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RESUMO Converter cmolc de K, Ca, Mg e Na em mg/dm³ e kg/há A transformação de unidades, na interpretação da análise do solo, ainda gera muitas dúvidas entre os nossos leitores. Já apresentamos artigos que explicam as transformações de cmolc/dm³ em mg/dm³ e kg/ha. Claro que apresentamos os exercícios dando o K como exemplo. Mostramos, através do exercício com o cátion K. o caminho para transformar o Ca, Mg, em cmolc/dm³, em mg/dm³, só que não fizemos a conclusão do exercício para deixar o leitor conclui-lo, de maneira que ele aprenda fazendo. Entretanto, alguns não querem raciocinar e desejam o problema resolvido. O mecanismo para transformar cmolc/dm³ de Ca, Mg, Na, etc, em mg/dm³ e mg/ha, é o mesmo que fizemos com o K. O que diferencia são os valores de cada nutriente, pois cada um tem a sua massa atômica e valência. ATENÇÃO: Os cálculos abaixo são para unidades expressas em cmolc/dm³ no resultado da análise de terra. Para unidades expressas em mmolc/dm³ veja no final desse artigo o acesso para leitura do mesmo. 1) POTÁSSIO (K) a) Calcular cmolc K 1 cmolc de K = massa atômica /valência /100 1 cmolc de K = 39,1/1/100 = 0,391 g K ou 391 mg K b) Transformar cmolc K em mg/dm³ O solo possui 0,04 cmolc/dm³ K 1 cmolc/dm³ K ...............391 mg/dm³ K 0,04 cmolc/dm³ K ............X mg/dm³ K X = (0,04 x 391) / 1 X = 15,64 mg/dm³ K DICA: multiplique o valor de cmolc K por 391 para obter mg/dm³ K. mg/dm³ x 2 = kg/ha. Então: 15,64 x 2 = 31,2 kg/ha K x 1,205 = K2O 31,2 x 1,205 = 37,6 kg/ha K2O https://3.bp.blogspot.com/-khvnEkfrrbc/UBht6NIZeQI/AAAAAAAAB3U/ka40Bd6SRFw/s1600/Unidades.+tabela1.bases.conversao.jpg c) Transformar mg/dm³ em cmolc/dm³ 1 cmolc/dm³ K ...............391 mg/dm³ K X cmolc/dm³ K .............15,64 mg/dm³ K X = (15,64 x 1) / 391 = 0,04 cmolc/dm³ K DICA: divida o valor de mg/dm³ K por 391 ou multiplique mg/dm³ K por 0,002558 2) CÁLCIO (Ca) a) Calcular cmolc Ca 1 cmolc de Ca = massa atômica /valência /100 1 cmolc de Ca = 40,08/2/100 = 0,2004 g Ca = 200,4 mg Ca b) Transformar cmolc em mg/dm³ O solo possui 2,0 cmolc/dm³ Ca 1 cmolc/dm³ Ca ...............200,4 mg/dm³ Ca 2,0 cmolc/dm³ Ca .............X mg/dm³ Ca X = (2 x 200,4) / 1 X = 400,8 mg/dm³ Ca DICA: multiplique o valor em cmolc Ca por 200,4 para obter mg/dm³ Ca. mg/dm³ x 2 = kg/ha. Então: 400,8 x 2 = 801,6 kg/ha Ca x 1,4 = CaO 801,6 kg/ha Ca x 1,4 = 1.122,5 kg/ha CaO c) Transformar mg/dm³ em cmolc/dm³ 1 cmolc/dm³ Ca ...............200,4 mg/dm³ Ca X cmolc/dm³ Ca ..............400,8 mg/dm³ Ca X = (400,8 x 1) / 200,4 = 2 cmolc/dm³ Ca DICA: divida o valor de mg/dm³ Ca por 200,4 ou multiplique mg/dm³ Ca por 0,005 3) MAGNÉSIO (Mg) a) Calcular cmolc Mg 1 cmolc de Mg = massa atômica /valência /100 1 cmolc de Mg = 24,312/2/100 = 0,12156 g Mg = 121,56 mg Mg b) Transformar cmolc em mg/dm³ O solo possui 1,2 cmolc/dm³ Mg 1 cmolc/dm³ Mg ...............121,56 mg/dm³ Mg 1,2 cmolc/dm³ Mg.............X mg/dm³ Mg X = (1,2 x 121,56) / 1 X = 145 mg/dm³ Mg DICA: multiplique o valor em cmolc Mg por 121,56 para obter mg/dm³ Mg. mg/dm³ x 2 = kg/ha. Então: 145 mg/dm³ Mg x 2 = 290 kg/ha Mg Mg x 1,67 = MgO 290 kg/ha Mg x 1,67 = 484 kg/ha MgO c) Transformar mg/dm³ em cmolc/dm³ 1 cmolc/dm³ Mg .............121,56 mg/dm³ Mg cmolc/dm³ Mg ....... 145 mg/dm³ Mg X = (145 x 1) / 121,56 = 1,2 cmolc/dm³ Mg DICA: divida o valor de mg/dm³ Mg por 121,56 ou multiplique mg/dm³ Mg por 0,008226 4) SÓDIO (Na) a) Calcular cmolc Na 1 cmolc de Na = massa atômica /valência /100 1 cmolc de Na = 23/1/100 = 0,23 g Na = 230 mg Na b) Transformar cmolc em mg/dm³ O solo possui 0,02 cmolc/dm³ Na 1 cmolc/dm³ Na ...............230 mg/dm³ Na 0,02 cmolc/dm³ Na ........... X mg/dm³ Na X = (0,02 x 230) / 1 X = 4,6 mg/dm³ Na DICA: multiplique o valor em cmolc Na por 230 para obter mg/dm³ Na. mg/dm³ x 2 = kg/ha. Então: 4,6 x 2 = 9,2 kg/ha Na c) Transformar mg/dm³ em cmolc/dm³ 1 cmolc/dm³ Na ...............230 mg/dm³ Na X cmolc/dm³ Na ...............4,6 mg/dm³ Na X = (4,6 x 1) / 230 = 0,02 cmolc/dm³ Na DICA: divida o valor de mg/dm³ Na por 230 ou multiplique mg/dm³ Na por 0,004348 Unidade cmolc/dm³ e suas Conversões Centimolc, ou cmolc, é igual a 10 mg de hidrogênio. Para se calcular o cmolc/dm³ é necessário conhecer o peso atômico do elemento (em g) e sua valência. O hidrogênio (H+) tem um peso atômico de 1,008g e é monovalente; o cálcio (Ca²+) tem peso atômico igual a 40,08g, o magnésio (Mg²+), 24,312g e ambos são bivalentes; o alumínio (Al³+), 26,981g e é trivalente; o potássio (K+), 39,102g e é monovalente. A fórmula para calcular cmolc/dm³ é a seguinte: cmolc g/dm³ = peso atômico em g /valência/100 Aplicando esta fórmula temos: 1. H+ cmolc/dm³ H+ = 1,008g/1/100 = 0,01008 g Ora, numa grama temos 1000 mg, então: 0,01008g H+ = 10 mg H+ 2. Ca²+ cmolc/dm³ Ca² = 40,08g/2/100 = 0,2004 g Ca = 200 mg de Ca. Assim, 200 mg de Ca deslocam 10 mg de H+ 3. Mg²+ cmolc/dm³ Mg² = 24,312g/2/100 = 0,12156 g Mg = 121,56 mg Mg 4. K+ cmolc/dm³ K = 39,102 g/1/100 = 0,39102 g = 391,02 mg K 5. Al³+ cmolc/dm³ Al³ = 26,981g/3/100 = 0,08994g = 89,94 mg. No caso de expressar em molimolc, ou mmolc, a fórmula é a seguinte: mmolc = peso atômico em g/valência/1000 mmolc H+ = 1,008 g/1/1000 = 0,001 g = 1 mg H+ No cálculo do cmolc e do mmolc, a diferença é que no cmolc divide-se por 100, enquanto no mmolc divide-se por 1.000. Como converter 0,06 cmolc/dm³ de K em mg/dm³? No sistema antigo usava-se as expressões ppm e ug/cm³, que foram substituídas no Sistema Internaciomal por mg/dm³. Então: 1 cmolc/dm³ de K tem ............391 mg/dm³ 0,06 cmolc/dm³ de K tem..... .... X mg K/dm³ X = (0,06 x 391) / 1 X = 24 mg K/dm³ Ou fazer diretamente multiplicando por 391 (lembre-se que 1 cmolc K = 391 mg) a quantidade de cmoc de K. Ou seja, 0,06 x 391 = 24 mg K/dm³. E o inverso? Como converter mg K/dm³ em cmolc/dm³? Utiliza-se o coeficiente 0,0025575 que surgiu desta regra de três: 1 cmolc/dm³ de K tem ............391 mg/dm³ X cmolc/dm³ de K tem..... .... 1 mg K/dm³ X = (1 x 1) / 391 X = 0,0025575 cmolc K/dm³ Se cada 1 mg K/dm³ tem 0,0025575 cmolc K/dm³, conclui-se que 24 mg K/dm³ x 0,0025575 corresponde a 0,06 cmolc K/dm³. Como converter mg/dm³ em kg/ha? Um hectare possui 10.000 m². A camada arável é, em geral, 20 cm ou 0,20 m. Desta maneira, o volume de solo num hectare será: 10.000 m² x 0,20 m = 2.000 m³. Ou, 2.000 m³ = 2.000.000 dm³ Em 1 dm³ de solo temos .............. 24 mg K Em 2.000.000 dm³ teremos......... X mg K X = (2.000.000 x 24) / 1 X = 48.000.000 mg K = 48 kg K/ha. Para racionalizar, basta multiplicar por 2 a expressão mg/dm³ (mg/dm³ x 2 = kg/ha). O fósforo é expresso em mg/dm³, assim sendo 15 mg P2O5/dm³ = 15 x 2 = 30 kg P2O5/ha. Como converter kg/ha em g/kg? Basta multiplicar kg/ha por 0,0005 ou seja: 48 kg K/ha x 0,0005 = 0,024 g/kg Como surgiu estes 0,0005? Vimos que 1 ha na camada arável de 20 cm tem 2.000 m³. Se 1 m³ tem 1.000 kg, 2.000 m³ terão 2.000.000 kg. Um quilo tem 1.000 g. Então, g/kg = 1000 /2.000.000 = 0,0005. Conclusão: mg/dm³ x 2 = kg/ha kg/ha x 0,0005 = g/kg mg K/dm³ x 0,0025575 = cmolc K/dm³ cmolc K/dm³ x 391 = mg K/dm³ Pratique! Faça os cálculos para Ca, Mg, obedecendo o raciocínio feito para o potássio (K). Tabela de Conversão de Unidades das Análises de Solos No dia-a-dia do trabalho nos deparamos com situações que exigem nossa memória ou conhecimentos de como chegar aos resultados: quem já não precisou, num certo momento, Conversor de Unidades de resultados macronutrientes ou transformar. Por isto o objetivo desta postagem de trazer aos leitores aquelas conversões mais usadas, e que são tão importantes conhecê-las, Para facilitar o trabalho de todos. Existem, é claro, muitas outras, eo leitor PODERÁ CONTRIBUIR enviando-as para enriquecimentoda tabela abaixo. https://2.bp.blogspot.com/_5MAvDlOhrSw/S5EI4bEldUI/AAAAAAAAAzk/1i0gS1fnQZc/s1600-h/convers%C3%A3o+de+unidades.post.mar%C3%A7o.JPG https://agronomiacomgismonti.blogspot.com/2010/03/tabela-de-conversao-de-unidades- das.html#comment-form Professor Monte Braga. https://2.bp.blogspot.com/_5MAvDlOhrSw/S51L81mHbpI/AAAAAAAAA08/B5B1FOa7Sb0/s1600-h/analisesolo,uniadadesSI.conversao.jpg https://agronomiacomgismonti.blogspot.com/2010/03/tabela-de-conversao-de-unidades-das.html#comment-form https://agronomiacomgismonti.blogspot.com/2010/03/tabela-de-conversao-de-unidades-das.html#comment-form Conversão de Unidades De (A) Para Conversão g/dm3 mg/dm3 A x 1.000 g/Kg g/dm3 A x 1.000 g/Kg Kg/ha A x 2,000 g/Kg t/ha A x 2 mg/dm3 g/dm3 ou g/Kg A x 0,001 mg/dm3 Kg/ha A x 2 mg/dm3 t/ha A x 20 Kg/ha g/Kg A x 0,0005 Kg/ha mg/dm3 A x 0,5 Kg/ha t/ha A x 500 t/ha g/Kg A x 0,5 t/ha mg/dm3 A x 500 t/ha Kg/ha A x 1.000 mmolc/dm3 cmolc/dm3 A / 10 cmolc/dm3 mmolc/dm3 A x 10 m3/ha mm A / 10 % Argila g/Kg A x 10 N g NO3 g A x 4,42680 N g NH4 g A x 1,28783 K cmolc/dm3 K g/dm3 A x 0,3909 K cmolc/dm3 K mg/dm3 A x 390 K g/dm3 K cmolc/dm3 A x 2,5582 K g/dm3 K Kg/ha A x 2.000 K Kg/ha K2O Kg/ha A x 1,20458 K2O Kg/ha K Kg/ha A x 0,83016 Ca g Ca cmolc/dm3 A x 49,9 Ca Kg/ha Ca mg/dm3 A x 0,5 CaO Kg Ca Kg A x 0,71470 CaO % Ca cmolc/dm3 A x 0,01783 MgO % Mg cmolc/dm3 A x 0,02480 Mg g Mg cmolc/dm3 A x 8,2304 Mg Kg/ha Mg mg/dm3 A x 0,5 MgO Kg Mg Kg A x 0,60311 P Kg/ha P2O5 Kg/ha A x 2,29136 P2O5 Kg/ha P Kg/ha A x 0,43642 SO4 g S g A x 0,33379 http://agronomiacomgismonti.blogspot.com Fatores para conversão de unidades antigas em unidades do Sistema Internacional de Unidades Unidade antiga (A) Unidade nova (N) Fator de conversão (F) % g/kg, g/dm3, g/L 10 ppm mg/kg, mg/dm3, mg/L 1 meg/100 cm3 mmolc/dm3 10 meq/100g mmolc/kg 10 meq/L mmolc/L 1 mmho/cm dS/m 1 P2O5 P 0,437 K2O K 0,83 CaO Ca 0,715 MgO Mg 0,602 Boletim Técnico, 100, IAC, 1997 CONVERSÃO DE UNIDADES: ANÁLISE QUÍMICA DO SOLO Argila e Matéria Orgânica na Análise do Solo Interpretação da análise do solo (2) Alguns laboratórios indicam, no resultado da análise, o teor de carbono (C). Para se encontrar o teor de matéria orgânica multiplica-se o valor de C por 1,724. A matéria orgânica dá uma estimativa da quantidade de nitrogênio do solo. Para se estimar a quantidade de N oriunda da matéria orgânica basta dividir seu teor por 20. Por exemplo: um solo possui 1,3% de C. Então: 1,3 x 1,724 = 2,24% de matéria orgânica, ou 2,24 dag/kg ou 22,4 g/kg. Com relação à estimativa de nitrogênio (N): 2,24 / 20 = 0,112% de N ou 0,112 dag/kg ou 1,12 g/kg ou 2,24 t/ha N (g/kg x 2 = t/ha). Na primeira publicação desta série "interpretação da análise do solo, abordamos "O pH na análise do solo". http://4.bp.blogspot.com/-uGNzLCDmOmg/T9uoy5PrOPI/AAAAAAAABwQ/Et3ehAtwA1M/s1600/analisesolo.dadoshipot.destaque+argila.mo.png Nos solos mais intemperizados há uma predominância das argilas de baixa atividade. Nestes solos, o teor de matéria orgânica varia de baixo a médio, enquanto os teores de CTC são baixos. Entretanto, quando as argilas são do tipo 2:1, os teores de matéria orgânica e CTC são mais altos. Os solos argilosos podem reter grandes quantidades de cátions. Por sua vez, os solos arenosos, que apresentam baixo teor de matéria orgânica e de CTC, têm a propriedade de reter pequenas quantidades de cátions. Nestes solos, as perdas de nutrientes por lixiviação são maiores. Um solo pode conter alta percentagem de argila e pobreza de nutrientes em virtude da baixa atividade destas argilas, provavelmente do tipo 1:1. A amostra (1) apresenta 1,4 dag/kg de matéria orgânica ou 1,4% e a amostra (2) tem um teor de 0,5 dag/kg. Dentro do quadro de interpretação de matéria orgânica em Minas Gerais, na amostra (1) o solo se enquadra na faixa de teor baixo e na amostra (2) na faixa muito baixo. Na amostra (1), pela tabela do RS, o teor de argila é baixo, o que caracteriza um solo arenoso que deve ser manejado com cuidado, pois há perdas de cátions trocáveis por lixiviação. http://2.bp.blogspot.com/-HKMKJSlz0F0/T9ulSemNyUI/AAAAAAAABv0/ALdCsGWmHpM/s1600/textura+do+solo.classif.MG.RS.SC.png http://2.bp.blogspot.com/---JNltKiHNU/T9ulpcY-0fI/AAAAAAAABv8/bGXiTWSh9f0/s1600/materiaorganica.classificacaoRS.SC.png%20width= No Rio Grande do Sul e Santa Catarina a classificação do teor de matéria orgânica é diferente. Desta maneira, o técnico deve estar atento à recomendação nitrogenada partido de tabelas específicas para cada cultura em sua região. Não existe uma única tabela que contemple todos os Estados. Cada Estado tem a sua própria tabela de recomendação de nutrientes, baseada na calibração através dos trabalhos de pesquisa realizados no local, em função do tipo de solo, clima, expectativas de produção, etc. O conhecimento da quantidade de matéria orgânica no solo contribui para a recomendação de adubação nitrogenada. Cada cultura tem a sua necessidade de nitrogênio que varia entre os diferentes estados brasileiros, sendo a quantidade recomendada em função da expectativa de produção e das perdas por lixiviação, volatilização e imobilização. O nitrogênio é um dos nutrientes que as plantas absorvem em grandes quantidades. A forma mais aproveitada pelas plantas é o N-NO3 que existe em pequenas quantidades na solução do solo. No solo, o nitrogênio mineral é originado da mineralização da matéria orgânica e disponibilizado para as plantas. Esta passagem do N orgânico para o N mineral é realizada sob a ação de microorganismos. Segundo Mello et al. (1983), citado por Gonçalves (2005), as etapas de passagem do N orgânico para N mineral são as seguintes: N Orgânico --- N amídico --- N amoniacal --- N nítrico --- N nitrato. Uma cultura pode remover 2 a 3% do nitrogênio orgânico da camada de solo arável. Assim, as reservas de nitrogênio orgânico podem suprir de 9 a 12 kg/ha/ano de N (Miller, 1972). As recomendações de N são efetuadas em relação ao teor de matéria orgânica do solo. Geralmente, aplica-se até 20 kg/ha de N no momento da semeadura e o restante da recomendação em cobertura , nos estádios que a planta mais necessita, de acordo com o que preconiza a pesquisa. As quantidades de N são para um determinado patamar de produtividade. Para expectativas de maiores produções, a recomendação propõe uma certa quantidade de N para cada aumento de 1.000 http://1.bp.blogspot.com/-ckBRtCNWqNQ/T9umG0h12iI/AAAAAAAABwE/Az3Lr2jsUic/s1600/materiaorganica.classificacao+em+MG.png quilos na produtividade. Em certos casos chega a 15 - 20 kg/ha N, conforme a região. No caso de lavouras feitas em áreas que foram cultivadas leguminosas, a recomendação de N tende a diminuir. REFERÊNCIAS ALVAREZ V, V.H.; RIBEIRO, A.C.; GUIMARÃES, P.T.G. Recomendações para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais - 5a. aproximação. 1999. Viçosa, Minas Gerais. Disponível em:<http://pt.scribd.com/doc/58701933/5%C2%AA- Aproximacao-Manual-de-Adubacoes-PDF> Acesso em: 13 de jun. 2012. GONÇALVES, F. T. A. Dinâmica do nitrogênio em solo tratado com lodo de esgoto e cultivado com café. 2005. Dissertação (Mestrado em Gestão dos Recursos Agroambientais) – Instituto Agronômico Campinas. 2005 MILLER, F.P. Os fertilizantes e o meio ambiente. In: Manual de Fertilizantes.Tradução de Eng.Agr. Mario Luiz M. Mattos de Castro - CEFER/IPT. São Paulo. 1980. The Fertilizer Institute. 2ed. p. 25-51. 1976. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIÊNCIA DO SOLO. COMISSÃO DE QUÍMICA E FERTILIDADE DO SOLO - RS/SC. Manual de adubação e calagem para os Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. 10ª ed. Porto Alegre, 2004. 400p. Cuidadosno Uso das Unidades Expressas na Interpretação da Análise do Solo Introdução Um erro de cálculo, na interpretação da análise de solo, é não prestar atenção em que unidade os nutrientes estão expressos no resultado laboratorial. É comum os nutrientes estarem expressos em mmolc/dm³ e os cálculos são feitos como se fossem cmolc/dm³. Isso leva a resultados errôneos que podem superestimar a necessidade de calagem, a interpretação das faixas de disponibilidade das tabelas de recomendação de calagem e adubação, os teores de nutrientes em kg/ha, etc. Existem laboratórios que expressam o resultado dos teores de nutrientes em cmolc/dm³ e outros em mmolc/dm³. Por exemplo, 1 cmolc/dm³ de K é igual a 391 mg/dm³; 1 mmolc/dm³ K = 39,1 mg/dm³. Publicamos inúmeras postagens sobre interpretação da análise do solo, falando sobre essas diferenças e os cuidados que devem ser tomados na hora de calcular a soma de bases (SB), as CTC's efetiva e a pH 7,0. Unidades expressas em cmolc/dm³ Se, no resultado da análise, o K, Ca, Mg e Al são expressos em cmolc/dm³, todos os cálculos serão expressos em cmolc/dm³. Às vezes, o K está expresso em mg/dm³. Para se igualar aos outros cátions básicos, expressos em cmolc/dm³, devemos fazer a conversão: 1 mg/dm³ K / 391 = 1 cmolc/dm³ de K ou, 1 mg/dm³ K x 0,002558 = 1 cmolc/dm³ K 0,002558 é obtido de 1 / 391. Como se calcula o cmolc/dm³ dos cátions? 1 cmolc/dm³ = massa atômica em g / valência / 100 Para visualizar o cálculo de K, Ca, Mg, Na, Al, basta acessar: Converter cmolc/dm³ de K, Ca, Mg, Na em mg/dm³ e kg/ha http://1.bp.blogspot.com/-ngunLygWfbk/UVo7-XdAUvI/AAAAAAAACmw/CYFIGs6nJ_8/s1600/fertilizantes.adubacao.linha.cova.jpg http://agronomiacomgismonti.blogspot.com.br/2012/08/converter-cmolc-de-k-ca-mg-e-na-em-mgdm.html Nesse artigo, além dos cálculos como obter cmolc/dm³, existe também a conversão dos mesmos para mg/dm³. Portanto, se estamos lidando com resultados de análise de solos expressos em cmolc/dm³, devemos interpretá-los como tal e não considerá-los com se fossem em mmolc/dm³. Unidades expressas em mmolc/dm³ Como se calcula o mmolc/dm³ dos cátions? Quando os resultados são expressos em mmolc/dm³, o cálculo é diferente, ou seja: 1 mmolc = massa atômica / valência / 1000 Qual a diferença entre as fórmulas mmolc e cmolc/dm³ ? A diferença é que no cálculo do cmolc/dm³ dividimos por 100; no cálculo do mmolc/dm³ dividimos por 1000. 1 mmolc Ca = 40 / 2 / 1000 1 mmolc Ca = 0,020 g = 20 mg Ca Uma análise do solo mostra 5 mmolc/dm³ Ca, para converter em mg/dm³ o cálculo é o seguinte: 5 mmolc/dm³ Ca x 20 = 100 mg/dm³ de Ca ou 200 kg/ha de Ca (mg/dm³ x 2 = kg/ha) 1 mg/dm³ Ca / 20 = 0,5 mmolc/dm³ Ca 100 mg/dm³ Ca / 20 = 5 mmolc/dm³ Ca Para obter o valor de 1 mmolc/dm³ de K, Mg, Na e Al, seguir o mesmo raciocínio do Ca. Abaixo, os valores da massa atômica e valência do nutriente para a obtenção do cálculo Potássio (K) - massa atômica 39,1 valência 1 Cálcio (Ca²) - massa atômica 40 valência 2 Magnésio (Mg²) - massa atômica 24 valência 2 Alumínio (Al³) - massa atômica 27 valência 3 Sódio (Na) - massa atômica 23 valência 1 Cálculo dos conceitos básicos na Interpretação da Análise do Solo Seja o resultado hipotético de uma análise do solo (Quadro 2.): Os cátions básicos estão expressos em cmolc/dm³ Soma de Bases (SB) = K + Ca + Mg SB = 0,05 + 0,5 + 0,12 SB = 0,67 cmolc/dm³ CTC efetiva (t) = SB + Al http://1.bp.blogspot.com/-yfGKJzugTd4/UVodOpJj8YI/AAAAAAAACmQ/NbIKJWRel5g/s1600/Analise+de+solo+hipotetica.jpg t = 0,67 + 1,3 t = 1,97 cmolc/dm³ CTC a pH 7.0 (T) = SB + (H + Al) T = 0,67 + 4,9 T = 5,57 cmolc/dm³ Os cátions estão expressos em mmolc/dm³ Os cátions estão expressos em mmolc/dm³ Inclusive o K em mg/dm³ foi convertido para mmolc/dm³. 24 mg/dm³ K / 39,1 = 0,6 mmolc/dm³ Ou, 24 mg/dm³ K x 0,02558 = 0,6 cmolc/dm³ 0,02558 é obtido de 1 / 39,1 Soma de Bases (SB) = K + Ca + Mg + Na SB = 0,6 + 12 + 6 + 1,2 SB = 19,8 mmolc/dm³ CTC efetiva (t) = SB + Al t = 19,8 + 5 t = 24,8 mmolc/dm³ CTC a pH 7.0 (T) = SB + (H + Al) T = 19,8 +29 T = 48,8 mmolc/dm³ http://agronomiacomgismonti.blogspot.com.br/2013/04/cuidado-no-uso-das-unidades- expressas.html (acesso em 13/01/2018). http://agronomiacomgismonti.blogspot.com.br/2013/04/cuidado-no-uso-das-unidades-expressas.html http://agronomiacomgismonti.blogspot.com.br/2013/04/cuidado-no-uso-das-unidades-expressas.html Calcular a Necessidade de Calagem Vamos abordar como calcular a necessidade de calagem para a análise de solo comentada em publicação anterior onde, baseado em resultado de uma análise de solo, calculamos os diversos conceitos básicos: soma de bases, CTC's efetiva (t) e potencial (T), saturação por bases (V%), saturação por alumínio (m%), percentagem de saturações de Ca, de Mg e de K, e relação Ca/Mg. O leitor pode obter estas informações acessando o link abaixo: Interpretando uma análise de solo O resultado obtido no cálculo dos conceitos básicos da análise do solo está representado no quadro a seguir: Cálculo da Calagem pelo Método de Saturação por Bases (V%) O cálculo da necessidade de calagem para este solo será através da saturação por bases, V%. Na análise em estudo, encontramos um V = 33,78%, que é muito baixo, o que caracteriza solo de baixa fertilidade, associado a uma saturação por alumínio alta, ou seja, m = 30,13%. Um valor m% maior que 20 é indicativo de necessidade de calcário para neutralizar a acidez e criar condições favoráveis para o desenvolvimento das plantas e para aumento da produtividade. Outros autores apontam um valor acima de 10% para caracterizar a necessidade de calagem. Solos com m% maior que 50 são considerados solos álicos. Vamos elevar o V% para 60 e 70%. A fórmula para cálculo da necessidade de calagem (NC) é a seguinte: NC (t/ha) = (V2-V1) x T x f / 100 Onde, V2 - é o valor que queremos elevar; V1 - é valor encontrado na análise; T = capacidade de troca de cátions a pH 7,0; f - fator de correção do PRNT do calcário a ser utilizado. Toda recomendação de calagem é baseada em calcário com PRNT = 100%. Se o calcário a ser aplicado possui um PRNT diferente deste, deve ser feita a correção. http://agronomiacomgismonti.blogspot.com/2011/06/interpretando-uma-analise-de-solo.html http://2.bp.blogspot.com/-8TFPvhJ1yKQ/TdwdKx_3lKI/AAAAAAAABSk/00BsVf-HyU4/s1600/interpreta%C3%A7%C3%A3o...resultados.post.06.2011.jpg f = 100 / PRNT do calcário usado. Seja um calcário com PRNT de 80% que vai ser usado para a calagem. Logo, f = 100/80 = 1,25. Aplicando na fórmula, para elevar o V2 = 60%, teremos: NC t/ha = (60 - 33,78) x 7,55 x 1,25 / 100 NC = 2,5 t/ha. Se quisermos elevar o V2 para 70%, a NC será: NC t/ha = (70-33,78) x 7,55 x 1,25 / 100 NC = 3,4 t/ha. No Paraná, usa-se, também, o cálculo da necessidade de calcário a partir do teor de alumínio. NC t/ha = Al³+ x 2 NC t/ha = 1,1 x 2 NC = 2,2 t/ha. Se o calcário apresentar um PRNT de 65% será preciso fazer a correção (f): f = 100/65 f = 1,54, ou seja: NC t/ha = 2,2 x 1,54 NC = 3,4 t/ha. OBS: Outros Estados, utilizam o teor de Al e os teores de (Ca+Mg) para determinar a necessidade de calagem, levando em conta, também, o teor de argila do solo. A Relação Ca:Mg do Solo e o Ideal para as Plantas Os solos brasileiros, em geral, são ácidos e pobres em nutrientes. Neste caso, o cálcio e o magnésio podem apresentar teores muito baixos. São nutrientes importantes e necessários ao bom desenvolvimento das plantas, traduzindo-se em aumentos de produtividade. Eles guardam uma relação entre si, a chamada relação Ca:Mg. No caso da soja, a EMBRAPA preconiza uma relação Ca:Mg igual a 3,5. A literatura recomenda uma relação entre 3-5 como a ideal para a maioria das culturas. Entretanto, devemos ter em mente que o excesso de cálcio inibe a absorção de magnésio, e vice-versa. Além disto, o cálciomelhora a absorção do micronutriente Boro: porém, quanto mais cálcio é usado, mais boro é absorvido pela planta. Na escolha do corretivo, para neutralizar a acidez do solo, é imprescindível considerar a relação Ca:Mg do produto. Corretivos do solo com desequilíbrio nas quantidades de Ca e Mg podem provocar desbalanços nutricionais que comprometerão a produtividade da planta. Quando o agricultor coleta uma amostra de solo e manda analisá-la, ele fica sabendo dos teores de nutrientes que este solo contém, ou seja, uma idéia da fertilidade e do que precisa ser feito em termos de recomendação de corretivos e fertilizantes. Entre estes nutrientes, o cálcio e o magnésio estão incluídos. Por exemplo: a análise acusou 0,3 cmolc/dm³ de Ca e 0,12 cmolc/dm³ de Mg. Neste caso, a relação Ca/Mg é igual a 2,5 (0,3/0,12). Portanto, a adição de um calcário dolomítico, no cálculo da necessidade de calagem, deve ser a escolha com a finalidade de manter ou aumentar esta relação original. Como a melhor relação Ca:Mg, para a maior parte das plantas, é entre 3 e 5, há necessidade de se aumentar esta relação. Acontece que mesmo com a adição de um calcário dolomítico não se consegue estabelecer a relação que desejamos, principalmente quando queremos aumentá-la. Há, então, a necessidade de utilizar um calcário calcítico para atingir o objetivo. No slideshare abaixo, o leitor terá uma idéia de como calcular as proporções dos calcários dolomítico e calcítico para manter ou aumentar a relação Ca:Mg. Mas sempre considerar a relação Ca:Mg ideal para a cultura, pois relações muito altas podem comprometer a produção pelo antagonismo entre Ca e Mg, quando um deles está em excesso. Hernandez,R.J.Munoz & Silveira,R.I. verificaram, em pesquisa com milho, que uma relação Ca:Mg acima de 3:1 ocasionou diminuição na produção de massa verde e um decréscimo na produção da cultura, em virtude do antagonismo do cálcio na absorção do magnésio. Como Aumentar ou Manter, pela Calagem, a Relação Ca:Mg Nossas últimas postagens têm sido baseadas nos resultados de uma análise de solo hipotética; a partir dela, já escrevemos sobre interpretação dos conceitos básicos, como soma de bases e CTC's; saturações por bases, por ácidos e por alumínio; e cálculo da necessidade de calagem feita em diferentes Estados brasileiros. E partindo da recomendação de calagem vamos abordar, nesta postagem, como manter a relação Ca/Mg, e, até mesmo, aumentá-la. Nosso solo tem 0,3 cmolc Ca/dm³ e 0,1 cmolc Mg/dm³. Portanto uma relação Ca/Mg igual a 3:1. Temos um calcário dolomítico com 36% de CaO e 15% de MgO. PRIMEIRO PASSO: Transformar CaO em Ca e MgO em Mg. 1kg de CaO x 0,714719 = 0,714719 kg de Ca 1kg de MgO x 0,603245 = 0,603245 kg de Mg Para se chegar a estes números procede-se assim (peso atômico): CaO ........................Ca (40,06+15,99) .......40,06 ; 56,05 .......40,06 ; 40,06/56,05 = 0,714719 MgO.........................Mg (24,312+15,99) .....24,312 ; 40,302 ....24,312 ; 24,312/40,302 = 0,603245 Em 10kg teremos 7,14719 kg de Ca ou 7.147,19 g de Ca Em 10kg teremos 6,03245 kg de Mg ou 6.032,45 g de Mg cmolc/dm³ de Ca = g Ca x 4,9900 Como surgiu este valor 4,9900? cmolc Ca/dm³ = peso atomico Ca em g /valência/100 cmolc Ca/dm³ = 40,06/2/100; cmolc Ca/dm³ = 0,2003 g de Ca 1 cmolc/dm³ Ca tem................ 0,2003 g de Ca ............X cmolc Ca......................... 1 g Ca X = (1 x 1) / 0,2003 = 4,9900 Portanto, cada g Ca tem 4,99 cmolc Ca/dm³ cmolc/dm³ de Ca = 7.147,19 g de Ca x 4,9900 = 35.664,47 cmolc Ca/dm³ Como o calcário dolomítico tem 36% de CaO, teremos para cada 1% aplicado em t/ha o correspondente a 35.664,47 cmolc Ca/dm³ x 36 = 1.283.921,2 cmolc Ca/dm³. Considerando uma camada de solo de 20 cm, num hectare teremos 2.000.000 dm³. Em 2.000.000 dm³ de solo temos ....1.283.921,2 cmolc Ca/dm³. em 1dm³ teremos ..................................X........................ X = 1.283.921 x 1 /2.000.000 = 0,64 cmolc Ca/dm³. No caso do magnésio, o cálculo será: cmolc Mg/dm³ = 6.032,45 g de Mg x 8,2344 = 49.673,60 cmolc Mg/dm³ Para conseguir o valor 8,2344 o raciocínio é o mesmo no caso do Ca acima. Considerando o peso atômico do Mg igual a 24,300 g. 1 cmolc Mg/dm³ tem .....................0,1215 g Mg ......X cmolc Mg ....................................1 g X = (1x1) / 0,1215 = 8,2344 Portanto, cada g Mg tem 8,2344 cmolc Mg/dm³ Como o calcário dolomítico tem 15% de MgO 49.673,60 cmolc Mg/dm³ x 15 = 745.104,09 cmolc Mg/dm³ Adotando o mesmo raciocínio para o hectare e a camada de 20 cm, teremos 49.673,60 cmolc Mg/dm³ /2.000.000 = 0,37 cmolc Mg/dm³ Conclusão do primeiro passo: O calcário dolomítico em referência fornece: 0,64 cmolc Ca/dm³ 0,37 cmolc Mg/dm³ SEGUNDO PASSO: transformar o CaO do calcário calcítico em cmolc Ca/dm³. O calcítico tem 58% de CaO. 35.664,47 cmolc Ca/dm³ x 58 = 2.068.539,20 cmolc Ca/dm³ Em 2.000.000 dm³ de solo temos....2.068.539,20 cmolc Ca/dm³ em 1dm³ teremos ................................ X cmolc Ca/dm³ X = (1 x 35.664,47) / 2.000.000; X = 1,03 cmolc Ca/dm³ TERCEIRO PASSO: calcular a quantidade da mistura de dolomítico e calcítico. Como o dolomítico fornece por tonelada 0,37 cmolc Mg/dm³, para manter a relação 3:1 precisamos de 1,11 cmolc Ca/dm³ (0,37x3). O dolomítico fornece 0,64 cmolc Ca/dm³; necessitamos completar o cálcio com o calcário calcítico em 0,47 cmolc Ca/dm³ (1,11-0,64). Como a tonelada de calcítico com 58% de CaO fornece 1,03 cmolc Ca/dm³,precisamos fazer uma regra de três: Em 1t de calcítico (58% CaO) temos .......1,03 cmolc Ca/dm³ Em X.t de calcítico teremos .....................0,47 cmolc Ca/dm³ X = (1x0,47) / 1,03 = 0,456 t/ha ou 456 kg/ha de calcítico CONCLUSÃO 1: "Para cada tonelada de calcário dolomítico com 36% de Cao e 15% de MgO, precisamos acrescentar 456 kg de calcário calcítico com 58% de CaO." SIMPLIFICAÇÃO: Podemos utilizar uma outra maneira de calcular os cmolc/dm³ de Ca e Mg sem a necessidade de todos os cálculos feitos anteriormente. Basta aplicar coeficientes, que darão diretamente os valores. Para cada 1% de CaO multiplicado por 0,01784 teremos cmolc Ca/dm³ Para cada 1% de MgO multiplicado por 0,0248 teremos cmolc Mg/dm³ Vejamos com o dolomítico: 36 x 0,01784 = 0,64 cmolc Ca/dm³ 15 x 0,02481 = 0,37 cmolc Mg/dm³ Com o calcítico: 58 x 0,01783 = 1,03 cmolc Ca/dm³ Agora é só calcular as quantidades da mistura, como foi feito acima. Como se acham os coeficientes 0,01784 e 0,0248? CaO ........................Ca (40,06+15,99) .......40,06 ; 56,05 .......40,06 ; 40,06/56,05 = 0,714719 0,714719/40,06 = 0,01784 MgO........................Mg (24,312+15,99) .....24,312 ; 40,302 ....24,312 ; 24,312/40,302 = 0,603245 0,603245/24,312 = 0,02481 AUMENTAR A RELAÇÃO Ca/Mg PARA 4:1 Cada tonelada de calcário dolomítico fornece 0,37 cmolc Mg/dm³. Para aumentar a relação Ca/Mg para 4:1 precisamos 1,48 cmolc Ca/dm³ (0,37x4). Como a tonelada de dolomítico fornece 0,64 precisamos de 0,84 cmolc Ca/dm³ (1,48-0,64), que deverão vir do calcítico. Uma tonelada de calcítico (58% CaO) fornece 1,03 cmolc Ca/dm³. Quanto precisamos de calcítico para fornecer 0,84 cmolc Ca/dm³? X = 0,84/1,03 = 0,815 t ou 815 kg de calcário calcítico. CONCLUSÃO 2 " Para aumentar a relação Ca/Mg para 4:1, a cada tonelada de calcário dolomítico (36% CaO e 15% MgO) precisamos misturar 815 kg de calcítico (58% CaO)." Os cátions básicos (Ca²+), o magnésio (Mg²+), são importantes no processo de nutrição das plantas e a interação entre eles é fundamental, em termos de favorecer ou inibir a absorção pelas plantas. O cálcio em excesso inibe a absorção de magnésio e vice-versa. O cálcio e o magnésio são adicionados, principalmente, pelo calcário. Quando a relação Ca/Mg está baixa, ela pode ser aumentada pela aplicação de um calcário calcítico. Se está alta, pode-se regulá-la pela aplicaçãode um calcário com alto teor de magnésio ou uma fonte de magnésio.
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