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DP ECI (WORD)

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1- Comentário: Pelo critério de Mohr-Coulomb, o círculo representa a solicitação (S) e a envoltória representa a resistência (R). Na proposição I, tem-se representada uma situação na qual a tensão cisalhante é diferente de zero e inferior à resistência ao cisalhamento do solo, fato é que o círculo existe (é composto de infinitos pares [𝜎, 𝜏]) e, exceto pelos planos principais, as tensões de cisalhamento não são nulas nos demais, restando a proposição I incorreta. Na proposição II, dois pontos do círculo tocam a envoltória, configurando ruptura em múltiplos planos (exatamente dois). De fato, trata-se de uma solução inviável e não permitida, tornando a proposição II correta. Na proposição III, não existe um círculo, de tal forma que os pares [𝜎, 𝜏] são todos compostos por valores de tensão 𝜎 com 𝜏 = 0. Nesta condição, diz-se que o solo está submetido apenas a uma pressão hidrostática, tornando a proposição III incorreta. Por fim, na proposição IV, está representada uma situação na qual um ponto do círculo toca a envoltória, configurando ruptura em plano único, solução possível no círculo de Mohr, de tal forma que a proposição IV é correta. Assim, a alternativa que reúne as proposições corretas é a D.
2- Grande parte das rodovias são construídas ou a beira de montanhas, ou repartem os morros e passam entre eles, isso faz com que haja uma certa periculosidade para os carros que passam ali, porque a erosão e o intemperismo continuam ocorrendo nesses relevos. Assim se torna de responsabilidade do engenheiro a procura da melhor medida possível que permite que haja a proteção dos carros, assim as opções acima são as que podem ser utilizadas, cada uma delas para um tipo de material rochoso diferente, o que garante a segurança dos motoristas.
Alternativa E
3- A proposição I é falsa. Segundo o item 3.13 da ABNT NBR12218:1994, o setor de pressões é a área abrangida por uma subdivisão da rede, na qual as pressões estática e dinâmica obedecem a limites prefixados. A proposição II é verdadeira. Segundo o item 3.2 da ABNT NBR12218:1994, setor de manobra é a menor subdivisão da rede de distribuição, cujo abastecimento pode ser isolado, sem afetar o abastecimento do restante da rede. A proposição III é verdadeira. Segundo o item 3.3 da ABNT NBR12218:1994, o setor de medição é a parte da rede de distribuição perfeitamente delimitada e isolável, com a finalidade de acompanhar a evolução do consumo e avaliar as perdas de água na rede. Portanto, a resposta é a letra D
4- A proposição I é falsa, uma vez que multiplicar a deformação específica longitudinal pelo módulo de elasticidade para determinar a tensão equivale a aplicar a lei de Hooke, que é válida em regime elástico linear, mas não em regime plástico. A proposição II é verdadeira. Sabendo que a barra 1 tem o dobro do diâmetro da barra 2, a primeira terá, portanto, o quadruplo da área da barra 2. Como a tensão axial será dada pela razão entre a força e a área da seção de cada barra, para valores iguais de força, a barra 1 que tem 4 vezes mais área de seção transversal que a barra 2, terá ¼ da tensão aplicada na barra 2. Veja a demonstração: 
𝜎1 = 𝐹/𝐴1 = (𝐹/𝜋𝐷^1 2)/ 4 = 4𝐹 /𝜋(2𝐷2 ) 2 = 𝐹/𝜋(𝐷2 2) 
𝜎2= 𝐹/𝐴2 = 𝐹/( 𝜋.( 𝜋𝐷2 2 /4)) = 4𝐹/ 𝜋𝐷2
Portanto, a resposta é a letra D.
5- Já se eliminam de avaliação os revestimentos feitos em TST, TSD e TST, pois por serem constituídos de material betuminoso, apresentam baixa permeabilidade à água. Já as placas de concreto e os blocos de concreto Inter travados são materiais permeáveis, pois são porosos. A contribuição do “paver” na permeabilidade à água se justificaria pelos espaços livres entre as peças, locais por onde a água irá passar, e também pela execução das camadas de base, que permitem que a água infiltre, como ilustrado na Figura 1. Por sua vez, o assentamento das placas de concreto conta com peças maiores e menos juntas de assentamento, sendo menos eficientes no quesito permeabilidade que o “paver”. Portanto, a resposta é a letra B.
6- A asserção I diz respeito das vantagens ambientais das massas mornas no processo de fabricação e na aplicação da mistura por parte dos trabalhadores. A asserção II se refere a possibilidade de se ter uma mistura com propriedades mecânicas semelhantes as misturas a quente, mas com a utilização de temperaturas menores sem prejuízo da qualidade da massa. A justificativa da asserção I se deve ao fato de que as temperaturas mais baixas na produção de misturas mornas geram menores quantidades de poluentes lançados no ar e menor quantidade de combustível utilizado na usinagem que deixa de ser queimado. Outro fator ambiental se diz sobre a diminuição dos fumos de asfaltos a que os trabalhadores estão expostos aliados a diminuição da temperatura de trabalho e ao odor. A justificativa da asserção II se deve ao fato de se conseguir realizar a mistura ao se empregar na composição da massa morna aditivos que permitem que os agregados não precisem ser aquecidos a altas temperaturas para ocorrer a adesividade do ligante, em torno de 90ºC, ao contrário da misturas a quente onde é necessário o uso da temperatura da ordem de 150ºC a 180°C. Sabe-se que as altas temperaturas têm efeito negativo sobre o asfalto e são capazes de causar alterações reológicas substanciais no ligante, levando a um aumento de sua rigidez. Por consequência, durante a vida de serviço do pavimento, a mistura asfáltica com este ligante pode apresentar problemas precoces devido a trinca mentos. Considerando-se todo o processo de pavimentação, sabe-se que este envelhecimento do asfalto ocorre principalmente durante a usinagem, devido aos maiores níveis de temperatura. Quando o ligante é mantido em temperaturas acima de 150°C, mesmo que por tempos relativamente curtos (menores que um minuto, como ocorre na usinagem), pode sofrer envelhecimento significativo com a exposição ao ar e a perda de voláteis. Deste modo, a redução de temperatura nas misturas mornas e semimortas poderia levar a um menor enrijecimento do ligante, tornando-o mais flexível e resistente a trincas por fadiga em vida de serviço e elevando a durabilidade do pavimento em longo prazo. Portanto, a resposta é a letra B.
7- A questão trata da utilização da sob elevação, também chamada de superelevação, nas curvas de concordância horizontal com transição em espiral para contrabalançar os efeitos da força centrífuga atuante nos veículos ao percorrerem essas curvas. A sob elevação é definida como sendo a declividade transversal da pista de rolamento nos trechos em curva, orientada para o centro (lado interno) da curva, introduzida com a finalidade de reduzir ou eliminar os efeitos das forças laterais atuantes nos veículos em movimento. Essa declividade transversal da pista é medida em relação ao plano horizontal e expressa em percentagem. O critério comumente utilizado para o posicionamento e distribuição da sob elevação é fazê-la passar do valor de sob elevação zero, no início da curva de transição (TS), até o valor da sob elevação plena a ser adotada no trecho circular, variando linearmente ao longo e até o final da curva de transição (CS). Análise das alternativas: a) Incorreta: a sob elevação é implantada tanto no trecho circular quanto no trecho em espiral, sendo constante no trecho circular e linearmente variável no trecho em espiral. b) Incorreta: a sob elevação faz os veículos se inclinarem para o lado interno e não para o lado externo da curva. c) Incorreta: a sob elevação não é constante ao longo da curva de transição, mas sim linearmente variável ao longo desta. d) Incorreta: como pode ser observado na fórmula apresentada no enunciado da questão, quanto menor for o raio da curva ou maior a velocidade, maior será o valor da força centrífuga a atuar no veículo o que reduz o nível de segurança ao tráfego. e) Correta: o ponto (TS) e o ponto (CS) são respectivamente o início e o final da curva de transição. Como comentado acima, estes pontos são referências para o trecho onde ocorre a variação do valor da sob elevação, ou seja, parao acréscimo ou decréscimo das cotas do bordo externo da via nos trechos de transição. Portanto, a resposta é a letra E
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8- Analisando os momentos fletores no topo e nas extremidades dos pilares, pode-se observar que na alternativa 3 os momentos fletores serão maiores que aqueles que ocorrerão nas alternativas 1 e 2, devido a que a viga, na região onde atua o carregamento, está sujeita à flexão em torno do eixo de menor momento de inércia do perfil. Por sua vez, na alternativa 1, os momentos fletores serão menores que os da alternativa 2, devido a que o momento de inércia da viga, onde atua o carregamento, é maior que o momento de inércia dos pilares. Finalmente, os momentos fletores na alternativa 2 se encontram entre os da alternativa 1 e da alternativa 3, já que os momentos de inércia da viga e dos pilares são iguais. Portanto, a resposta é a letra B.
9- Para o controle da execução e das características do produto final do concreto convencional a NBR 12655 (ABNT, 2015) prescreve que, no mínimo:
 Para o concreto fresco, no caso de concreto usinado, deve-se realizar o ensaio de consistência (abatimento do tronco de cone ou slump test) a cada betonada. Esse ensaio, apesar de todas as suas limitações, serve para medir a trabalhabilidade (desabilidade, mobilidade e estabilidade) do concreto plástico fresco. A sua conformidade também é um indicativo de que a dosagem dos materiais foi realizada na proporção correta. 
 Para verificação do concreto endurecido deve-se moldar e romper à compressão (na idade de controle) um número de corpos-de-prova suficiente para formar uma amostra representativa de um lote. No caso de concreto usinado é recomendável a moldagem de CP’s de todos os caminhões (amostragem total). Esse ensaio serve para verificar a conformidade quanto a resistência à compressão, mas também serve como indicativo de conformidade das outras propriedades físicas e mecânicas do concreto endurecido que com ela se correlacionam.
10- Para calcular o diâmetro do tubo, primeiramente precisa-se definir os parâmetros hidráulicos do tubo coletor no qual se processa o escoamento: a área da seção de escoamento considerada 50% cheia e raio hidráulico. 
Vejamos:
 Área molhada: ( 𝜋𝐷 2 4 ) ∙ 1 2 = 𝜋𝐷 2 8 (seção 50% cheia)
 Perímetro molhado: 𝜋𝐷/2 (seção 50% cheia)
 Raio hidráulico: 𝑅𝐻 = 𝐴𝑀 𝑃𝑀 = 𝜋𝐷 2 8 ∙ 2 𝜋𝐷 = 𝐷 4 Sabendo que 𝐾 = 100, 𝐼 = 0,04 𝑚/𝑚, 𝑄 = 3,14 𝑚3 /𝑠, então basta substituir essas informações na equação do modelo que representa o escoamento e calcular o diâmetro. 
𝑄 = 𝐾𝐴𝑅𝐻𝐼 3,14 = 100 ∙ 𝜋𝐷 2 8 ∙ 𝐷 4 ∙ 0,04 3,14 = 𝜋𝐷 3 8
Admitindo que 𝜋 = 3,14, dividem-se os dois lados da equação por esse valor, obtendo-se: 1 = 𝐷 3 8 → 𝐷 3 = 8 ∴ 𝐷 = 2 m
11- O controle da umidade ótima medida em campo se dá através do aparelho um dímetro conhecido por Speedy que tem base na reação química da água existente em uma amostra com o carbureto de cálcio que formam o gás de acetileno e ao expandir gera uma pressão proporcional a quantidade de água na amostra e por consequência indica o teor de umidade. Outra possibilidade para determinar a umidade ótima é o método do banho de areia, ou método do fogareiro, que consiste em secar o material, com pesagem antes e depois da secagem para determinar a massa de água perdida e, com ela, a umidade do material. A massa especifica aparente seca máxima (peso específico máximo) é determinada com o emprego do aparelho denominado Frasco de Areia que consiste em calcular a massa específica aparente seca e, consequentemente, o grau de compactação do solo em questão. Outra possibilidade para determinar a massa específica aparente seca é o método do cilindro biselado, que consiste em cravar um cilindro no solo para retirar uma amostra do mesmo, a qual é seca e, após a remoção de toda a umidade, pode-se obter a massa específica aparente seca máxima dividindo a massa de solo no interior do cilindro pelo seu volume. O grau de compactação é determinado através da relação entre a massa aparente seca medida em campo através do ensaio do Frasco de Areia e a massa aparente seco máximo determinado em laboratório. Com este dado é possível determinar o Grau de Compactação (GC) que para ser considerado aceitável deve variar entre 95% e 100%, devendo ser calculado como: 𝐺𝐶 = 𝛾𝑠 𝛾𝑠,𝑚𝑎𝑥 Sendo 𝛾𝑠 a massa específica seca do solo medida em campo e 𝛾𝑠,𝑚𝑎𝑥 a massa específica seca máxima do solo medida em laboratório.

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