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ARTIGO CIENTIFICO - ACORDO DE PARIS

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TÍTULO DO ARTIGO
Inação do governo brasileiro em face ao acordo de paris sobre as mudanças climáticas.
Eliana Rossi[footnoteRef:1] [1: Nome por extenso e qualificação completa do(s) autor(es), Instituição e cargo a qual está ligado, (com endereço) Titulação e endereço eletrônico e telefone de contato] 
Orly A. Mendes[footnoteRef:2] [2: ] 
Izabela Sombrio[footnoteRef:3] [3: Izabela Sombrio, acadêmica de direito na Univali, ] 
Nome do orientador[footnoteRef:4] [4: ] 
Resumo 
Brasil é um dos países com a maior diversidade e riqueza ambiental no globo terrestre, mas também está na lista dos grandes poluidores. Diante desse cenário, vamos analisar a implementação de políticas e medidas para enfrentar as mudanças do clima. É fundamental que o nosso país se adeque à nova realidade do mundo. Nunca foi tão importante colocar num mesmo patamar os esforços para considerar os impactos socias e reduzir os danos ambientais causados pelos negócios, É preciso pensar em todos esses aspectos simultaneamente para que um desenvolvimento sustentável seja alcançado.
Palavras-chave: Acordo de Paris. INDC (Contribuição Nacionalmente Determinada). Inação do governo brasileiro. 
Introdução
A 21º Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a COP-21, que ocorreu em dezembro de 2015, considerada uma das “conferências do Clima” mais importantes e influentes o futurodesenvolvimento dos países envolvidos e da governança global ambiental, pois seu objetivo é limitar o aquecimento global até o ano de 2100 por meio de um Acordo que substitua o Protocolo de Quioto. A entrada em vigor do Acordo, como dito, é apenas a primeira fase de uma longa trajetória para chegar ao seu objetivo de longo prazo que é o de manter “muito abaixo de 2o C” o aquecimento do Planeta em comparação com os níveis pré-industriais, de modo a evitar efeitos climáticos de difícil reversão.
Portanto iremos mencionar neste artigo a aderência do governo brasileiro e a inação em fase ao acordo de Paris, apresentando a iNDC (contribuição nacional determinada), Quais os compromissos assumidos pelo Brasil, Nos setores: florestal e de mudança do uso da terra; agrícola; energia; industrial e transportes. 
E trazer uma resolução comparativa sobre a aderência do Governo Brasileiro ao Acordo de Paris.
1 Acordo de Paris
O Acordo de Paris, doravante Acordo, entrou em vigor no dia 4 de novembro de 2016, pois as condicionantes do seu parágrafo 1º do art. 21 foram cumpridas: houve a ratificação, ou seja, o processo de internalização em seu ordenamento jurídico nacional por no mínimo 55 países que representem, no mínimo, 55% das emissões globais.
Trata-se de um acordo considerado um sucesso diplomático e um passo decisivo no combate internacional às alterações adversas do clima. Que impactos imediatos nas políticas climáticas nacionais gerará a entrada em vigor de tão importante instrumento? Qual a natureza jurídica do Acordo? Quais seus efeitos jurídicos? Como se deu a ratificação em âmbito doméstico? Tais questões serão analisadas neste tópico, sem que se pretenda, dada a limitação deste trabalho, esgotar o assunto ou tecer juízos definitivos. 
Inicialmente, o sucesso pela sua célere entrada em vigor se deve ao fato de ser a primeira vez, desde o início das negociações sobre o enfrentamento da alteração climática, que todos os países se unem em um esforço conjunto para ações de mitigação e de adaptação contra o aquecimento global. O ponto central do Acordo é a obrigação de que todas as nações participem, ou seja, de que todas as partes que ratificaram a Convenção realizem esforços nesse sentido, o que representa um avanço nas negociações globais e traz responsabilidades a todos, conforme demanda dos países do Anexo I do Protocolo de Quioto e diferentemente do que ocorrera com Quioto.
A renovação do pacto climático, que Copenhagen ficou devendo, veio apenas em 2015, em Paris, na COP 21, após intensos períodos de estudos e negociações. O resultado desse evento foi o Acordo de Paris, acordo climático que buscou solucionar os problemas levantados em relação ao Protocolo de Quioto, “fortalecendo a resposta global à ameaça das mudanças climáticas”. 
	O Acordo de Paris estabelece duas principais metas de longo prazo que norteiam a própria elaboração do documento e a atuação de cada uma das Partes signatárias: 
1- manter o aumento da temperatura média global bem abaixo de 2° C em relação aos níveis pré industriais, buscando limitar esse aumento a 1,5º; e 
2- aumentar a capacidade de adaptação aos impactos negativos da mudança do clima. Esses objetivos podem ser sintetizados em duas palavras-chave: mitigação e resiliência. 
	As principais diferenças entre o Protocolo de Quioto e o Acordo de Paris são a forma como são aplicados o princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas e da cooperação internacional.
	Determinada (NDC, na sigla em inglês), de acordo com suas particularidades, realidades de desenvolvimento e possibilidades de implementação de políticas públicas. Dessa forma, atende-se a reivindicação dos países desenvolvidos por um compromisso internacional equitativo e “aplicável a todos”. Buscando contornar as críticas feitas ao MDL, no Acordo de Paris foi criado o Mecanismo de Desenvolvimento Sustentável (MDS)524. De forma análoga ao instrumento anterior, trata-se de um instrumento de cooperação internacional baseado na compensação de emissões de gases de efeito estufa e no financiamento de projetos de desenvolvimento de tecnologias limpas. Assim, o MDS pode ser considerado também uma contribuição brasileira para o Acordo de Paris, tendo em vista que veio substituir o MDL, que surgiu por iniciativa da delegação brasileira nas negociações referentes ao Protocolo de Quioto. A novidade introduzida é a inexistência de distinção entre os Estados, o que possibilita que os países desenvolvidos estabeleçam formas de compensação entre si, refletindo uma reivindicação dessas nações. A principal tarefa do Brasil para a COP 21 era elaborar uma NDC ambiciosa e coerente com o posicionamento mais recente, adotado em Copenhagen e nas reuniões que a seguiram, e com a legislação interna já existente acerca do tema, sobretudo a Política Nacional sobre Mudança do Clima[footnoteRef:5]. Além disso, era necessário seguir os parâmetros impostos pelo Acordo de Paris: a imprescindibilidade da realização de esforços ambiciosos e a necessidade de progressão das metas estabelecidas, que devem ser atualizadas a cada ano – veda-se a regressão da ambição 525. A principal contribuição pretendida pelo Brasil é a redução das emissões de gases de efeito estufa em 37% abaixo dos níveis de 2005 até o ano de 2025 e, como contribuição indicativa subsequente, em 43% até 2030. A abrangência da contribuição é o território nacional, ou seja, será considerada a redução em termos absolutos do conjunto da economia.[footnoteRef:6] [5: disponível em: IDPV -  21º Congresso Brasileiro de Direito Ambiental- Jurisprudência, Ética e Justiça Ambiental volume 2 - 2016 - Editora: IDPV, http://www.planetaverde.org/biblioteca-virtual/anais acesso em 10 setembro de 2019.] [6: 24º CONGRESSO BRASILEIRO DE DIREITO AMBIENTAL, Acesso em: 31 de agosto de 2019, Disponível em: < http://www.planetaverde.org/arquivos/biblioteca/arquivo_20190819095837_1790.pdf>] 
de acordo com a análise do Professor da Universidade de Lisboa Tiago Antunes, que preceitua:
Não se trata de um compromisso estritamente político, nem de um gentlemen’s agreement, nem de uma mera proclamação de intenções ou de um exemplo de soft law. Trata-se, sim, de um instrumento jurídico devidamente formalizado e gerador de obrigações internacionais, mediante um processo que se iniciará em 22 de abril de 2016, em Nova Iorque, com a abertura do Acordo de Paris a assinatura, seguindo-se as formalidades constitucionais necessárias à vinculação a cada Estado (que, em muitos casos, implicarão um processo de ratificação), com vista àrespectiva entrada em vigor (que ocorrerá após a vinculação de 55 Estados que representem pelo menos 55% das emissões mundiais de gases com efeito de estufa) e produção de efeitos jurídicos a partir de 2020[footnoteRef:7]. [7: Conforme anunciado pela UNFCCC, no dia 5 de outubro de 2016 alcançou-se o número de países e o volume de emissões para a ratificação. Disponível em: https://unfccc.int/process-and-meetings/the-paris-agreement/the-paris-agreement Acesso em 10 de setembro de 2019. ] 
A partir da sua entrada em vigor, inicia-se uma nova e complexa etapa: a sua implementação, para Patrícia Espinosa, Secretária-Executiva da UNFCCC: a entrada em vigor do Acordo é uma extraordinária conquista política, que abre as portas para uma mudança fundamental em todas as esferas, governos, mercado, investimentos e sociedade civil, em como o mundo vê, se prepara e atua no campo das mudanças climáticas[footnoteRef:8]. [8: Disponível em: IDPV -21º Congresso Brasileiro de Direito Ambiental- Jurisprudência, Ética e Justiça Ambiental volume 1 - 2016 - Editora: IDPV, http://www.planetaverde.org/biblioteca-virtual/anais.  
] 
2 Compromissos que o Brasil assumiu no acordo de Paris (INDCs)
	A Contribuição Nacionalmente Determinada (iNDC, na sigla em inglês) é o documento do governo brasileiro que registra os principais compromissos e contribuições Brasil para o futuro acordo climático que será negociado e aprovado no fim do ano, em Paris.
	Até lá, todos os países signatários da Convenção de Clima da ONU precisarão ter apresentado as próprias iNDC, que oficializam o comprometimento de cada governo com ações capazes de limitar o aumento da temperatura média global a até 2°C.
	O Brasil se comprometeu a promover uma redução das suas emissões de gases de efeito estufa em 37% abaixo dos níveis de 2005, em 2025. Além disso, indicou uma contribuição indicativa subsequente de redução de 43% abaixo dos níveis de emissão de 2005, em 2030.
	Para alcançar as metas de redução, o governo brasileiro adotará políticas em diversas áreas. Na matriz energética, o Brasil pretende assegurar 45% de fontes renováveis, incluindo as hidrelétricas, enquanto a média global é de apenas 13%. No setor de uso da terra, a previsão é restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares de vegetação em território nacional, além de acabar com o desmatamento ilegal.[footnoteRef:9] [9: iNDC (Contribuição Nacionalmente Determinada), 28 de agosto de 2019, Disponível em: <https://www.mma.gov.br/informma/item/10570-indc-contribui%C3%A7%C3%A3o-nacionalmente-determinada>] 
	2.1 Quais os compromissos assumidos pelo Brasil?
	1. Aumentar a participação de bioenergia sustentável na matriz energética brasileira para aproximadamente 18% até 2030, expandindo o consumo de biocombustíveis, aumentando a oferta de etanol, inclusive por meio do aumento da parcela de biocombustíveis avançados (segunda geração), e aumentando a parcela de biodiesel na mistura do diesel.
	2. No setor florestal e de mudança do uso da terra: fortalecer o cumprimento do Código Florestal, em âmbito federal, estadual e municipal; fortalecer políticas e medidas com vistas a alcançar, na Amazônia brasileira, o desmatamento ilegal zero até 2030 e a compensação das emissões de gases de efeito de estufa provenientes da supressão legal da vegetação até 2030; restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares de florestas até 2030, para múltiplos usos; ampliar a escala de sistemas de manejo sustentável de florestas nativas, por meio de sistemas de georeferenciamento e rastreabilidade aplicáveis ao manejo de florestas nativas, com vistas a desestimular práticas ilegais e insustentáveis; alcançar 10% de ganhos de eficiência no setor elétrico até 2030.
	No entanto, de acordo com o Seeg, o desmatamento na Amazônia segue sendo o principal responsável pela elevação das emissões de gases do efeito estufa no Brasil, que, em 2016, emitiu 2,3 bilhões de toneladas brutas de CO2e, 9% a mais que o emitido em 2015 — a maior elevação em 13 anos — e o maior número desde 2008. Para Pedro Roberto Jacobi, coordenador do Grupo de Estudos Meio Ambiente e Sociedade do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP, a questão central é se é possível ou não alcançar o desmatamento zero na Amazônia. Contudo, para ele, o cenário político atual do Brasil dificulta os avanços em relação ao tema.[footnoteRef:10] “Neste momento, num quadro de tanta incerteza política, inclusive de total indefinição de quem será presidente a partir de novembro de 2018, ficam muitas perguntas no ar.” [10: Os desafios para a implementação do Acordo de Paris, 26/02/2018, Disponível em: <https://paineira.usp.br/aun/index.php/2018/02/26/os-desafios-para-a-implementacao-do-acordo-de-paris/>] 
	3. No setor agrícola, fortalecer o Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC) como a principal estratégia para o desenvolvimento sustentável na agricultura, inclusive por meio da restauração adicional de 15 milhões de hectares de pastagens degradadas até 2030 e pelo incremento de 5 milhões de hectares de sistemas de integração lavoura-pecuária-florestas (iLPF) até 2030.
	4. No setor da energia, alcançar uma participação estimada de 45% de energias renováveis na composição da matriz energética em 2030, incluindo: expandir o uso de fontes renováveis, além da energia hídrica, na matriz total de energia para uma participação de 28% a 33% até 2030; expandir o uso doméstico de fontes de energia não fóssil, aumentando a parcela de energias renováveis (além da energia hídrica) no fornecimento de energia elétrica para ao menos 23% até 2030, inclusive pelo aumento da participação de eólica, biomassa e solar; alcançar 10% de ganhos de eficiência no setor elétrico até 2030
	5. No setor industrial, promover novos padrões de tecnologias limpas e ampliar medidas de eficiência energética e de infraestrutura de baixo carbono.
	6. No setor de transportes, promover medidas de eficiência, melhorias na infraestrutura de transportes e no transporte público em áreas urbanas.[footnoteRef:11] [11: Entenda melhor a iNDC do Brasil, Publicado: Segunda, 26 de Setembro de 2016, 17h25, Disponível em: <http://redd.mma.gov.br/pt/noticias-principais/414-entenda-melhor-a-indc-do-brasil>] 
As políticas, medidas e ações de implementação da NDC do Brasil
são conduzidas no âmbito da Política Nacional sobre Mudança do Clima (Lei
12.187/2009), da Lei de
Proteção das Florestas Nativas (Lei 12.651/2012, Código Florestal), da Lei do
Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Lei 9.985/2000) e da legislação,
instrumentos e processos de planejamento a elas relacionados.
Em observância e em respeito aos direitos humanos, a NDC Brasileira
leva em consideração os direitos das comunidades vulneráveis, das populações
indígenas, das comunidades tradicionais e dos trabalhadores nos setores afetados
por políticas e planos correspondentes, e promovendo medidas sensíveis a
gênero.
Nas contribuições nacionais, aborda-se um amplo escopo, que inclui
mitigação, adaptação e meios de implementação, em consonância com os
objetivos da Convenção e nos termos da decisão 1/CP.20, parágrafo 9 (“Chamado
de Lima para Ação Climática”).[footnoteRef:12] [12: 22º CONGRESSO BRASILEIRO DE DIREITO AMBIENTAL Teses de Estudantes de Pós-Graduação / PhD and Master Student’s Papers, Acesso em: 08 de setembro de 2019, Disponível em:< http://www.planetaverde.org/arquivos/biblioteca/arquivo_20170918100310_6632.pdf>] 
	MITIGAÇÃO Contribuição: o Brasil pretende comprometer-se a reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 37% abaixo dos níveis de 2005, em 2025. Contribuição indicativa subsequente: reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 43% abaixo dos níveis de 2005, em 2030. Tipo: meta absoluta em relação a um ano-base. Abrangência: todo o território nacional, para o conjunto da economia, incluindo CO2, CH4, N2O, perfluorcarbonos, hidrofluorcarbonos e SF6. Ponto de referência: 2005. Horizonte temporal: meta para o ano de 2025; valores indicativos de 2030 apenas para referência. Métrica:Potencial de Aquecimento Global em 100 anos (GWP-100) usando valores do IPCC AR5. Abordagens metodológicas, inclusive para estimativa e contabilização de emissões antrópicas de gases de efeito de estufa e, conforme apropriado, remoções: abordagem baseada em inventário para estimativa e contabilização das emissões antrópicas de gases de efeito estufa e, conforme apropriado, remoções, seguindo as diretrizes aplicáveis do IPCC.
	
3 Título Terceiro Capítulo
	Perspectivas para a atuação brasileira
Causa grande incerteza em relação ao balanço da participação brasileira no
Acordo de Paris a ausência de qualquer garantia de que as metas propostas na NDC serão
atingidas.
	No tocante ao setor florestal, que é de extrema importância para garantir o
cumprimento da redução e para solidificar a imagem do Brasil no exterior como um
país comprometido com a proteção da Amazônia, houve pouco avanço e muitos
retrocessos desde a assinatura do Acordo de Paris. 
No plano prático e fático, entretanto, essas medidas estão longe de serem
implementadas. O Código Florestal, em vez de ser fortalecido, sofreu diversos retrocessos
como resultado do julgamento das Ações Diretas de Inconstitucionalidade nº 4901, 4902,
4903 e 4937 pelo Supremo Tribunal Federal; o desmatamento da Amazônia, segundo
levantamentos do Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia, aumentou 84%
em setembro de 2018 em relação ao mesmo mês no ano anterior; nenhuma ação
concreta de reflorestamento foi tomada a nível federal; a fiscalização promovida pelo
IBAMA está sendo alvo de um processo de desmonte, o que torna praticamente
impossível a restrição a práticas ilegais e insustentáveis.
	Esses retrocessos prejudicam a posição e a imagem do Brasil no cenário
internacional, que vinha sendo construída de forma positiva politicamente desde
1992 durante o governo Collor, sendo consolidada com o posicionamento de Lula em Copenhagen. 	
	Esse processo gera o enfraquecimento da diplomacia nacional,
remetendo à situação experienciada pelo país na época entre a Conferência de
Estocolmo e a Cúpula da Terra, em que era considerado por diversos Estados como
incapaz de preservar a Amazônia.
	Essa visão – legitimada pela negligência dos poderes públicos com o meio
ambiente – é que põe em risco a soberania e a possibilidade de o Brasil ocupar
espaços de liderança e de prestígio na governança internacional, quer sobre meio
ambiente quer sobre outros temas atuais. É também usada como argumento para
que outras nações busquem maneiras de exercer ingerências no território brasileiro,
justificando a proteção aos bens naturais brasileiros por constituírem patrimônio de interesse humanitário, ou “bens comuns”.
	A prioridade do governo federal para os próximos anos deveria ser, tanto do
ponto de vista da política externa quanto do ponto de vista ambiental, atender às
expectativas geradas com a publicação da NDC brasileira, ou seja, implementar as
ações previstas com vistas a efetivamente reduzir as emissões domésticas de gases
de efeito estufa a fim de contribuir com os objetivos do Acordo de Paris e da UNFCCC.
	Ademais, os países que não atingirem as contribuições propostas –
especialmente aqueles que negligenciarem o assunto sem tomar qualquer medida
capaz de implementar sua NDC – poderão sofrer sanções políticas diversas das demais
nações signatárias da UNFCCC e do Acordo de Paris. Apesar de o documento não
prever penalidades jurídicas, há sanções diversas decorrentes do não cumprimento
de tratados internacionais, como o enfraquecimento diplomático e o desinteresse das
demais nações em realizar investimentos e transações comerciais.
	Bolsonaro, ao se aproximar do negacionismo climático, imagina estar
construindo uma imagem no exterior do Brasil como país autônomo e soberano que
não se curva aos interesses de outras nações. Entretanto, o que um estudo detido da história da governança climática internacional demonstra é o contrário: o presidente está levando o país a um rumo de descrença e desinteresse internacional, que fragiliza a
soberania brasileira e serve de argumento para justificar ingerências externas na política ambiental brasileira.[footnoteRef:13] [13: 24º CONGRESSO BRASILEIRO DE DIREITO AMBIENTAL, Acesso em: 02 de setembro de 2019, Disponível em: <http://www.planetaverde.org/arquivos/biblioteca/arquivo_20190819095837_1790.pdf>] 
	
 	
Considerações Finais
As considerações finais se constituem como dedução lógica do estudo, destacando-se os seus resultados, relacionando-os aos objetivos propostos na instrução. Pode ser incluídas sugestões ou recomendações para outras pesquisas, porém de forma breve e sintética.
Texto artigo Texto artigo Texto artigo Texto artigo Texto artigo Texto artigo Texto artigo Texto artigo Texto artigo Texto artigo Texto artigo Texto artigo Texto artigo Texto artigo Texto artigo Texto artigo.
Referência das Fontes Citadas
As referências redigidas, segundo a norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), deverão ser apresentadas por ordem alfabética e constituírem uma lista única no final do artigo. Neste item são apresentadas TODAS as obras utilizadas na pesquisa e utilizadas durante o trabalho. A utilização das obras deve ser possível de comprovar através das citações realizadas. A exatidão e adequação das referências, que tenham sido consultadas e mencionadas no texto do artigo, são da responsabilidade do autor.
SOBRENOME DO AUTOR, Prenome. Título do livro em negrito. n. edição (se não for a 1ª). Local de publicação: Editora, ano.
SOBRENOME DO AUTOR, Título do artigo. Nome da Revista em negrito, Local de Publicação, v. x, n.x, x-y, mês e ano.

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