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A IMPORTANCIA DA PARTICIPAÇÃO DOS PAIS NA vida escolar dos filhos

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A IMPORTANCIA DA PARTICIPAÇÃO DOS PAIS NA vida escolar dos filhos
A demonstração de interesse pela vida escolar dos filhos é parte fundamental em seu processo de aprendizagem. Ao perceber que pais e família se interessam por seus estudos e por suas experiências escolares a criança sente-se valorizada, desenvolvendo-se de forma segura e com boa autoestima.
Quando a criança entra na escola traz consigo experiências adquiridas no convívio com meios anteriores o que lhe permitirá formar uma determinada visão sobre si mesma.
O convívio na escola significa para ela, uma ampliação em sua esfera de relações. Na escola a criança conhecerá outras crianças com as quais deverá compartilhar uma parte de sua vida, além de estabelecer relações com adultos que não pertencem a sua família.
Acompanhar o crescimento educacional dos filhos aumenta suas habilidades sociais e diminui a chance de problemas comportamentais. Quanto maior o envolvimento dos pais nas experiências escolares das crianças, mais facilidade de fazer amigos elas terão!
Sendo assim, quanto mais os pais conversam sobre a escola, visitam o local, se envolvem com as lições e os trabalhos e incentivam o progresso educacional dos filhos em casa, melhores serão suas habilidades sociais.
A participação familiar na vida escolar dos filhos leva-os, dentre outras coisas, à demonstração de um maior autocontrole e à manifestação de um comportamento cooperativo.
Os pais precisam entender, no entanto, que acompanhar a vida escolar dos filhos não deve significar apenas cobrar. O acompanhamento pressupõe muito mais do que isso. É necessário estimular, motivar, valorizar, ensinar, conversar, prestigiar, discutir. Nessa parceria, a cobrança é a última ferramenta a ser utilizada.
Quando a criança se sente ouvida, apoiada, prestigiada, se sente mais estimulada para aprender e aproveitar todas as oportunidades que a escola promove.
Neste processo ganha a criança, a família e a escola. Neste processo somos todos vencedores!
Amanda Ferreira
Escola / Família: uma parceria promissora
A família é a primeira instituição da qual a criança participa. É na família que a criança inicia seu aprendizado de convivência e sociedade. A escola surge em segundo lugar, como a instituição que muitas vezes complementará o papel da família.
Juntas, família e escola compõem espaços agradáveis para convivência e aprendizagem e trabalham cada uma em seu espaço, para que filhos e alunos construam e atuem numa sociedade mais justa e humanizada.
Para gerar uma boa relação entre a escola e a família, ambas devem se planejar, estabelecer compromissos e acordos para que as crianças tenham, mais do que uma educação de qualidade, referenciais importantes de valores e de visão de mundo.
Quando os pais se interessam pela vida escolar de seus filhos, as crianças têm uma maior motivação e constroem atitudes positivas em relação à aprendizagem dos conhecimentos e valores. Deste modo, nem a escola perde seu foco e nem a família sua função. As duas instituições precisam estar na mesma sintonia. Ambas, devem procurar seguir os mesmos princípios e critérios em relação aos objetivos que desejam atingir.
Tal parceria não deve funcionar como troca de favores, e sim como cooperação: suprir afetos, permitir escolhas e desejos, para que a criança se desenvolva integralmente. Respeitadas as especificidades da família e da escola, as duas instituições tornam a parceria bem mais produtiva.
É impossível colocar à parte escola, família e sociedade, pois, se o indivíduo é aluno, filho e cidadão, ao mesmo tempo, a tarefa de ensinar não compete apenas à escola. O aluno aprende também através da família, dos amigos, das pessoas que ele considera significativas, dos meios de comunicação, das situações do dia-a-dia.
Essa relação de envolvimento deve ser permanente e, acima de tudo, construtiva, para que a criança e o jovem possam se sentir amparados e acolhidos. A parceria de propósitos, das duas instituições, Família e Escola, pode e muito na superação de conflitos e dificuldades que muitas vezes angustiam professores, pais e até mesmo alunos.
Concluímos então, que as instituições mais significativas da vida de uma criança têm como principal objetivo formar e educar. O resultado desse trabalho será um sucesso se pais e educadores tornarem-se fiéis companheiros nessa nobre caminhada da formação educacional do ser humano.
Publicado por Alini Revoltini
Educação e construção da moralidade
Numa época difícil como a nossa, onde a violência e o desrespeito explodem em todas as esferas sociais, a questão ética torna-se emergencial. Yves de La Taille, em “A construção da personalidade moral” afirma que “hoje, em nome de uma suposta liberalidade e apreço pela autonomia das crianças e dos jovens, alguns adultos saem de cena, deixando a seus filhos e/ou alunos a impossível tarefa de, praticamente do zero, construir uma ética.”
Vivemos, então, um momento de relativização de tudo, de negação de valores, de destruição de raízes e sem uma educação que vise a formação de valores humanos. Situação que trouxe graves riscos à formação de crianças.
É, portanto, chegada a hora dos educadores entrarem em cena e pensarem na educação moral das crianças. Uma educação que tenha por objetivo a construção da moral autônoma – como indica Piaget – somada ao desenvolvimento da autoestima e da aquisição de valores humanos, e que esteja pautada nas relações de respeito mútuo, cooperação e diálogo. A questão da ética ou da moralidade é importante e urgente na vida cotidiana.
A educação moral é necessária ao desenvolvimento e ao amadurecimento infantil. Daí a importância de trazê-la para o debate em sala de aula, pois para muitas crianças, a escola é a primeira oportunidade de conviver com pessoas diferentes, de expressar suas opiniões e de ser ouvida.
Piaget encontrou em seus estudos duas morais: a moral da heteronomia e a moral da autonomia.
Na heteronomia, as regras ainda não estão internalizadas. São obedecidas pelo medo ou pelo amor, pois a autoridade é confundida com a lei. As ações são julgadas pelas consequências finais, sem considerar as intenções. Daí resulta que heterônomo seja o sujeito que é governado pelos outros, que age ou obedece movido pela presença do outro que castiga ou recompensa.
As crianças heterônomas afirmam que não se deve mentir porque Deus castiga ou porque o nariz cresce, diferentemente da criança que pauta seu pensamento na reciprocidade, ou seja, que afirma que não devemos mentir para que o outro não perca a confiança em nós.
Na autonomia, as regras são internalizadas e concebidas como produtos de acordos mútuos; não é necessária a presença de autoridade para que os deveres e regras se cumpram. O próprio sujeito se autogoverna e respeita regras, movido pelo sentimento da necessidade e pela capacidade de colocar-se no lugar do outro; é capaz de tomar decisões e responsabilizar-se por elas agindo com liberdade e razão.
É tarefa da educação substituir a heteronomia, presente nas crianças, pela autonomia desejada, porém nem sempre conquistada, dos adultos. Para que as crianças evoluam da heteronomia para a autonomia, Piaget aconselha os educadores a criar ambientes de cooperação, nos quais a criança descentralize seu pensamento através do diálogo e dos acordos.
O confronto de pontos de vista provoca o pensamento da criança, levando-o a níveis mais elevados na construção da autonomia. O juízo moral é, assim, um processo de construção. Segundo a autora Joseph Marie Puig, “a educação moral é uma tarefa destinada a dar forma moral à própria identidade, mediante um trabalho de reflexão e ação a partir das circunstâncias que cada sujeito vai encontrando no dia-a-dia. Trata-se, porém, de um processo de construção que ninguém realiza de modo isolado; conta sempre com a ajuda dos demais e de múltiplos elementos culturais valiosos, que contribuem ativamente para conformar a personalidade moral de cada sujeito.”
Esta construção da moralidade é um processo complexo que envolve desde a aquisição de convenções sociais até o nascimento da moralautônoma. Inteligência, maturidade, afetividade e qualidade das interações sociais estão em jogo. O desenvolvimento do juízo moral não garante sozinho que o sujeito aja moralmente.
jA educação moral é, portanto, um processo de adaptação social e pessoal. É um processo de reconhecimento de pontos de vista, aspirações e posições que são pessoal e socialmente valorizadas.
A criança evolui da heteronomia para a autonomia quando tem a oportunidade de cooperar. Através da cooperação, entendida como operar junto, é que a criança torna-se capaz de descentrar seu pensamento e substituir as relações pautadas pela coerção e respeito unilateral pelas relações pautadas pelo respeito mútuo e igualdade. Através do contato com questões morais e através da reflexão, da prática do diálogo, do confronto de diferentes pontos de vista e das regras criadas para a participação no grupo, a criança dá passos largos a caminho da autonomia.
Quanto mais oportunidades a criança tiver de refletir sobre o mundo, as pessoas e as ações, maior serão as oportunidades dela constituir-se como um ser moral.
 
Vivian Munhoz
Coordenadora Pedagógica

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