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Usurpação - Resumão

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USURPAÇÃO 
Alteração de limites 
Art. 161, caput — Suprimir ou deslocar tapume, marco ou qualquer outro sinal 
indicativo de linha divisória para apropriar-se, no todo ou em parte, de coisa 
imóvel alheia: 
Pena — detenção, de um a seis meses, e multa 
 
Objetividade jurídica 
Visa a lei resguardar a ​posse​ e ​a propriedade​ dos bens imóveis. 
Tipo objetivo 
Esse tipo penal possui duas condutas típicas alternativas: 
a) supressão​, ou seja, a ​total retirada do marco divisório​; 
b) deslocamento ​do marco divisório, ​afastando-o do local correto​, 
de modo a aumentar a área do agente. 
 
 ​Elemento subjetivo 
É necessário que o agente tenha ​intenção de apropriar-se, no todo 
ou em parte, da propriedade alheia, por meio da supressão ou 
deslocamento do marco divisório. Caso demonstre, por exemplo, que 
retirou uma cerca apenas para reformá-la, não haverá o delito. 
Sujeito ativo 
É amplamente dominante o entendimento de que se trata de ​crime 
próprio​, somente podendo ser alterado pelo vizinho do imóvel, quer 
na zona urbana, quer na rural. 
 
Sujeito passivo 
 O vizinho, dono ou possuidor do imóvel. 
 
Consumação 
No exato ​instante em que o agente suprime ou desloca o marco divisório​, 
ainda que a vítima posteriormente perceba o ocorrido e retome a parte de 
que foi tolhida. Trata-se ​de ​formal​. 
 
Tentativa 
 
É possível quando o agente é flagrado iniciando a supressão ou 
deslocamento e é ​impedido de prosseguir​. Se já o fez por completo, 
conforme já mencionado, o crime está consumado, ainda que a vítima 
retome posteriormente a parte a que faz jus. 
 
Ação penal 
 
Nos termos do art. 161, § 3º, do Código Penal, ​a ação penal é privada​, exceto se para 
a prática do crime tiver havido ​emprego de violência​ ou se a propriedade usurpada 
for pública​. 
Trata-se de infração ​de menor potencial ofensivo​, de competência do Juizado 
Especial criminal. 
 
Usurpação de águas 
Art. 161, § 1º — Na mesma pena incorre quem: 
I — Desvia ou represa, em proveito próprio ou de outrem, águas alheias. 
Objetividade jurídica 
Visa a lei resguardar as águas públicas ou particulares que passem por 
determinado local, evitando que o dono do terreno sofra prejuízo caso 
alguém queira desviar o seu curso ou represá-las, sem autorização para 
tanto. 
 
Tipo objetivo 
Águas alheias são aquelas que não pertencem ao agente. 
Exige​se que sejam águas correntes, cujo curso seja desviado ou represado 
pelo agente, alterando, portanto, seu fluxo pela propriedade. Quando se 
trata de água já represada pelo dono (para criação de peixes, para banho 
etc.), a sua retirada constitui ato de subtração, configurando delito de furto. 
 
Sujeito ativo 
Pode ser qualquer pessoa. Trata-se de crime comum. Pode ser cometido por vizinho ou 
não. No caso de águas comuns que atravessam condomínios, até o 
condômino pode ser autor do crime, desde que, com o desvio, seja 
prejudicado o uso de algum coproprietário. 
Sujeito passivo 
A pessoa que pode sofrer dano em decorrência do desvio ou represamento 
(proprietário, possuidor, arrendatário etc.). 
 
Consumação 
O crime se consuma no instante em que o agente efetua o desvio ou 
represamento, ainda que não obtenha a vantagem em proveito próprio ou 
alheio a que o texto legal se refere. Cuida-se, portanto, de ​crime ​formal​, 
conclusão que é inevitável em decorrência da própria redação do 
dispositivo. 
 
Tentativa 
Admite-se tentativa. 
 
Ação penal 
Nos termos do art. 161, § 3º, do Código Penal, a ação penal é privada, 
exceto se para a prática do crime tiver havido emprego de violência ou se a 
propriedade usur​pada for pública. 
Trata-se de infração de menor potencial ofensivo, de competência do 
Juizado Especial Criminal. 
Esbulho possessório 
Art. 161, § 1º — ​Na mesma pena incorre quem: 
II — ​invade​, com ​violência a pessoa ou grave ameaça​, ​ou ​mediante ​concurso de mais de duas 
pessoas​, terreno ou edifício alheio, para o fim de esbulho possessório 
 
Objetividade jurídica 
 
Tutela-se também aqui a posse e a propriedade dos bens imóveis e, ainda, a 
incolumidade física e a liberdade individual nas hipóteses em que o crime 
venha a ser cometido com emprego de violência ou grave ameaça. 
Tipo objetivo 
A presente infração penal pressupõe a ​invasão de propriedade imóvel alheia​, edificada 
ou não, desde que o ​fato se dê mediante emprego de violência a pessoa ou grave 
ameaça, ou, ainda, mediante concurso de duas ou mais pessoas​. Quanto a esta última 
hipótese, diverge a doutrina em torno do significado da expressão “concurso de 
agentes”, mas o texto legal se refere aos envolvidos em sua totalidade, ou seja, exige 
que haja concurso de ​mais de duas pessoas ​para a prática da infração, ​o que totaliza 
três​. 
É possível que o agente invada a propriedade ​alheia sozinho ​ou em ​concurso com 
apenas mais uma pessoa ​e ​sem emprego de violência ou grave amea​ça. Nesse caso, ​o 
fato é atípico. 
Entretanto se ​logo após a invasão pacífica, ​o invasor empregar violência para se 
manter na posse quando o legítimo proprietário tentava retomá-la pelo desforço 
imediato, haverá a configuração do delito. 
 
Elemento subjetivo 
O crime só existe se a invasão se dá com o ​fim específico ​de esbulho possessório 
(elemento subjetivo do tipo doloso), ou seja, desde que o agente queira excluir a 
posse da vítima para passar a exercê-la ele próprio. 
Sujeito ativo 
Pode ser ​qualquer pessoa​, exceto o dono. Trata-se de ​crime ​comum​. 
O dono que invade imóvel alugado não incorre no tipo penal em análise, que exige 
expressamente que o bem seja alheio. Dependendo da hipótese, poderá incorrer em 
crime de violação de domicílio (art. 150) ou retirada de coisa própria do poder de 
terceiro (art. 346 do CP). 
 
Sujeito passivo 
O dono ou possuidor do imóvel invadido. 
Consumação 
 No momento da invasão. 
Tentativa 
 É possível quando a invasão não se aperfeiçoa por conta da oposição apresentada pelo 
dono, possuidor ou por terceiro. 
 ​Ação penal 
Nos termos do art. 161, § 3º, do Código Penal, a ação penal ​é privada​, exceto se para a 
prática do crime tiver havido emprego de violência ou se a propriedade usurpada for 
pública. 
Trata-se de infração de menor potencial ofensivo, de competência do Juizado 
Especial Criminal. 
 
 ​Supressão ou alteração de marca em animais 
Art. 162 - ​Suprimir ​ou ​alterar​, indevidamente, em ​gado ou rebanho alheio​, marca ou sinal 
indicativo de propriedade: 
Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa. 
Tutela-se aqui a ​propriedade e a posse dos anima​is ​semoventes. 
Premissa do crime em análise é que não tenha havido prévio furto ou apropriação 
indébita dos animais, pois, nesses casos, o agente só será punido pela conduta anterior, 
sendo a supressão ou alteração da marca um ​post factum ​impunível. 
A própria Exposição de Motivos da Parte Especial do Código Penal, em seu item 58, salienta 
que “​não se confunde esta modalidade de usurpação com o abigeto, isto é, o furto de 
animais: o agente limita-se a ​empregar um meio fraudulento ​(supressão ou 
alteração de marca ou sinal) ​para irrogar-se a propriedade dos animais​. Se esse 
meio fraudulento é usado para dissimular o anterior furto de animais, já não se 
tratará de usurpação: o crime continuará com seu nomen juris, isto é, furto​”.Tipo objetivo 
A conduta típica consiste em ​apagar ou modificar o sinal indicativo de propriedade ​em gado ou 
rebanho alheios. 
Quando a lei se refere a ​gado​, está protegendo a propriedade de ​animais de grande porte​, como 
bois ou cavalos, e quando se refere ​a rebanho​, o faz em relação a animais de ​porte 
menor​, como porcos, ovelhas, cabras etc. 
A infração penal apenas existe quando a conduta se dá indevidamente (elemento normativo do 
tipo), sendo óbvio que, quem compra legalmente o animal, pode remarcá-lo sem 
incorrer no ilícito penal​. 
Marcas ​são feitas por ferro em brasa ou elementos químicos no couro do animal. Em 
geral, são letras ou figuras. ​Sinais​, em geral, são brincos colocados nas orelhas ou no 
focinho do animal com formato característico. 
 
Sujeito ativo 
Pode ser ​qualquer pessoa​, trata-se, pois, de crime comum. 
Sujeito passivo 
O dono do animal. 
 
Consumação 
 Ocorre com a simples supressão ou alteração da marca ou sinal, ainda que se dê apenas 
em relação a um animal. 
 
 
 
Tentativa 
É possível, quando o agente não consegue concretizar a remarcação iniciada, pela 
repentina chegada de alguém ao local, ou até mesmo quando concretiza a remarcação, 
porém, a faz de tal forma que continua sendo possível identificar a marca do 
verdadeiro dono. 
 
Ação penal 
Pública incondicionada. Como a pena mínima não supera um ano, admite a suspensão 
condicional do processo, desde que o acusado preencha os demais requisitos do art. 89 
da Lei n. 9.099/95.

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