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Aula de Implantodontia 05 - UFN - Diagnóstico pré-implantar

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Prof. Eduardo Bortolas Universidade Franciscana Carolina Mallet 
Diagnóstico pré-implantar 
 O que é um implante dentário? 
 É um cilindro de titânio osseointegrado no osso maxilar ou mandibular, que substituem as ausências 
dentárias com dentes artificiais fixadas ao parafuso, reabilitando o paciente tanto em função como estética. 
 Osseointegração: aposição íntima de osso neoformado ao redor da superfície do implante sendo capaz de 
suportar as cargas funcionais. 
 Novas possibilidades de suporte: possui ótima estabilidade na longevidade de reabilitações 
osseointegradas. 
 Desempenho estético-funcional: reabilitam um dente perdido fornecendo estética e função. 
 Distribuição mais favorável das cargas. 
 Excelente alternativa para PR, PPR e PT. 
 Mas, por onde começar a indicação de um implante? 
 Fazer uma avaliação clínica e radiográfica de todos os dentes para analisar todos os dentes e a perda de 
suporte ósseo para poder indicar e planejar o implante. 
o Necessidade de exodontias; 
o Análise periodontal: se tem como tratar periodontalmente ou se é melhor extrair e incluir na 
confecção dos implantes. 
o Necessidade de realizar tratamentos endodônticos. 
o Correção de defeitos ósseos: se há necessidade de colocar enxerto ósseo e/ou levantamento de 
seio maxilar. 
o Necessidade de tratamento ortodôntico. 
o Necessidade de ajustes oclusais. 
 Para o implante ter uma ótima sobrevida e ser uma reabilitação protética satisfatória, é necessário ter um 
rigoroso planejamento, seguindo os princípios biológicos, biomecânicos, funcionais e estéticos. 
 Porém, um implante não é que nem um dente, há algumas diferenças biofisiológicas: 
IMPLANTE DENTE 
 Ancorado diretamente no osso, não existe ligamento 
periodontal para amortecer as forças. 
 A osseopercepção é baixa, tem menor capacidade de 
reconhecimento tátil. 
 Mobilidade axial de 3-5 μm e lateral de 10-50 μm. 
 Região de fulcro na crista óssea ao redor do implante 
 Perda óssea é um processo irreversível. 
 Tecidos periimplantares são mais suscetíveis à perda 
óssea quando cargas são aplicadas. 
 Está ligado ao osso por meio do ligamento periodontal 
que amortece as forças. 
 A propriocepção (mecanorreceptores) é alta, tendo 
maior capacidade de reconhecimento tátil. 
 Deslocamento axial de 25-100 μm e lateral de 56-108 
μm no carregamento funcional. 
 Região de fulcro no terço apical da raiz. 
 Remodelamento ósseo reversível. 
 As cargas são absorvidas e distribuídas ao osso. 
 
 Princípios biomecânicos: distribuição das forças musculares. 
 Geometria, número, comprimento, diâmetro, angulação e localização do implante no arco. 
 Tipo e geometria da prótese, material da infraestrutura. 
 Direção e magnitude da aplicação de forças nas próteses. 
 Condições do arco antagonista. 
 Densidade óssea, idade, sexo, consistência da alimentação. 
 
Prof. Eduardo Bortolas Universidade Franciscana Carolina Mallet 
 Fatores que influenciam a osseointegração: 
 Material deve ser bioinerte: titânio é a melhor opção. 
 Superfície do implante: implantes com tratamento de superfície são melhores. 
 A técnica cirúrgica não deve ocorrer aquecimento e deve ser sempre irrigado. 
 A qualidade óssea interfere na estabilidade inicial. 
 Não deve ocorrer contaminação durante o procedimento. 
 Critérios básicos para instalação de implantes: 
 Volume ósseo: espessura dos tecidos; 
 Qualidade óssea: osso tipo I, II, III e IV; 
 Tamanho e diâmetro dos implantes. 
 
 IMPLANTES Hexágono externo (Branemark); 
 São os implantes dentários mais documentados cientificamente, com mais de 40 anos de publicações sobre 
sua segurança, previsibilidade, sucesso clínico e longevidade. 
 
 
A distância entre um dente e um implante deve ser de no mínimo 1,5 
mm. A distância entre dois implantes deve ser no mínimo de 3 mm; 
 
 
 
 
 
Pré-operatório
Trans-operatório
Pós-operatório
Prof. Eduardo Bortolas Universidade Franciscana Carolina Mallet 
Pré-operatório: 
 Anamnese contendo histórico médico: presença de hipertensão arterial, diabetes melitus ou doença 
pulmonar obstrutiva crônica. 
 Exame clínico. 
 Exames laboratoriais. 
 Exame radiográfico: panorâmica e tomografia computadorizada (Cone Beam). 
o Considerações anatômicas: 
 Maxila: Seio maxilar, fossa nasal, nervo nasopalatino. 
 Mandíbula: nervo mandibular e forame mentual. 
 Fazer a moldagem e montar no articulador para fazer o guia cirúrgico. 
o O modelo irá oferecer os registros oclusais. 
o Os modelos diagnósticos montados em ASA influenciam no tratamento protético final. 
o O guia cirúrgico garante a posição tridimensional do implante afim de decidir se a prótese irá ser 
cimentada ou parafusada. 
 
O guia cirúrgico deve fornecer o contorno da futura prótese sobre implante, indicando a futura margem de 
tecido mole e localização da borda incisal. 
O diagnóstico é a ferramenta principal para que se possam traçar as opções de tratamento, dando ao 
paciente um prognóstico de cada opção para a decisão do plano de tratamento final. 
Tipos de planejamento: isolado ou reverso. 
 
1. Planejamento para casos unitários; 
2. Planejamento para casos parciais (sem ou com extremidade livre); 
3. Planejamento para casos parciais estéticos; 
4. Planejamento para casos totais (em uma ou ambas arcadas); 
 
O guia cirúrgico deve ser: 
 
 Estável, rígido e transparente. 
 
 Deve ser usado após a reflexão do 
tecido e apoiado em dentes naturais. 
 
 Na ausência de dentes naturais, o 
guia deve se estender até as regiões de 
tecido mole não refletidos (papilas 
retromolares em mandíbula e nas 
tuberosidades na maxila). 
 
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 Fatores que interferem a visibilidade dental e devem ser considerados durante o planejamento: 
 Linha do lábio: sorriso normal, reto ou invertido. 
 Linha do sorriso: o lábio deve acompanhar a linha do sorriso. 
 Curvatura dos lábios; 
 Componentes gengivais; 
 Corredor bucal; 
 Simetria do sorriso; 
 Linha media; 
 Linha oclusal ou plano frontal de oclusão (linha bipupilar). 
 
Planejamento de casos unitários: 
 Análise do espaço protético. 
o O implante deve ter uma distância mínima de 1,5 mm de outro 
dente. 
 Análise de oclusão. 
 Análise radiográfica e/ou tomográfica da quantidade óssea. 
 Confecção de um enceramento para prova em boca. 
 Confecção do guia multifuncional e escolha do implante indicado para o 
caso. 
 Cirurgia e se possível instalação do provisório imediato. 
 
 
 
 
 O abutment (implante intermediário) diminui as tensões mecânicas, ajudando a dissipar as tensões. 
 Em casos de muita perda óssea, o implanto pode ser colocado mais palatinizado e para corrigir a angulação, 
utilizar componentes angulados de 17° ou 20°. 
 Hexágono externo e interno = à nível da crista óssea. 
 Cone morse = infraósseo.

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