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FACULDADE DOM ALBERTO PESQUISA E PRÁTICA PEDAGÓGICA III SANTA CRUZ DO SUL - RS AULAS 51 A 60 1 COMO FAZER UM PLANEJAMENTO ESCOLAR EFICIENTE Fonte: www.slideplayer.com.br O planejamento é importante para que as ideias e propostas da escola não fiquem só no papel, certo? Para isso, é fundamental passar da teoria à prática. A seguir, veja como elaborar um bom planejamento na sua instituição. 1.1 Reúna toda a equipe e incentive o debate e o diálogo O primeiro requisito para se fazer um planejamento eficiente é reunir professores e coordenadores pedagógicos para dialogar sobre o futuro da escola. É importante estabelecer uma relação de igualdade entre os participantes do debate, acolhendo a opinião e o conhecimento de cada um como essencial para a formação do novo planejamento. Nesse contexto, o coordenador pode servir como mediador da discussão, dando voz a todos os participantes, anotando as pautas e propostas levantadas e conciliando interesses diversos a fim de se chegar a um consenso. Vale lembrar que quanto mais experiências e opiniões forem partilhadas mais rico será o debate e, consequentemente, mais democrático e assertivo será o planejamento. Principalmente nos quesitos mais polêmicos ou em relação aos obstáculos enfrentados pela escola, a diversidade de pontos de vista poderá contribuir para que se encontre mais facilmente a raiz do problema e, assim, uma solução viável para ele. Por meio da discussão, a escola garante ainda que todos os professores e coordenadores se sintam contemplados pelo novo planejamento e compreendam sua importância, dando o seu melhor para que ele seja cumprido. 1.2 Contraste dados recentes com planejamentos anteriores Um bom planejamento escolar é construído com base não apenas no contexto e a realidade da escola do presente, mas também nos resultados e documentos de anos anteriores, mesmo que tenham sido elaborados por processos distintos. Nesse contexto, é muito importante analisar os resultados por meio de dados, que oferecem uma perspectiva objetiva e precisa do que aconteceu. Assim será possível identificar de maneira assertiva as estratégias e atitudes que não têm sido positivas e substituí-las por novas soluções. Além disso, a análise de dados também vai ajudar a escola a levantar dificuldades e desafios para que sejam trabalhados e superados com a ajuda do novo planejamento. 1.3 Transforme o planejamento em metas realizáveis Para que aquilo que foi planejado no início ano seja realmente aplicável, é imprescindível que se estabeleçam ações passíveis de serem realizadas pelos docentes. Para isso, é recomendável que todo o planejamento transforme seus objetivos propostos em tarefas que sejam: Objetivas, no sentido de trazerem ações concretas e claras; Mensuráveis, possibilitando que, mais tarde, seja possível verificar nitidamente se a ação foi concluída ou não; Datadas, isto é, com um prazo para seu cumprimento; 1.4 Permita a flexibilidade e faça revisões regulares do plano Como todo planejamento, aquele feito pela escola também enfrentará, ao longo de seu cumprimento, imprevistos e incidentes que obrigam a equipe a mudar de curso no meio do caminho. Diante disso, nada melhor do que prever a necessidade dessas alterações e organizar reencontros periódicos com todos os docentes e coordenadores para avaliar e revisar o planejamento proposto. É possível, por exemplo, promover reuniões bimestrais ou trimestrais em que os objetivos estabelecidos no planejamento são contrastados com os últimos resultados dos alunos e a vivência dos professores a fim de verificar se alguma intervenção é necessária ou se as estratégias estão mesmo funcionando. Baseado nesses encontros, pode-se mudar de tática ou mesmo alterar as prioridades da escola e propor novas tarefas, de acordo com o que aconteceu desde o planejamento inicial. 1.5 Colha feedbacks diversos constantemente Para acompanhar o efeito do planejamento ao longo do ano letivo, é interessante que a escola esteja sempre aberta ao diálogo e incentive o feedback de toda a comunidade escolar. Isso significa que, além de organizar as reuniões regulares com os membros da equipe, é importante consultar também pais e alunos, bem como outros membros da comunidade escolar e local. Dessa maneira, será possível manter o planejamento em concordância com as demandas e necessidades de cada um, monitorar os obstáculos enfrentados dentro e fora da escola e atentar-se para que as ideias e intenções elaboradas de início estejam sempre de acordo com a realidade mais da sala de aula e dos estudantes. Não é recomendável que a escola busque um planejamento escolar pronto. O ideal é a construção do planejamento, que deve ser feito levando em consideração a realidade da instituição, seus pontos fortes e pontos de melhoria. 2 VANTAGENS DO PLANEJAMENTO O empirismo tem confirmado que a partir do planejamento bem elaborado, resulta uma série de vantagens que recompensam o tempo e energia nele gastado. Os resultados desse esforço talvez não sejam imediatos, mas a prática tem comprovado que são de longo e largo alcance. Portanto, é evidente que nenhuma atuação pode ter condições de eficiência e eficácia, se dirigida pela improvisação e pela falta de sistematização. No que diz respeito às vantagens que o planejamento oferece, está a definição e ordenação dos objetivos a serem pretendidos, além da estruturação e direcionamento das ações a serem tomadas. Também evita a duplicação de recursos e esforços, facilita o controle efetivo das ações e sua avaliação. Entretanto, as vantagens promovem a motivação e interesse dos educadores pelas ações, controlando assim, o surgimento de dificuldades inesperadas e de imprevistos; ele tem a importância de assegurar a realização e utilização do potencial da situação educacional. Todavia, possibilita o controle de circunstâncias e de situações a serem envolvidas na ação garantindo, desta maneira, o estabelecimento de continuidade de ações desenvolvidas. Por meio de uma ação planejada e refletida do educador em seu dia a dia da sala de aula, a escola realiza seu maior objetivo que é fazer com que os alunos aprendam e adquiram o desejo de aprender cada vez mais e com autonomia. Por isso é preciso focar a prática pedagógica no desenvolvimento dos alunos, o que significa observá-los de perto, conhecê-los, compreender suas diferenças, demonstrando interesse por eles; conhecer suas dificuldades e incentivar suas potencialidades. Os discentes vivem num mundo de informação, o que reforça a necessidade de planejar as aulas com base em um conhecimento sobre os que eles já sabem e o que precisam e desejam saber. Diante da eficácia da prática pedagógica, alguns pontos são relevantes para o planejamento de ensino que pode trazer benefício à sala de aula: • O planejamento regularmente; • Trocas de ideias entre professores para planejar suas aulas; • Ouvir e considerar opiniões e sugestões; • A sondagem (o que os alunos aprenderam no ano anterior), para por meio disto preparar melhor o planejamento do ano letivo. 3 POR QUE A FALTA DE PLANEJAMENTO ESCOLAR É RESPONSÁVEL PELO FRACASSO DA ESCOLA? Fonte: www.cardapiopedagogico.blogspot.com Todo fracasso vem de algum objetivo que deveríamos ter atingido, mas que não fomos capazes de alcançar. Esse é o resultado de uma instituição sem planejamento Dessa maneira, a ausência do planejamento reflete certo descomprometimento dos profissionais da instituição de ensino com seus objetivos e/ou suas metas. Infelizmente, apesar do planejamento da ação educativa ser de suma importância, existem professores que são negligentes na sua prática educativa, improvisando suas atividades. Em consequência, não conseguem alcançar os objetivos quanto à formação do cidadão. (CASTRO; TUCUNDUVA;ARNS, 2008, p.55). Devemos nos perguntar: qual o papel do profissional da área da educação no nosso país? Hoje, três a cada dez pessoas são analfabetos funcionais no Brasil. Isso quer dizer que os jovens estão na escola, mas não estão aprendendo, eles não conseguem interpretar textos simples ou fazer operações matemáticas básicas. Tais fatores demonstram como estamos debilitados no engajamento e no planejamento das aulas para esses alunos, mas, principalmente, demonstra a falta de preparo e as falhas no desenvolvimento dos planos escolares de uma instituição como organização. 3.1 Exemplo de falta de planejamento escolar Vamos dar um exemplo sobre a falta de planejamento escolar: um preparatório de vestibular precisa que, no final do ano, o aluno passe em alguma universidade. Se essa instituição não tiver o planejamento de quantos simulados serão desenvolvidos, quais as datas de realização, quais as atividades semanais desses professores para os alunos e turmas, teremos uma ponta solta, ou seja, uma ação passível de falha, onde essa ponta solta é o fracasso desse aluno. Um fracasso equivalente ao fracasso da instituição de ensino como um todo. Um professor e um coordenador que não alinha seu planejamento com a visão da instituição chegará no final do ano com um resultado mediano, sem um norte e sem a confiança de que seus alunos serão aprovados. Estudos apontam outras razões que explicam os possíveis problemas com a falta de planejamento e uma delas é a falta de assistência e acompanhamento dos pais na vida escolar. Incluí-los nesse planejamento escolar significa trazê-los à responsabilidade de manter seus filhos no caminho da aprendizagem. Assim, pode-se afirmar que a falta de planejamento escolar não afeta apenas a instituição, mas sim os alunos que nela estudam e os professores que não possuem bons resultados e que têm métodos falhos de ensino. Por isso, faça sempre o seu planejamento escolar! 4 BIBLIOGRAFIA FRANÇA, Luísa. Saiba tudo sobre planejamento escolar. Disponível em: https://www.somospar.com.br/saiba-tudo-sobre-planejamento-escolar/ Acesso em: 29 de Julho de 2019. PORTAL DA EDUCAÇÃO. Vantagens do planejamento. Disponível em: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/direito/vantagens-do- planejamento/30202 Acesso em: 27 de Julho de 2019. CASTRO, P. A. P. P.; TUCUNDUVA, C.C.; ARNS, E. M. A importância do planejamento das aulas para organizaçao do trabalho do professor em sua prática docente. ATHENA • Revista Científica de Educação, v. 10, n. 10, jan. /jun. 2008. SANTOS, Paola. Falta de planejamento escolar: o erro das escolas. Disponível em: https://studos.com.br/. Acesso em: 29 de Julho de 2019. THOMAZI, A. R. G.; ASINELLI, T. M. T. Prática docente: considerações sobre o planejamento das atividades pedagógicas. Disponível em: http://www.scielo.br. Acesso em: 29 de Julho de 2019. __________. Os “Parâmetros Curriculares Nacionais” e o ensino fundamental. Revista Brasileira de Educação. n. 2, ANPEd, SP, 1996, p. 4-17. PRADO, I.G. A.; Farha, V.Z. A .R.; LARANJEIRA, M.I. Parâmetros Curriculares Nacionais. Ministério da educação e do desporto, Brasília, 1997. https://www.somospar.com.br/saiba-tudo-sobre-planejamento-escolar/ https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/direito/vantagens-do-planejamento/30202 https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/direito/vantagens-do-planejamento/30202 https://studos.com.br/ http://www.scielo.br/
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