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RESOLUÇÃO_Redes de Esgoto e Aguas Pluviais

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1 
 
 
 
PARTE 2 – ESGOTO E AGUAS PLUVIAIS 
 
A – ENUNCIADO: 
 
DIMENSIONAMENTO DAS REDES DE ESGOTO E ÁGUAS PLUVIAIS PARA PROJETO DO 
EDIFÍCIO RESIDENCIAL 
Considere o mesmo edifício residencial proposto para a Parte 1 deste curso, com projeto e suas 
características descritas a seguir. Suponha que você foi contratado como engenheiro(a) ou 
arquiteto(a) para elaborar também o projeto de esgoto e aguas pluviais desta edificação. Dimensione 
todos os elementos destas redes para elaborar o projeto do prédio. 
 
B - CARACTERÍSTICAS DO EDIFÍCIO: 
 
- Prédio de 4 PAVIMENTOS TIPO: TÉRREO + 3 PAVIMENTOS 
(Não há pilotis, o térreo é pavimento tipo residencial) 
 
- PAVIMENTO TÉRREO: 8 vagas de estacionamento descobertas (01 vaga por apartamento) e 01 
jardim descoberto de 72 m2. 
 
- 4 PAVIMENTOS TIPO: 8 apartamentos residenciais idênticos (2 apartamentos por pavimento). 
Cada apartamento possui 02 quartos; 01 banheiro com ducha higiênica, descarga com bacia 
acoplada, lavatório e chuveiro (estes últimos aquecidos por sistema de aquecimento solar situado no 
topo do edifício) e; 
01 cozinha e área de serviço com pia, filtro, tanque e máquina de lavar (pia com aquecimento). 
 
- População de 4 moradores por apartamento. 
 
- O sistema de abastecimento é indireto com bombeamento. 
 
- A reserva para incêndio é 20% do consumo diário de água. 
 
 
 
2 
 
 
 
- A medição é individualizada: 01 ramal de agua fria por apartamento bifurcando em 02 sub-ramais 
dentro do apartamento: (a) sub-ramal de agua fria para banheiro; (b) sub-ramal de agua fria para 
cozinha e área de serviço e (c) mais 01 ramal de agua quente por apartamento, para o chuveiro, 
lavatório e pia. E mais 01 ramal adicional para a área externa. 
 
- O prédio possui 13,40 metros de desnível vertical da bomba à entrada de água do reservatório 
superior e 21,40 metros é o comprimento da tubulação de recalque. O comprimento da tubulação de 
sucção é 1,00 metro. 
 
- Considere ainda que a edificação está situada em Brasília, onde a irradiação solar é 4,53 kWh/(m2 
x dia) e que o rendimento do sistema de aquecimento é 50%. 
 
C - DETERMINE: 
 
Dimensione as redes de esgoto e águas pluviais para esta edificação. 
 
1) Calcule os diâmetros das tubulações de esgoto, com inclinação 1%, para: 
 
1.1) Cada equipamento individualmente; 
1.2) Ramal dos banheiros e ramal da cozinha no pavimento tipo; 
1.3) Tubos de ventilação; 
1.4) Tubos de queda; 
1.5) Sub-coletor dos banheiros; 
1.6) Sub-coletor da cozinha/área de serviço; 
1.7) Coletor predial. 
 
 
2) Calcule o volume e as dimensões da fossa séptica e a área infiltrante e as dimensões 
do sumidouro para esta edificação, considerando fossa prismática e sumidouro 
cilíndrico, ambos de concreto armado e alvenaria de bloco de cimento. Considere solo 
arenoso, com coeficiente de infiltração igual a 90 litros por m2 x dia. Desenhe o croqui 
detalhado para a fossa e o sumidouro. 
 
2.1) Fossa Séptica; 
2.2) Sumidouro. 
 
 
3 
 
 
 
 
3) Considerando que a edificação possui um telhado de área total igual 113,20 m2, 
dividido em duas águas, onde a água pluvial escoa em uma única direção, para uma 
calha cilíndrica de PVC de inclinação 2%, trabalhando a meia seção, e desce por um 
tudo vertical de PVC interconectado com aresta viva, com 11,20 metros de 
comprimento. No térreo, a água pluvial escoa por um tubo horizontal com inclinação 
de 1% até a galeria pública de aguas pluviais. Calcule a vazão de projeto e defina os 
diâmetros da calha e dos tubos vertical e horizontal para escoamento das aguas 
pluviais do telhado. 
 
3.1) Vazão de projeto. 
3.2) Calha; 
3.3) Tubo vertical; 
3.4) Tubo horizontal; 
3.5) Forma de descarga. 
 
 
D - RESOLUÇÃO: 
 
Dimensionamento Completo de Redes de Agua Fria e Agua Quente. 
 
Com base no livro: 
CREDER, HELIO. Instalações Hidráulicas e Sanitárias. Rio de Janeiro: LTC, 6ª ed., 2006. 
 
Baixe o livro no link: 
 
https://drive.google.com/file/d/0B8t4U69bOz4pYlVJYjdoX2VKSHc/view?usp=sharing 
 
 
1) Diâmetro das tubulações de esgoto 
https://drive.google.com/file/d/0B8t4U69bOz4pYlVJYjdoX2VKSHc/view?usp=sharing
 
 
4 
 
 
 
 
 
Tubos de esgoto e agua pluvial – PVC branco 
 
 
 
Tubos de agua fria – PVC marrom 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 
Tubos de agua quente – PVC azul 
 
 
 
Tubos de agua quente – cobre 
 
 
Entenda a tubulação: 
 
Cada equipamento individualmente – saída de cada equipamento individual. 
Ramal dos banheiros e ramal da cozinha no pavimento tipo – liga cada equipamento ao seu 
respectivo tubo de queda. 
Tubos de ventilação – conduz o ar para a cobertura, para evitar mal cheiro. 
Tubos de queda – conduz o esgoto para o térreo. 
Sub-coletor dos banheiros – agrupa o esgoto da prumada de um conjunto de banheiros dispostos 
verticalmente. 
 
 
6 
 
 
 
Sub-coletor da cozinha/área de serviço – agrupa o esgoto da prumada de um conjunto de cozinhas 
e áreas de serviços dispostas verticalmente. 
Coletor predial – agrupa todo o esgoto do prédio. 
 
 
Os tubos de esgoto ficam situados sob a laje dos banheiros, cozinhas e áreas de serviço. Nas 
edificações com diversos andares, os tubos de esgoto de um pavimento encontram sob a laje de 
piso deste pavimento e podem ser vistos no teto do pavimento inferior. Por este motivo que se 
colocam forros no teto dos pavimentos embaixo de banheiros, cozinhas e áreas de serviço. 
 
 
 
Tubulação de agua fria (marrom) e de esgoto (branco) vistas olhando-se para o teto do pavimento 
inferior. 
 
 
SIFÃO: represamento proposital de agua para evitar mal cheiro dentro de banheiros, cozinhas e 
áreas de serviço. A agua presa evita que o ar da rede de esgoto (responsável pelo mal cheiro) retorne 
para os equipamentos que fizeram a descarga do esgoto dentro da edificação. 
 
 
 
7 
 
 
 
 
 
Sifão simples 
 
 
 
 
 
 
Caixa sifonada para vaso sanitário 
 
 
 
 
 
8 
 
 
 
 
Ralo sifonado 
 
 
 
 
 
 
Ralo seco (não há sifão) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
 
TABELA DEFINIDORA DOS DIAMETROS DA TUBULAÇÃO DE ESGOTO: 
 
 
 
 
Observação importante: nunca se reduz diâmetro na rede de esgoto. O diâmetro sempre aumenta 
longo da rede de esgoto, no caminho entre os aparelhos sanitários e a destinação final do esgoto. A 
única exceção é o tubo de ventilação, que conduz ar para a cobertura. 
 
 
 
 
BANHEIROS
Aparelho No de Hunter Diametro (mm) Tabelas
Lavatorio 1 30
Ralo Seco (dentro do banheiro) 1 30
Ralo Sifonado (dentro do box) 2 40
Vaso com descarga acoplada 6 100
Ramal 1 - VASO 6 100
Ramal 2 - OUTROS 4 50
Tubo de Queda TQ1 - VASO 24 100
Tubo de Queda TQ2 - outros 16 50
Tubo de Ventilação TV1 - VASO 24 75
Tubo de Ventilação TV2 - outros 16 50
Sub-coletor (4 banheiros) 40 100 Tab 3.3 Pag 233
COZINHA/AREA DE SERVIÇO
Aparelho No de Hunter Diametro (mm) Tabelas
Pia 3 40
Ralo Seco (dentro do cozinha) 3 40
Ralo Sifonado (dentro do area de serviço) 3 40
Tanque de Lavar Roupa 3 40
Máquina de Lavar 10 75
Ramal 3 - Pia 3 40
Ramal 4 - OUTROS 19 75
Tubo de Queda TQ3 - Pia 12 50
Tubo de Queda TQ4 - outros 76 100
Tubo de Ventilação TV3 - Pia 12 50
Tubo de Ventilação TV4 - outros 76 75
Sub-coletor (4 coz/serviço) 88 100 Tab 3.3 Pag 233
Sub Coletor (4 COZ + 4 BAN) 128 100
COLETOR PREDIAL (8 COZ + 8 BAN) 256 150
TAB 3.5 Pag 234
Tab 3.7 Pag 234
TAB 3.1 Pag 232
Tab 3.3 Pag 233
Tab 3.4 Pag 233
Tab 3.7 Pag 234
TAB 3.5 Pag 234
TAB 3.1 Pag 232
Tab 3.4 Pag 233
 
 
10 
 
 
 
CAIXA DE GORDURA: 
 
A caixa de gordura tem a função de reter parte da gordura da pia da cozinha, antes do esgoto chegar 
na fossa. 
 
 
 
Caixa de gordura de PVC cilíndrica, com tampa e balde removíveis para limpeza. 
 
 
 
 
11 
 
 
 
 
Caixa de gordura de concreto feita na obra. A tampa pode ser feita de concreto ou aço. 
 
 
Princípio de funcionamento da caixa de gordura: a gordura boia por ser mais densa que a agua e 
nãoconsegue ultrapassar a parte inferior do septo, ficando retida dentro da caixa. 
 
 
 
 
12 
 
 
 
DIMENSIONAMENTO DA CAIXA DE GORDURA 
 
Neste projeto temos 2 prumadas de cozinhas, com 4 cozinhas por prumada. Adotaremos 2 caixas 
de gordura, uma por prumada, para serem instaladas no pavimento térreo do edifício, entre à saída 
do tudo de queda da pia da cozinha e sua respectiva caixa de inspeção. 
 
As dimensões mínimas da caixa de gordura para 4 pias que será utilizada no nosso projeto estão 
descritas na página 236 do livro de Helio Creder. 
 
OPÇÃO 1 - Para caixas de gordura pré-fabricada em formato cilíndrico (alínea c da pag. 236): 
 
DIMENSÕES MÍNIMAS: 
Diâmetro interno: 60 cm 
Parte submersa do septo: 35 cm 
Capacidade de retenção: 120 litros 
Diâmetro da tubulação de saída: 100 mm 
Utilização: 2 a 12 cozinhas 
 
OPÇÃO 2 - Para caixas de gordura construídas na obra em formato prismático com base retangular 
(alínea d da pag. 236): 
 
DIMENSÕES: 
Distância mínima entre o septo e a saída: 20 cm 
Volume da câmera de retenção: V = 20 litros + N x 2 litros 
N = número de pessoas que usam as cozinhas 
V = volume em litros 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
 
CAIXA DE SABÃO 
 
A caixa de sabão tem a função de reter parte do sabão gerado em lavatórios, chuveiros, pias, tanque 
e máquinas de lavar roupa. Ela impede o excesso de sabão chegar na fossa. Trata-se de uma caixa 
sifonada, onde o sabão boia, não consegue passar por baixo da lâmina d’água e por isso não passa 
para o tubo de saída da caixa. O funcionamento da caixa de sabão é similar ao da caixa de gordura, 
por isso seu dimensionamento pode seguir os mesmos critérios. 
 
 
Caixa de sabão em PVC disponível no mercado. 
 
 
Pelo fato da caixa de sabão adotar o mesmo princípio de separação e funcionamento da caixa de 
gordura, o dimensionamento de ambas podem ser similares. 
 
Neste projeto, vou usar caixas de sabão no pavimento térreo para os esgotos que descem pelos 
tubos de queda dos ramais dos banheiros e cozinhas, excetuando-se o ramal do vaso sanitário e da 
pia da cozinha. Não colocarei caixa de sabão na saída do tubo de queda do vaso sanitário porque 
neste esgoto não se caracteriza pela presença de sabão. Não colocarei caixa de sabão no tubo de 
queda da pia da cozinha porque este já possui caixa de gordura que cumpre a função de retenção 
do sabão. Para os demais tubos de queda, adotarei caixas de sabão de PVC disponíveis no mercado, 
seguindo as dimensões recomendadas na especificação do produto. 
 
 
 
 
 
14 
 
 
 
2) Fossa séptica e sumidouro 
 
FOSSA SÉPTICA 
A fossa séptica faz o tratamento biológico do esgoto. Ao manter o esgoto em repouso dentro da 
fossa, as bactérias do meio ambiente atuam na decomposição do mesmo. O lodo é sedimentado no 
fundo da fossa, por isso a fossa deve ser limpa por caminhão bomba “limpa fossa” quando há 
acumulo de lodo reduzindo o volume útil da fossa. O processo de decomposição pelas bactérias 
produz evaporação de gases e acumulo de “escuma” (espuma), por isso deve se deixar uma altura 
de 30 cm entre a lamina d’água e a tampa da fosso instalar um tubo de respiração (suspiro) na parte 
superior da fossa para permitir o contato com a atmosfera. 
 
 
SUMIDOURO 
O sumidouro permite que o esgoto tratado na fossa infiltre no solo. Para permitir a infiltração lateral, 
o sumidouro deve ser construído com furos ou buracos nas paredes. Para permitir a infiltração na 
base do sumidouro, seu fundo não deve possuir laje de fundo, e sim uma camada infiltrante de brita 
e/ou areia diretamente em contato com o solo. Também pode-se colocar respirador no sumidouro, 
para que a continuidade do processo de tratamento biológico natural. 
 
 
 
15 
 
 
 
 
Fossa e Sumidouro – esquema geral 
 
 
 
 
 
Fossa de PVC disponível no mercado. 
 
 
 
 
16 
 
 
 
 
Sumidouro mais comum no Brasil, de manilhas de concreto pré-moldadas furadas. 
 
Para minimizar possíveis contaminações, o ideal é que a infiltração do esgoto tratado não se dê 
diretamente no lençol freático. É ideal que haja um fração de solo não saturado entre a cota mínima 
de infiltração e o nível do lençol freático, para que o esgoto tratado atinja o lençol freático após ser 
filtrado por camada de solo não saturado. Desta forma, recomenda-se evitar a construção de 
sumidouros profundos. 
 
Por este motivo, eu adoto nos meus projetos altura útil da fossa igual a 1,50 m e altura útil 
para o sumidouro um valor entre 1,80 m e N.A.-2,00 (cota do lençol freático menos 2 metros). 
 
 
 
17 
 
 
 
 
Sumidouro elaborado em alvenaria cicloptica de Pedra de Pirenopolis em obra nossa em 2017. Autor 
do projeto e resp. técnico: Rogerio Vargens. 
 
 
DIMENSIONAMENTO DA FOSSA SEPTICA 
 
Livro Instalações Hidráulicas e Sanitárias de Hélio Creder página pagina 255: 
 
VOLUME DA FOSSA: V = N.(CT + 100 Lf) 
 
Onde: 
V = volume útil da fossa (litros) 
N = número de pessoas ou moradores (habitantes) 
C = taxa de contribuição por pessoa (litros por habitante por dia) – Tab 3.11 Pag 259 
T = tempo de detenção do esgoto na fossa (dias) – Tab. 3.12 Pag 259 
Lf = proporção de esgoto humano ou lodo fresco – Tab 3.11 Pag 259 
 
NC = N x C é o volume total de esgoto produzido diariamente na edificação (litros/dia). 
 
 
18 
 
 
 
No nosso projeto: 
 
N = 4 pessoas/apto x 8 apto = 32 pessoas 
C = 200 litros/(pessoa x dia), para apartamento conforme Tab 3.11 Pag 259 
NC = 32 pessoas x 200 litros/(pessoa x dia) = 6400 litros/dia 
T = 0,875 dias, para NC entre 6000 e 7000 litros conforme Tab. 3.12 Pag 259 
Lf = 1,00, para projeto residencial conforme Tab 3.11 Pag 259 
 
O volume útil da nossa fossa é: 
V = N.(CT + 100 Lf) = 32 x [(200 x 0,875) + (100 x 1)] = 8800 litros = 8,8 m3 
 
 
DIMENSÕES DA FOSSA 
 
Fossa prismática: V = a x b x h 
 
h = 1,50 m (altura útil adotada) 
 
a x b = área da base retangular 
 
Supondo b = 2,00 m 
 
Calcula a: 
 
8,8 = a x 2,00 x 1,50 
 
a = 2,93 m ~ 3,00 m 
 
Dimensões adotadas: base 300 cm x 200 cm com altura 150 cm 
 
 
 
 
 
19 
 
 
 
DIMENSIONAMENTO DO SUMIDOURO 
 
Livro Instalações Hidráulicas e Sanitárias de Hélio Creder página 258: 
 
AREA DE INFILTRAÇÃO: A = NC/Ci 
 
Onde: 
A = área de infiltração do sumidouro (m2) 
N = número de pessoas ou moradores (habitantes) 
C = taxa de contribuição por pessoa (litros por habitante por dia) – Tab 3.11 Pag 259 
NC = N x C é o volume total de esgoto produzido diariamente na edificação (litros/dia). 
 
Ci = coeficiente de infiltração do solo [litros/(m2 x dia)] – Tab. 3.13 Pag 260 
 
No nosso projeto: 
 
N = 4 pessoas/apto x 8 apto = 32 pessoas 
C = 200 litros/(pessoa x dia), para apartamento conforme Tab 3.11 Pag 259 
NC = 32 pessoas x 200 litros/(pessoa x dia) = 6400 litros/dia 
 
Para cálculo coeficiente de infiltração Ci analise o perfil de sondagem do solo. 
 
No relatório de sondagem deste prédio: 
 
Furo SPT-01: camada de argila silto-arenosa até 3,20 m e nível do lençol freático a 6,20 m de 
profundidade. 
 
Furo SPT-02: camada de argila silto-arenosa até 3,45 m e nível do lençol freático a 6,10 m de 
profundidade. 
 
Tab. 3.13 Pag 260: argila siltosa ou arenosa => Ci entre 40 e 60 litros/(m2 x dia) 
 
 
 
20 
 
 
 
Adoto Ci = 50 litros/(m2 x dia) 
 
Calculo a área de infiltração necessária: 
 
A = (6400 litros/dia) / [50 litros/(m2 x dia)] = 128 m2 
 
 
DIMENSÕES DO SUMIDOURO 
 
O área de infiltração teórica do sumidouro é a soma da área da base com a área das paredes laterais. 
 
No sumidouro cilíndrico: 
A = πR2 + (2πR x h) 
 
Altura útil do sumidouro: h = N.A. – 2,00 m 
N.A. = 6,00 m 
h = 6,00 – 2,00 = 4,00 m (altura útil adotada) 
 
128 = πR2 + (2πR x 4,00) 
128 = 3,14R2 + (2 x 3,14R x 4,00) 
128 = 3,14R2 + 25,12R 
3,14R2 + 25,12R – 128 = 0 
 
 
Formula de Bhaskara 
 
 
R = {-25,12 ± [25,122 – 4 x 3,14 x (-128)]0,5} / (2 x 3,14)21 
 
 
 
R = {-25,12 ± [631,01 + 1607,68] 0,5} / 6,28 
R = {-25,12 ± [2238,69] 0,5} / 6,28 
R = {-25,12 ± 47,31} / 6,28 
 
R = {-25,12 + 47,31} / 6,28 = 3,53 m => Descarta porque está muito grande 
R = {-25,12 - 47,31} / 6,28 = -11,53 m => Descarta porque não pode ser negativo 
 
Vou adotar 2 sumidouros de h = 4,00 metros para este projeto: 
 
2 sumidouros com área individual de infiltração A/2 = 128/2 = 64 m2 
 
64 = πR2 + (2πR x 4,00) 
64 = 3,14R2 + (2 x 3,14R x 4,00) 
64 = 3,14R2 + 25,12R 
3,14R2 + 25,12R – 64 = 0 
 
R = {-25,12 ± [25,122 – 4 x 3,14 x (-64)]0,5} / (2 x 3,14) 
R = {-25,12 ± [631,01 + 803,84] 0,5} / 6,28 
R = {-25,12 ± [1434,85] 0,5} / 6,28 
R = {-25,12 ± 37,88} / 6,28 
 
R = {-25,12 + 37,88} / 6,28 = 2,03 m ~ 2,00 m => ACEITA Φ = 2R = 2 x 200 = 400 cm 
R = {-25,12 – 37,88} / 6,28 = -10,03 m => Descarta porque não pode ser negativo 
 
Dimensões adotadas: 
2 sumidouros cilíndricos diâmetro Φ = 400 cm com altura h = 400 cm 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
 
 
DESENHO E DETALHAMENTO 
 
 
Fossa e Sumidouro – desenho e detalhamento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
 
 
3) Águas Pluviais 
 
A função da rede de aguas pluviais é coletar a agua das chuvas que caem sobre telhados ou pisos 
e conduzir esta agua para a rede pública de drenagem ou para infiltração no terreno. Para isso, a 
rede aguas pluviais conta com calhas e condutores verticais e horizontais. Podem ser colocados 
também valas e sumidouros de infiltração para a descarga das aguas pluviais no terreno, quando a 
rede pública ou a área permeável receptora são insuficientes para receber quantidade de agua 
gerada nas chuvas intensas. 
 
 
Para fazer o projeto de aguas pluviais, siga os passos: 
 
1º) Vazão de projeto 
2º) Calha 
3º) Tubo vertical 
4º) Tubo horizontal 
5º) Descarga 
 
 
VAZÃO DE PROJETO 
 
 
O primeiro passo é calcular a vazão de projeto expressa na Pag 271 do livro: 
 
Q = (i x A)/60 
 
Onde: 
 
Q = vazão de projeto em l/min 
A = área de contribuição em m2 (do piso ou telhado) 
i = intensidade pluviométrica em mm/h 
 
 
 
24 
 
 
 
Obs: o denominador da fórmula igual a 60 faz a transformação de horas para minutos para 
compatibilizar as variáveis Q e i. 
 
No projeto de arquitetura do nosso prédio, foi colocado espaço para duas calhas, como mostra a 
figura abaixo. 
 
 
Escoamento das aguas e calhas na cobertura do prédio 
 
 
Cada uma destas calhas captura a agua de 50% do telhado e 50% da laje que apoia os reservatórios. 
Como a área total da cobertura do prédio é 113,20 m2, assumiremos que metade do volume de agua 
que cai na cobertura vai para cada calha. 
 
A = 113,20/2 = 56,60 m2 
 
 
 
 
25 
 
 
 
Para saber a intensidade pluviométrica da sua cidade, pesquise na internet. A Norma NB-611 orienta 
se coletar o dado considerando o período de retorno de 5 anos para telhados e coberturas, isto é, a 
média histórica dos últimos 5 anos. 
 
Em Brasília, onde está situado o nosso prédio, encontramos este parâmetro num relatório do 
Ibram/DF disponível em: http://www.ibram.df.gov.br/wp-content/uploads/2018/09/Anexo_E.pd 
 
De acordo com este relatório, a chuva máxima nos 5 minutos mais intensos, nos últimos 5 anos em 
Brasília, gerou 175,83 mm/h de agua pluvial a ser escoada. 
 
Assim, nossa vazão de projeto é: 
 
Q = (56,60 x 175,83)/60 = 165,86 l/min 
 
 
CALHA 
 
Na Pag 271 do livro temos que a vazão da calha (Q): 
 
Q = K . (S/n) . Rh2/3 . d1/2 
 
Onde: 
K = 60000 
S = seção molhada (m2) 
n = coeficiente de rugosidade (Tab 3.16 Pag 273) 
Rh = S/P = raio hidráulico 
P = perímetro da seção molhada (m) 
d = declividade (m/m) 
 
 
Adotando uma calha de PVC de declividade 1%: 
 
http://www.ibram.df.gov.br/wp-content/uploads/2018/09/Anexo_E.pd
 
 
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K = 60000 
S = 3,14.R2/2 (calha funciona a meia seção) 
n = 0,011 (Tab 3.16 Pag 273) 
Rh = [3,14.R2/2]/P = raio hidráulico (m) 
P = 3,14 . R (meio perímetro) 
d = 0,01 
 
Resolvendo no excel (em anexo) para Q = 165,86 l/min => R = 0,032 m 
DN = 2R = 2 . 0,032 = 0,064 m = 64 mm 
 
Adoto calha de PVC com diâmetro DN = 100 mm com inclinação de 1%. 
 
 
TUBO VERTICAL 
 
O tubo vertical será interconectados nas calhas para conduzir a agua pluvial da cobertura para até o 
pavimento térreo. 
 
 
Tubo vertical em projeto de galpão industrial elaborado pelo autor. 
 
 
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Esquema dos tubos vertical e horizontal de aguas pluviais 
 
Existem dois tipos de interconexão entre a calha e tubo vertical: 
 
1º) Interconexão em aresta viva: necessita maior diâmetro para o tubo vertical 
2º) Interconexão em funil: reduz o diâmetro do tubo vertical 
 
 
 
1º) Interconexão em aresta viva 
 
 
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2º) Interconexão com funil 
 
 
Neste prédio, vou adotar interconexão em aresta viva. 
A definição do diâmetro do tubo vertical se dá pelo Abaco 3.37 da Pag 274, a partir dos seguintes 
parâmetros adotados para o nosso prédio: 
 
Interconexão calha/tubo vertical: ARESTA VIVA 
Altura da lamina d’agua na calha: L = DN/2 = 100/2 = 50 mm 
Vazão de projeto: Q = 165,86 l/min 
Comprimento do tubo vertical: L = 11,20 m (projeto de arquitetura; planta de corte) 
 
ABACO 3.37 (a) => DN = 50 mm 
 
 
TUBO HORIZONTAL 
 
O tubo horizontal leva a água pluvial desde o ponto de descida do tubo vertical até o destino final no 
pavimento térreo. Para calcular o diâmetro do tubo horizontal, utilizamos a Tab 3.18 da Pag. 276 do 
livro, com os seguintes parâmetros a seguir. Lembre-se que agora o tubo horizontal agrega agua de 
todo o telhado, porque captura a agua dos dois tubos verticais mostrados no corte do projeto acima. 
Desta forma, a vazão de projeto deve ser duplicada. 
 
 
 
 
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Vazão de projeto: Q = 2 x 165,86 l/min = 331,72 l/min 
Coeficiente de rugosidade: n = 0,011 (para tubos de PVC, conforme Tab 3.16 da Pag 273) 
Inclinação do tubo horizontal: 1% (definição prévia de projeto no enunciado) 
 
Tab 3.18 da Pag. 276 => DN = 125 mm 
 
Adoto para o tubo horizontal DN = 150 mm com inclinação de 1% 
 
 
DESCARGA 
 
O tubo horizontal conduz a água pluvial coletada para o destino final, que pode ser a rede pública de 
agua pluvial ou a infiltração dentro do próprio terreno da edificação. Muitas vezes não existe rede 
pública, ou esta é insuficiente. Neste caso, a própria prefeitura pode impor regras de como deve ser 
esta descarga. 
 
Quando não existe rede pública ou quando a prefeitura proíbe a descarga na rede pública ou ainda 
quando não é viável descarregar a agua pluvial na rede pública em função da inclinação do terreno 
em relação à rua e ao coletor pluvial público, devemos descarregar a água pluvial no terreno. 
 
A forma mais primária de descarregar a água pluvial no terreno é abrir o tubo horizontal diretamente 
no solo em algum ponto conveniente, ou dentro de uma caixa de alvenaria com o fundo de brita e 
areia. Isso resolve para o caso de volumes pequenos, como é o nosso caso. Mas pode provocar 
erosões ou alagamentos, à medida que a vazão de projeto aumenta. Desta você pode fazer a 
descarga da agua pluvial por meio de valas de infiltração, sumidouros ou drenos. 
 
VALA DE INFILTRAÇÃO 
 
 
A vala de infiltração é um conjunto caixas e tubos drenos enterrados em alguma região do lote cujo 
objetivo é desconcentrar a descarga da agua pluvial, fazendo com que a descarga se dê em uma 
área maior para que o terreno a absorva sem provocar infiltrações e erosões. 
 
 
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Exemplo de vala de infiltração 
 
A área de infiltração da vala é calculada a partir da divisão da vazão de projeto pela pelo coeficiente 
de infiltração do solo, com a mesma fórmula que calculamos a área de infiltração do sumidouro de 
esgoto: A = V/Ci (Pag. 258). Mas devemos estipular um tempo de infiltração, para transformar vazão 
em volume, que pode ser de 1 ou 2 horas, por exemplo. 
 
 
 
SUMIDOURO DE AGUAS PLUVIAISO sumidouro de aguas pluviais é similar ao sumidouro de esgoto, com a diferença que o sumidouro 
pluvial tem um extravasor para o caso de descarga superar o volume do sumidouro e sua capacidade 
de infiltração. Quando isto acontece, o sumidouro funciona como um reservatório de retenção, para 
retardar e reduzir a descarga proveniente de uma chuva forte no terreno ou nas galerias publicas de 
aguas pluviais. Não jogue a agua pluvial no sumidouro de esgoto, construa o próprio sumidouro para 
a descarga pluvial. 
 
Para dimensionar o sumidouro de água pluvial eu geralmente suponho que seu volume deve ser 
capaz de acumular pelo menos 1 (uma) hora de chuva na intensidade pluviométrica definida para o 
cálculo da vazão de projeto. Nestas condições, o sumidouro absorverá a agua de 1 hora de chuva 
 
 
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intensa e poderá retardar a descarga pluvial. Caso o volume gerado pela chuva seja superior a este, 
o excesso de agua sairá pelo extravasor para o terreno ou para a rede pública na rua. 
 
NOSSA SOLUÇÃO 
 
No nosso prédio, adotaremos a solução do sumidouro pluvial, porque a vala de infiltração demanda 
área que o nosso terreno não dispõe, pois a área superficial do nosso lote já está quase que 
integralmente ocupada com a edificação e o estacionamento. 
 
Assim, considerando a premissa das 2 horas de chuva intensa, o volume do sumidouro pluvial será: 
 
V = 2 horas x Q = 60 min x 331,72 l/min = 19903 l = 19,9 m3 
 
Teoricamente: V = πR2 . h 
 
Supondo h = 4 m (similar ao sumidouro de esgoto): 
 
19,9 = 3,14 . R2 . 4 
 
R = 1,25 m 
DN = 2.R = 2. 1,25 = 2,50 m (diâmetro adotado)

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