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FLORENZANO, Modesto. “Sobre as origens do Estado Moderno no Ocidente”. Lua Nova, São Paulo: 71. ● Weber: Estado e capitalismo – fenômenos que não podem ser considerados como criação exclusiva da civilização ocidental – o único lugar com desenvolvimento do capitalismo racional. ● O Estado como entidade política não esta 100% desenvolvido nem no ocidente antes do século XVIII – entidade de poder/dominação ● Marx e Weber: o Estado pode ser encontrado onde há dinheiro ● Marx e Engels: Estado necessário para permitir a exploração – dominação de uma classe sobre a outra, luta de classes e Estado inseparáveis. Visão negativa do poder instituído, se preocuparam em examinar o caráter classista do Estado, minimizar sua autonomia com relação às classes sociais, denunciar uma suposta neutralidade – ponto fraco: subestima as formas de Estado (Constitucional ou de direito) e seu funcionamento complexo. ● Pierre Clastres: sociedades sem Estado ficaram nessa opção por escolha, se recusaram a criar um Estado e o que ele causa. ● Weber enfatiza a dimensão institucional do Estado, as formas e modalidades do poder instituídas e seus mecanismos de burocratização. Ao contrário do marxismo, é uma teoria elaborada do Estado e do poder em geral, avanço da ciência política, porém, não deixou de cultuar valores políticos que privilegiaram a unidade estatal nacional povos ou nação. ● Valorização do Estado nacional – continuação de Hegel e Ranke, que glorifica o Estado, visto como manifestação do universal-racional. ● Até o final do século XVIII não existiam clássicos políticos com o tema Estado. ● A origem e desenvolvimento do Estado foi confusa – formação do sentimento nacional. ● Esse Estado nacional, onde se configurou plenamente, foi a forma monárquica e absolutista, remetendo – feudalismo e fim da idade média (pra cima); capitalismo e inicio da Idade Contemporânea (pra baixo) ● Ausencia de consenso sobre o Estado moderno ou monarquia nacionalista absolutista. Se manifesta em relação ao momento do seu aparecimento ao seu nome e o porquê do seu aparecimento. Surgimento no século XVI, XVII ou XV. Nome: Estado ou monarquia moderna (vista como absolutista), Estados ou monarquia de estados (corporativo ou de ordens) dominante na Europa nos séculos XIV e XVI, quando os reis governavam com apoio e assistência desses órgãos (Corte e parlamento). ● Causa do aparecimento do Estado moderno: posições mais contrastantes, interpretações que atribuem um papel determinante ou a guerra ou a religião ou a luta de classes. ● A monarquia, para alguns autores, era absolutista desde a Idade Média. ● Visão defendida do absolutismo no século XIX: marcada pelo liberalismo, o absolutismo como um poder ilimitado. ● Hobbes: o Estado funciona como uma máquina inovações podem ser imitadas e importadas. ● Florença e Veneza: dinamismo econômico e riqueza, cultura e regimes políticos republicanos. A primeira foi o laboratório político das constituições e o 1º Estado Moderno do mundo, a segunda teve um atraso cultural e uma estabilidade política mais permanente. ● Itália na época do Renascimento: noção de nações, inédito equilíbrio de poder entre os principais Estados, que não conseguiriam dar conta do processo de unificação política da península itálica. ● Não existia nem na Itália e nem na Europa um sentimento nacional. Apenas a religião era capaz de mobilizar a todos. ● Os primeiros países nacionalistas foram a Inglaterra e a Holanda. Na Itália existia um sentimento de patriotismo, mas ele possuía caráter municipalista e local. ● Espanha e França: desejo de conquistar a península Itálica – guerras da Itália – fim da autonomia política nos Estados italianos ● Contraprova de que na Itália o Estado Moderno apenas começo mas não se efetivou: planos linguísticos. ● Jean Bodin, Maquiavel, Hobbes: tríade fundadora do conceito de Estado moderno e do pensamento político moderno em geral. ● França: guerras de religião – ameaçaram e interromperam o desenvolvimento do absolutismo, mas logo depois, facilitou sua consolidação, tornando-o o mais acatado e completo de todos, modelo a ser copiado. ● Estado moderno: criado pelos italianos, desenvolvido pelos franceses e ingleses e interpretado pelos alemães.
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