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PAPER -PLANEJAMENTO EDUCACIONAL

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PLANEJAMENTO EDUCACIONAL: 
SUAS FASES E IMPORTÂNCIA NO ENSINO 
 
 
 
RESUMO 
 
 
Como aponta Gandin (2001, p. 83), é impossível enumerar todos tipos e 
níveis de planejamento necessários à atividade humana. Então, iremos dar 
ênfase aos que são essenciais para a educação: 
 
a) Planejamento Educacional – também denominado Planejamento do Sistema 
de Educação, “[...] é o de maior abrangência, correspondendo ao planejamento 
que é feito em nível nacional, estadual ou municipal. Incorpora e reflete as 
grandes políticas educacionais.” (VASCONCELLOS, 2000, p.95). 
 
b) Planejamento Escolar ou Planejamento da Escola – atividade que envolve o 
processo de reflexão, de decisões sobre a organização, o funcionamento e a 
proposta pedagógica da instituição. "É um processo de racionalização, 
organização e coordenação da ação docente, articulando a atividade escolar e 
a problemática do contexto social." (LIBÂNEO, 1992, p. 221). 
 
c) Planejamento Curricular – é o "[...] processo de tomada de decisões sobre a 
dinâmica da ação escolar. É previsão sistemática e ordenada de toda a vida 
escolar do aluno. Portanto, essa modalidade de planejar constitui um 
instrumento que orienta a ação educativa na escola, pois a preocupação é com 
a proposta geral das experiências de aprendizagem que a escola deve oferecer 
ao estudante, através dos diversos componentes curriculares." 
(VASCONCELLOS, 1995, p. 56). 
 
d) Planejamento de Ensino – é o "[...] processo de decisão sobre a atuação 
concreta dos professores no cotidiano de seu trabalho pedagógico, envolvendo 
as ações e situações em constante interações entre professor e alunos e entre 
os próprios alunos." (PADILHA, 2001, p. 33). 
 
 Plano é um documento utilizado para o registro de decisões do tipo: o que 
se pensa fazer, como fazer, quando fazer, com que fazer, com quem fazer. 
Para existir plano é necessária a discussão (planejamento) sobre fins e 
objetivos, culminando com a definição dos mesmos, pois somente desse modo 
é que se pode responder as questões indicadas acima. Segundo Padilha 
(2001), o plano é a "apresentação sistematizada e justificada das decisões 
tomadas relativas à ação a realizar." Plano tem a conotação de produto do 
planejamento, é na verdade um guia com a função de orientar a prática, é a 
formalização do processo de planejar. Dentro da categoria plano, temos o 
plano global da instituição: o PPP - Projeto Político-Pedagógico que é também 
um produto do planejamento. A sua construção deve envolver e articular todos 
os que participam da realidade escolar: corpo docente, discente e comunidade. 
Segundo Vasconcellos (1995, p.143), "[...] é um instrumento teórico-
metodológico que visa ajudar a enfrentar os desafios do cotidiano da escola, só 
que de uma forma refletida, consciente, sistematizada, orgânica e, o que é 
essencial, participativa. É uma metodologia de trabalho que possibilita re-
significar a ação de todos os agentes da instituição." 
 
PALAVRAS-CHAVE: Planejamento Educacional. Processo. Educação. Plano. 
Desenvolvimento. 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
O planejamento é o recurso organizacional que proporciona a integração de 
todos os atores envolvidos na instituição educacional, visando resultados 
positivos no processo ensino-aprendizagem. Fazer um mapeamento dos 
rumos, caminhos e possibilidades que a instituição deseja seguir, tem o 
objetivo de evitar situações e/ou decisões improvisadas. É importante ressaltar 
que um bom planejamento com a participação e compromisso de todos os 
atores envolvidos no processo ensino-aprendizagem, interfere, sobremaneira, 
nos resultados e na qualidade da educação que será oferecida pela instituição. 
Libâneo (1994, p.222) afirma que: 
 
"[...] a ação de planejar, portanto, não se reduz ao simples 
preenchimento de formulários para controle administrativo, é, antes, a 
atividade consciente da previsão das ações político – pedagógicas, e 
tendo como referência permanente às situações didáticas concretas 
(isto é, a problemática social, econômica, política e cultural) que 
envolve a escola, os professores, os alunos, os pais, a comunidade, 
que integram o processo de ensino." 
 
 
2. PLANEJAMENTO EDUCACIONAL 
 
 
O Planejamento Educacional, de responsabilidade do estado, é o mais 
amplo, geral e abrangente. Tem a duração de 10 anos e prevê a estruturação e 
o funcionamento da totalidade do sistema educacional. Determina as diretrizes 
da política nacional de educação. Segundo Sant'anna (1986), o Planejamento 
Educacional "é um processo contínuo que se preocupa com o para onde ir e 
quais as maneiras adequadas para chegar lá, tendo em vista a situação 
presente e possibilidades futuras, para que o desenvolvimento da educação 
atenda tanto as necessidades do desenvolvimento da sociedade, quanto as do 
indivíduo." É um processo de abordagem racional e científica dos problemas da 
educação, incluindo definição de prioridades e levando em conta a relação 
entre os diversos níveis do contexto educacional. 
 Segundo Coaracy (1972), os objetivos do Planejamento Educacional 
são: 
 
1...Relacionar o desenvolvimento do sistema educacional com o 
desenvolvimento econômico, social, político e cultural do país, em geral, e de 
cada comunidade, em particular; 
2. Estabelecer as condições necessárias para o aperfeiçoamento dos fatores 
que influem diretamente sobre a eficiência do sistema educacional (estrutura, 
administração, financiamento, pessoal, conteúdo, procedimentos e 
instrumentos); 
3. Alcançar maior coerência interna na determinação dos objetivos e nos meios 
mais adequados para atingi-los; 
4. Conciliar e aperfeiçoar a eficiência interna e externa do sistema. 
É condição primordial do processo de planejamento integral da educação 
que, em nenhum caso, interesses pessoais ou de grupos possam desviá-lo de 
seus fins essenciais que vão contribuir para a dignificação do homem e para o 
desenvolvimento cultural, social e econômico do país. 
O PNE - Plano Nacional de Educação é o resultado do Planejamento 
Educacional da União. O novo Plano Nacional de Educação para a próxima 
década (2011-2020) foi apresentado no dia 15 de dezembro de 2010, pelo 
ministro da Educação Fernando Haddad ao presidente Lula. O projeto de lei 
descreve, dentre outras coisas, as 20 metas para os próximos dez anos. 
 
 
3. PLANEJAMENTO ESCOLAR 
 
 
Um bom Planejamento Escolar feito na primeira semana do ano letivo, 
certamente, evitará problemas futuros. Esse é o objetivo da Semana 
Pedagógica: reunir gestores, orientadores, supervisores, coordenadores e 
corpo docente para planejarem os próximos 200 dias letivos. É o momento de 
integrar os professores que estão chegando, colocando-os em contato com o 
jeito de trabalhar do grupo, e, claro, mostrar os dados da escola para todos os 
docentes, além de apresentar as informações sobre as turmas para as quais 
cada um vai lecionar. Segue alguns tópicos importantes para planejar, discutir, 
elaborar e definir nessa primeira semana do ano: 
1. As diretrizes quanto à organização e à administração da escola; 
2. Normas gerais de funcionamento da escola; 
3. Atividades coletivas do corpo docente; 
4. O calendário escolar; 
5. O período de avaliações; 
6. O conselho de classe; 
7. As atividades extraclasse; 
8. O sistema de acompanhamento e aconselhamento dos alunos e o trabalho 
com os pais; 
9. As metas da escola e os passos que precisam ser dados, durante o ano, 
para atingi-las, 
10. Os projetos realizados no ano anterior, 
11. Os novos projetos que serão desenvolvidos durante o ano, 
12. Os temas transversais que serão trabalhados e distribuí-los nos meses, 
13. Revisar o PPP. 
De acordo com uma pesquisa feita por Vasconcellos (2000), há a 
descrença na utilidade do planejamento. Ele aponta que alguns professores 
consideram impossível dar conta da tarefa por diferentes motivos: o trabalho 
em sala de aula é dinâmico e imprevisível; faltam condições mínimas, como 
tempo; e existe o pensamento de que nada vai mudar e, portanto,basta repetir 
o que já tem sido feito. Há também aqueles que acreditam na importância do 
planejamento, mas não concordam com a maneira como é feito. 
 
 
4. PLANEJAMENTO CURRICULAR 
 
 
O objetivo do Planejamento Curricular é orientar o trabalho do professor na 
prática pedagógica da sala de aula. Segundo Coll (2004), definir o currículo a 
ser desenvolvido em um ano letivo é uma das tarefas mais complexas da 
prática educativa e de todo o corpo pedagógico das instituições. 
De acordo com Sacristán (2000), 
 
“[...] planejar o currículo para seu desenvolvimento em práticas 
pedagógicas concretas não só exige ordenar seus componentes para 
serem aprendidos pelos alunos, mas também prever as próprias 
condições do ensino no contexto escolar ou fora dele. A função mais 
imediata que os professores devem realizar é a de planejar ou prever a 
prática do ensino.” 
 
 Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), elaborados por equipes de 
especialistas ligadas ao Ministério da Educação (MEC), têm por objetivo 
estabelecer uma referência curricular e apoiar a revisão e/ou a elaboração da 
proposta curricular dos Estados ou das escolas integrantes dos sistemas de 
ensino. Os PCNs são, portanto, uma proposta do MEC para a eficiência da 
educação escolar brasileira. São referências a todas as escolas do país para 
que elas garantam aos estudantes uma educação básica de qualidade. Seu 
objetivo é garantir que crianças e jovens tenham acesso aos conhecimentos 
necessários para a integração na sociedade moderna como cidadãos 
conscientes, responsáveis e participantes. 
 Todavia, a escola não deve simplesmente executar o que é determinado 
nos PCNs, mas sim, interpretar e operacionalizar essas determinações, 
adaptando-as de acordo com os objetivos que quer alcançar, coerentes com a 
clientela e de forma que a aprendizagem seja favorecida. Portanto, o 
planejamento curricular segundo Turra et al. (1995), 
 
“[...] deve ser funcional. Deve promover não só a aprendizagem de 
conteúdo e habilidades específicas, mas também fornecer condições 
favoráveis à aplicação e integração desses conhecimentos. Isto é 
viável através da proposição de situações que favoreçam o 
desenvolvimento das capacidades do aluno para solucionar problemas, 
muitos dos quais comuns no seu dia-a-dia. A previsão global e 
sistemática de toda ação a ser desencadeada pela escola, em 
consonância com os objetivos educacionais, tendo por foco o aluno, 
constitui o planejamento curricular. Portanto, este nível de 
planejamento é relativo à escola. Através dele são estabelecidas as 
linhas-mestras que norteiam todo o trabalho[...]. 
 
 
 
5. PLANEJAMENTO DE ENSINO 
 
É a especificação do planejamento curricular, desenvolvido basicamente, a 
partir da ação do professor e compete a ele definir os objetivos a serem 
alcançados, desde seu programa de trabalho até eventuais e necessárias 
mudanças de rumo. Cabe ao professor, também, definir os objetivos a serem 
alcançados, o conteúdo da matéria, as estratégias de ensino e de avaliação e 
agir de forma a obter um retorno de seus alunos no sentido de redirecionar sua 
matéria. O Planejamento de Ensino não pode ser visto como uma atividade 
estanque. Segundo Turra et al. (1995), 
"[...] o professor que deseja realizar uma boa atuação docente sabe 
que deve participar, elaborar e organizar planos em diferentes níveis de 
complexidade para atender, em classe, seus alunos. Pelo envolvimento 
no processo ensino-aprendizagem, ele deve estimular a participação 
do aluno, a fim de que este possa, realmente, efetuar uma 
aprendizagem tão significativa quanto o permitam suas possibilidades e 
necessidades. O planejamento, neste caso, envolve a previsão de 
resultados desejáveis, assim como também os meios necessários para 
alcançá-los. A responsabilidade do mestre é imensa. Grande parte da 
eficácia de seu ensino depende da organicidade, coerência e 
flexibilidade de seu planejamento." 
O Planejamento de Ensino deve prever: 
1. Objetivos específicos estabelecidos a partir dos objetivos educacionais; 
2. Conhecimentos a serem aprendidos pelos alunos no sentido determinado 
pelos objetivos; 
3. Procedimentos e recursos de ensino que estimulam, orientam e promovem 
as atividades de aprendizagem; 
4. Procedimentos de avaliação que possibilitem a verificação, a qualificação e 
a apreciação qualitativa dos objetivos propostos, cumprindo pelo menos a 
função pedagógico-didática, de diagnóstico e de controle no processo 
educacional. 
O resultado desse planejamento é o plano de ensino, um roteiro 
organizado das unidades didáticas para um ano, um semestre ou um bimestre. 
Esse plano deve conter: ementa da disciplina, justificativa da disciplina em 
relação ao objetivos gerais da escola e do curso, objetivos gerais, objetivos 
específicos, conteúdo (com a divisão temática de cada unidade), tempo 
provável (número de aulas do período de abrangência do plano), 
desenvolvimento metodológico (métodos e técnicas pedagógicas específicas 
da disciplina), recursos tecnológicos, formas de avaliação e referencial teórico 
(livros, documentos, sites etc). Do plano de ensino resultará, ainda, o plano de 
aula, onde o professor vai especificar as realizações diárias para a 
concretização dos planos anteriores. 
 
 
6. PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO 
 
 
Desde a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 
(LDB), em 1996, toda escola precisa ter um Projeto Político-Pedagógico, o 
PPP. Esse documento deve explicitar as características que gestores, 
professores funcionários, pais e alunos pretendem construir na unidade e qual 
a formação querem para quem ali estuda. Elaborar um plano pode ajudar a 
equipe escolar e a comunidade a enxergar como transformar sua realidade 
cotidiana em algo melhor. Se for bem planejado, o documento pode gerar 
mudanças no modo de agir de todos os atores envolvidos no processo 
educacional e na comunidade. Quando todos enxergam de forma clara qual é o 
foco de trabalho da instituição e participam do processo de construção do PPP, 
o resultado é uma verdadeira parceria que contribuirá, positivamente, em todo 
o processo ensino-aprendizagem. 
O processo de elaboração e implantação do projeto político-pedagógico é 
complexo e alguns aspectos básicos devem estar presentes na elaboração do 
mesmo. Antes de mais nada, é preciso que todos conheçam bem a realidade 
da comunidade em que se inserem para, em seguida, estabelecer o plano de 
intenções - um pano de fundo para o desenvolvimento da proposta. Na prática, 
a comunidade escolar deve começar respondendo à seguinte questão: por que 
e para que existe esse espaço educativo? Uma vez que isso esteja claro para 
todos, é preciso olhar para os outros três braços do projeto. São eles: 
1. A proposta curricular - Estabelecer o que e como se ensina, as formas de 
avaliação da aprendizagem, a organização do tempo e o uso do espaço na 
escola, entre outros pontos. 
2. A formação dos professores - A maneira como a equipe vai se organizar 
para cumprir as necessidades originadas pelas intenções educativas. 
3. A gestão administrativa - Que tem como função principal viabilizar o que for 
necessário para que os demais pontos funcionem dentro da construção da 
"escola que se quer". 
Assim, é importante que o projeto preveja aspectos relativos aos valores 
que se deseja instituir na escola, ao currículo e à organização, relacionando o 
que se propõe na teoria com a forma de fazê-lo na prática - sem esquecer, é 
claro, de prever os prazos para tal. Além disso, um mecanismo de avaliação de 
processos tem de ser criado, revendo as estratégias estabelecidas para uma 
eventual re-elaboração de metas e ideais. Indo além, o projeto tem como 
desafio transformar o papel da escola na comunidade. Em vez de só atender 
às demandas da população - sejam elas atitudinais ou conteudistas - e aos 
preceitos e às metas de aprendizagem colocados pelo governo, ela passa a 
sugerir aos alunos uma maneira de "ler" o mundo.A elaboração do projeto pedagógico deve ser pautada em estratégias que 
deem voz a todos os atores da comunidade escolar: funcionários, pais, 
professores e alunos. Essa mobilização é tarefa, por excelência, do diretor. 
Mas não existe uma única forma de orientar esse processo. Ele pode se dar no 
âmbito do Conselho Escolar, em que os diferentes segmentos da comunidade 
estão representados, e também pode ser conduzido de outras maneiras - como 
a participação individual, grupal ou plenária. A finalização do documento 
também pode ocorrer de forma democrática - mas é fundamental que um grupo 
especialista nas questões pedagógicas se responsabilize pela redação final 
para oferecer um padrão de qualidade às propostas. É importante garantir que 
o projeto tenha objetivos pontuais e estabeleça metas permanentes para médio 
e longo prazos. 
Importante: O PPP não deve ser confundido com o Planejamento Escolar. 
Embora os dois contenham características semelhantes, há diferença na 
duração: o Planejamento Escolar é um plano de ações a curto prazo (para o 
ano letivo), enquanto que o PPP estabelece metas para um período de 3 a 5 
anos. 
7. AVALIAÇÃO 
 
Esqueça a história de usar provas e trabalhos só para classificar a turma. 
Avaliar, hoje, é recorrer a diversos instrumentos para fazer a garotada 
compreender os conteúdos previstos Durante muito tempo, a avaliação foi 
usada como instrumento para classificar e rotular os alunos entre os bons, os 
que dão trabalho e os que não têm jeito. A prova bimestral, por exemplo, servia 
como uma ameaça à turma. Felizmente, esse modelo ficou ultrapassado e, 
atualmente, a avaliação é vista como uma das mais importantes ferramentas à 
disposição dos professores para alcançar o principal objetivo da escola: fazer 
todos os estudantes avançarem. Ou seja, o importante hoje é encontrar 
caminhos para medir a qualidade do aprendizado da garotada e oferecer 
alternativas para uma evolução mais segura. Mas como não sofrer com esse 
aspecto tão importante do dia-a-dia? Antes de mais nada, é preciso ter em 
mente que não há certo ou errado, porém elementos que melhor se adaptam a 
cada situação didática. Observar, aplicar provas, solicitar redações e anotar o 
desempenho dos alunos durante um seminário são apenas alguns dos jeitos de 
avaliar. E todos podem ser usados em sala de aula, conforme a intenção do 
trabalho. Os especialistas, aliás, dizem que o ideal é mesclá-los, adaptando-os 
não apenas aos objetivos do educador, mas também às necessidades (e à 
realidade) de cada turma. "A avaliação deve ser encarada como reorientação 
para uma aprendizagem melhor e para a melhoria do sistema de ensino", 
resume Mere Abramowicz, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. 
Daí a importância de pensar e planejar muito antes de propor um debate ou um 
trabalho em grupo. É por isso que, no limite, você pode adotar, por sua conta, 
modelos próprios de avaliar os estudantes, como explica Mere. "Felizmente, 
existem educadores que conseguem colocar em prática suas propostas, às 
vezes até transgredindo uma sistemática tradicional. Em qualquer processo de 
avaliação da aprendizagem, há um foco no individual e no coletivo. Mere 
destaca ainda que a avaliação sempre esteve relacionada com o poder, na 
medida em que oferece ao professor a possibilidade de controlar a turma. "No 
modelo tecnicista, que privilegia a atribuição de notas e a classificação dos 
estudantes, ela é ameaçadora, uma arma. Vira instrumento de poder e 
dominação, capaz de despertar o medo." O fato, segundo ela, é que muitos 
educadores viveram esse tipo de experiência ao frequentar a escola e, por 
isso, alguns têm dificuldade para agir de outra forma. Para Mere, essa marca 
negativa da avaliação vem sendo modificada à medida que melhora a 
formação docente e o professor passa a ver mais sentido em novos modelos. 
Só assim o fracasso dos jovens deixa de ser encarado como uma deficiência e 
se torna um desafio para quem não aceita deixar ninguém para trás. Mas é 
preciso levar em consideração que os dois protagonistas são o professor e o 
aluno - o primeiro tem de identificar exatamente o que quer e o segundo, se 
colocar como parceiro." É por isso, diz ela, que a negociação adquire 
importância ainda maior. Em outras palavras, discutir os critérios de avaliação 
de forma coletiva sempre ajuda a obter resultados melhores para todos. "Cabe 
ao professor listar os conteúdos realmente importantes, informá-los aos alunos 
e evitar mudanças sem necessidade", completa Léa Depresbiteris, especialista 
em Tecnologia Educacional e Psicologia Escolar. 
 
 
COMO APRESENTAR OS RESULTADOS 
 
 
Observar, anotar, replanejar, envolver todos os alunos nas atividades de 
classe, fazer uma avaliação precisa e abrangente. Segundo os especialistas, a 
avaliação interessa a quatro públicos: 
1. Ao aluno, que tem o direito de conhecer o próprio processo de 
aprendizagem para se empenhar na superação das necessidades; 
2. Aos pais, corresponsáveis pela Educação dos filhos e por parte significativa 
dos estímulos que eles recebem; 
3. Ao professor, que precisa constantemente avaliar a própria prática de sala 
de aula; 
4. À equipe docente, que deve garantir continuidade e coerência no percurso 
escolar de todos os estudantes. 
Cipriano Luckesi diz que, "enquanto é avaliado, o educando expõe sua 
capacidade de raciocinar". Essa é a razão pela qual todas as atividades 
avaliadas devem ser devolvidas aos autores com os respectivos comentários. 
Cuidado, porém, com o uso da caneta vermelha. Especialistas argumentam 
que ela pode constranger a garotada. Da mesma forma, encher o trabalho de 
anotações pode significar desrespeito. 
 
 
REFERÊNCIAS BILIOGRAFICAS 
 
CARVALHO, Horácio Martins de. Introdução à Teoria do Planejamento.- 3ª ed.- 
São Paulo: Brasiliense, 1979. 
 
COARACY, Joanna. O Planejamento como Processo. Brasília: Revista 
Educação, MEC v. 1, n. 4, p. 78-81, jan./mar.,1972. 
 
COLL, César. et al. Aprender conteúdos e desenvolver capacidades. Porto 
Alegre: Artmed, 2004 
 
GANDIN, Danilo. A prática do planejamento participativo. 2.ed. Petrópolis: 
Vozes, 1994. 
 
JÚNIOR, Reynaldo Mauá. Planejamento Escolar: um estudo a partir de 
produções acadêmicas (1961 – 2005). UNESP 2007. 
 
LIBÂNEO, José Carlos. Organização e Gestão da Escola – Teoria e Prática. 3ª 
ed.- Goiânia, GO: Alternativa, 2001. 
 
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Planejamento: Projeto de Ensino-
Aprendizagem e Projeto Político-Pedagógico – elementos metodológicos para 
elaboração e realização. 7ª ed.- São Paulo: Libertad, 2000. 
 
Portal do Professor – Mec (http://portaldoprofessor.mec.gov.br/) 
 
PNE 2011-2020 (https://planejamentoeducacional.webnode.com.br/)

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