Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DISCIPLINA: ENTOMOLOGIA AGRÍCOLA [01212] NOTAS DE AULA CONTROLE QUÍMICO Agrotóxicos e Afins • Produtos e agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso nos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de florestas nativas ou implantadas, e de outros ecossistemas e de ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-la da ação danosa de seres vivos considerados nocivos. • Também são considerados agrotóxicos as substâncias e produtos empregados como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores de crescimento. Terminologias • Agrotóxicos* • Pesticidas • Agroquímicos • Produtos fitossanitários • Defensivos agrícolas Porque usar agrotóxicos? • Expansão das areas de plantio • Aumento da infestação de pragas • Introdução de pragas exóticas • Propaganda sobre o uso de agrotóxicos • Falta de conhecimento de muitos produtores sobre o uso de táticas alternativas OBS: Inseticidas não devem ser considerados uma tática exclusiva no controle de pragas. Brasil: o maior consumidor de agrotóxicos!!! Motivos: • Um dos maiores produtores agrícolas do mundo • Pragas resistentes ao uso de agrotóxicos mais tóxicos Consequências do uso indevido de agrotóxicos • Toxicidade ao homem e animais • Ressurgência de pragas • Resistência de pragas • Surtos de pragas secundárias • Efeitos sobre organismos não-alvo • Contaminação do solo, água, ar • Resíduos em alimentos Inseticidas • Poder tóxico: é determinado estabelecendo-se a dose mínima necessária para matar o inseto • Dose: pode variar de acordo com os produtos existentes e com a fisiologia do inseto • Cada inseticida apresenta toxicidade diferente conforme sua natureza química, dose empregada e estado físico Produtos e Formulações 335 herbicidas 445 inseticidas 250 fungicidas Formulações 40.000 produtos diferentes Nomenclatura dos Inseticidas Nome técnico ou comum: selecionado pela sociedade científica. Exemplo: Pirimifós-metílico • Nome comercial: selecionado pelo fabricante, usualmente para fins de marketing. Exemplo: Actellic 500 EC • Nome químico: regras da IUPAC. Exemplo: O-2-diethylamino-6-methylpyrimidin-4-yl O,O – dimethyl phosphothioate Formulações de Inseticidas • Formular: tornar o produto na forma mais adequada para o uso • Composição de um produto formulado: -Ingrediente Ativo: Substância que confere eficácia ao produto formulado -Inertes: Substâncias não reativas com os demais componentes da mistura que servem para diluição, aumentar a facilidade de aplicação e de vida de estocagem e etc. -Adjuvantes: Substâncias que melhoram o desempenho dos produtos formulados Componentes Inertes de uma Formulação • Argila, talco, caolim: componentes de pós secos • Aditivos: melhoram a ação, função, estabilidade etc • Anticompactantes: impedem que o produto perca sua fluidez durante o armazenamento • Antiespumantes: impedem a formação de espuma • Antioxidantes: impedem a oxidação do produto • Bactericidas: impedem a proliferação de bactérias Componentes Inertes de uma Formulação • Corantes: dar cor aos produtos (aspecto e segurança visual) • Dispersantes: dispersar as partículas sólidas na água • Emulsificantes: emulsificar o i.a. na água • Molhantes: proporcionar uma rápida umectação do produto, quando o mesmo entra em contato com a água • Solventes: dissolver o i.a. sólido para obtenção de uma formulação líquida Motivos para formular um produto • Aplicação de pequena quantidade por unidade de superfície (g ou ml/ha) • Insolubilidade ou baixa solubilidade em água do i.a. • Concentração do i.a. (10 a 800 g/kg ou g/L) • Fácil dosagem (200 ml/ha) • Torná-lo mais seguro durante o manuseio • Torná-lo mais eficaz • Proporcionar maior estabilidade do i.a. • Possibilitar a mistura de dois ou mais i.a. Classificação quanto aos tipos de Formulação Para aplicação direta -Pó seco -Granulado -Microgranulado -Granulado encapsulado -UBV Para tratamento de sementes -Pós -Emulsão -Suspensão concentrada -Solução -Pó solúvel Classificação quanto aos tipos de Formulação Para diluição em água -Concentrado emulsionável -Pó molhável -Pó solúvel -Suspensão concentrada -Granulado dispersível -Granulado solúvel -Suspensão de encapsulado Formulações especiais -Aerosol -Gás liquefeito sob pressão -Concentrado para termonebulização -Gerador de gás -Isca Tipos de Formulação Pó seco (P): ou simplesmente pó para polvilhamento das plantas ou animais ou ainda solos ou sementes. Contem de 1 a 10% do princípio ativo. Técnica de aplicação: Polvilhamento -partículas <30 µm -i.a. e inertes moídos juntos em moinhos especiais Pó molhável (PM): nesta formulação o inseticida recebe um agente molhante, substância de elevado grau de absorção a fim de permitir que na mistura com água, forme suspensões dotadas de grande estabilidade. Esta formulação contém, geralmente, de 20 a 80% de princípio ativo. Pó solúvel (PS): formulação de ingrediente ativo sólido, solúvel em água sob a forma moída ou de pequenos cristais que para ser utilizada no campo necessita ser dissolvida em água. Esta formulação contém, geralmente, de 50 a 90% de princípio Soluções concentradas: existem dois tipos: a) para diluição em água ou óleo; b) soluções em ultrabaixo volume (UBV); Granulados (G): Formulados em pequenos grânulos. Esta formulação contém, geralmente, de 1 a 10% de princípio ativo. São empregados comumente para o controle das pragas do solo. Concentrados emulsionáveis (CE): formulação líquida homogênea na forma de emulsão. Em mistura com água formam emulsões, geralmente de aspecto leitoso. Sua concentração varia de 5 a 100% do ingrediente ativo. Suspensão Líquida (“Flowable”): formulação de i.a. sob a forma de uma dispersão de partículas sólidas micronizadas, em meio líquido, para uso no campo após diluição em veículo líquido, que pode ser água ou emulsão de óleo em água. Pasta: formulação de ingrediente ativo sob forma pastosa, para ser utilizada sem diluição, sobre partes vegetais por exemplo. Microencapsulada: formulação onde as partículas do inseticida são envolvidas por uma mesma parede fina e porosa composta de um material do grupo químico dos polímeros. Aerossóis: os inseticidas são embalados em recipientes para resistirem à pressões, pois juntamente com estes, colocam-se solventes altamente voláteis que em contato com o meio ambiente, evaporam-se, deixando os inseticidas em suspensão no ar, na forma de finíssimas partículas. Classificação e Modo de Ação dos Inseticidas 1) Inorgânicos: Fluor, Arsênico, Sulfato de Tálio, Enxofre, Dióxido de sílica -Modo de ação: As minúsculas partículas deste produto adsorvem a camada protetora de cera que recobre o corpo dos insetos, provocando perda de água e consequente desidratação e morte entre dois e 14 dias após a exposição 2) Neurotóxicos -Modo de ação: atuam no Sistema Nervoso do Inseto • Neurotransmissores - Excitatórios (Acetilcolina, Octopamina e Glutamato) - Inibitórios (GABA) Modo de ação dos inseticidas (Transmissão axônica) • Bloqueadores de canais de Na+ (Indoxicarb) -Provocam o bloqueio dos canais de Na, reduzindo ou suprimindo a fase ascendente do potencial de ação • Moduladores de canais de Na+ (Piretróide e DDT) -Se posicionam em algumas unidades dos sítios de ligação dos canais de Na de tal modo que estes permanecem abertos por um maior tempo INSETICIDAS PIRETRÓIDES Derivados do ácido crisantêmico São análogos das piretrinasModo de atuação: contato, ingestão e fumigação Toxicidade para os mamíferos: menor que os organofosfosforados Modo de ação dos inseticidas (Transmissão sináptica) • Inibidores da acetilcolinesterase (Organofosforados e Carbamatos) -Esses inseticidas inibem a ação da enzima Acetilconesterase. Essa enzima tem 2 sítios diferentes chamados esterático e aniônico, nos quais a Acetilcolina se liga. -As moléculas inseticidas apresentam uma conformação estrutural equivalente ao neurotransmissor, fazendo com que a Acetilcolina fique acumulada na sinapse INSETICIDAS ORGANOFOSFORADOS Derivados dos ácidos fosfórico, fosfônico, tionofosfórico, tiolofosfórico etc. Maior toxicidade que a maioria dos outros inseticidas Quimicamente estáveis e não persistentes Apresentam propriedades sistêmicas Modo de atuação: contato, ingestão e fumigação INSETICIDAS CARBAMATOS Derivados do ácido N – metil carbâmico e N - N- dimetil carbâmico São quimicamente estáveis e não persistentes Apresentam propriedades sistêmicas De um modo geral apresentam baixa toxicidade para os mamíferos Modo de atuação: contato, ingestão e fumigação • Agonistas de receptores nicotínicos da acetilcolina (Neonicotinoides e Espinosinas) -Esses inseticidas atuam como a acetilcolina. -Neonicotinoides se ligam aos receptores nicotínicos no neurônio pós-sináptico e não são facilmente degradados pela Acetilcolinesterase. Portanto, os impulsos nervosos são transmitidos continuamente. -As Espinosinas também atuam ativando os receptores nicotínicos, porém seu sítio de ligação é diferente INSETICIDAS NEONICOTINOIDES Nova classe de inseticidas com um novo modo de ação Propriedades sistêmicas Modo de atuação: contato e ingestão INSETICIDAS ESPINOSINAS Moléculas derivadas da bactéria Saccharopolyspora spinosa (Actinomiceto) Apresenta baixa toxicidade para mamíferos e seletividade para organismos não-alvo. • Antagonistas da Acetilcolina (Cartap) -Também atuam nos receptores nicotínicos, porém por competição com a acetilcolina. -São também conhecidos como bloqueadores dos receptores nicotínicos. -A intoxicação é a partir da interrupção da transmissão nervosa levando o inseto uma rápida paralisia • Agonistas de canais de Cl mediados pelo GABA (Avermectinas e Milbemicinas) -Atuam como o neurotransmissor GABA, ou seja, aumentam a permeabilidade da membrana da célula nervosa para o íon Cl - . Com isso ocorre o bloqueio da transmissão nervosa, imobilização e paralisia INSETICIDAS ABAMECTINA (AVERMECTINA) Isolada de produtos de fermentação da bactéria Streptomyces avermetilis. Age como inseticida, acaricida e anti-helmíntico É seletivo para ácaros predadores, parasitoides e fungos entomopatogênicos • Antagonistas de canais de Cl mediados pelo GABA (Ciclodienos e Fenilpirazóis) -Atuam de maneira contrária ao GABA. Assim a permeabilidade ao íon Cl - é suprimida e ocorre uma hiperexcitação do sistema nervoso central • Agonistas da Octopamina (Formamidinas) -Agem como o neurotransmissor excitatório octopamina 3) Reguladores de Crescimento -Inibidores da síntese de quitina -Juvenóides -Agonistas de ecdisteróides Inibidores da síntese de quitina - Tegumento - Ovos - Matriz peritrófica - Traquéias Modo de ação Inibem a formação da enzima quitina sintetase a partir da interferência em alguma protease responsável pela sua ativação Juvenóides (Agonistas do hormônio juvenil) Modo de ação: Agem nos estádios mais sensíveis do desenvolvimento dos insetos (final do último ínstar larval ou ninfal) Prolongam a duração do instar Formação de larva ou ninfa superdesenvolvida Formação de larva-pupa, pupa-adulto ou ninfa- adulto intermediários Efeito ovicida (ovos recém-ovipositados) Redução na fertilidade Agonistas de Ecdisteróides Modo de ação: Interagem com o receptor de proteínas do ecdisteróide estimulação direta dos receptores ecdisteróides Provocam a indução de ecdise letal e prematura (Acelerador de ecdise) Efeito esterilizante 4) Inibidores da Respiração Celular -Inibidores do transporte de elétrons -Inibidores da síntese de ATP Inibidores do transporte de elétrons (Rotenona) Modo de ação: -Inibe a enzima NADH oxido-reductase da cadeia respiratória. -redução dos batimentos cardíacos -depressão dos movimentos respiratórios -redução do consumo de oxigênio Inibidores da síntese de ATP (Dinitrofenóis e Organoestânicos) Modo de ação: -Inibe a fosforilação oxidativa -o transporte de elétrons não é afetado, porém não há Formação de ATP -depressão dos movimentos respiratórios -redução do consumo de oxigênio 5) Biológicos • São compostos contendo organismos vivos, derivados destes ou obtidos através de manipulação genética. • Bactérias – Bacillus thuringiensis var. kurstaki (Btk) (Dipel) -B. thuringiensis var. azawai (Bta) (Agree, Xentari). -Usados no controle de lagartas. -De um modo geral, têm baixa toxicidade para vertebrados e seletividade para predadores e parasitóides. • Intestino Médio • Fungos Metarhizium anisopliae - cigarrinhas da cana de açúcar Beauveria bassiana – cupins; moleque da bananeira Aschersonia aleyrodis – mosca-branca Hirsutella thompsonii – ácaro da falsa ferrugem dos citros Neozigytes tanajoae - ácaro verde da mandioca • Vírus Baculovirus anticarsia – lagarta da soja B. spodoptera – lagarta do cartucho do milho B. erinnyis – mandarová da mandioca. 6) Outros grupos de inseticidas • Pymetrozina (Piridina azometina): Atua por contato e ingestão: promove inibição do aparelho sugador dos insetos. -Paralisação da sucção; retirada dos estiletes das folhas; morte por inanição. -Altamente seletivo a inimigos naturais. -Usado no controle da mosca branca. • Rynaxypyr (Diamida Antranílica): Promove uma rápida paralisação da alimentação. -Baixo impacto sobre mamíferos e meio ambiente -Seletivo para artrópodes benéficos e polinizadores -Os insetos tratados apresentam: rápida paralisação alimentar; letargia; regurgitação e paralisia muscular e morte. -Controle: lepidópteros (tomateiro), coleópteros, isópteros e hemípteros. 6) Outros grupos de inseticidas • Nim (Azadirachta indica): óleo emulsionável utilizado no controle de várias pragas, como lagartas, moscas brancas, afídeos, cochonilhas, gafanhotos, ácaros, lagartas, pragas de grãos armazenados, etc. Atuam por contato, ingestão e fumigação, provocando mortalidade, repelência, deterrência alimentar, redução no crescimento, efeitos morfogenéticos e redução na fertilidade e fecundidade. Formas de aplicação de Inseticidas Pulverização, Atomização, Pulverização com barras, Avião, Turbo atomizador, Granulados no solo, Imersão de mudas, Tratamento de sementes... o Método clássico de laboratório: DL50 e CL50 - comparação de toxicidades de i.a. - formulações com o mesmo i.a. o Estimativas letais x populações resistentes o Menores doses/concentrações em campo o Efeitos subletais Fatores Bióticos e Abióticos o Definição: -Efeitos biológicos, fisiológicos, comportamentais e demográficos em indivíduos ou populações que sobrevivem à exposição a um tóxico a uma dose/concentração letal ou subletal. Efeitos Subletais na Biologia de insetos o Oviposição reduzida o Período de desenvolvimento o Alteração da longevidade o Fecundidade o Fertilidade o Deformação Efeitos Subletais no Comportamento de insetos o Forrageamento para alimentação o Escolha de locais de oviposição o Comunicações feromônios o Mobilidade o Navegação/orientação o Desempenho de aprendizagem Subletal Fisiológico o Fertilização de óvulos o Ovogênese o Espermatogênese o Motilidade espermática o Imunidade o Bioquímica • Hormese ou hormoligose: Doses subletais de inseticidas podem favorecer certas característicasde insetos fitófagos, predadores e parasitóides. Esse fenômeno é conhecido como hormese, que significa estimulação do desempenho de um organismo por pequenas exposições a agentes que seriam prejudiciais ou tóxicos a níveis altos de exposição. Ressurgência de pragas: causas • Toxicidade do inseticida sobre inimigos naturais • Hormese • Efeito do inseticida sobre a fisiologia da planta TEORIA DA TROFOBIOSE Inibição da proteossíntese estimulação da planta para a produção de substâncias solúveis (favoráveis ao desenvolvimento das pragas) Efeitos de inseticidas em polinizadores Cerca de 75% das culturas e 80% das espécies de plantas dependem da polinização. Polinizadores de culturas mundiais: Abelhas: 75% Moscas: 19% Morcegos: 6,5% Vespas: 5,0% Besouros: 5,0% Pássaros: 4,0% Borboletas e mariposas: 4,0% Causas responsáveis pelo declínio da polinização • Desmatamento de áreas com vegetação nativa ou áreas agrícolas (implementação e/ou expansão de cidades); • Uso inadequado de práticas de cultivo (utilização abusiva de agrotóxicos, principalmente nas extensas áreas de monocultivo). Efeitos letais e subletais em abelhas Efeitos letais: mortalidade Efeitos subletais: Mudanças no comportamento Desorientação Diminuição do forrageamento Diminuição do aprendizado olfatório Efeito sobre o cérebro? Resistência de insetos a inseticidas • Consiste no desenvolvimento de uma habilidade, numa linhagem de um organismo, de tolerar doses de tóxicos letais para a maioria da população normal (suscetível) da mesma espécie FAO • Redução na susceptibilidade de uma determinada população de praga a um pesticida que é observada através de fracassos repetidos com o uso deste produto de acordo com as recomendações apresentadas no rótulo, e onde o baixo desempenho não pode ser explicado através de problemas de armazenamento do produto, aplicação, condições ambientais ou climáticas desfavoráveis IRAC EVOLUÇÃO DA RESISTÊNCIA • Compromete o uso de produtos químicos no controle de pragas • Consequências: Aplicação mais frequente do produto Aumento da dosagem do produto Substituição de um produto, geralmente por um de maior toxicidade Maior contaminação do meio ambiente, destruição dos organismos benéficos e aumento dos custos de controle MECANISMO DA RESISTÊNCIA Decréscimo na penetração cuticular dificuldades de penetração do acaricida pela cutícula do Representação esquemática do aumento na freqüência de indivíduos resistentes a determinado produto químico com a pressão de seleção. Aplicação contínua Aumento na frequência de indivíduos resistentes Pressão de seleção Pressão de seleção inseto; Aumento na degradação (Metabolismo) degradação do agrotóxico em componentes inativos, devido a: Enzimas Monooxigenases dependentes do citocromo P450, Esterases (carboxilesterases e fosfotriesterases) e Glutationa S-transferases. É o mecanismo mais importante; Redução na sensibilidade do alvo de ação ou sítio de ação insetos resistentes apresentam o alvo de ação protegido contra a ação do acaricida. Mecanismos comportamentais – ex. Repelência TIPOS DE RESISTÊNCIA RESISTÊNCIA CRUZADA: Um único mecanismo confere resistência a dois ou mais compostos do mesmo grupo ou de outro grupo químico, geralmente com o mesmo alvo de ação ou sítio de ação. Ex. Organofosforados e carbamatos RESISTÊNCIA MÚLTIPLA: Dois ou mais mecanismos conferem resistência a dois ou mais compostos de grupos químicos distintos, geralmente com alvos de ação ou sítios de ação diferentes. Ex. Organofosforados e piretróides. ESTRATEGIA DE MANEJO DA RESISTÊNCIA • Manejo por moderação: Reduzir a pressão de seleção para preservar os indivíduos suscetíveis na população • Manejo por saturação: Reduzir o valor adaptativo dos indivíduos resistentes através do uso de sinergistas ou altas dosagens do produto • Manejo por ataque múltiplo: Utilização de dois ou mais produtos em rotação ou em mistura. Parte-se do princípio que a frequência de resistência de um produto A diminui, quando produtos alternativos B e C são utilizados
Compartilhar