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1 
 
 
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO 
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS 
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA 
DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA 
EQUIDEOCULTURA 
 
 
 
 
 
- TRABALHO DE EQUIDEOCULTURA - 
1 ª AVALIAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO LUÍS – MA 
2013 
 
2 
 
 
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO 
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS 
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA 
DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA 
EQUIDEOCULTURA 
 
 
 
 
- TRABALHO DE EQUIDEOCULTURA - 
1 ª AVALIAÇÃO 
 
Trabalho entregue ao Prof. Dr. Afranio 
Gonçalves Gazolla referente à segunda 
chamada da primeira avaliação da 
disciplina de Equideocultura 
Mariana Mendes de Souza Martins 
0951227 
 
 
 
 
 
SÃO LUÍS – MA 
2013 
3 
 
SUMÁRIO 
 
1 O AGRONEGÓCIO CAVALO 4 
2 PELAGEM EQUINA 7 
2.1 Pelagens simples e uniformes 8 
2.1.2 Branca 8 
2.1.2 Preta 9 
2.1.3 Alazã 9 
2.1.4 Baio 9 
2.2 Pelagens simples com crina, cauda e extremidades pretas 10 
2.2.1 Castanha 10 
2.2.2 Pelo de rato 11 
2.3 Pelagens compostas 11 
2.3.1 Tordilha 11 
2.3.2 Rosilha 12 
2.3.3 Pampa 13 
2.3.4 Toveira 13 
3 PARTICULARIDADES DAS PELAGENS 13 
3.1 Particularidades gerais 13 
3.2 Particularidades especiais 14 
3.2.1 Cabeça 14 
3.2.2 Pescoço 15 
3.2.3 Tronco 15 
3.2.4 Membros 15 
4 DENTIÇÃO 16 
4.1 Estruturação dentária 17 
4.2 Tipos, características e nomenclatura dentária 17 
4.3 Cronologia etária 19 
4.4 Cronologia do desgaste etário 20 
REFERÊNCIAS 24 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1 O AGRONEGÓCIO CAVALO 
 
Na década de 50, os professores Jonh Davis e Ray Goldberg, da 
Universidade Harvard, constataram que as atividades rurais e aquelas ligadas 
a elas não poderiam viver isoladas. Utilizando fundamentos de teoria 
econômica sobre as cadeias integradas construíram uma metodologia para 
estudo da cadeia agroalimentar e cunharam o termo “agribussines” que foi 
traduzido para o português como agronegócio (MEGIDO e XAVIER, 1998). 
Em 1957 Jonh Davis e Ray Goldberg caracterizaram o agronegócio 
como a soma total das operações de produção e distribuição de suprimentos 
agrícolas, das operações de produção nas unidades agrícolas, do 
armazenamento, processamento e distribuição dos produtos agrícolas e itens 
produzidos a partir deles‖ (BATALHA e SILVA, 2001). 
Dessa forma, o conceito engloba os fornecedores de bens e serviços 
para a agricultura, os produtores rurais, os processadores, os transformadores 
e distribuidores além de todos os envolvidos na geração e fluxo dos produtos 
de origem agrícola até o consumidor final (PADILHA JÚNIOR e MENDES, 
2007). 
O agronegócio é uma cadeia produtiva que envolve desde a fabricação 
de insumos, passando pela produção nos estabelecimentos agropecuários e 
pela sua transformação, até o seu consumo. Essa cadeia incorpora todos os 
serviços de apoio: pesquisa e assistência técnica, processamento, transporte, 
comercialização, crédito, exportação, serviços portuários, distribuidores 
(dealers), bolsas, industrialização e o consumidor final. O valor agregado do 
complexo agroindustrial passa, obrigatoriamente, por cinco mercados: o de 
suprimentos, o da produção propriamente dita, o do processamento, o de 
distribuição e o do consumidor final (GASQUES et al., 2004). 
A literatura define complexo agroindustrial como um conjunto de cadeias 
produtivas, relativamente independentes de outros complexos. Deve-se 
destacar que é necessária a existência de articulações intersetoriais entre a 
agropecuária e a indústria (antes e após a porteira) para a formação do 
complexo agroindustrial (LIMA, SHIROTA e BARROS, 2006). 
Ainda, de acordo com Lima, Shirota e Barros (2006), na equideocultura 
uma atividade apresenta um papel duplo. Por exemplo, uma escola de 
5 
 
equitação pode tanto ser o consumidor final quanto ser um elo anterior ao 
frigorífico na cadeia da carne de equinos. Além disto, ao contrário de muitas 
cadeias agroindustriais tradicionais, o principal fator dinâmico do setor não está 
localizado na indústria à montante. Diante dessas características específicas 
do agronegócio cavalo, a análise deste tem início com a indústria à montante e, 
a partir daí, as diversas atividades são divididas com base nos aspectos 
funcionais do cavalo e não exatamente em atividade secundárias e industriais. 
Desde a formação social, econômica e política do país, quando o cavalo 
ainda representava a vaidade, o orgulho e até o diferencial social entre muitas 
famílias, o rebanho de equinos no Brasil cresceu e desempenhou diferentes 
papéis. O cavalo que era utilizado para transporte de cargas e pessoas, tração, 
trabalho no campo, e até mesmo em guerras nos campos de batalha, hoje é 
considerado animal de companhia e está sendo amplamente empregado em 
atividades de esporte e lazer (LIMA et al., 2006) 
Apesar da criação de cavalo ser vista, atualmente, como atividade de 
lazer, o comércio e o negócio na equinocultura mostram-se expressivos. O 
Brasil possui o quarto maior rebanho equino do mundo, com 5.514.253 milhões 
de cabeças (IBGE, 2011), perdendo apenas para China, Estados Unidos e 
México. O maior número de equinos encontra-se nas Regiões Nordeste 
(24,8%), seguida das regiões Sudeste (24,6%) e Centro-Oeste (20,4%). O 
negócio na equinocultura é composto por cerca de 30 segmentos que vão 
desde a confecção de selas e equipamentos, passando pela produção de 
insumos, medicamentos, rações, acessórios, entre outros. Além disto, inclui 
como mão de obra: ferrageadores, veterinários, treinadores e outros 
profissionais envolvidos desde a criação até o destino final dos animais, 
compondo desta forma, a base do Complexo do Agronegócio do Cavalo (LIMA 
et al., 2006). 
Na participação do comércio internacional de equinos, o Brasil tem 
grande destaque. A expansão da exportação brasileira de cavalos vivos 
alcançou 524% entre 1997 e 2009, passando de US$ 702,8 mil para US$ 4,4 
milhões (MAPA, 2010). Os Estados Unidos foram o principal exportador do ano 
de 2009 (148.472 cabeças, representando 48,8% do comércio mundial) e a 
Argentina, principal exportador da América do Sul, exportou quase sete vezes 
mais que o Brasil (4.255 animais), com preço médio por equino 
6 
 
aproximadamente igual ao brasileiro (6.800 dólares) (REGATIERI e MOTA, 
2012). 
No caso das importações de cavalos vivos, o Brasil ocupa a 35º posição 
e a liderança fica com a Europa (49,8% do comércio mundial) seguida da Ásia 
(26%), sendo México, Canadá e Itália, individualmente, os principais 
importadores em número de cabeças. 
Estão agrupados na tabela abaixo os principais segmentos do complexo 
do agronegócio do cavalo no Brasil e sua respectiva movimentação financeira, 
com dados que foram obtidos no estudo contratado pela Confederação da 
Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA e que gerou o trabalho elaborado por 
Lima, Shirota e Barros (2006). 
 
 
7 
 
Os cavalos de corrida compõem um dos segmentos mais ativos nesse 
comércio internacional. As exportações de cavalos de corrida brasileiros, da 
raça Puro Sangue Inglês (PSI) têm aumentado cada vez mais para Dubai, nos 
Emirados Árabes Unidos. De 2002 para 2006, o número de cavalos de corridas 
exportados saltou de 99 para 314, segundo dados da Associação Brasileira de 
Criadores e Proprietários de Cavalos de Corrida (ABCPCC). Em relação às 
técnicas de produção do cavalo de corrida, o Brasil melhorou desde o manejo e 
a pastagem até a reprodução (REGATIERI e MOTA, 2012). 
Milhares de atletas praticam esportes equestres em suas diversas 
modalidades: Salto, Pólo, Enduro, Apartação, Volteio, Adestramento, Turismo 
Equestre, Vaquejada, Equitação, Turfe, CCE (Concurso Completo de 
Equitação), 6 Balizas, Três Tambores, Rodeio, etc. No complexo agropecuário, 
o segmento de equinos utilizados em diversas atividades esportivas movimenta 
valores da ordem de R$ 705 milhões e emprega, diretamente, cerca de 20.500 
pessoas, com a participação estimadade 50 mil atletas (LIMA et al., 2006). 
Os negócios que envolvem a criação e utilização do cavalo ocupam 
posição de destaque nos países desenvolvidos e em muitos em 
desenvolvimento, como o Brasil. Os diversos segmentos que configuram o 
Agronegócio Cavalo têm participação fundamental no desenvolvimento do país, 
principalmente a partir da contribuição pela geração de renda e de postos de 
trabalho (REGATIERI e MOTA, 2012). 
 
2 PELAGEM EQUINA 
A pelagem é conjunto de pelos, de uma ou diversas cores espalhados 
pela superfície do corpo e extremidades, em distribuição e disposição variadas, 
cujo todo determina a cor do animal. A cor do pelo dos cavalos é determinada 
por uma combinação de 39 genes, sendo por isso possível obter diversos tons de 
pelagem. O cavalo é uma espécie que apresenta vários tipos de pelagem, 
apresentado uma grande variação e nomenclaturas específicas (RIBEIRO, 
2013). 
A coloração da pelagem pode ser alterada por alguns fatores como: 
sexo- garanhões e éguas prenhes apresentam a pelagem com aspecto 
brilhante, tonalidade mais firme e pelo mais liso, em virtude da ação hormonal; 
8 
 
Idade – algumas pelagens modificam com o avançar da idade; Nutrição – 
animais mal nutridos apresentam pelagem opaca e ressacada. 
Estação do ano e clima – no inverno os equinos apresentam pelos maiores, mais 
espessos e opacos, enquanto que no verão a pelagem fica com tonalidade mais viva 
e os pelos ficam curtos e brilhantes. Os cavalos podem apresentar diversos 
tipos de pelagens e cada uma delas tem nomenclaturas específicas, o que 
varia de acordo com a região do Brasil. 
Os tipos de pelagens conhecidos são 
branca, preta, alazã, castanha, baia, pelo de rato, tordilha, rosilha, lobuna, 
ruão, pampa, persa, apalusa e oveira, dentro destes tipos pode haver diversas 
variações (UCHÔA et al., 2013) 
As pelagens dos cavalos são divididas em três grupos: pelagens 
simples, pelagens compostas, e pelagens justapostas. 
 As pelagens simples são aquelas em que o pelo do cavalo possui 
apenas uma cor, dando um aspecto homogêneo na coloração do cavalo, sem 
manchas ou misturas de cores, as pelagens compostas são aquelas em que o 
pelo do cavalo tem duas cores, e dão um aspecto de cores misturadas na 
pelagem do cavalo, e as pelagens justapostas são aquelas que apresentam as 
manchas, nas quais duas cores de sobrepões formando – as (PORTAL, 2007). 
 
2.1 Pelagens simples e uniformes São caracterizadas por 
apresentarem pelos, crina e cauda de uma só tonalidade (PORTAL, 2007) 
 
2.1.1 Branca 
Composta exclusivamente de pelos brancos. Os cavalos brancos 
verdadeiros são os que possuem o gene W que, quando em homozigose 
dominante (WW), causam perda embrionária ou morte do potro logo após o 
nascimento. Em virtude dessa característica letal do gene, a pelagem branca 
foi praticamente extinta. Porém, existe a variedade branca pseudo-albina, 
conhecida como gázeo ou pombo, que ocorre por uma combinação gênica 
independente do gene W, e se caracteriza pela presença de pelos brancos em 
pele com ausência quase total de pigmentação. Geralmente, apenas os olhos 
se apresentam coloridos (castanhos ou azulados) (UCHÔA, et al., 2013). 
 
9 
 
2.1.2 Preta 
Caracterizada por pelos, crina e cauda de coloração preta. Variedades: 
• Preto-mal-tinto, pezenho ou macado: Quando dá a impressão de 
desbotado; 
• Preto comum: Quando na mostra reflexos; 
• Preto-murzelo ou franco: Com laivos arroxeados, como amora 
madura; 
• Preto-azeviche: Quando a coloração preta dá um reflexo brilhante 
(RIBEIRO, 2012) 
. 
2.1.3 Alazã 
Pelos, crina e cauda de tonalidade vermelha, que pode variar de escura 
a amarela. A crina pode ser de tonalidade mais clara. Variedades mais 
comuns: (UCHÔA, et al., 2013). 
• Alazã Amarilha: Pelos de tonalidade amarela, que pode variar da clara 
à escura, com crina e cauda branca ou creme. Também chamada 
erroneamente de Palomina (nome de uma raça americana onde todos os 
animais registrados são portadores desta pelagem) e baia amarilha 
(geneticamente a pelagem alazã amarilha se relaciona com alazã e não com a 
baia) 
• Alazã Cereja: Pelos com tonalidade vermelha, lembrando a cor da 
cereja. 
 • Alazã sobre Baia (acima de baia): Cabeça, pescoço e troncos 
amarelos, com crina, cauda e extremidades avermelhadas. 
• Alazã Tostada: Pelos do corpo, crina e cauda de tonalidade vermelha 
escura, lembrando a cor do café torrado. 
• Alazã Clara: Cabeça, pescoço, tronco e membros cobertos por pelos 
de tonalidade vermelha clara, com algumas áreas como membros, cauda e 
crina mais claras. 
• Alazã Salpicada: Cabeça, pescoço, tronco e membros de tonalidade 
vermelha, com interpolação de pelos brancos no torso (RIBEIRO, 2012) 
 
2.1.4 Baio 
http://www.gege.agrarias.ufpr.br/Portugues/equideo/Fotos/baio.jpg
10 
 
Formado por pelos amarelados em todo o corpo, inclusive crineira, cola 
e membros, que vão de um matiz claro de palha de trigo ou milho até um bem 
escuro, mais ou menos bronzeado, de modo a constituir as seguintes 
variedades (UCHÔA, et al., 2013). 
• Baio-simples-claro ou baio-palha: Quando se parece com a cor de 
palha de trigo; 
• Baio-simples-ordinário: O amarelo é um intermediário entre o palha e 
o escuro; 
• Baio-simples-escuro: A tonalidade do amarelo é mais carregada; 
• Baio-simples-encerado: A coloração amarela é sombria, lembrando a 
cera bruta; 
• Baio-amarelo ou amarilho: A coloração amarela é dourada, 
lembrando a gema do ovo e apresentando, obrigatoriamente, crina e cola bem 
mais clara que os pelos do corpo, razão pela qual é conhecido também por 
baio-ruano. O baio-amarelo ou baio-amarilho é ainda conhecido, em algumas 
regiões da zona sul do estado de São Paulo, por baio-marinho. Uma corruptela 
amarilho. Também é chamado de “Palomino”. 
• Baio-simples: Coloração baia um pouco encardida. 
Todas as variedades do baio-simples podem apresentar ou não a lista 
de mulo, banda crucial e zebruras, embora, algumas vezes, sejam um pouco 
apagadas (RIBEIRO, 2012) 
 
2. 2 Pelagens simples com crina, cauda e extremidades pretas 
Caracterizadas por apresentarem coloração uniforme na cabeça, 
pescoço e tronco, porem com crina, cauda e extremidades pretas (PORTAL, 
2007) 
 
2.2.1 Castanha 
Presença de pelos vermelhos na cabeça, pescoço e tronco, lembrando a 
cor da castanha madura, com crina, cauda e extremidades pretas. Variedades: 
• Castanha Clara: O vermelho da pelagem é de tonalidade clara com 
crina, cauda e membros pretos, sendo que a tonalidade preta dos membros 
pode não atingir toda a canela. 
11 
 
• Castanha Escura: O vermelho da pelagem é de tonalidade escura 
com crina, cauda e membros pretos. 
• Castanha Zaina: Pelagem castanha escura ou pinhão que não 
apresenta particularidades na cabeça e nos membros. 
• Castanha Pinhão: pelagem de tonalidade vermelha bem escura, 
quase preta. Pode ser diferenciada da preta maltinta avaliando-se a cabeça, 
que na castanha pinhão tem predominância de pelos vermelhos e na preta 
maltinta é coberta de pelos pretos (RIBEIRO, 2012) 
 
2.2.2 Pelo de Rato 
Caracterizada pela presença de pelos cinza na cabeça, pescoço e 
tronco, lembrando a cor do rato de esgoto, com crina, cauda e extremidades 
pretas. Esta pelagem não é encontrada nos equinos (cavalos e éguas), só 
ocorre nos asininos (jumentos) e muares (burros e mulas) (UCHÔA, et al., 
2013). 
 
2.3 Pelagens compostas 
São formadas pela interpolação de pelos de duas ou três cores 
diferentes, distribuídos no corpo do animal. A variação de cores pode ocorrer 
no mesmo pelo (PORTAL, 2007). 
 
2.3.1 Tordilha 
Interpolação de pelos brancos em todo o corpo do animal. O gene 
responsável pela pelagem tordilha é epistático, ou seja, sempre que estiver 
presente no genótipo, vai se manifestar no fenótipo. Portanto, todo produto 
tordilho é fruto de um acasalamento em que pelo menos um dos pais é tordilho. 
O animal tordilho tem clareamentoprogressivo. O potro pode nascer com a 
interpolação de pelos brancos característica do tordilho e clarear lentamente, 
com o avançar da idade. Porém, a maioria nasce com uma pelagem firme e os 
pelos brancos vão aparecendo à medida que envelhecem. Esse clareamento é 
observado a partir das extremidades, principalmente na região da cabeça 
(contorno dos olhos, narinas e orelhas), podendo iniciar também a partir da 
crina, cauda e membros. Durante sua vida, o animal tordilho pode apresentar 
diversas alterações na tonalidade da pelagem (UCHÔA, et al., 2013). 
12 
 
• Tordilho-claro: Quando há grande predominância de pelos brancos, 
com um mínimo de pelos de outras cores; 
• Tordilho-ordinário: Quando há uma proporção mais ou menos entre 
pelos brancos e escuros, dando ao todo um aspecto acinzentado típico; 
• Tordilho-escuro: Quando a predominância dos pelos escuros sobre 
os brancos; 
• Tordilho-negro: Quando a forte predominância de pelos negros, 
quase o tornando mouro, mais só não é por não ter a cabeça negra; 
• Tordilho-sujo ou safranado: Quando a mistura de pelos amarelados 
ou avermelhados, dando ao todo um aspecto cinza-amarelado de sujeira ou 
açafrão; 
• Tordilho-azulego ou cardão: Quando há reflexos azulados, pode ser 
claro ou escuro; 
• Tordilho-salpicado ou pedrez: Quando a muito salpicados de pelos 
pretos sobre o fundo de pelos brancos; 
• Tordilho-vinagre ou Sabino: Quando há uma mescla avermelhados 
sobre pelos brancos, dando um aspecto de ferrugem; 
• Tordilho-rodado: Quando os pelos pretos se aglomeram formando 
manchas pequenas, arredondadas e mais escuras que o todo (RIBEIRO, 
2012). 
 
2.3.2 Rosilha 
Caracterizada pela interpolação de pelos brancos nas diversas 
pelagens. Esses pelos brancos são menos evidenciados na cabeça. Os potros 
já nascem rosilho, mas raramente podem apresentar ao nascimento pelagens 
uniformes e a interpolação de pelos brancos acontecerá mais tarde. As 
variedades mais comumente encontradas se caracterizam pela ação do gene 
do rosilho em outra pelagem qualquer. Pode ainda ser classificada como clara 
(predominância de pelos brancos no pescoço e tronco) ou escuras 
(predominância de pelos da pelagem de origem) (UCHÔA, et al., 2013). 
• Rosilho-alazão-claro: Quando predominam os pelos brancos sobre o 
fundo alazão desbotado, dando ao conjunto uma cloração levemente rosada; 
• Rosilho-alazão-ordinária: Fracamente róseo; 
13 
 
• Rosilho-alazão-escuro: Quando predominam os pelos alazões ou 
avermelhados; 
• Rosilho-alazão-mil-flores: Os pelos brancos se distribuem em 
verdadeiros tufos sobre o fundo alazão, dando a impressão de flores de cor 
branca; 
 • Rosilho-alazão-flores-de-pessegueiro: Os pelos alazões ou 
vermelhos se agrupam em pequenos tufos sobre o fundo alazão mais claro, 
interpolado de pelos brancos, lembrando a flor de pessegueiro (RIBEIRO, 
2012). 
 
2.3.3 Pampa 
Conjugação de malhas brancas despigmentadas, bem delimitadas, em 
qualquer outra pelagem. A designação pampa precede o nome da pelagem de 
fundo, se a proporção de malhas brancas for maior, ou deve vir depois do 
nome da pelagem de fundo, se as malhas brancas estiverem em menor 
proporção. Algumas variedades: (UCHÔA, et al., 2013) 
.• Pampa de Preto: pelagem preta sobre fundo branco. 
• Preta Pampa: malhas brancas sobre fundo preto. 
• Pampa de Alazã: pelagem alazã sobre fundo branco. 
• Alazã Pampa: malhas brancas sobre fundo alazão. 
• Pampa de Castanha: pelagem castanha sobre fundo branco. 
•Pampa de Tordilha: pelagem tordilha sobre fundo branco 
despigmentado (róseo) (RIBEIRO, 2012). 
 
2.3.4 Toveira 
Sua caracterização pode ser feita observando as malhas que são 
irregulares e grande parte da cabeça apresenta malha despigmentada, como 
na oveira, porém, as marcas do tronco ultrapassam a linha dorsal e na maioria 
dos animais, a área despigmentada é maior que a pigmentada (UCHÔA, et al., 
2013). 
 
3. PARTICULARIDADES DAS PELAGENS 
 
3.1 Particularidades gerais 
14 
 
Não tem sede fixa no corpo do animal. Os pelos modificam o aspecto 
das pelagens conferindo-lhes nomes especiais. Exemplos: apatacada, 
salpicada e tordilho pedrês. 
A direção natural dos pelos também pode ser diferente do corpo, em 
pequenas áreas, são denominadas rodopios. Possui forma arredondada, 
especificamente nas regiões da cabeça, garganta, pescoço e flancos. Quando 
esses pelos irregulares possuírem formato mais alongado recebem o nome de 
espiga. Se a espiga se localizar na tábua do pescoço é chamada de espada 
romana, se situada nas espáduas ou costelas é denominada seta. A 
localização zootécnica dos rodopios espigas sempre deve ser descrita na 
resenha. 
 
3.2 Particularidades especiais 
Áreas delimitadas cobertas de pelos brancos contrastando com a 
pelagem dominante. Podem ser observadas na cabeça, pescoço, tronco e 
membros (UCHÔA, et al., 2013) 
 
3.2.1 Cabeça 
Celhado - Quando pelos brancos aparecem nas sobrancelhas. 
Vestígio de estrela - Quando aparecem pelos brancos esparsos na 
fronte. 
Estrelinha - Quando há uma pequena pinta branca na fronte. 
Estrela ou flor - Formada por uma mancha branca na fronte, podendo 
ter várias formas: Em coração, em losango, em meia lua, em U. 
Luzeiro - Formado por uma malha na fronte, podendo ser "escorrido". 
Filete - Determinado por um estreito fio de pelos brancos que escorre 
pela fronte ou chanfro. 
Cordão - Determinado por uma fina mancha branca (mais largo que o 
filete), que se estende da fronte ao chanfro, e até as narinas às vezes, podendo 
ser interrompido ou desviado. 
Frente aberta - Quando o cordão se alarga tomando toda a frente da 
cabeça e indo até a região das narinas. 
Façalvo - Determinada por malha branca sobre as faces laterais da 
cabeça ou somente sobre um dos lados (esquerdo ou direito). 
15 
 
Beta - Pinta branca que corre entre as narinas. 
Bebe em branco - Quando um dos lábios ou ambos são brancos, 
devendo isto ser esclarecido na resenha. 
Cabeça de mouro - Mancha escura (pelos mais escuros ou pretos) 
toma toda a cabeça. 
Com embornal - A mancha abrange apenas a parte inferior da cabeça. 
As particularidades acima citadas devem ser descritas na resenha, se 
possível com um esboço dos contornos e desvios (CICCO, 2011). 
 
3.2.2 Pescoço 
Crinado - Quando o animal apresenta a crina branca ou desbotada. 
Esta particularidade é comumente encontrada na pelagem Alazão, variedade 
amarilho. Deve ser mencionada no resenho somente quando aparecer nas 
pelagens mais escuras. Neste caso a cauda poderá ou não acompanhar a cor 
da crineira (RIBEIRO, 2012) 
 
3.2.3. Tronco 
Listra de burro - Listra estreita, mais escura que a pelagem, que se 
estende ao longo da linha dorsal, indo da cernelha à base da cauda. 
Faixa crucial - Faixa escura que corta transversalmente a cernelha, 
geralmente de pelagem vermelha, alcançando as espáduas. 
Pangaré - É o animal que apresenta a parte inferior do ventre, face 
interna das coxas e outras partes do corpo, esbranquiçadas. 
Rabicão - Animal que apresenta fios brancos na cauda interpolados com 
outros mais escuros (CICCO, 2011) 
 
3.2.4 Membros 
Zebruras - Estrias que cortam transversalmente os joelhos e jarretes. 
Bragado - Quando o animal apresenta malhas brancas no terço 
posterior do ventre e nas partes internas das coxas. 
Cana-preta - O animal apresenta canelas pretas nas pelagens que não 
as incluem. 
16 
 
Calçado - Quando a cor branca aparece nos membros, bem delimitada, 
nas pelagens que não incluem o branco nestas partes. Conforme a extensão 
do branco o calçamento recebe as seguintes denominações: 
Cascalvo - Quando somente os cascos são brancos 
 Calçado sobre coroa - Quando o branco está situado apenas na 
circunferência da coroa do casco. 
Baixo calçado - Quando o branco vai até o boleto. 
 Médio Calçado - Quando o branco abrange a qualquer parte da 
canela. 
Alto Calçado - Quandoo branco alcança os joelhos e jarretes 
 Arregaçado - Quando o branco ultrapassa estas articulações 
(joelhos e jarretes), alcançando os antebraços e pernas. 
Argel - Quando um só membro é calçado. 
Manalvo - Somente os anteriores são calçados. 
Pedalvo - Somente os posteriores são calçados. 
 Calçado em diagonal - O calçamento é no bípede em diagonal, 
devendo ser esclarecido apenas qual o anterior que forma a diagonal. 
 Trialvo -Três membros são calçados (baixo, médios ou altos); 
devendo ser citado na resenha da seguinte forma: "trialvo anterior esquerdo" - 
estando nisto explícito que o único membro não calçado é o anterior direito. 
 Quatralvo - Todos os membros são calçados (CICCO, 2011) 
Os dados de pelagem, de que se lança mão para a resenha, devem 
obedecer à seguinte sistemática: modalidade ou categoria, tipo, subtipo (se for 
o caso), variedades, particularidades gerais, particularidades especiais e 
finalmente particularidades independentes da pelagem. 
Examina-se o animal de diante para trás, de cima para baixo e da 
esquerda para a direita, de ambos os lados e, também, deve ser visto por trás. 
Todos os sinais e marcas, bem como certas taras, devem ser detalhadamente 
citados (RIBEIRO, 2012). 
 
4 DENTIÇÃO 
Apesar de relatos quanto à preocupação com a dentição equina, durante 
a dinastia Shang (1.200 a.C.) na China e nas civilizações egípcias, os dentes 
dos equinos somente começaram a ser avaliados quando a equinocultura 
17 
 
passou a ter valor comercial, uma vez que, a estimativa da idade é de 
importância fundamental para determinação da vida útil do animal, procedida 
de forma subsidiosa através da avaliação dentária. (ARCHANJO, 2009). 
 
4.1 Estruturação dentária 
Os dentes estão dispostos e inseridos nos ossos maxilar e mandibular, 
que constituem duas curvas chamadas de arcadas dentárias (JUNQUEIRA e 
CARNEIRO, 2004). 
Cada dente é composto por uma parte visível exteriormente, a coroa, e 
por uma parte interna, a raiz ou raízes. A zona estreita de separação entre a 
coroa e a raiz ou raízes é denominada colo do dente. No interior do dente 
encontra-se a cavidade pulpar, cuja forma se assemelha à do dente, e que nas 
raízes termina num orifício designado forame apical ou apex, por onde passam 
os vasos e os nervos. O esmalte, a dentina (estruturas mineralizadas) e a polpa 
(não mineralizada) constituem-se os principais componentes dentários (DIXON, 
2005). 
 
4.2 Tipos, características e nomenclatura dentária. 
Os mamíferos domésticos têm uma dentição classificada como 
heterodonte, ou seja, apresentam diversos tipos ou grupos de dentes - 
incisivos, caninos, pré-molares e molares - cada um com características e 
funções específicas; ou seja, do tipo cortante ou penetrante, como os incisivos 
e caninos de todos os animais e do tipo triturador, como é observado nos pré-
molares e molares, particularmente dos animais herbívoros (GETTY, 1986; 
OMURA, 2003; FRANDSON, 2005). 
Os dentes dos equinos evoluíram para o tipo hipsodonte, isto é, 
possuem longas coroas, de sete a dez centímetros, no sentido ápico-coronal, 
nos dentes pré-molares e molares; a maior parte da coroa é inclusa e, 
denominada “coroa de reserva”. A mesa dentária dos incisivos apresenta uma 
cavidade (invaginação do esmalte), com mais de 1 cm de profundidade num 
dente virgem, designada cavidade dentária externa, infundíbulo ou corneto. 
Esta cavidade está revestida por uma camada de cemento que se denomina 
germe da fava (GETTY, 1986; OMURA, 2003). 
18 
 
Alguns dentes recebem nomenclatura diferenciada ou específica, de 
acordo com a sua função, localização ou vulgaridade. Segundo Silva et al. 
(2003) conforme a sua localização , os incisivos do equino são designados em 
cada arcada, por pinças; os dois mais próximos do plano mediano, médios, os 
dois que se seguem às pinças, cantos os dois mais distais, que se seguem aos 
médios (OMURA, 2003). 
. Esses dentes têm a forma de uma pirâmide, cujo vértice corresponde à 
raiz do dente, enquanto a base corresponde à extremidade livre. O dente é 
encurvado no sentido antero-posterior e achatado e inclinado em sentido lábio-
lingual na região da base, correspondente à face oclusal (GETTY, 1986; SILVA 
et al., 2003). 
Os dentes caninos são também denominados de dente-do-olho, dente-
do-freio, presas ou colmilhos. Em geral não ocorre mais que um par de dentes 
caninos em cada maxila, em qualquer idade e podem estar completamente 
ausente na égua, nos animais castrados e nos ruminantes (FRANDSON, 
2005). 
Paralelamente próximos às bochechas estão localizados os dentes pré-
molares (P) e molares (M). Os dentes decíduos da bochecha são os pré-
molares, sendo numerados, da frente para trás, P1, P2, P3 e P4. Os molares 
surgem caudais aos pré-molares, senda repetida a sequência numérica da 
nomenclatura: M1, M2 e M3(FRANDSON, 2005; GALLO e PAVEZI, 2006). 
 Localizado rostralmente ao segundo pré-molar, podem ocorrer os 
primeiros pré-molares ou “dentes de lobo” (GETTY, 1986; OMURA, 2003; 
RIBEIRO, 2004). Os quais apresentam forma de caninos e estão presentes, de 
modo vestigial, na arcada maxilar em 20 a 60% dos equinos, mas são 
raramente encontrados na arcada mandibular (SMITH, 2006). 
O espaço inter-dentário entre caninos e pré-molares no antímero de uma 
arcada,designa-se barra ou diastema, sendo particularmente grande quando os 
dentes caninos estão ausentes (CALDEIRA et al. 2002; OMURA, 2003; 
RUCKER, 2006). 
Nos dentes que ainda não sofreram desgaste a extremidade livre 
termina no bordo oclusal (cúspide), que se constitui o local de contato do dente 
mandibular com o homólogo maxilar. Uma vez iniciado o desgaste do dente, é 
mais correto utilizar para a designação dessas extremidades, as terminologias 
19 
 
mesa dentária ou face oclusal (GETTY, (1986), JUNQUEIRA e CARNEIRO 
(1998)). 
A conformação da mesa molar de superfície irregular é considerada 
normal e traz vantagens pelo fato de ser áspera e promover o esmagamento 
eficiente da forragem ingerida (ALLEN, 2008). 
 
4.3. Cronologia etária 
Embora não seja absolutamente indispensável a quem lida com equino, 
saber determinar a idade de forma rigorosamente exata através da avaliação 
dentária, deixando essa precisão para um perito nos casos litigiosos, uma 
compra, ou seguro, é útil possuir conhecimentos suficientes para evitar erros 
graves (MARCENAC et al, 1990). 
O conhecimento da idade dos animais é naturalmente importante para 
adequar o seu acompanhamento e expectativa da utilização futura. Se o animal 
é criado para fins exclusivamente produtivos a idade possibilita noção 
eminentemente econômica quanto à perspectiva do aproveitamento na 
exploração. Em se tratando de animal de companhia e/ou lazer, a idade é uma 
indicação precisa dos cuidados especiais, indispensáveis em cada fase da sua 
vida, de modo a usufruir dessa relação durante o maior período de tempo. Em 
termos práticos, a idade implica uma variação do valor comercial do animal, 
assumindo assim, importância decisiva na determinação do valor da transação 
(SILVA et al., 2003). 
No que diz respeito à cronologia de erupção dentária, Lowder e Mueller 
(1998) descrevem de acordo com a Tabela 1. Contudo, segundo Omura 
(2003), como a maior parte da coroa dos dentes hipsodontes é inclusa, cerca 
de 10 a 15% dos dentes pré-molares e molares em animais jovens, forma a 
coroa clínica, ou seja, a parte da coroa que erupcionou. Transcorrendo de 
forma lenta, aproximadamente dois a três milímetros por ano, durante a maior 
parte da vida do equino. 
 
20 
 
. 
 
4.4 Cronologia do desgaste etário 
Embora a estimativa da idade dos equinos através do exame dentário 
tenha atualmente uma aplicabilidade limitada, continua a ser a melhor forma de 
conhecer a idade na ausência de provas documentais. Considera-se nesta 
avaliação, aspectos relativos à estrutura, tipos de dentes, fórmuladentária, a 
evolução dentária dos equinos e a cronologia dos eventos observáveis no 
exame dentário principalmente da arcada inferior dos equinos (SILVA et al., 
2003). 
A estimativa da idade dos equinos através do exame da dentição é 
realizada essencialmente através da observação dos dentes incisivos, 
considerando-se os seguintes aspectos: (GETTY, 1986; SILVA et al., 2003). 
21 
 
• Arcada mandibular: A erupção dos dentes temporários e 
permanentes, o seu desenvolvimento até ser atingido o nível da arcada e, 
posteriormente, as alterações da superfície oclusal ou mesa dentária, 
decorrentes de desgaste; no que se refere à cavidade dentária externa e ao 
esmalte central, à estrela dentária e à forma da mesa dentária; 
 • Arcada maxilar: Nos incisivos laterais (Cantos), a apreciação da 
formação da “cauda de andorinha” e do “sulco de Galvayne”; 
• O perfil do ângulo de oclusão das duas arcadas: Com o desgaste 
dos dentes incisivos, ocorre achatamento da face oclusal para a raiz, que se 
modifica gradualmente para lateral. Assim, da extremidade livre para a raiz, a 
secção dos incisivos evolui de uma forma aproximadamente elíptica para oval, 
redonda, triangular e finalmente de novo oval (também designada biangular), 
quando o achatamento é já nitidamente lateral (KNOTTENBELT e PASCOE, 
1998; CALDEIRA et al., 2002; SILVA et al., 2003). 
O desgaste dos dentes ocorre de três mecanismos: mecanismos de 
abrasão (o desgaste resulta da ação de substâncias abrasivas durante a 
mastigação), mecanismos de atrição (resulta da ação das peças dentárias 
entre si) e mecanismos de erosão, em que o desgaste resulta da ação química 
de certas substâncias. Naturalmente, os dois primeiros mecanismos são os 
mais importantes nos equinos. A erupção e o desgaste dos dentes incisivos é 
feita a partir do plano médio para os extremos. Em cada dente, o desgaste 
inicia-se pela região labial do bordo oclusal (por ser mais alta que a região 
lingual), e divide o esmalte que reveste o dente em duas partes: a externa ou 
periférica e a interna ou central. À medida que o desgaste progride, o corneto 
diminui em largura e em profundidade até não ser visível qualquer depressão 
física, sendo, no entanto ainda evidente o esmalte central; quando a depressão 
do corneto desaparece diz-se que o dente está raso (CALDEIRA et al., 2002). 
Sabe-se que o desgaste ocorre conforme com o tipo de dente e segundo 
a idade. Indicando a Tabela 2, as idades aproximadas de rasamento, 
nivelamento, aparecimento da estrela dentária e em que esta assume uma 
posição central e uma forma arredondada na mesa dentária dos incisivos 
adultos. 
22 
 
 
 
Portanto, conforme evidenciado, o desgaste dentário é bastante 
consistente quanto à interpretação etária a partir dos seis anos. 
Sendo assim Knottenbelt e Pascoe (1998), Getty (1986), Caldeira et al. 
(2002) e Silva et al (2003) abordam as seguintes evidências. 
• Em potros de um ano de idade, normalmente a estrela dentária é bem 
visível nas pinças e médios temporários. Evidencia-se o desgaste dos cantos é 
ainda pouco marcado. Estão presentes os primeiros molares. 
• Aos dois anos e meio de idade: Ocorre à erupção das pinças 
definitivas; os médios temporários estão “rasos e os cantos curtos e muito 
gastos”; estão erupsionados, os segundos pré-molares definitivos e, os 
primeiros e os segundos molares. 
• Aos três anos de idade: A erupção das pinças definitivas está ao nível 
da arcada e erupsionados os primeiros (caso existam), segundos e terceiros 
pré-molares definitivos e, presentes os primeiros e os segundos molares. 
• Aos três anos e meio de idade: Erupção dos médios definitivos, as 
pinças definitivas apresentam algum desgaste e os cantos temporários rasos. A 
partir desta idade pode iniciar-se a erupção dos dentes caninos (caso existam); 
estão erupsionados os primeiros (caso existam), segundos e terceiros pré-
molares definitivos e, presentes os primeiros e os segundos molares. 
• Aos quatro anos de idade: As pinças definitivas revelam algum 
desgaste, porém os cornetos são ainda profundos; os médios definitivos 
atingem o nível da arcada e estão presentes todos os pré-molares e molares. 
23 
 
• Aos quatro anos e meio de idade: Inicia-se a erupção dos cantos 
definitivos; as pinças e os médios apresentam sinal desgaste, com cornetos 
ainda profundos. 
• Aos cinco anos de idade: Todos os incisivos atingiram o nível da 
arcada - “o animal tem a boca feita” - as pinças e os médios com sinal de 
desgaste; nos cantos, desgaste apenas visível na região labial do bordo oclusal 
• Aos sete anos de idade: As pinças rasadas e o esmalte central 
próximo ao bordo lingual, podendo também os médios começar a rasar. A 
estrela dentária pode aparecer nas pinças com a forma de uma linha 
transversal e, poderá estar presente nos cantos maxilares a “cauda de 
andorinha”. 
• Aos oito anos de idade: As pinças e os médios estão rasos, podendo 
também os cantos começar a rasar, a estrela dentária é evidente nas pinças e 
pode aparecer também nos médios. A mesa dentária das pinças começa a 
“tomar uma forma arredondada”. 
• Aos dez anos de idade: Mesa dentária das pinças e dos médios 
arredondada, com o esmalte central das pinças próximo do bordo lingual; 
“estrela dentária”, próxima ao centro da mesa dentária, com forma cada vez 
mais arredondada. 
• Aos onze anos de idade: Todos os incisivos podem apresentar uma 
mesa dentária redonda. O esmalte central aproxima-se do bordo lingual em 
todos os incisivos. A estrela dentária pode ocupar já uma posição central em 
todos os incisivos, e pode assumir uma forma arredondada. 
• Aos doze anos de idade: Todos os incisivos podem apresentar uma 
mesa dentária redonda. As pinças podem estar niveladas e a estrela dentária 
resumir-se a uma pequena mancha amarela no centro da mesa dentária. 
 • Aos treze anos de idade: A mesa dentária das pinças pode começar a 
assumir uma forma triangular. Todos os incisivos podem estar nivelados e a 
estrela dentária resumir-se a uma pequena mancha amarela no centro da mesa 
dentária. 
 • Aos vinte e dois anos de idade: A mesa dentária pode ter uma forma 
oval em todos os incisivos, que parecem estar comprimidos transversalmente. 
Os acidentes da mesa dentária resume-se à estrela dentária que aparece como 
uma pequena mancha amarela em posição central. 
24 
 
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