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PEDIATRIA MED + MEDCURSO Aula 1 – Aleitamento Materno · Aleitamento Materno Exclusivo até os 6 meses. Ou seja, Leite Materno ou Leite Humano e nada mais (pode incluir vitaminas e eventuais medicações) · Aleitamento Materno Predominante: LM + líquidos (chás, sucos) · Aleitamento Materno Misto: LM + Leite de Vaca · Aleitamento Materno Complementado: LM + semissólidos/sólidos – dos 6 aos 24 meses no mínimo. · Composição do Leite Materno em relação com o Leite de Vaca: · 3x menos proteínas (a proteína sobrecarrega os rins; por isso, diluir o leite de vaca); · Percentual menor de caseína, que é de difícil digestão; · Proteína do LM: alfa-lactoalbumina; do LV, beta-lactoalbumina, que é altamente alergênica; · Menos eletrólitos (sódio, p. ex), poupando os rins; · Mais gordura: · Colesterol, que faz parte do desenvolvimento do SNC e diminui o risco de DSLP na vida adulta; · Polinsaturados de Cadeia Longa, que promove a mielinização do SNC, incluindo a retina · Mais lactose (glicose + galactose) · Fezes mais amolecidas e pH intestinal mais ácido, que promove defesa contra infecções e melhor absorção de cálcio · Maior disponibilidade de ferro devido à lactoferrina, que facilita a absorção do íon no duodeno · Fatores protetores: · IgA · Lisozima, que tem ação bactericida · Lactoferrina, que se liga ao ferro e impede o uso dele pelos eventuais patógenos. Tem ainda ação antibacteriana, antiviral, antiparasitária potente – Sistema Imune Celular. · Fator bífido (glicoproteínas), que favorece o crescimento da microbiota saprófita · Lactoperoxidase, que tem ação contra Streptoccocus · Modificação do LM · Durante a lactação · Colostro (primeiros dias) – mais proteína e eletrólitos · Leite de transição · Leite Maduro (a partir da segunda semana) – mais lactose e gordura · Durante a mamada · Leite anterior (solução) – mais ralo (protéico) · Leite posterior (emulsão) – mais denso (gorduroso). Garantem sensação de saciedade e ganho de peso. Por isso, mamar até esgotar a mama. Lembrar das anedotas em que as filhas das escravas, q mamavam depois das filhas dos senhores de engenho, ganhavam mais peso. · Durante o dia · À noite, mais gordura – a saciedade permite um sono mais duradouro. · Fisiologia da Lactação · Estrogênio e progesterona terminam o desenvolvimento da estrutura mamária (diferenciação dos alvéolos) · A progesterona impede a prolactina de produzir leite · Após o nascimento e saída da placenta, a prolactina promove a apojadura · Durante a amamentação · Hipófise anterior prolactina produção do leite · Hipófise posterior ocitocina ejeção do leite, que também é estímulo para a sua produção *A adrenalina (liberada pela dor, p. ex) diminui a ação da ocitocina · Técnica de amamentação – “ordenha dos ductos lactíferos entre a língua e palato” · Posicionamento: · RN bem apoiado · Cabeça e tronco no mesmo eixo · Corpos próximos · Rosto de frente pra mama · Pega: · Boca aberta · Lábio inferior evertido · Mais aréola acima da bovca · Queixo toca a mama · Queixas comuns · Hipogalactia (“leite fraco”) – meio que não existe · Corrigir expectativas: choro nem sempre é fome; na primeira semana, pode haver perda de até 10% do peso · Explicar a avaliação objetiva de suprimento lácteo: crescimento, peso >= diureses dia · Fissuras (marcadoras de técnica incorreta) · Corrigir a técnica, procurando posição de maior conforto · Ordenhar antes da mamada – para que a ejeção do leite se dê desde o início da mamada · Passar o próprio leite sobre a fissura · Aplicação de lanolina · Banho de sol como prevenção e não tto · Ingurgitamento (decorre da estase do leite) · Ordenhar antes da mamada · Esvaziar as mamas – Dr Narcizo discorda · Compressas FRIAS · Mastite (normalmente sucedendo um ingurgitamento mal manejado) · Esvaziar as mamas (pela amamentação) · ATBs contra S. aureus se o esvaziamento não resolver o quadro ou houver evolução para sintomas sistêmicos · Drenar se abscedar · Tem autor que contraindica a amamentação e outros só contraindicam se a drenagem estiver em topografia da amamentação. · Contraindicações · Dças maternas · Absolutas · HIV e HTLV · Psicose Puerperal – ou amamentar sob supervisão · Relativas · CMV (se RN < 32 semanas) · Herpes (impedir contato do RN com a lesão/usar máscara se labial e lavar bem as mãos) *Hep B e TB não contra-indicam. Neste último caso, amamentar num ambiente aberto, com máscara. E RN usar isoniazida. · Doenças do Lactente · Galactosemia (CI absoluta) · Tratar com fórmulas à base de soja · Fenilcetonuria (CI relativa) · Um pouco de leite materno + fórmula e controle sérico · Medicamentos (centenas) · Imunossupressores e citotóxicos – CTC pode · Radiofármacos · Amiodarona – o iodo faz hipotireoidismo no RN · Sais de Ouro · Anemia Ferropriva do RN · Nos primeiros dois anos de vida, a demanda é maior que a oferta · Se RN a termo e maior que 2,5 kg, repor apenas após 6 meses e com 1kg/mg/dia até os 2 anos – se AM Exclusiva até essa idade. · Se prematuro ou < 2,5kg, receberá de 30 dias até 2 anos · 1º ano: · < 1.000 g: 4 mg/kg/dia · < 1.500 g: 3 mg/kg/dia · < 2.500 g: 2 mg/kg/dia · 2º ano: 1mg/kg/dia Aula 2 – Crescimento/Desenvolvimento/Puberdade · O crescimento é uma avaliação quantitativo, mensurada pelo ganho de peso e estatura. Já o desenvolvimento é uma aferição qualititiva, em que se procura pelo ganho de capacidades cada vez mais complexas. Fases do Crescimento · Intrauterino: de maior crescimento, depende do ambiente (placenta) · Lactente: depende de nutrição/fatores extrínsecos (intenso e desacelerado) · Infantil: potencial genético/estável – GH dependente · Puberal: esteróides sexuais (aceleração-desaceleração) Tipos de Crescimento · Geral: respeita as fases descritas acima · Neurológico: crescimento quase pleno até os 2 anos · Linfóide: picos aos 7 anos, caindo no início da puberdade (por isso, tonsilas relativamente grandes) · Genital: pouco até a puberdade Avaliação do Crescimento · 1º Passo – paramâtros antropomêtricos – obter valores · Peso e altura (até 2 anos é comprimento/deitado). E perímetro cefálico (glabela e occipito) até 2 anos de idade · 2º Passo – interpretar valores 1) comparar com crianças normais (percentis) a. gráficos do OMS com percentis 3, 15, 50, 85 e 97. Em troca, entre os percentis 3 e 97 encontramos a normalidade. Percentil 50 – mediana. 2) observar a curva de crescimento (comparar com si mesmo) · Decoreba: · PESO – 1º trimestre, 700 g/m; 2º trimestre, 600 g/m; 3º trimestre, 500 g/m; 4º trimestre, 400 g/m. Ou seja, duplica com 4-5 meses e triplica no primeiro ano. · ESTATURA – 1º semestre, 15 cm; 2º semestre, 10 cm; 2 e 3º anos, 10 cm/ano; pré-escolar, 7 a 8 cm/ano; escolar, 6 a 7 cm/ano · P. CEFÁLICO (a termo, 35 cm; 47 cm ao fim do 1º ano) – 1º trimestre, 2cm/m; 2º trimestre, 1cm/m; 2º semestre, 0,5cm/m. Desenvolvimento · Avaliação: · Motora (a): andar ou levantar-se · Motricidade adaptativa/fina (b): movimentos finos com mão; movimento de pinça. · Social (c): interação com os outros · Linguagem (d): comunicação com os outros · Regras Básicas (desenvolvimento sequencial e previsível) · Motricidade: crânio-caudal · Motricidade fina: cúbito-radial; primeiro pega, depois solta · Marcos expressam períodos de desenvolvimento: diferenciar idade média e idade esperada (limite) para determinada capacidade. 1) RN: a. Membros Fletidos; postura tônica-cervical (PTC); cabeça pendente. b. Nada c. Fixa a visão d. Prefere a face humana 2) 1 mês de vida: a. Pernas mais estendidas, PTC, levanta o queixo quando em decúbito ventral b. Nada c. Acompanha objeto por 90% d. Sorri – não em resposta a algo; sorriso “bobo” 3) 2 meses: a. PTC; levanta a cabeça quando em decúbito ventral b. Acompanha o objeto por 180º c. Sorri socialmente d. Vocaliza 4) 3 meses: a. PTC, levanta a cabeça e tronco quando em decúbito ventral; sustentação pendular da cabeça b. Estende a mão para objeto c. Contato social mais duradouro d. Sons guturais 5) 4 meses: a. Cabeça centralizada; olha para as mãos na linha média; sustenta cabeça b. Pega cubital c. Ri alto d. Sons guturais 6) 6 a 7 meses (28 semanas)a. Rola, senta sem apoio por pouco tempo b. Pega radial; transfere objetos entre as mãos c. Prefere a mãe a everybody else d. Polissíbalos vogais (lalação) 7) 9 – 10 meses a. Senta sozinho e sem apoio; engatinha; passos para o lado quando sustentado por alguém b. Segura objetos com pinça entre polegar e indicador; solta objetos se retirados c. Estranha; acena; bate palmas; brinca de “cadê” – pelo desenvolvimento do sentido de permanência – começa a chorar à noite, pq sabe que lhe trará a mãe. d. Polissíbalos (mama, papa) 8) 12 meses a. Anda com apoio; levanta sozinho b. Apanha objetos com pinça entre polegar e indicador; entrega objetos quando solicitados c. Interage – brinca, ajuda a lhe vestirem d. Algumas palavras (pouco mais que mama, papa) Puberdade · Adolescência – biológico, social, psicológico. · Puberdade – apenas biológico: · Desenvolvimento reprodutor · Caracteres sexuais secundários · Aceleração do crescimento · Telarca: · Surgimento do broto mamário · Pubarca: · Aparecimento da pilificação genital – dependente da adrenal na mulher e do testículo no homem · Menarca: · Primeira menstruação · Ginecomastia: · Apenas no menino (dois terços terão durante a puberdade, podendo ser bilateral ou unilateral) TANNER · Meninas · M – mama – do 1 ao 5, sendo 1 ausência e 5 padrão do adulto. · P – pêlos – do 1 ao 5, sendo 1 ausência e 5 padrão do adulto. · Meninos · G – testículos-pênis – do 1 ao 5. G2 é início da puberdade, precedendo o crescimento do pênis; G3, aumento do comprimento; G4, aumento do diâmetro; G5 é padrão adulto. · P – pêlos – do 1 ao 5 ou 6, sendo 1 ausência e 5 padrão do adulto. 6 seria com crescimento ascendente, em diração a cicatriz umbilical, em losango. Cronologia - Feminino · Telarca: 8 aos 13 anos. O início da aceleração do crescimento se dá antes dela. · Pico de crescimento de 8,3 cm/ano (Tanner M3) · Menarca: 2 a 2,5 anos após a telarca, em M4. Nessa fase, já há desaceleração do crescimento Cronologia – Masculino · Início: 9 aos 14 anos. Se dá por um testículo de >= 4 ml (orquidômetro de Prader) · Pico de crescimento (10 a 12 ml de testículo): 9,5 cm/ano (G4) Aula 3 – Desnutrição *primária se falta nutriente em pcte previamente hígido; secundária se decorrente de alguma doença *cça magra com estatura normal desnutrição aguda; magro e baixo desnutrição crônica; baixo com peso normal desnutrido pregresso. Formas Clínicas 1. Kwashiorkor – deficiência protéica com ingesta energética normal a. Instalação ráida após o desmame b. Apatia e anorexia c. EDEMA E ANASARCA i. Hipoalbunemia + aumento da permeabilidade vascular d. Hepatomegalia por esteatose e. Alteração dos cabelos e pele i. Sinal da Bandeira – cabelo hiper e hipopigmentado ii. Pele – placas hiperpigmentadas e áreas hipopigmentadas f. Subcutâneo preservado 2. Marasmo – deficiência global de energia e proteína a. Instalação mais lenta, no primeiro ano b. Irritabilidade, apetite variável c. Ausência de tecido adiposo d. Fácie senil/simiesca e. Hipotrofia muscular + hipotonia f. Sem edema 3. Kwashiorkor marasmático – mistura dos dois, sendo o mais grave Laboratório · Hipoalbunemia · Hipoglicemia · Hiponatremia (com Na+ corporal normal) falta ATP para bomba de sódio e potássio. Não corrigir a natramia; apenas a desnutrição · HipoK e HipoMg reais · Anemia e linfopenia por atrofia tímica (menos linfócitos T) Tratamento · Fase de estabilização (1 a 7 dias) · Evitar que morra: infecções, hipotermia, hipoglicemia e distúrbios hidroeletrolíticos. Ou seja: Bactrim (Ampicilina + aminoglicosídeos Ev se grave) ,agasalhar, comer de 2 em 2 horas, hidratação oral com ReSoMal VO (menos sódio e mais potássio) ou EV se pcte chocado. · Dieta habitual – não hiperalimentar · Para interromper catabolismo · SNG se necessário · Suplementar potássio, magnésio e zinco (Ferro não) · Polivitamínicos (Vit A e Compl. B) · Fase de Reabilitação (2-6 semanas) · Marca inicial – retorno do apetite · Maior ingesta protéica (para fazer o catch up) · Ferro · Alta para tto ambulatorial · Fase de follow-up (7 – 26 semanas) · Pesagem semanal Baixa Estatura · A baixo de score z -2 ou < percentil 3 · Variantes normais do crescimento · Baixa estatura genétia (familiar) · Retardo constitucional/baixa estatura constitucional · Condições Mórbidas · Dçs de grandes sistemas orgânicos, causando desnutrição secundária · Dçs endócrinas: deficiência de GH, hipotireoidismo e cushing – aumento de peso com diminuição da estatua. · Dças genéticas: acondroplasias, sd cromossômicas · Avaliação · Ver se estatura está de fato baixa · Velocidade de crescimento em um período de meio ou 1 ano · Normal em pré-pubere é de 5 a 7 anos · Se anormal, patológico; se normal, variante: retardo constitucional ou baixa estatura familiar · Relação peso/altura · Nutrido ou obeso – dça endócrina · Magro – desnutrição secundária · Estatura dos pais · Somar 6,5 à média para os meninos; diminuir 6,5 para as meninas · Complementares · Rx de mãos e punhos esquerdo para ver idade óssea · Cariótipo Obesidade IMC E > 1 E > 2 E > 3 0-5 anos Risco de Sobre Peso Sobre Peso Obesidade 5-19 anos Sobre Peso Obesidade Obesidade Grave CDC 2 anos p85-94 --> Sobre Peso >=p95 --> Obesidade Aula 4 – Vacinação (Outro arquivo) Aula 5 – Afecções Respiratórias Agudas *Segunda causa de óbito abaixo dos 5 anos (primeiro é externa) Conduta frente a uma Infecção Respiratória Aguda – procurar sinais-chave: 1) Estridor indica obstrução de vias de condução extra-pleurais (laringe e traquéia) 2) Taquipnéia (na cça pequena é sinônimo de PNM) a. 0 a 2 meses até 60 irpm b. 2 a 12 meses até 50 c. 1 a 5 anos até 40 3) Sem estridor ou taquipnéia IVAS Resfriado Comum (“FaringoRinosSinusite” viral aguda) · Inflamação das mucosas nasais, seios paranasais e faringe · Até 5 anos, de 6 a 12x ao ano é considerado normal · Etiologia · Faz mais comumente IVAS · Rinovírus (50%) mais de 200 sorotipos, que demandam imunidade específica · Coronavírus · Podem fazer IVAS, mas preferencialmente apresentam-se de maneira diferente · Influenza – normalmente gripe (mais baixa) · Parainfluenza – faz faringite · Vírus Sincicial Respiratório – faz bronquiolite · Clínica (dura de 5 a 7 dias) · Coriza, congestão nasal (cardinais), roncos · Tosse predominantemente noturna (pelo gotejamento pós-nasal) · Odinofagia com hiperemia de mucosas · Febre baixa. Mas pode ser alta (especialmente se influeza ou adenovirus) · Tto · Antipiréticos (ibuprofeno é o único AINE permitido). Nunca usar AAS – ele, em associação com o Influenza, pode causar Sd de Reye · Desobstrução nasal com S.F. 0,9% · Evitar intervenção desnecessária · Prevenção – lavar as mãos! · O que não fazer? · Descongestionante e anti-tussígeno · Mucolítico · Complicação mais comum Otite Média Aguda (em até 30% dos casos) · Mais comum abaixo dos 2 anos – 80% das crianças até 3 anos terão ao menos 1 episódio de OMA · Clínica · Hx de resfriado recente · Irritabilidade e choro · Febre · Otalgia (cça chorosa e irritadiça) · Otorréia se houver perfuração da membrana timpânica. Alivia a dor · Dx · Otoscopia · Normal é uma membrana timpânica transparente, brilhante, com cone de luz, côncava e móvel · Na OMA: opaca ou hiperemiada (no resfriado, se apresentam assim mesmo) e abaulada (sugestivo de OMA) · Etiologia · 1º Pneumococo; 2º Hi Não tipável; 3º Moraxella Catarralis · Tto · Analgesia + ATB por 5 a 7 dias: · American Association of Pediatrics 2004 e SBP (contanto que haja certeza de seguimento): · < 6 meses ATB · Entre 6 e 24 meses ATB se certeza do Dx e dça grave (febre > 39ºC ou dor moderada ou > 48 horas) · > 2 a ATB só se grave · American Association of Pediatrics 2013 · < 6 meses ATB (nessafaixa etária, tem mais chance de complicação e o sistema imune é pior) · Entre 6 e 24 meses ATB se quadro grave (dor > 48 horas ou febre > 39ºC) ou otorréia ou bilateral · ATB = Amoxicilina (há pneumococo resistente por PBP e heamophilus e moraxella resistente por beta lactamase). Dose padrão 40 a 50mg/kg/dia; dose dobrada na suspeita de pneumococo resistente (< 2anos, creche, atb nos últimos 90 dias). Clavulin se falha terapêutica ou se OMA + conjuntivite (sugestivo de heamophilus) · Complicação da OMA · 1) Perfuração Timpânica normalmente cicatrizam em 3 mese; se não, encaminhar para o otorrino. · 2) Efusão persistente (ou OM Serosa) faz parte da HN da OMA. Se em três meses não melhorar (líquido ainda na região timpânica), mandar para o otorrino. Havendo déficit de audição, cirurgia (tubo de ventilação) · 3) Mastoidite Aguda (inflamação do periósteo) · Hiperemia retroauricular · Deslocamento do pavilhão auricular · Internar e ATB EV · Outra complicação do Resfriado Sinusite Bacteriana Aguda · Até os 5 anos, apenas seios etmoidais e maxilares (pequenos ainda) · Clínica · Resfriado arrastado (10 dias) · Coriza mucopurulenta abundante · Tosse intensa, diurna (se pcte não tossir durante a consulta, pense em outro Dx) e noturna mais intensa · Resfriado intenso por 3 a 4 dias consecutivos · Febre alta e coriza mucopurulenta · Quadro que piora após melhorar (bifásico) – lembre-se da Isa! · Dx é clínico (NÃO PEDIR Rx) · Dxd · Corpo estranho – rinorréia unilateral, fétida e sanguinolenta · Rinite alérgica – prurido/espirros; palidez de mucosas; eosinofilia. · Sífilis – primeiros três mesesde vida; obstrução intensa; secreção sanguinolenta. · Tto (mesmos agentes etiológicos da OMA) · S.F. 0,9% intranasal · ATB até 7 dias após melhora clínica. · Complicações · 1) Celulite Orbitária · Proptose · Dor à movimentação · Edema na conjuntiva – queilose · Cd: Internar, TC e ATB EV · 2) Celulite Periorbitária · Só tem edema e hiperemia. Como o acometimento é pré-septal apenas, não há proptose, dor à movimentação ocular. Faringite Aguda · S. pyogenes · Entre 5 e 15 anos – muito improvável antes dos 3 anos · Clínica · Febre e manifestação inespecífica podem preceder a odinofagia (lembre-se de si mesmo) · Odinofagia · Exsudato amigdaliano · Hiperemia de pilar anterior · Petéquias no palato – mais específica · Adenopatia cervical · Não há tosse · Avaliação complementar · Teste antigênico rápido (grande especificidade e pequena sensibilidade) · Cultura de orogarinfe (o oposto) · DxD · EBV adenopatia cervical posterior, fadiga, esplenomegalia, exantema pós-amoxicilina, linfocitose com atipia, LFN epitroclear · Adenovirus: IVAS + conjuntivite febre faringoconjuntival · PFAPA – Periodic Fever, Aftous Stomatitis, Pharingitis and Adenitis · Catch para o Dx aftas + quadro recorrentes + culturas negativas · Melhora abrupta com CTC · Herpengina (Coxsackie A): febre alta, úlceras no palato (lembrar do pctezinho no Angelina); Coxsackie A faz Sd Mão-Pé-Boca tbm. *GengivoEstomatite Herpética: hipertrofia e hiperemia gengival, com múltiplas úlceras de fundo branco, acometendo todo boca e mucosa; febre alta; tosse e coriza; perda de peso pela odinofagia tto com flogo-oral, hexomedine (cuidado em menores de 3 anos, por ser anestésico e poder gerar aspiração), PCT e cogitar tratamento do monilíase. *Coxsackie B faz GECA e é o principal causador de Miocardite Viral Aguda · Tto · Analgesia e antipirético · Benzetacil dose única · Ou Amoxicilina ou Clavulin por 10 dias 50mg/kg/dia até 1g/kg/dia em dose única diária · Ou Eritromicina (10d) ou Azitro (5d) – macrolídeos caso alergia a Penicilinas · Complicações · Abscesso periamigdaliano (mais comum em adolescente, em adulto jovem) · Amigdalite, disfagia, sialorréia, trismo, desvio de úvula · Tto: drenar e mais ATB parenteral com cobertura para anaeróbios da cavidade oral (clindamicina) · Aspiração por agula ou incisão e drenagem · Abscesso retrofaríngeo · Infecção dos LFN retrofaríngeos · So ocorre em pctes < 5 anos · Potencial complicação para qualquer infecção de VAS · Pensar quando: IVAS recente, febre alta e odinofagia importante, disfagia e sialorréia, dor a mobilização do pescoco (Dxd de torcicolo na infância). Dx: Rx perfil do pescoço/ TC Cervical · Tto: internar e ATB EV Epiglotite Aguda · Etiologia · HiB – dada a vacinação, “vocês nunca verão” · Outros agentes menos comuns: · S. pneumoniea · S. pyogenes · S aureus · Clínica · Início agudo, de horas · Febre alta e pcte toxêmico · Odinofagia; disfagia; sialorréia · Dificuldade respiratória e estridor (predominantemente inspiratório; aponta obstrução subglótica). Estridor expiratório é sinal de gravidade. · Posição do tripé anteriorização do tórax e hiperextensão cervical · Rx · Sinal do Polegar · Cd · Oxigênio; deixar a criança quieta. Preparar IOT (chamar o cx para fazer um traqueostomia de emergência caso precise). Entubar. · Depois, certificar-se do Dx e ATB Laringotraqueobronquite Viral Aguda ou Crupe *aquele que você overheard durante estágio na Epidemio · Vírus: parainfluenza em 75% dos casos. Outros: adenovirus, VSR, influenza · Clínica · Pródomos catarrais · Tosse metálica (de cachorro) · Afonia ou rouquidão · Estridor · Dx: Clínico · Rx · Estreitamento da coluna aérea infraglótica (sinal da torre ou ponta do lápis) · DxD · Laringite estrudulosa (crupe espasmódico) · Despertar súbit com estridor, rouquidão e tosse metálica sem pródomos significativos · Tto · Estridor em repouso, nebulização de adrenalina e CTC VO ou IM (dexa) · Sem estridor, CTC · Complicação · Traqueíte bacteriana (S. aureus) crupe evoluindo com febre alta e piora clínica; resposta parcial ou ausente à adrenalina. Conduta: internar, ATB Parenteral e considerar IOT. Aula 6 – Afecções Respiratórias Agudas 2 Pneumonia · Taquipnéia sem outro foco óbvio de infecção (estridor, p. ex) = PNM · < 2 meses > 60 irpm · 2 a 12 meses > 50 irpm · 1 a 5 anos > 40 irpm · Pode ser Bacteriana, Viral (bronquiolite viral, que, excetuando nos RNs, é a mais comum) ou Atípica TAQUIPNÉIA SEM ESTRIDOR: 1) PNM Bacteriana agudo/grave 2) PNM Atípica quadro arrastado 3) Viral (bronquiolite) sibilos PNM Bacteriana · Etiologia · < 2 meses S. agalactiae (grupo B) e gram negativos entéricos · > 2 meses S. pneumoniae, H. influenzae e S. aureaus (quadro grave com complicações, como derrame pleural. Normalmente, há porta de entrada – impetigo, por exemplo) · Clínica · Pródomos catarrais (1 a 3 dias) febre alta + tosse se tiver taquipnéia, PNM · Sinais clássicos: estertores inspiratórios, frêmito tóraco-vocal aumentado, submacicez, broncofonia, pectorilóquia, sopro tubário. · Sinais de gravidade: tiragem subcostal (decorre da contração vigorosa do diagragma para vencer a diminuição da complacência pulmonar), batimento de aleta nasal (nos RNs e lactentes pequenos, que não sabem respirar pela boca), gemência (surge na expiração de uma golte parcialmente fechada) e cianose · Avaliação Complementar · Rx (faz Dx e avalia extensão e possíveis complicações) · Rx normal não descarta o Dx, pois as alterações podem levar um dia a aparecer. O Rx pode revelar padrão lobar ou de bronquiopneumonia – isso nas PNMs típicas. Não serve de controle de cura! · PNM penumocócica derrame pleural em 20% · PNM estafilocócica derrame pleural em 80% · Pneumatocele – paredes finas com conteúdo aéreo ou pequeníssimo conteúdo líquido. Sugestivo de S. aureus. Na prova, contudo, marcar pneumococo a não ser que toda a clínica do paciente seja sugestiva de aureus (quadro grave, porta de entrada etc). · Abscesso – imagem cavitária, parede espessa, com nível hidroaéreo. Pensar em aureus ou anaeróbios se PNM aspirativa (aeroginosa) *Sinal da Vela (formato triangular) – o Timo, órgão que pode ser visível no Rx até os 5 anos. Não “tratar” · Outros exames · HMG desvio a E a custas de neutrófilos · 10 a 15% de positivação nas hemoculturas – no máximo, 30%. · Fazer a cultura do derrame pleural · Tto · Indicações de hospitalização · < 2 meses (ou < 6 meses segundo o Nelson) · Sinais de gravidade ou Sat 0² em AA =< 92% · REG ou MEG · Recusa até de líquidos (como tratar VO?) ou vômitos incoercíveis · Doença de base potencialmente complicadora (cardiopatia, FC, Falciforme, AIDS) · ATB para Tto Hospitalar · < 2 meses Ampicilina + Gentamicina · > 2 meses penicilina cristalina (EV). Ou oxacilina + Ceftriaxona para os casos mais graves, em que S. aureus é possível (aumentamespectro de cobertura). Cloranfenicol o MS ainda inclui. · Ambulatorial (> 2 meses, logo) · Amox VO ou penicilina procaína IM por 10 dias · Falha terapêutica (sem melhora após 48-72horas) · Descartar empiema – para tanto, toracocentese em todo derrame >= 1 cm no Laurel (decúbito lateral) · Empiema se: purulento, pH < 7,2 + glicose < 40mg/dL + LDH > 1.000 ou bactérias (gram ou cultura). Se empiema, drenar tórax e manter tto. PNMs Atípicas · PNM afebril do lactente · Chlamydia trochamatis (Parto TP) · A conjuntivite começa com 5 a 14 dias de vida · Infecção nasofaringe PNM (1 a 3 meses de vida) · Quadro insidioso, com tosse intensa, mas sem febre. · Eosinofilia discreta e infiltrado intersticial · Tto: macrolídeo (azitromicina) · Dxd · Coqueluche (Bordetella pertussis) · Fase catarral Fase Paroxística (acessos de tosse + guincho, sem taquipnéia) Convalescência · No < 3 meses: apnéia (em vez de guincho) + cianose (pode até convulsionar) · Reação mielóide com linfocitose significativa · Tto com azitromicina tbm · PNM Atípica · Mycoplasma e Chlamydophila pneumoniea · Mais comum a partir 5 anos (M. pneumoniea; a C. pneumoniea é doença de pessoas mais velhas normalmente) · Quadro onsidioso, tosse intensa, sinais sistêmicos · Tosse inicialmente seca, evoluindo para secreção espumosa · Odinofagia, rouquidão, miringite bolhosa (otalgia) · Crioaglutinina PNM Viral – Bronquiolite Viral · Vírus Sincicial Respiratório (metapneumovirus e outros podem fazer tbm) · Durante outono e inverno · Fatores de Risco: < 2 anos, sexo masculino, ausência de aleitamento materno, moradia em aglomerações, tabagismo materno durante a gestação · Pródomos catarrais: febre, tosse, taquipneia e sibilos. Outras pessoas doentes em casa · Não altera HMG · Aumentam a gravidade: doenças pulmonares, cardiopatia, imunodeficiência, prematuridade e idade mais baixa. · Dx definitivo: Antígenos virais no aspirado · Rx de tórax: · aprisionamento de ar hiperinsuflação. A insuflação pode ser tamanha a ponto de transformar fígado e baço palpáveis. · Atelectasia: obstrução completa do bronquíolo · Tto: oxigênio + nebulização com S.F. 3% Fazer teste com B2-agonista. Se melhorar, mantê-lo na prescrição. Dr Rubens Cat faz Solução Salina Hipertônica (SSH) – literatura é controversa a respeito. · Dxd – ASMA: · Sibilantes transitório precoce = repetidas bronquilites até 2 anos · Sibilante = bronquiolites na infância+ ASMA. Normalmente, crises persistentes, recorrentes; HMF +; atopia; eosinofilia; sibilância sem quadro de IVAS. · Sibilante de início tardio = ASMA Aula 7 – Diarréia Aguda Definição: aumento de volume e frequência das evacuações, com diminuição da consistência das fezes. > 10ml/kg/dia ou mudança no número de evacuações. · Aguda é aquela com até 14 dias – normalmente infecciosa e auto-limitada (o risco é desidratação e desnutrição); · Persistente é aquela entre 14 e 28 – normalmente pós infecciosa; · Crônica é aquela com mais de 4 semanas – de variadas etiologias Síndromes Clínicas Diarréia Aguda Aquosa · Etiologia 1) Rotavírus – mecanismo osmótico e secretório a. Tropsimo pelos enterócitos do topo da vilosidade (aqueles que produzem dissacaridaes (lactase, p. ex) o aumento de dissacarídeos no lúmen causa hiperosmolaridade e diarréia osmótica b. Por mais que o jejum melhore a clínica (como em toda diarréia osmótica), é o alimento que mantém o trofismo das vilosidades (lembrar do que a NPT casa). Dessa maneira, não orientar pelo jejum completo. c. O rotavírus secreta a toxina NSP4, que leva à diarréia secretória também. d. É a principal causa de diarréia grave em < 2 anos e. No início do quadro, é possível que haja só vômitos (precedendo por 1 a 2 dias a diarréia) *É possível ter mais de uma vez rotavirose na vida. Contudo, há formação de anticorpos cruzados, de maneira que a prima-infecção será mais grave (eis a razão de nos vacinarmos) 2) E. coli – mecanismo secretório a. Enterotoxigênica causa diarréia secretória (não faz lise celular; apenas ativa mecanismos intra-celulares que secretam NaCl e H²O) i. É a causa mais comum de diarréia dos viajantes nos americanos e causa mais comum de diarréia aguda bacteriana no nosso meio (e, pelo jeito, tbm em outros lugares visitados pelos americanos) b. Enteropatogênica (faz contato direto com a superfície do enterócito) tbm causa diarréia secretória (e osmótica). Menos comum, mas causa diarréia em < 2 anos em crianças sem hx de aleitamento materno e faz diarréia persistente. 3) Vibrio cholerae – mecanismo secretório a. Pode causar perda de até 1 litro de água por hora b. Fezes em água de arroz c. Enterotoxina – age no canal do cloro. Justamente naquele que é defeituoso na Fibrose Cística. Tem a mesma relação da Anemia Falciforme com a Malária. A doença selecionou os doentes, perpetuando a doença. 4) Giardíase – mecanismo osmótico a. Comuníssima e assintomática. Pode causar diarréia aguda, persistente, intermitente. Ele atapeta o intestino, dificultando a absorção. Não tem valor se achado na coprocultura se diarréia agudo. Contudo, imagino que na vida real seja feito tto empírico pra everybody. Disenteria *os agentes que causam disenteria podem tbm causar apenas diarréia aquosa; a recíproca NÃO é verdadeira · Etiologias: 1) Shigella a. Faz invasão – sangue e pus nas fezes b. Acomete cólon – diarréia menos volumosa e com mais evacuações c. Dor abdominal, febre, tenesmo d. Sintomas neurológicos: cefaléia, alucinação, crise convulsivas (manifestações de mecanismo desconhecido). Esses sintomas podem anteceder a GECA e. Síndrome Hemolítco-Urêmica – anemia hemolítica micro-angiopática, plaquetopenia e IRA 2) Campylobacter jejuni: faz artrite reativa e Guillain-Barré (polineuropatia ascendentes – paralisia flácida) 3) E. Coli a. Enteroinvasiva (clínica igual à Shigella) b. Entero-hemorrágica: disenteria sem febre (principal causadora de SHU) i. Até 10% faz SHU (O157:H7) ii. Outro nome: E. coli Shiga-like iii. Encontrada em leite não pausterizado, carne mal cozida – não há transmissão interhumana 4) Salmonella a. Pode fazer bacteremia de baixa virulência. Porém, se em falciforme (pelo risco de osteomielite), imunodeprimidos e < 3meses, fazer ATBterapia 5) Parasitas a. Entaboeba histolytica colite amebiana CLASSIFICAÇÃO AVALIAÇÃO DA DESIDRATAÇÃO MÍNIMA OU SEM DESIDRATAÇÃO DESIDRATAÇÃO LEVE OU MODERADA DESIDRATAÇÃO GRAVE Perda Penderal < 3% entre 3 e 9% > 9% Condição* Alerta Irritada Letárgica Sede* Normal Sedenta Incapaz Sinal da prega (no abdômen)* Rapidamente Lento (< 2 segundos) Muito lentamente (> 2 segundos) Olhos* Normais Fundos Muito fundos FC/Pulsos* Normal/cheio Aumentada/débil Muito aumentada e débil Enchimento Capilar (fechar a mão do pcte por 15 seg) < 3 segundos entre 3 e 5 segundos > 5 segundos Lágrimas Presentes Ausentes/diminuídas Ausentes Mucosas Úmidas Secas Muito secas Diurese Normal Diminuída Mínima *Bastam esses serem avaliados **A presença de dois sinais faz o Dx (considerar sempre os piores) Tto · Solução Glicossalina *Absorção de sódio se dá de duas maneiras: Simporte com a Glicose e Eletroneutro (NaCl por H+ e HCO3-) esta está comprometida na GECA 1) Soro Caseiro: 1 copo de 200 ml de água + 1 medida rasa de sal (uma pitada) + 2 medidas rasas de açucar (um punhado ou 8 pitadas) a. Equivale a 40-50 mEq/l de sódio b. Capaz de manter a hidratação; contudo, não trata a desidratação. Ou seja, oferecer apenas para o pcte ainda hidratado 2) Solução Reidratante Oral a. SRO Padrão – 311mEq/l. Tem muito Na+ pode fazer hipernatremia. b. SRO Moderna – 245 mEq/l menor taxa de perda fecal, menos vômitos, diminui tempo de doença e diminui necessidade de hidratação EV. Tem algo em torno de 75 mEq/l de sódio PLANOS DE TRATAMENTO PLANO A - PCTE NÃO DESIDRATADO PLANO B - DESIDRATAÇÃO LEVE OU MODERADA* PLANO C - DESIDRATAÇÃO GRAVE Solução Caseira SRO RL ou S.F. 0,9% Local Domiciliar Na UPA/UBS Na UPA/UBS Como A cada evacuação: 50 a 100 ml < 1 ano ou 10 kg; 100 a 200 ml > 1 ano ou 10 Kg75ml/kg em 4 horas; dar em colheradas 100ml/kg; CDC fala 20ml/kg. Tão logo possível, 5ml/kg/h de TRO Alimentação Habitual Suspender; manter só Aleitamento Materno Suspender Obviamente Reavaliação Voltar se muco ou sangue nas fezes Peso, diurese, hidratação frequentemente Após 3 a 6 horas Orientações 1) Sinais de desidratação (escrevê-los no prontuário e receituário) Dps de hidratada, alta com plano A Dps de hidratada, alta com plano A *Gastroclisé: na dificuldade de ingesta da SRO; no vômito persistente; na distensão abdominal pós TRO com RHA + e na perda de peso 2 horas após TRO **Suplementar com zindo por 10 a 14 dias: < 6 meses, 10mg/d; maior, o dobro. Reduz a duração e gravidade da doença e diminui risco de recorrência Tto Específico · Shigelose: cipro ou ceftriaxno IM · Cça com fator de risco pra salmonelose: ceftriaxona IM ou Ampicilina · Cólera: macrolídeo ou cipro ou Doxi (tto de escolha nos adultos) · Parasitose: específico ( na giardíase, apenas se diarréia persistente). Tratar Entamoeba histolytica na colite refretária ao tto de shigelose. O que não fazer · Refrigerantes – osmolaridade muito grande; aumenta diarréia · Anti-eméticos (Sd extra-piramidal; sonolência) · Plasil, bromoprida completamente contra-indicados · Ondonsetrona pode usar (vonau, zofran e outros nomes) Nelson faz Sub Lingual · Inibidores da Peristalse (loperamida – Imosec®) · Adsorventes aumentam a consistência das fezes. Tem ação única de “cosmético fecal” *probióticos é conhecida a sua ação benéfica na diarréia por ATB (inclusive pode ser usado na profilaxia). Aparentemente, diminui também o tempo de doença na GECA. Prescrever se quiser. Intolerância à Lactose · Falta da dissacaridase lactase · Produzida pelos enterócitos da borda da vilosidade · Pode ser 1ª ou 2ª · 1ª congênita (raríssima) ou hipolactasia do tipo adulto (aquela que meio universo tem) · 2ª uma GECA – ou Dça Celíaca – causa achatamento das vilosidades e, consequentemente, uma intolerância à lactose passageira · Mecanismo: lactose chega intacta ao cólon, onde é fermentada, levando à formação de ácidos orgânicos e gases flatulência, fezes explosivas e irritação da mucosa perianal Constipação Intestinal *Crianças enfezadas · Definição: · < 3 evacuações por semana; · 1 episódio de encoprese* (“soiling”) por semana *incontinência fecal causada por fezes líquidas acumuladas antes da rolha de fezes que obstrui a passagem · Fezes no reto ou abdomen inferior · Evacuação volumosa (entopem a privada) · Comportamento retentivo · Evacuações dolorosas · Levam à memória dolorosa; pode sair até sangue Constipação Funcional Hirshprung Início após periodo neonatal Início no período neonatal; retardo na eliminação do mecônico* Sem sinais sistêmicos Déficit de crescimento; infecções intestinais por translocação TR com fezes na ampola TR com ampola vazia Dx Clínico Dx:enema (zona de transião ou de "stop" + Bx Tto com medidas gerais: desimpactar as fezes; dieta com fibras e líquidos; medicações laxativas Tto: cirúrgico. Ressecção do segmento paralisado (com disgenesia dos plexos de Heisner e Aurbach) *rolha meconial pode ocorrer na FC Aula 8 – Insuficiência Respiratória e Icterícia no RN Classificação do RN · Idade Gestacional · Prematura (< 37 semanas) · Termo (entre 37 e 41 + 6d) · Pós termo (>= 42 semanas) · Peso · Baixo peso ao nascer (< 2.500 g) · Muito baixo peso (< 1.500g) · Extremo baixo peso (< 1.000g) · Peso x Idade Gestacional · > p90 GIG · Entre p10 e p90 AIG · < p10 PIG *Macetes: 1) RN à termo < 2.000 é PIG; 2) RN > 4.000g é GIG (macrossomia) Distúrbios Respiratórios 1) Doença da Membra Hialina (ou Sd do Distress Resp I) · Surfactante é constituído de sulfatidilcolina (lipídeo) e proteínas; é produzida pelo pneumócito II; começa a ser produzido na 24ª semanas e, na 34ª, encontra-se em quantidade suficiente; ele diminui a tensão superficial, impedindo o colabamento alveolar. · Etiopatogenia: diminuição da concentração do surfactante em alvéolos colapso alveolar hipoxemia hipercapnia acidose metabólica e acidose respiratória. · Fatores de Risco: prematuridade, asfixia, meninos, DM Materno · Clínica: caratér progressivo, apresenta-se nas primeiras horas, com taquipneia (> 60 irpm), retrações costais, gemência, BAN e cianose. · Rx: reticulogranulos difuso, mas não homogêneo (aerobroncograma); vidro-fosco · Tto: oxigênio por capacete; CPAP Nasal; VM; Surfactante se em doença grave ou em RN < 26 semanas; ATB pois pode ser difícil de diferenciar de sepse · Prevenção: CTC antenatal entre 24 e 34 semanas de gestação 2) PNM (Sepse) · Mecanismos i. SEPSE PRECOCE (primeiras 48 horas) 1. Ascendente 2. Intra-parto ii. SEPSE TARDIA 1. Nosocomial/comunitária · Fatores de Risco i. Ruptura prolongada de membranas (18 horas) ii. Corioamnionite (febre dor à palpação uterina + leucocitose materna + líquido amniótico fétido) iii. Colonização materna por germes patogênicos (GBS) iv. Prematuridade · Clínica i. Pode haver período assintomático ii. Desconforto respiratório (todo aquilo que vc descreveu p/ Membrana) iii. Sistêmicos: distermia, alteração do estado de alerta (ou seja, não está ativo e reativo), alterações cardiocirculatórias e GI iv. Rx: igual à Membrana Hialina v. Lab: HMG e PCR + Hemocultura + PL com cultura + urinocultura (infecção tardia). *A PL e a urinocultura podem identificar o agente. · Tto i. Precoce: GBS; S. agalactiae; Gram negativos entéricos (E. coli) 1. Ampicilina + gentamicina ii. Tardia: Staphylococcus; Gram negativos entéricos; fungos (extremo baixo peso; em VM; em NPT) 1. Pergunte pra CCIH 3) Sd da Aspiração Meconial · Etiopatogenia: eleminação de mecônio intra-útero. A asfixia fetal leva à aspiração meconial e aumento dos movimentos respiratórios, que ficarão na traquéia. Após o nascimento, há aspiração para vias aéres inferiores: i. Bloqueio Mecânico Expiratório (hiperinsuflação visível a olho nu) ii. Pneumonite Química iii. Infecção Secundária · História i. Sofrimento fetal ii. RN a termo ou pós-termo (no prematuro, mesmo com sofrimento fetal, não há mecônio em reto para ser liberado iii. Líquido amniótico com mecônio · Clínica i. Início nas primeiras horas de vida ii. Desconforto respiratório de moderado a grave · Rx: infiltrado alveolar grosseiro, pneumotóriax, hiperinsuflação · Tto i. VM + ATB + Surfactante · Prevenção i. Atendimento adequado na sala de parto 4) Taquipnéia Transitória (Sd do Distress Respiratório II) · Etiopatogenia: retardo da absorção do líquido pulmonar · Hx: ausência de trabalho de parto CST; RN a termo normalmente · Clínica: início nas primeiras horas de vida; desconforto respiratório moderado; rápida resolução (24 a 48 horas) · Rx: congestão hilar; aumento da trama vascular; líquido cisural; derrame pleural; aumento da área cardíaca; hiperinsuflação · Tto: oxigigênio e suporte. Oxigênio até 40%. Se mesmo assim saturando mal, pensar em outro Dx Icterícia Neonatal · Fisiologia: Hb biliverdina bilirrubina indireta. A BI + albumina são captadoes pelo fígado. No RE Liso do hepatócio, pela glucoronil transferase, a BI vira BD e vai para o TGI. · Patologia: no RN, há uma produção exagerada de bilirrubina devido à massa eritrocitária aumentada e de menor meia vida. Alem disso, a captação e conjugação são deficientes e o ciclo entreo-hepático – onde há desconjugação da bilirrubina – está em franca atividade. Tudo isso leva ao aumento fisiológico da BI. · Provável Icterícia Não Fisiológica · < início com menos de 36 horas · Velocidade de acumulação > 5mg/dl/dia · > 12 mg/dl no termo e > 15 no prematuro · Zona III a V de Kramer (CU para baixo) – progressão da icterícia é crânio-caudal · Outras alterações sistêmicas · Icterícia persistente (> 1 semana no termo; > 2 semanas no prematuro) · Colestase (BD aumentada) 1. Icterícia Precoce a. Anemia Hemolítica i. Incompatibilidade Rh mãe coombs indireto / RN coombs direto positivos ii. Incompatibilidade ABO mãe é tipo sanguíneo O e RN diferente de O. Coombs direto pode ser positivo ou nãob. Esferocitose – hipercromia no HMG c. Def. de G6PD Conduta edir esfregaço de sangue periférico. Policromasia (reticulocitose); esferócitos (esferocitose ou incompatibilidade ABO); Corpúsculos de Heinz (G6PD) 2. Icterícia Persistente a. Se assintomático, icterícia do Leite Materno (quadro mais late; menos precoce) i. Deixar RN por 48 sem LM. BI cairá bruscamente e não voltará a subir com o retorno da AM. b. Icterício do Aleitamento decorre da má amamentação. Transito GI fica lentificado aumento do ciclo êntero-hepático aumento da BI. Tto é correção do aleitamento. Quadro mais precoce c. Colestase: hepatite idioática; atresia de VvBb i. Atresia é urgência Dx janela para Cx de Kasai (portaenterostomia) é de 8 semanas apenas · Tratamento da Icterícia Fisiológica *Risco de aumento de BI é encefalopatia bilirrubínica (kernicterus) · Fototerapia transforma BI em hidrossolúvel (excreção renal) · Exsanguineotransfusão · Quando indicar: gráfico de Buttoni. Basicamente, quanto menor a idade do RN, menor o corte de BI que indica fototerapia. E a ID ao nascimento tbm entra na conta; quanto mais a termo, mais tolerante se pode ser. Há, contudo, quem indique fototerapia para valores > 17 ou se início nas primeiras 24 horas. Sd da Aspiração Meconial · Prevenção: atendimento adequado na sala de parto · RN sem sinais de asfixia: nenhuma medida especial · RN com sinais de asfixias: aspirar hipofaringe e traqueia uma única vez. Como? Laringoscopa a criança, inspeciona a hipofaringe e a aspira; visualiza as cordas vocais, intuba e aspira a traquéia pelo tubo. Desentuba e volta a avaliar/reanimar o RN Infecções Congênitas *Transmissão hematogênica – transplacentária *Pode haver manifestaçao antenatais inespecíficas *Cuidado ao avaliar sorologia do RN; lembre-se que IgG atravessa barreira placentária Sífilis · Transmissão em qualquer estágio da doença, porém bem mais significativa se sífilis primária ou secundária · Clínica · Sífilis Precoce (< 2 anos) · Rinite intensa com secreção serossanguinolenta · Lesão cutâneas e mucosas · Placas mucosas · Condiloma peri-anais · Pênfigo palmo-plantar (faz DxD com impetigo, que normalmente poupa planta e palma) · Exantema maculopapular acobreado · Lesões ósseas · Periostite da diáfise de ossos longos e ossos planos (fronte avantajado) · Osteocondrite da metáfise de ossos longos, levando à dor à manipulaçao, o que faz com que a criança não mexa o brado – Pseudoparalisia de Parrot · Sífilis Tardia (> 2 anos) · Fronte olímpica (decorrente da periostite do osso frontal) · Nariz em sela · Rágades – lesões peribucais, perianais · Alterações dentárias · Hutchinson – incisivo central deformado · Molar em amora (múltiplas cúspides) · Tíbia em sabre · Tto inadaquado na Dça Materna (basta 1) · Inadequado para a fase (2.400 UI em vez de 4.800, p. ex.) · Incompleto · Tto não penicilínico · Sem resposta sorológica · < 30 dias antes do parto · Não documentada · Parceiro não tratado · Conduta · Avaliação cuidadosa SEMPRE · VDRL do sangue periférico SEMPRE · HMG quando tiver INDICAÇÃO · Anemia, plaquetopenia, leucocitose ou penia · PL quando tiver INDICAÇÃO · VDRL + ou Céls > 25 ou Ptn > 150 fazem o Dx · Rx de ossos longos quando tiver INDICAÇÃO 1) Mãe não tratada ou tto inadequado a. Realizar todos os exames e ttar todos os casos b. Líquor alterado P. cristalina EV por 10 dias c. Líquor normal, porém com outra alteração laboratorial P. cristalina EV por 10 d ou P. procraína IM por 1 d d. Assintoma´tica e exames normais benzetacil dose única + acompanhamento* 2) Mãe com tto adequado a. RN sintomático ou VDRL > materno, fazer exames e tratar b. RN assintomático e VDRl < materno, acompanhamento* c. RN assintomático e VDRL não reagente, acomanhamento* *Se não puder acompanhar, trata; a exceção do 2b, que, em muitos lugares, recebem a mesma conduta que o 2a Toxo Congênita · Toxoplasma gondii · Transmissão apenas na fase aguda ou na reativação duma paciente imunodeprimida · Clínica (Tríade de Sabin) · Coriorritinite · Hidrocefalia obstrutiva · Calcificações difusas · Investigação · Sorologia · Fundo de olho · Imagem do SNC (TC) · PL · Tto · Sulfadiazina + Ac. Fólico + Pirimetamina por 12 meses · CTC se coriorretinite grave ou ptn no LCR > 1g/dl Síndrome da Rubéola Congênita · Clínica · Surdez · Reflexo vermelho ausente – leucocoria por catarata congênita · Cardiopatia Congênita:PCA, estenose da artéria pulmonar · Tto · Manejar sequelas Citomegalia – principal causa de surdez neurossensorial não hereditária · Clínico · Calcificações periventriculares · Tto · Ganciclovir IV por 6 semanas se doença grave · Sequelas · Surdez!! Aula 10 – ITU · Frequência – 1 a 3% nas meninas e 1% nos meninos · 1º pico de incidênia (meninos) é no primeiro ano de vida. O principal fator de risco é anomalia de trato urinário, e elas são mais comuns no sexo masculino. · 2º pico (meninas) controle esfincteriano · 3º pico (meninas) atividade sexual · Fatores de risco · Ausência de circuncisão · Obstrução urinária · Válvula de uretra posterior (VUP) – globo vesical + jato fraco. Dx pré-natal se hidronefrose detectável à USG. · Disfunção miccional e/ou constipação (distúrbios que muitas vezes andam de mãos dadas) · Refluxo Vesicoureteral *Os graus 1 e 2 não são preocupantes, havendo resolução espontânea na maioria das vezes. Os demais demandam profilaxia para ITU e correção cirúrgica no insucesso; à exceção do grau 5 com presenças de cicatrizes à cintilografia renal com DMSA, que já indica cx. · Etiologia: · E. coli fímbras P · Proteus cálculos coraliformes (de estruvita) · Klebsiella; pseudomonas (pcte pós manipulação cirúrgica de via urinária) · Gram + (enterococos – colonizam sulco balanoprepucial; S. saprophyticus – adolescentes sexualmente ativos) · Vírus cistite hemorrágica vírus 11 e 21 · Quadro clínico · Febre (pensar em ITU em FOI em cças) · Manifestações inespecíficas · Manifestações específicas: dor abdominal, disúria, urgência, polaciúria, incontinência após 6 meses de aquisição do controle, urina turva e fétida. · Dx · PU (jato médio) · Leucocitúria (>= 5 por campo 0u 10.000 por ml) · Nitrito (gram negativo convertendo nitrato em nitrito) · Hb · Pedir coloração de gram · Urocultura · >= 100.000 UFC/ml *Como colher: saco coletor (alto VPN) + se >100.000; cateterismo + se >= 50.000; punção supra-púbica + se diferente de zero (à exceção de gram positivos). · Tto *Sempre colher urinocultura antes! · Cistite: bactrim ou Nitrof por 3 a 5 dias (tto ambulatorial) · Pielonefrite (7 a 14 dias): · Hospitalar ampicilina e gentamicina ou Ceftriaxona (não pega enterococo) · Ambulatorial ceftriaxona IM, cefexima, ciprofloxacino (cobre bem pseudomonas) · Investigação – quando investigar? · Guidelines americanos · Após primeiro episódio (até 2 anos de idade) · USG e, se alterado, uretrocistografia miccional (UCM) · Após segundo episódio · UCM sempre · SBP · ITU confirmada · < 2 anos USG e UCM · > 2 anos USG *USG vê má-formações e sequelas grosseiras *DMSA vê cicatrizes *Uretrocistrografia Miccional diagnostica refluxo vesico-ureteral *DTPA analisa função de cada rim (pré doação, por exemplo) AULA 11 – DOENÇAS EXANTEMÁTICAS Generalidades · Início dos sintomas: · Contágio Incubação (1-3 semana para vírus / mononucleose pode ser até 40 dias) · Pródromos: · Febre · Sinais típicos · Exantema: · Tipo (maculo papular / vesicular) · Progressão · Descamação · Convalescencia Sarampo – notificação imediata! · Agente: Morbilivirus/Paramyxoviridae (gênero/família) · Transmissibilidade: vírus nas secreções (gotículas – transmissão apenas dentro dum raio de 1 metro – e aerossóis – partículas permanecem suspensas no ar; não precisa haver contato direto com a fonte) · 90% de chance de infecção · Período de transmissibilidade: 3 dias antes e de 4 a 6 depois do rash (entre 2 antes e 2 depois sobretudo) · Quando internar, isolamento aéreo – máscaraN95 · Incubação: 8 a 12 dias · Clínica · Fase prodrômica bastante rica (a mais rica de todas) · Febre alta, tosse persistente,coriza e conjuntivite com fotofobia· Enatema (exantema em mucosa): Sinal de Koplik (patognomônico) · Fase exantemática · Surge num momento de quadro clínico significativo, que, logo após o aparecimento do rash, tende a ceder paulatinamente (“o vermelhão é a doença indo embora”) · Maculopapulares morbiliforme – tendência a confluência e áreas sadias entremeadas · Início em pescoço, fronte, atrásdaorelha (acompanha a linha de implantação do cabelo) · Progressão crânio-caudal lenta (da cabeça aos MmIi em cerca de 3 dias) · Acometimento palmo-plantar em 50% dos casos · Descamação furfurácea (fina) *A tosse dura por toda a doença, desde os prôdomos até à convalescência · Complicações · Otite média aguda (a mais comum) · PNM (de céls gigantes – próprio vírus – ou bacteriana) – a mais mortal! · Encefalite por reação auto-imune (1 a 3 casos em cada 1.000) – a mais letal (15%) e alta taxa de sequelas · Panencefalite Esclerosante Subaguda (House S01E02) · Vários anos após com prognóstico reservado – tentar interferon, ribavirina etc · Tratamento do Sarampo · Vitamina A. Se internar, isolamento aéreo (N95) · Prevenção · Vacina (12º e 15º mês). Em caso de surtos, antecipar até para dentro de 6 a 12 meses de vida (não antes, pelos anticorpos maternos). Não conta como vacinação do calendário; é extra; manter vacinação no 12º e 15º mês) · Pós-contato: imunização ativa até 72 horas ou imunoglobulina padrão até 6º dia (grávidas, imunodeprimidos e < 6 meses) Rubéola – notificação imediata! *Não há casos autóctones no Brasil há anos · Agente Rubivirus/Togavirus · Transmissibilidade: 5 a 7 dias antes até 5 a 7 dias após exantema – por gotículas apenas · Incubação: 14 a 21 dias · Clínica · Fase prodrômica · Sintomas catarrais leves; febre baixa · Enantema inespecífico (manchas de Forschheimer petéquias no palato; presente tbm no sarampo e escarlatina) · Linfadenopatia retroauricular, cervical posterior e occipital (“RUBOLA”) · Fase Exantemática · Maculopapular rubeoliforme (sem tendência à confluência) · Início em face · Progressão cranio-caudal rápida (mesmo dia) · Descamação ausente · Complicações · Artropatia (mais em meninas adolescentes), acometendo bastante mão (pode ser artrite ou apenas artralgia) · Encefalite · Sd da Rubéola Congênita (Surdez, Retinopatia, Cardiopatia) · Prevenção · Vacina (12º e 15º meses) · Pós-contato menor eficácia que a vacina contra o sarampo Exantema Súbito (Roséola) *Essa você verá! · Agente: HHV 6 ou 7 · Idade: lactentes entre 6 meses e 2 anos · Transmissibilidade desconhecida · “Todo mundo é infectado pelo HHV-6. Ele, como todo bom herpes virus, permanece latente no nosso corpo. O homem, periodicamente, expele o vírus pelas secreções respiratórias. Por isso, mais de 95% das doenças até 3 anos já horam infectadas pelo HHV-6.” · Incubação: em média 10 dias · Clínica · Fase prodrômica com febre alta que some em crise (subitamente) · Fase exantemática · Maculopapular em tronco após o desaparecimento da febre · Progressão centrífuga (do tronco para face e membros) · Dura de horas a poucos dias · Descamação ausente · Complicação · Convulsão febril (“em até 15% dos casos a convulsão febril é a etiologia”) Eritema Infeccioso (“Quinta Doença”) · Agente: parvovirus B19 – é um eritrovirus · Transmissibilidade: baixa; apenas 15 a 30% se infectam. Na fase exantemática não é transmissível · Incubação: 16 a 17 dias · Clínica · Fase prodrômica inexistente ou inespecífica (febre, cefaléia, coriza uns 6 a 10 dias antes do exantema); no momento do rash, assintomático! · Fase exantemática (trifásica) · 1) eritema facial (bocheca esbofeteada) – poucos dias · 2) progressão rápida para membros e troncos – padrão maculopapular, de aspecto rendilhado, poupando palma/planta e acometendo região extensora · 3) exantema intermitente por 1 a 3 semanas desencadeados por luz solar, calor, exercício, stress · Sem descamação · Complicações · Anemia aplásica em hemoglobinopatas (falciforme,p. ex). Lembrar que é um eritrovirus, infectando os pronormoblastos. Ocorre antes do exantema · Infecção fetal hidropsia fetal não imune · Sd papular-purpúrica em luvas e meias (edema, eritema dolorosos e pruriginosas) · Artropatia (acomete mais meninas) Escarlatina · Agente: cepas secretoras de exotoxina eritrogênica de Streptococus pyogenes · Transmissibilidade: difícil de determinar · Incubação: 2 a 5 dias · Clínica · Fase prodrômica · Febre, vômitos, dor abdominal (adenite), faringite · Língua em morango (2 fases) · Em morango branco (saburrosa) · Em morango vermelho (sem saburro) · Fase exantemática · Micropapular – aspecto de lixa · Início: pescoço · Progressão: crânio-caudal rápida · Achados característicos · Sinal de Pastia: exantema acentuado em áreas flexoras sem clareamento à digitopressão · Sinal de Filatov: palidez peri-oral · Descamação: laminar nas extremidades (como a cola seca que vc tirava da mão quando criança) e fúrfura no corpo · Complicações · Supurativa: abscessos retrofaríngeo e peritonsilares · Não supurativa: FR, GNPE · Tto · Benzetacyl ou Amoxicilina VO 10d · DxD · KAWASAKI’S – Critérios diagnósticos: · Febre >= 5 dias e 4 destes: · Conjuntivite sem pus · Fissuras no lábio/língua em framboesa · Adenomegalia cervical · Exantema polimorfo (qualquer tipo menos vesico-bolhosos) em região inguinal sobretudo · Alterações as extremidades (edema e eritema das mãos e pés e descamação em extremidades) · Como diferenciar?! Macetes: · Escarlatina 5 a 15 anos e febre mais curta · Kawasaki < 5 anos e conjuntivite · Kawasaki cursa com aumento significativo de VHS/PCR e trombocitose (lembrar do milhão de plaquetas da pcte da Isa) Varicela · Agente: Varicela Zoster Virus · Transmissibilidade: 80-90% dos contactantes. Por gotículas ou aerossóis, de 2 dias antes do exantema até todas lesões chegarem ao estágio de crostas · Incubação: 10 a 21 dias · Clínica · Fase prodrômica · Febre, cefaleia, dor abdominal, adenomegalia (+ comum no adolescente – lembrar do Foltran). Na criança menor, muitas vezes, sem prôdomos · Fase exantemática · Exantema vesicular bastante pruriginoso · Início em couro cabeludo, face e tronco · Progressão centrífuga (mais no tronco do que nas extremidades) · Lembrar que a Carol Vila Liberdade explicou que o pcte se apresenta com lesões em todas a fases de evolução: vesícula, pústula, crotas polimorfismo regional · DxD · Sd Mão-Pé-Boca · Coxsackie A16 (e outro enterovirus) · Vesículas/pápulas em boca, mão, pés e nádegas · Complicações · Infecção bacteriana secundária (a mais comum) pensar se: febre prolongada, hiperemia muito intensa. · Varicela progressiva (AIDS, Qt) *cicatriz pós-varicela, na verdade, muitas vezes decorre da cicatrização da infecção secundária (lembrar que cicatrização de foliculite é igual) · Varicela Congênita · Se infecção < 20 semanas de gestação · Lesões cicatriciais · Hipoplasia dos membros · Ataxia Cerebelar Aguda (Cerebelite) · Sd de Reye (encefalite + hepatite) – uso de AAS associado a influenza ou varicela · Tto · Aciclovir VO se pcte: > 12 anos; se 2º caso no domicílio; doença pulmonar/cutâneas crônicas; uso de CTC em dose não imunossupressora; uso crônico de AAS. · Aciclovir EV se pcte: imunodeprimido, RN, varicela progressiva · Prevenção · Vacina · Pós contato: · Vacinação até o quinto dia útil · Imunoglobulina específica até o quarto dia útil se: imunodeprimido, grávida, RN prematuro, RN de mãe com varicela entre 5 dias antes e 2 dias após o parto
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