca de informações pela rede mundial de computadores, a Web, entre profissionais da Odontologia. No Brasil foi instituída em 2001, a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira com a finalidade de garantir autenticidade, integridade e validade jurídica dos documentos digitais. Os documentos devem ser certificados na ICP-Brasil, objetivando desse modo fundamentar equivalência e isonomia legal dos documentos eletrônicos. (CARVALHO, 2002) O Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS) se uniram no sentido de estabelecer normas, padrões e regulamentos para que fossem utilizados prontuários eletrônicos pelos profissionais da área de saúde. Neste contexto e a partir desta união surgiu o Processo de Certificação de Sistemas de Registro Eletrônico de Saúde, estabelecendo assim requisitos obrigatórios e acompanhando legislação federal para se utilização de prontuário digital. Na Resolução CFM nº 1821/200723 a regulamentação da obrigatoriedade da certificação digital foi publicada. Na atualidade no Brasil são vários os programas odontológicos negociados no mercado, como também são veiculadas publicidade em jornais, revistas especializadas ou internet. Parte significativa destes programas trazem ferramentas fundamentais para preenchimento de dados no prontuário digital odontológico, porém as empresas devem frequentemente avaliar e revisar seus programas no sentido da evolução de ferramentas, legais e essenciais. (CRUZ, 2011) De acordo com Cruz (2011), o Conselho Federal de Odontologia em 2009 aprova resolução com normas técnicas concernentes à digitalização, utilização dos sistemas informatizados para guarda e manuseio dos documentos dos prontuários, que se referem aos Requisitos de Segurança em Documentos Eletrônicos em Saúde, de acordo com o que prescreve convênio entre Conselho Federal de Medicina e Sociedade Brasileira de Informática em Saúde, do Manual de Certificação para Sistemas de Registro Eletrônico em Saúde. Desse modo, são estabelecidas normas de segurança e padrões e também, orientações para utilização eficaz dos prontuários conjuntos, ou seja, prontuários digitais em conjunto com os de papel. Para que um prontuário digital possa considerado seguro, o mesmo deve apresentar engrenagens com capacidade de garantir autenticidade, confidencialidade e ainda integridade desses documentos. O processo de certificação CFM/SBIS define dois níveis de segurança, o NGS1 e NGS2. O nível de segurança NGS1 diz respeito a definição de obrigatoriedade do controle da versão do software, controle de acesso e autenticação, disponibilidade, comunicação remota, auditoria e documentação. Neste contexto, para que se atinja nível de segurança NGS2, o 18 sistema, software, deve apresentar as características gerais já descritas no nível de segurança NGS1 e também estar certificado pela ICP-Brasil no sentido dos processos de assinatura e autenticação. (CFO, 2009) O software para que possa ser certificado pela SBIS/CFM deve apresentar Nível de Garantia de Segurança 2 (NGS2), desse modo, tornando o programa 100% digital, dispensando assim a utilização do prontuário convencional de papel, sendo desse modo esta mesma definição prevista para a Odontologia, considerando que se trata de igual acordo entre as entidades CFO e SBIS. (CFO, 2009) Segundo Holanda, Mello e Zimmermann (2010), existem basicamente três tipos de prontuários eletrônicos disponíveis para uso em serviços de saúde e cada um tem suas vantagens e desvantagens, sendo estes: Prontuário eletrônico com base de dados local: Este modelo funciona utilizando um servidor local e distribui em rede os acessos no serviço, independente de utilização de internet. Vantagens: Não requer utilização de internet; guarda de dados em backups locais ou em nuvem de forma manual ou automática; Compra o direito de uso e só paga as atualizações quando entender ser necessário; ainda sem energia elétrica o serviço não para, podendo então utilizar gerador ou nobreaks Desvantagens: risco de perda dados em caso de se guardar o backup somente localmente; Não acompanha atualizações do mercado; requer estrutura de informática mais complexa como servidores e rede Prontuário eletrônico híbrido: usa uma base local que alimenta outra em nuvem, assim o sistema não para nunca, pois mesmo sem internet é possível trabalhar normalmente; não é necessário ter um servidor ou rede, visto que os dados ficam em cada máquina que tem acesso à internet; é um sistema mais complexo, mas que auxilia muitos serviços que não podem parar mesmosem internet ou energia elétrica. Prontuário eletrônico em nuvem: É o mais utilizado, visto que toda a base de dados fica na internet, sem risco de perda de dados ou ter que fazer backup regulares. A desvantagem está em utilizar serviços com internet instável, pois desse modo, sem internet não há possibilidade visível de se acessar os dados do paciente, podendo portanto comprometer a agilidade do serviço. É portanto fundamental conhecer os tipos de prontuários eletrônicos, assim como suas características para que se possa obter o máximo de benefício em diversos sentidos 19 relacionados à excelência na atividade profissional. (HOLANDA; MELLO; ZIMMERMANN, 2010) Vale ressaltar que em se tratando de prontuário eletrônico e certificação digital, que em relação a diferença entre assinatura digital e digitalizada, no dia 12 de setembro de 2019, o Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, reconheceu que assinatura digital e digitalizada são objetos diferentes. Segundo o Tribunal, A assinatura digitalizada ou escaneada, por se tratar de inserção de imagem em documento, não pode ser confundida com a assinatura digital que se ampara em certificado digital emitido por Autoridade Certificadora credenciada a ICP-Brasil a qual possui previsão legal. Para Paranhos (2009), quanto à a assinatura digital, são dados eletrônicos que resultam da aplicação de uma tecnologia sobre um ativo digital, que usa elemento criptográfico de exclusivo controle do signatário, associando, com integridade e segurança, informações de um ativo digital a pessoa ou entidade originária. Em relação a assinatura eletrônica, se constitui de dados eletrônicos anexados ou logicamente associados a um ativo digital, via de regra, utilizada por um signatário para assinar. 4.3 ANÁLISE CUSTO BENEFÍCIO DO PRONTUÁRIO ELETRÔNICO Considerando que os sistemas de prontuário eletrônico médico tragam benefícios, existem vantagens e desvantagens na relação custo-benefício. Um prontuário eletrônico é uma versão digital, mais complexa, do histórico médico de uma pessoa, do registro e do relatório. Os dados clínicos relevantes para o desenvolvimento de um plano de tratamento, são mantidos neste único sistema. (CARVALHO, 2002) Para Carvalho (2002), uma desvantagem é não ter a habilidade e capacitação suficiente para trabalhar com o sistema ou de qualquer outro item que haja sido digitalizado, criando assim a possibilidade de que possa ser acessado por pessoa não autorizada. Outra possível desvantagem se refere a treinamento, mudança de cultura, custos. É necessário o treinamento da equipe que trabalhará com o software. Outra possível dificuldade diz respeito à mudança de cultura imposta pelo sistema eletrônico. Parte dos profissionais da saúde pode ser conservadora em relação a mudanças. Em relação aos aspectos financeiros, o custo de um sistema de prontuário eletrônico supera o do modelo tradicional. (CARVALHO, 2002) 20 Segundo Carvalho (2002), como benefícios da utilização do prontuário eletrônico, podem ser incluídos o acesso aos registros computadorizados, a eliminação da falta de caligrafia, que tem afetado os prontuários médicos, com a famosa “letra de médico.” Entre as vantagens, os prontuários eletrônicos tem a capacidade de armazenar informações da saúde do paciente que foram produzidas em qualquer ambiente de consultório e prestação de cuidados. (CARVALHO, 2002) A principal vantagem de usar prontuários eletrônicos de saúde é um nível mais alto de precisão. Os provedores podem acessar esses dados de forma instantânea, seja online ou à distância, para especificar o que acorreu com o passar do tempo, à saúde de um paciente. As informações abrangem relatórios de progresso ou de registro de anamnese, medicamentos em uso, histórico de consultas médicas e mesmo informações demográficas. Três funcionalidades do sistema, possibilitam evoluir a qualidade do atendimento e reduzir os custos: Ferramentas de suporte à decisão clínica; Sistemas computadorizados de entrada de pedidos; Troca e compartilhamento de informações. Incluídas nestas informações se tem: Histórico médico; Imunizações; Dados laboratoriais; Dados demográficos do paciente; Relatórios de progressos; Problemas e tipos de doenças; Medicamentos e dosagens; Sinais vitais; Arquivos de mídia como exames de relatórios radiológicos; Entre outros. (HOLANDA; MELLO; ZIMMERMANN, 2010) Com a cloud computing, a computação em nuvem, se tem meio muito seguro para o gerenciamento de recursos clínicos administrativos on-line. Os serviços de backup na nuvem estão cada vez mais populares, podendo ser automatizados para a conveniência do profissional. (CRUZ, 2011) 21 Quando um registro é criado no sistema eletrônico, pode ser configurado para que os pacientes possam ter acesso a informações. Os profissionais podem portanto, fazer pedidos de imagens ou anexar trabalhos de laboratório instantaneamente. Solicitações de prescrição, podem ser diretamente enviados para determinada farmácia, sendo que no momento em que o paciente chega à farmácia, o pedido já está lá. (CFO, 2009) Devido ao fato de ter uma única fonte, centralizada, no entanto facilmente acessível, o prontuário eletrônico pode produzir relatórios a qualquer momento, oferecendo a possibilidade de análise e comparação de funções entre departamentos, sem necessidade de utilização de várias planilhas e e-mails. (HOLANDA; MELLO; ZIMMERMANN, 2010) Para Holanda (2010), reunir informações de diversos sistemas pode causar conflitos, porém somente um único repositório de informações ajuda a melhorar a precisão, a consistência e a segurança dos dados. Portanto, se pode dizer que os sistemas de prontuário eletrônico, em servidor e na nuvem, possibilitam maior grau de segurança. O sistema de banco de dados garante armazenar backups dos dados confidenciais em nuvem, com muita segurança. A manutenção de registros em papel requer segurança e na forma eletrônica também. Se pode dizer que ter registros em nuvem requer a utilização de sistemas antivírus e AntiSpam, devido a possibilidade de violações e invasões de hackers. (HOLANDA; MELLO; ZIMMERMANN, 2010) À medida que mais e mais atualizações destes sistemas sejam disponibilizados, erros médicos passam a ser vez mais evitados e assim, o paciente recebe cuidados mais satisfatórios. Portanto, a informatização dos processos clínicos, pode extinguir de uma vez, erros médicos sendo alguns potencialmente perigosos, causados por má gestão, caligrafia, excesso burocrático de arquivos, etc. As tecnologias garantem meio adequado para que todo o serviço de saúde seja fornecido de maneira segura e eficiente. A partir do momento que os dados estão disponíveis, eletronicamente, para os provedores, os prontuários eletrônicos viabilizam o compartilhamento de informações do paciente entre diversos profissionais e espaços de saúde, com segurança, em tempo real, reduzindo possivelmente prejuízos significativos. (SARAIVA, 2011) Uma grande vantagem do prontuário eletrônico é possibilitar acesso total a todos os processos fundamentais em seu gerenciamento médico, tornando os dados de departamentos e setores, bastante acessíveis ao profissional responsável, assim como também para a equipe de gestão organizacional. (FRANCO, 2015) 22 Para Saraiva (2011), redução de custos são resultados da eficiência gerada pela disponibilidade de informações de pacientes disponíveis, sendo possível fazer ainda backup de registros e prontuários, guardando-os em nuvem ou em locais como servidores seguros. Segundo a Lei Nº 13.787 de 27 de Dezembro de 2018, o profissional deve guardar o prontuário do paciente por no mínimo 20 anos após o último registro. 23 CONCLUSÃO Ao se analisar sobre aquestão da importância do prontuário eletrônico no consultório odontológico, entendeu-se primeiramente que o prontuário do paciente se constitui como instrumento fundamental, anterior ao prontuário eletrônico. Especificamente em relação ao prontuário eletrônico, conclui-se que se trata de produto capaz de otimizar significativamente a qualidade dos serviços prestados em odontologia. A importância de sua utilização é fato concreto. A importância do prontuário digital eletrônico está em estreita relação com sua utilidade, considerando que esta ferramenta tem múltiplas e importantes funções, que de modo geral significam otimizar o atendimento a partir de sistema informatizado de tratamento de dados para tomada de decisões, representando assim significativo diferencial. O prontuário eletrônico digital é instrumento que possibilita uma série de vantagens em relação ao anterior, de papel, vantagens bastante robustas, como maior capacidade de armazenar informações, de as guardar, classificar, transmitir, interagir, etc. são portanto inquestionáveis as vantagens do prontuário eletrônico para o atendimento odontológico. A relação custo benefício do prontuário de atendimento odontológico, se pode dizer ser excelente, ou seja, uma grande quantidade de benefícios para um baixo custo. Entende-se que diante das múltiplas vantagens do prontuário eletrônico no consultório odontológico, que este se torna imprescindível, não podendo ser relegado a um plano inferior de importância ou mesmo a sua não utilização por parte dos profissionais da odontologia. Ressalta-se ainda sua fundamental utilidade em questões da Odontologia legal e da área jurídica, se constituindo-se assim como instrumento fundamental nesse sentido. Considera-se fundamental que o prontuário eletrônico avance cada vez mais no sentido de interligação a vários sistemas, redes corporativas, etc., de modo que se torne instrumento com maior eficácia, através da interação e compartilhamento de informações entre diversos agentes, até mesmo de áreas diferentes. Desse modo, conclui-se que o prontuário eletrônico deve estar sempre em construção, se adaptando a necessidades no campo da odontologia e por sua vez imprimindo tecnologia a esta, em relação constante de evolução. 24 REFERÊNCIAS ARTIGOS GOMES, Denise da Silva. “Pesquisa: A Qualidade dos Registros nos Prontuários do Paciente”. Março, 2001. In:mimeo. MARIN HF, Massad E, Azevedo Neto RS. Prontuário eletrônico do paciente: definições e conceitos. In: Massad E, Marin HF, Azevedo Neto RS (editores). O prontuário eletrônico do paciente na assistência, informação e conhecimento médico. São Paulo: USP; 2003. SARAIVA AS. A importância do prontuário odontológico – com ênfase nos documentos digitais. Rev bras odontol. 2011. HOLANDA DA, Mello VVC, Zimmermann RD. Documentação Digital em Odontologia. Odontol Clín-Cient. 2010. PARANHOS LR, Caldas JCF, Iwashita AR, Scanavini MA, Paschini RC. A importância do prontuário odontológico nas perícias de identificação humana. RFO. 2009. CERVEIRA JGV. A legalidade dos documentos digitais. Odontol clín-cient. 2008. SANTOS, Perseu S.; CARVALHO, Gilberto P. Prontuários eletrônicos em odontologia e obediência às normas do CFO. ROBRAC, 2014. FRANCO S. A validade legal de prontuários eletrônicos. Laudonline, 2015. http://laudonline.com/blog/a-validade-legal-de-prontuarios-eletronicos/. Acesso em 20 de abril de 2020. TESES E DISSERTAÇÕES MOTTA, Gustavo Henrique Matos Bezerra. Um modelo de autorização contextual para o controle de acesso ao prontuário eletrônico do paciente em ambientes abertos e distribuídos. São Paulo, 2004. (Tese de doutorado, Escola Politécnica de São Paulo) CARVALHO GP. Avaliação de Prontuários Clínicos Digitais em Odontologia [dissertação]. São Paulo: Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Odontologia de Piracicaba; 2002. 137 p. CRUZ JAS. Prontuário Eletrônico de Pacientes (PEP): Políticas e Requisitos Necessários à Implantação no HUSM [dissertação]. Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria; 2011. 131 p. MANUAIS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE E OUTRAS INSTITUIÇÕES BRASIL CFO. RESOLUÇÃO-CFO-91/2009. Aprova as normas técnicas concernentes à digitalização, uso dos sistemas informatizados para a guarda e manuseio dos documentos dos prontuários dos pacientes, quanto aos Requisitos de Segurança em Documentos Eletrônicos em Saúde. Rio de Janeiro; 2009. BRASIL. CFM. SBIS. Cartilha sobre Prontuário Eletrônico. A certificação de Sistemas de Registro Eletrônico de Saúde [Internet]. São Paulo; 2012. 25
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