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VICIOS (DEFEITOS) DO NEGOCIO JURIDICO (1)

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VÍCIOS (DEFEITOS) DO NEGÓCIO JURÍDICO
Vício do negócio jurídico é tudo aquilo que impede ou influencia na livre, perfeita e correta manifestação da vontade.
Podem ser:
a) De consentimento: Erro; dolo; coação; lesão e estado de perigo.
b) Sociais: Fraude contra credores e simulação (o único vício que torna o ato nulo).
Espécies
Erro – é a falsa percepção da realidade em relação a uma pessoa, negócio, objeto ou direito. É o próprio declarante que se equivoca na interpretação dos fatos.
Ignorância – o agente sequer conhece os fatos.
O erro só é causa de anulação do negócio se for substancial ou essencial (essencial – sem o qual o negócio não teria realizado)
Modalidades de erro substancial:
a) Natureza do negócio; b) objeto do negócio; c) substância; d) identidade ou qualidades da pessoa.
e) Erro de direito – desconhecimento das implicações jurídicas. Aceito apenas excepcionalmente.
2
Erro Escusável - Enunciado nº. 12, do I Jornada de Direito Civil realizada no Superior Tribunal de Justiça afirma que o “na sistemática do art. 138, é irrelevante ser ou não escusável o erro, porque o dispositivo adota o princípio da confiança.”
O erro pode ser convalescido (melhorado, consertado).
 . DOLO – pode-se entender por dolo os artifícios ou manobras de uma pessoa visando a induzir outra em erro a fim de tirar proveito para si ou pra terceiro na realização do negócio jurídico.
. O silêncio intencional de uma das partes sobre fato relevante ao negócio também constitui dolo (RT 634/130).
Requisitos: a) intenção de enganar; b) induzir o outro contratante em erro; c) causar prejuízo em benefício próprio ou de terceiro; d) que o dolo tenha sido a causa determinante da realidade do negócio.
Espécies: a) positivo ou comissivo; b) negativo ou omissivo; essencial; acidental; dolo de terceiro; dolo de representante; dolo bonus; dolo malus; dolo bilateral ou recíproco; dolo positivo ou negativo.
Coação – imposição (pressão) de ordem moral, psicológica, que se faz mediante ameaça de mal sério e grave ao agente, familiar ou a pessoa a ele ligada, ou de ordem patrimonial para que o coagido pratique determinado negócio jurídico.
Vis absoluta (não existe sequer manifestação da vontade – negócio jurídico inexistente) e vis compulsiva (ato anulável).
Requisitos: a) violência psicológica; b) declaração de vontade viciada como a causa do negócio; c) relevância do bem ameaçado.
ESTADO DE PERIGO
Art. 156. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa.
Requisitos: a) perigo de dano grave e atual; b) obrigação excessivamente onerosa; c) perigo como causa do negócio jurídico; d) ciência, por parte do contratante, da situação de perigo e dela se aproveita.
O negócio jurídico celebrado em estado de perigo pode sofrer a convalidação se houver suplemento suficiente ou se houver redução do proveito alcançado pela parte favorecida.
Lesão
Lesão - Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta.
Requisitos: 
a) Subjetivo: Deve haver uma deficiência, desequilíbrio psicológico de uma das partes proveniente de inexperiência para o negócio ou de sua premente necessidade econômica.
b) Objetivo: É a manifesta desproporção ente as prestações (contratos comutativos).
Não exige dolo de aproveitamento e deve ser concomitante à celebração do contrato.
FRAUDE CONTRA CREDORES – VÍCIO SOCIAL
Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos.
§ 1o Igual direito assiste aos credores cuja garantia se tornar insuficiente.
§ 2o Só os credores que já o eram ao tempo daqueles atos podem pleitear a anulação deles.
Art. 159. Serão igualmente anuláveis os contratos onerosos do devedor insolvente, quando a insolvência for notória, ou houver motivo para ser conhecida do outro contratante.
Requisitos: Insolvência e fraude.
Ação Pauliana ou Revocatória: A ação anulatória de atos praticados em fraude contra credores é denominada revocatória, também chamada de ação pauliana.
Legitimidade – credores quirografários e que já o eram ao tempo da alienação fraudulenta. Credores com garantia real e preferenciais somente se a garantia se tornou insuficiente.
Legitimidade passiva (inclusive terceiros adquirentes que agiram de má-fé).
Anterioridade do crédito. 
SIMULAÇÃO – (INVALIDADE)
Conceito - declaração enganosa - “Ela se caracteriza por um desacordo intencional entre a vontade interna e a declarada, no sentido de criar, aparentemente, um ato jurídico que, de fato, não existe, ou então oculta, sob determinada aparência, o ato realmente querido” (Monteiro, W. B, Curso de Direito Civil).
. Normalmente é o produto de um conluio entre contratantes para lesar terceiro ou obter efeito diferente que a lei estabelece.
Classificação: 
a) absoluta; 
b) relativa (objetiva e subjetiva);
.  Efeitos: Nulo com efeitos ex tunc.
Art. 167, CC "é nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou se válido for à substância e à forma".
Na simulação absoluta. Importante distinguir:
São ressalvados os direitos de terceiros de boa-fé em face dos contraentes do negócio jurídico simulado. 
Atos nulos e atos inexistentes - o negócio mesmo nulo pode, às vezes, produzir algum efeito, o que não acontece que o ato inexistente. Ex: a venda de um bem a outrem com o devido pagamento de imposto, o Estado receberia o valor do imposto independentemente do negócio jurídico ser posteriormente considerado nulo.
Na Simulação relativa - o negócio jurídico não é causa de nulidade se a simulação for inocente, por não trazer prejuízo a terceiros.
Simulação maliciosa - implica na nulidade do negócio jurídico, afetando tanto sua relação simulada quanto sua relação dissimulada.
Terceiros de Boa-fé: com a nulidade do negócio jurídico celebrado por simulação, a lei visa coibir que a fraude prevaleça e que terceiros de boa-fé sejam prejudicados pela manobra ilícita. Assim, declarada a nulidade do ato negocial a situação jurídica deve retornar ao status quo ante.
Legitimidade Ativa: O artigo 168 do Código Civil.
Fraude contra credores – art. 158 e seguintes do CC – Vício Social
Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos.
§ 1o Igual direito assiste aos credores cuja garantia se tornar insuficiente.
§ 2o Só os credores que já o eram ao tempo daqueles atos podem pleitear a anulação deles.
Art. 159. Serão igualmente anuláveis os contratos onerosos do devedor insolvente, quando a insolvência for notória, ou houver motivo para ser conhecida do outro contratante.
Fraude contra credores
Características:
a) Norma de direito material;
b) Prática de negócio jurídico antes da citação;
c) Requisitos (devedor): Eventus damni (insolvência)  e Consilium fraudis (intenção de provocar a própria redução patrimonial ao estado de insolvência).
d) O ônus da prova da má-fé do adquirente, como regra, é do autor;
e) Decretação de nulidade por sentença em ação de conhecimento (ação pauliana).
Fraude à execução – Art. 792 e seguintes CPC – ato atentatório à dignidade da justiça (Estado-juiz)
Art. 792.  A alienação ou a oneração de bem é considerada fraude à execução:
I - quando sobre o bem pender ação fundada em direito real ou com pretensão reipersecutória, desde que a pendência do processo tenha sido averbada no respectivo registro público, se houver;
Duas situações: a) existência do processo não averbada; b) existência averbada.Ações reipersecutórias – “São reipersecutórias (rei persecutio) as pelas quais se pede o que é nosso ou nos é devido e está fora do nosso patrimônio. São, de ordinário, todas as ações condenatórias. Assim, as ações de reivindicações, de indenização, de despejo”. ( Eduardo Sócrates Castanheira Sarmento Desembargador TJ/RJ)
II - quando tiver sido averbada, no registro do bem, a pendência do processo de execução, na forma do art. 828;
III - quando tiver sido averbado, no registro do bem, hipoteca judiciária ou outro ato de constrição judicial originário do processo onde foi arguida a fraude;
IV - quando, ao tempo da alienação ou da oneração, tramitava contra o devedor ação capaz de reduzi-lo à insolvência; (até ação penal pode levar o devedor à insolvência)
V - nos demais casos expressos em lei.
§ 1o A alienação em fraude à execução é ineficaz em relação ao exequente.
§ 2o No caso de aquisição de bem não sujeito a registro, o terceiro adquirente tem o ônus de provar que adotou as cautelas necessárias para a aquisição, mediante a exibição das certidões pertinentes, obtidas no domicílio do vendedor e no local onde se encontra o bem. 
Ônus da prova ?

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