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Caderno Tematico Noções de Investigacao de Sinistros FINAL (2)

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ESCOLA DE BOMBEIROS – RS – BRASIL
 NOÇÕES DE INVESTIGAÇÂO DE SINISTROS 
 NOÇÕES DE INVESTIGAÇÃO DE SINISTROS
	OBJETIVOS: Ao término deste capítulo você deverá ser capaz de:
	1. Identificar as fases do ciclo operacional de bombeiros;
2. Capacitar o aluno a ter noções do contexto da investigação de incêndio no mundo e Brasil; 
3. Conhecer a legalidade a respeito da investigação de sinistros;
4. Identificar as principais causas de um incêndio;
5. Identificar as principais formas de propagação das chamas;
6. Reconhecer as principais características de um incêndio de origem elétrica;
7. A ter Noções básicas sobre os sinais de propagação um incêndio em vegetação;
	8.Estabelecer as fases do planejamento de investigação de incêndio;
9.Identificar as características de estruturas e diversos materiais de construção afetados pelo fogo;
10.Relacionar conceitos termodinâmicos com o incêndio.
11. Conhecer a proposta de forma de emprego do serviço de investigação;
12. Apreciar a proposta de roteiro da realização do serviço de investigação.
1. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA INVESTIGAÇÃO DE SINISTROS
a. CICLO OPERACIONAL DE BOMBEIROS
O ciclo operacional bombeiro militar compreende quatro fases, a saber: Fase Preventiva ou Normativa; Fase Passiva ou Estrutural; Fase Ativa ou Combate e Fase Investigativa ou Pericial.
· Fase preventiva ou normativa;
· Fase passiva ou estrutural;
· Fase ativa ou de combate;
· Fase investigativa ou pericial.
1) Fase Preventiva ou Normativa
A finalidade da fase preventiva ou normativa é evitar a ocorrência do sinistro; analisar os riscos; estudar, revisar e elaborar normas de segurança. O objeto da fase preventiva ou normativa constitui-se das Normas de Segurança, consagradas nacionalmente ou internacionalmente;
2) Fase Passiva ou Estrutural
A finalidade da fase passiva ou estrutural é restringir ou minimizar, com prontidão, as conseqüências e os danos de um sinistro, que não pode ser evitado (instalar, inspecionar, fazer manutenção e operar sistemas e dispositivos se segurança). O objetivo da fase passiva ou estrutural constitui-se dos projetos, dos sistemas e dos dispositivos de segurança, alocados nas instalações prediais, industriais ou comerciais;
3) Fase Ativa ou de Combate
A finalidade da fase ativa ou de combate constitui-se do socorro ou da prestação de serviço quando há a participação, do poder operacional da Corporação, no atendimento a qualquer caso real de sinistro, para extinguir incêndio, prestar atendimento pré-hospitalar, resgatar ou salvar vidas e bens. O objeto da fase ativa ou de combate é formado pelo do poder operacional da Corporação, das técnicas, táticas e estratégias das operações de bombeiro militares;
4) Fase Investigativa ou Pericial
A finalidade da fase investigativa ou pericial é elucidar as causa de surgimento do caso real de sinistro, ocorrência de propagação, surgimento de vítimas e respectivos prejuízos, para retroalimentação das demais fases do ciclo operacional. O objeto da fase investigativa ou pericial é o próprio local ou caso real de sinistro, seus indícios e vestígios relativos e absolutos.
b. NOÇÕES DO CONTEXTO DA INVESTIGAÇÃO DE INCÊNDIO NO MUNDO ATUAL
A investigação dos sinistros no mundo atual é caracterizada pela falta de uniformidade nos procedimentos e também pelos profissionais responsáveis por estas. Nem mesmo dentro do Brasil possuímos um padrão de investigação de sinistros: em Brasília a responsabilidade fica a cargo dos bombeiros através de um corpo de profissionais capacitados e treinados para a função; no Rio Grande do Sul a investigação dos sinistros somente são realizados por peritos do IGP que possuem essa incumbência.
Nos países da Europa, America do Norte e America do Sul também a divergências, principalmente quanto aos profissionais responsáveis pela a investigação de sinistros, podendo ser, bombeiros, policiais ou investigadores particulares. 
1) Distrito Federal
TE – Tarefa de estudo a ser executada pelos alunos.
2) Uruguai
TE – Tarefa de estudo a ser executada pelos alunos.
3) Argentina
TE – Tarefa de estudo a ser executada pelos alunos.
4) Alemanha
TE – Tarefa de estudo a ser executada pelos alunos.
5) Estados Unidos
TE – Tarefa de estudo a ser executada pelos alunos.
6) Japão
TE – Tarefa de estudo a ser executada pelos alunos.
2. LEGISLAÇÃO APLICADA A FUNÇÃO
 a. LEGISLAÇÃO FEDERAL
Portaria 027/1997-EME-IGPM
CAPITULO V-ORGANIZAÇÃO DOS CORPOS DE BOMBEIRO MILITARES, SAÇÃO II-ÓRGÃOS DE APOIO;
39. APOIO DE SERVIÇO:
a. Corpo de Bombeiros Militares Independente.
1) Os corpos de Bombeiros Militares Independentes deverão possuir um Centro de Atividades Técnicas(CAT), no nível dos demais órgãos de apoio, incumbindo das seguintes atividades:
- executar e supervisionar o cumprimento das disposições legais relativas às medidas de prevenção e proteção contra incêndios; 
- Proceder a exames de plantas e de projetos de construção;
- Realizar testes de incompatibilidade;
- Realizar vistorias e emitir pareceres;
- Supervisionar a instalação da rede de Hidrantes públicos e privados;
-realizar a perícia de incêndio.
2) De acordo com o desenvolvimento ou amplitude do Centro de Atividades Técnicas (CAT), poderá inclusive, se tornar necessária a criação de uma Diretoria, ouvida previamente a IGPM.
b. Corpos de Bombeiros orgânicos das Policias Militares.
Os Corpos de Bombeiros orgânicos das Policias Militares deverão possuir um Centro de atividades Técnicas com a mesma incumbência constante do item 39, letra A. 
b. LEGISLAÇÃO ESTADUAL
1). LEI Nº. 10.987 DE 11 AGO. 1997
Estabelece normas, sistemas de prevenção e proteção contra incêndios, dispõem sobre destinação da taxa de serviços especiais não emergenciais do corpo de bombeiros e da outras providencias.
2) LEI Nº. 10.991/97
Dispõe sobre a Organização Básica da Brigada Militar do Estado e dá outras providências.
O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL.
Faço saber, em cumprimento ao disposto no artigo 82, inciso IV, da Constituição do Estado, que a Assembléia Legislativa aprovou e eu sanciono e promulgo a Lei seguinte:
Art. 1º - A Brigada Militar, Polícia Militar do Estado do Rio Grande do Sul, é uma Instituição permanente e regular, organizada com base na hierarquia e na disciplina, destinada à preservação da ordem pública e à incolumidade das pessoas e do patrimônio.
Art. 2º - A Brigada Militar vincula-se, administrativa e operacionalmente, à Secretaria de Estado responsável pela Segurança Pública no Estado do Rio Grande do Sul.
Art. 3º - Compete à Brigada Militar:
I - executar, com exclusividade, ressalvada a competência das Forças Armadas, a polícia ostensiva, planejada pela autoridade policial-militar competente, a fim de assegurar o cumprimento da lei, a manutenção da ordem pública e o exercício dos poderes constituídos;
II - atuar preventivamente, como força de dissuasão, em locais ou área específicas, onde de presuma ser possível a perturbação da ordem pública;
III - atuar repressivamente, em caso de perturbação da ordem pública e no gerenciamentotécnico de situações de alto risco;
IV - exercer atividades de investigação criminal militar;
V - atuar na fiscalização e controle dos serviços de vigilância particular no Estado;
VI - executar o serviço de prevenção e combate a incêndio;
VII - fiscalizar e controlar os serviços civis auxiliares de combate a incêndio;
VIII - realizar os serviços de busca e resgate aéreo, aquático e terrestre no Estado;
IX - executar as atividades de defesa civil no Estado;
X - desempenhar outras atribuições previstas em lei.
Parágrafo único - São autoridades policiais-militares o Comandante-Geral da Brigada Militar, os Oficiais, e as Praças em comando de fração destacada, no desempenho de atividade policial-militar no âmbito de suas circunscrições territoriais.
1) Decreto LEI Nº. 38.107 DE 22 JAN. 98;
Regulamenta a Lei de Organização Básica da Brigada Militar do Estado.
O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, no uso da atribuição que lhe confere o artigo 82, incisos V e VII da Constituiçãodo Estado e de conformidade com o artigo 22 da LEI Nº 10.991, de 18 de agosto de 1997,
DECRETA:
Art. 1º - O presente Decreto regulamenta a estrutura, as atribuições, a denominação, o efetivo, o nível, a subordinação e o grau de comando dos órgãos da Polícia Militar do Estado do Rio Grande do Sul, nos termos de sua Lei de Organização Básica.
TÍTULO I DA COMPETÊNCIA E DA ESTRUTURA GERAL
Art. 2º - A Brigada Militar do Estado do Rio Grande do Sul, instituição permanente e regular, organizada com base na hierarquia e na disciplina, nos termos da LEI Nº 10.991, de 18 de agosto de 1997, tem as seguintes competências:
I. Executar, com exclusividade, ressalvada a competência das Forças Armadas, a polícia ostensiva, planejada pela autoridade policial militar competente, a fim de assegurar o cumprimento da lei, a manutenção da ordem pública e o exercício dos poderes constituídos;
II. Atuar preventivamente, como força de dissuasão, em locais ou áreas específicas, onde se presuma ser possível a perturbação da ordem pública;
III. Atuar repressivamente, em caso de perturbação da ordem pública e no gerenciamento técnico de situações de alto risco;
IV. Exercer atividades de investigação criminal militar;
V. Atuar na fiscalização e controle dos serviços de vigilância particular no Estado;
VI. Executar o serviço de prevenção e combate a incêndio;
VII. Fiscalizar e controlar os serviços civis auxiliares de combate a incêndio;
VIII. Realizar os serviços de busca e resgate aéreo, aquático e terrestre no Estado;
IX. Executar as atividades de defesa civil no Estado;
X. Desempenhar outras atividades previstas em lei.
2) Decreto 48.871 de 04 Fev. 04, que altera Decreto Nº. 38.107 de 22 de Jan. 98; 
Regula a lei de organização básica da Brigada Militar do Estado do Rio Grande Do Sul, de conformidade com a lei nº10.990, de 18 de agosto de 1997, e suas alterações. 
Art.1º-O presente decreto regulamenta a estrutura, as atribuições a denominação, o efetivo, o nível, a subordinação e o grau de comando da Brigada Militar Do estado do Rio Grande do Sul, nos termos de sua lei de Organização Básica.
Titulo I – Da Competência e da Estrutura Geral.
Art.2º-A Brigada Militar do Estado do Rio Grande do Sul, instituição permanente e regular, organizada com base na hierarquia e disciplina, nos termos da lei nº10.990, de 18 de agosto de 1997, tem as seguintes competências:
I – Executar, com exclusividade, ressalvada a competência das Forças armadas, a policia ostensiva, planejada pela autoridade policial militar competente, a fim de assegurar o cumprimento da lei, a manutenção da ordem publica e o exercício dos poderes constituídos;
IV. Exercer atividades de investigação criminal militar;
XI. Realizar a investigação de incêndios e sinistros;
XII.Elaborar e emitir resoluções e normas técnicas para disciplinar a segurança contra incêndios e sinistros;
Art. 58- Revogam-se as disposições em contrario, em especial o Decreto 38.107, de 22 de janeiro de 1998 e suas alterações;
3) Decreto 37.380 de 28 de Abri. 97, alterado pelo Decreto 38.273 de 09 Mar. 98;
Que aprova as normas técnicas de prevenção de incêndio e determina outras providencias. 
Art.27- Do anexo único: O corpo de Bombeiros deverá investigar as prováveis causas dos incêndios que vieram a ocorrer, produzindo com isso subsídios para procedimentos preventivos”. 
c. LEGISLAÇÂO AMBIENTAL
1) Lei federal nº9.605 De 13 Fev. de 1998
Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de consultas e atividades lesivas ao meio ambiente, e outras providências.
CAPITULO I – DISPOSIÇÕES GERAIS:
Art. 2. Quem, de qualquer forma, concorre para a pratica de crimes previstos nesta lei, incide nas penas a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem como o diretor, o administrador, o membro de conselho e de órgão técnico, o auditor, o gerente, proposto ou mandatário de pessoa jurídica, que, sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de impedir sua pratica quando podia agir para evitá-la. 
Art. 3. As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativas, civis e penalmente conforme o disposto nessa lei, nos casos que a infração seja cometida por decisão do seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado no interesse ou beneficio de sua entidade.
Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras, co-autoras ou participes do mesmo fato.
Art.4. Poderá ser considerada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados a qualidade do meio ambiente.
Capitulo V-Dos crimes contra o Meio Ambiente.
Seção II-Dos crimes contra a Flora
Art. 38. Destruir ou danificar floresta considerada de prevenção permanente, mesmo que em formação, ou utilizá-la com infringência das normas de proteção;
PENA-Detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.
Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena será reduzida a metade
Art. 48. Impedir ou dificultar a regeneração natural de florestas e demais formas de vegetação:
PENA-Detenção, de seis meses a um ano, e multa.
Art. 49. Destruir, danificar, lesar ou maltratar, por qualquer modo ou meio, plantas de ornamentação de logradouros públicos ou em propriedade privada alheia:
PENA-Detenção, de três meses a um ano, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.
Parágrafo Único. No crime culposo, a pena é de um a seis meses, ou multa.
Art. 50. Destruir ou danificar florestas nativas ou plantadas, ou vegetação fechadura de dunas, protetora de mangues, objeto de especial preservação:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
Da poluição e outros Crimes Ambientais.
Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos a saúde humana, ou que provoquem a mortalidade de animais ou a destruição significativa da flora:
Pena - Exclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 1. Se o crime é culposo:
Pena-Detenção, de seis a um ano, e multa.
§ 2. Se o crime:
I – Tornar uma área, urbana ou rural, imprópria para ocupação humana; 
II - Causar poluição atmosférica que provoque a retirada, ainda que momentânea, dos habitantes das áreas afetadas, ou que cause danos diretos á saúde da população;
III-Causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento público de água de uma comunidade;
IV – Dificultar ou impedir o uso público das praias;
V - Ocorrer por lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, detritos, óleo ou substancias oleosas, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou regulamentos:
§ 3º-Incorre nas mesmas penas previstas no parágrafo anterior quem deixa de adotar, quando assim o exigir a autoridade competente, medidas de precaução em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversível.
d. LEGISLAÇÂO PENAL
1) Crime de incêndio, art. 250 CP; Crime de explosão; art.251; inundação, art. 254; desabamento ou desmoronamento, art. 256.
Crime de incêndio, Art.250: O crime de incêndio é regulado pelo Art. 250 do CP, que pune aquele que, com o incêndio expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem.
PENA-reclusão, de três a seis anos.
Crime de explosão, Art.251: Expor a perigo a vida, a integridade física ou patrimônio de outrem, mediante explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou substâncias de efeitos análogos;
 PENA-Reclusão de três a seis anos, e multa.
 § 1º se a substancia utilizada não é dinamite ou a explosivo de efeito análogo.
PENA - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Inundação, Art. 254: causar inundação, expondo a perigo a vida, a integridade física ou patrimônio outrem.
PENA-Reclusão de três meses a seis anos , e multa, no caso de dolo, ou detenção de seis meses s dois anos no caso de culpa.
Desabamento ou desmoronamento, Art. 256: Causar desabamento ou desmoronamento, expondo a perigo a vida, a integridade física ou a patrimônio de outrem.
PENA-reclusãode um a quatro anos, e multa. 
a. PROCESSUAL 
Art. 159: Os exames de corpo de delito e as outras perícias serão em regra, feitos por peritos oficiais.
§1º-Não havendo peritos oficiais, o exame será feito por duas pessoas idôneas, escolhidas de preferência as que tiverem habilidade técnica.
§2º-Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente desempenhar o cargo.
Art. 173: No caso de incêndio, os peritos verificarão a causa e o lugar em que houver começado, o perigo que dele tiver resultado para a vida ou para o patrimônio alheio, a extensão do dano e o seu valor e as demais circunstancias que interessarem a elucidação do fato.
3. CAUSAS E SUB CAUSAS DE INCÊNDIO
a. CAUSAS DE UM INCÊNDIO
1) Humana
É necessária a ação do homem. O perito deve-se concentrar na causa do incêndio, e não nos motivos que levaram alguém a cometê-las (causa humana);
2) Acidental
Compreende toda causa relacionada a defeitos de funcionamento, fagulhas ou acidente. Isso compreende possíveis deficiências de maquinário e equipamentos, o que permite, por meio do levantamento de dados desta origem, solicitar, junto ao fabricante, a correção do mau funcionamento de eletrodomésticos e eletrônicos;
3) Natural
Representa todo incêndio cuja causa esta relacionada com comportamento da natureza ou anomalias da edificação: queda de raios, vendaval, deslizamento desmoronamento, terremoto. Esse tipo de causa também comporta a combustão natural, como exemplo do fósforo branco;
4) Indeterminada
É quando não for possível detectar a causa do incêndio.
b. SUB CAUSAS DE INCÊIDIO
1) Agentes Físicos
Centelha mecânica, fagulha (chama ou brasa), superfície superaquecida, contato por chama, contato por brasa; aquecimento por irradiação ou condução e explosão que pode ser sub-classificada em deflagração, detonação, explosão mecânica, pseudo-explosão (poeira) e explosão nuclear;
2) Agentes Químicos
Toda causa de incêndio relacionado a uma reação química, espontânea ou induzida é tipificada nessa causa. Geralmente, envolve uma reação exotérmica, ou seja, com liberação de calor, causado pela combinação de substâncias químicas;
3) Agentes Biológicos
Fermentação em bactéria, ação de animais em transformadores, redes elétricas;
4) Fenômenos Termoelétricos
Compreende todo incêndio causado por mau funcionamento de corrente elétrica: centelha mento, desconexão parcial, sobrecarga, contato imperfeito, grafitização, curto-circuito e sobretensão. 
Um aspecto importante na pesquisa de incêndios causados por natureza elétrica é identificar se o fenômeno termoelétrico foi a causa ou se consequência do sinistro.
Se todas as outras possibilidades ignição e fontes de calor forem descartadas, aí se deve pensar na hipótese de uma causa elétrica para o início do fogo.
Se suspeitar de causas termoelétricas, procure por evidências e então determine se há conexão com o resultado do incêndio.
Marcas achadas em fios adjacentes poderiam ser indicações fortes de um arco voltaico. Um incêndio que causa curto em fio de cobre cria uma temperatura que pode exceder 3.800ºC e as extremidades do fio sujeito ao curto pode ser fundidas apresentando traços de fusão em forma de gota. 
Cobre exposto a calor externo, porém, derrete em temperatura próxima aos 1.100 ºC e as extremidades do fio podem ser desconexas e pontiagudas.
Um curto completo em um fusível queimará sua face vítrea. Sobrecargas ou curtos parciais derreterão ou queimarão sua faixa interior sem enegrecer ou queimar a face.
Quando um motor elétrico é suspeito de ter sido a origem do fogo, examine seu interior. A queima interna ou fricção derreterão o porte de bronze sobre o cabo, o aquecimento externo não fará assim. Uma indicação, que o motor estava funcionando quando do início do fogo é a presença de material derretido lançado do comutador ou armação sobre o interior do alojamento de motor.
Lâmpadas incandescentes podem causar incêndios entrando em contato com combustíveis como cúpulas de abajur, ou quando derrubadas sobre mobília por animais domésticos ou crianças. Outro modo de uma lâmpada incandescente começar um incêndio é sendo usada nas estantes de uma área de armazenamento inadequado de materiais combustíveis, favorecendo o início do fogo. Quando uma lâmpada incandescente promover a ignição de algum combustível, o bulbo poderá ser manchado. Cinza fragmentada do material comburido irá aderir à sua superfície. Um curto, quando presente, normalmente acontecerá dentro do soquete da lâmpada e será indicado por metal fundido além de uma face queimada na tomada do fusível.
Causas elétricas podem ser divididas em quatro grupos: Desgaste” ou "equipamento elétrico fatigado; Acidente; Uso impróprio de equipamento aprovado; Instalações defeituosas.
a) Desgaste” ou "equipamento elétrico fatigado". O equipamento se desgasta durante o uso ao longo do tempo.
A estes estão incluídos artigos como: motores elétricos, interruptores e extensões.
b) Acidente. Poucos incêndios elétricos de origem conhecida são resultado de um acidente ou omissão por parte das pessoas, que operam os equipamentos. Exemplos são roupas deixadas em contato com abajures, materiais derrubados acidentalmente em equipamento elétrico e esquecimento ou displicência ao cozinhar.
c) Uso impróprio de equipamento aprovado. Equipamentos que foram testados e aprovados por um laboratório reconhecido raramente causam incêndio se corretamente usados e substituídos. Um exemplo desta categoria é o uso impróprio de luzes de extensão em locais perigosos. Há três causas principais neste grupo de incêndios por uso inadequado do equipamento: uso impróprio de aquecedor elétrico, uso impróprio de motores elétricos, e uso impróprio na aplicação de extensões. 
d) Instalações defeituosas. Instalações defeituosas não são aceitáveis quando se imagina que seja um profissional responsável as esteja executando. Um exemplo é um motor instalado sem proteção para sobrecarga.
O fogo causado por uma sobrecarga elétrica ou curto-circuito pode começar em qualquer lugar no edifício onde há eletricidade: painel, quadros, fusíveis e caixas de fusíveis, disjuntores, instalações elétricas e eletrodomésticas.
 c. SINAIS CARACTERÍSTICOS DE INCÊNDIO EM VEGETAÇÃO
4) Principais formas de ignição
Efeito lupa, raios, vulcão, acidental, ação direta do homem. 
5) Principais sinais de propagação
Não basta existir uma fonte de calor para que um incêndio se propague. É também necessário que as condições atmosféricas sejam favoráveis a essa mesma propagação: Vento intenso, baixa umidade do ar, temperaturas elevadas e ocorrências de trovoadas. Podendo deixar sinais de propagação a existência de obstáculos, lascamento em árvores, marcas de carbonização, efeito escama, petrificação, mancha de fumaça, quebra das gramíneas.
4. NOÇÕES DE PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
a. ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO
As estruturas de concreto armado são utilizadas em todos os tipos de construção como edifícios, habitações unifamiliares, pontes, viadutos reservatórios, piscinas, tanques, canais, barragens, passarelas, entre outras.
Estas estruturas apresentam um comportamento adequado aos esforços de tração, compressão, cisalhamento e flexão, pois são construídas pela associação de dois materiais, o concreto simples e o aço. O concreto resiste as tensões de compressão e o aço as tensões de tração. As estruturas de concreto armado podem ser moldadas “in loco” ou montadas no local, através do uso de elementos pré-moldados em fábrica.
A versatilidade do uso do concreto armado para a execução de estruturas está na facilidade de conformá-lo e obter, com isso, formas diferentes para as estruturas das edificações. 
b. ESTRUTURA DE MADEIRA
As estruturas de madeira são utilizadas na execução de habitações de pouca altura, em pontilhões, em escoramentos de formas, em telhados de pavilhões industriais, etc. este tipo de estrutura pode ser empregada para absorver esforços de tração, compressão, flexão e cisalhamento, pois a madeira apresenta um comportamento adequadopara estas solicitações. 
c. ESTRUTURA DE ALVENARIA PORTANTE
Este tipo de estrutura é bastante comum, largamente empregada na construção civil e é construída por unidades (tijolos maciços, cerâmicos vazados, cerâmicos estruturais ou vazados de cimento),unidas entre si, em geral com uma argamassa de areia, cal e cimento. Estas alvenarias constituem as paredes da edificação com até 4 pavimentos (habitações populares) e os de cimento até 20 andares, porém reforçados com armaduras. Então, alvenarias de blocos cerâmicos ou de concreto trabalham em compressão. Elas não apresentam comportamento adequado para resistir esforços de tração, flexão e cisalhamento.
d. ESTRUTURA METALICA
ESTRUTURAS DE AÇO PARA EDIFÍCIOS
Este tipo de construção metálica é conhecido como “pesada” porque são executadas como perfis metálicos laminados a quente e também com perfis compostos por chapas de aço soldadas.
Estas estruturas metálicas apresentam um comportamento adequado para resistir esforços de tração, compressão, cisalhamento e flexão. O aço é um material que tem um comportamento ideal para estas solicitações.
Estruturas metálicas não são comuns no nosso meio, porque os perfis necessários a sua execução não são encontrados facilmente no comercio e, em geral, devem ser encomendados com antecedência.
Este tipo de estrutura é utilizado no caso de edifícios com grande altura, os quais, são montados com os elementos estruturais pré-fabricados na fabrica. O emprego da estrutura metálica também é importante no caso de exigências de tempo para a execução, pois ela é facilmente montada com parafusos ou solda.
ESTRUTURA DE AÇO PARA COBERTURAS
As estruturas de aço, em forma de treliças, utilizadas em coberturas de pavilhões industriais Shoppings Centers, garagens postos de abastecimento, entre outras são consideradas “leves” porque utilizam perfis metálicos de pequenas dimensões e com as mais diversas formas de seção transversal. Estes perfis podem ser laminados a quente na fabrica ou obtidos por dobragem à frio de chapas finas de aço.
Os elementos estruturais (barras) deste tipo de estrutura são dimensionados para resistir a esforços de tração e compressão (em geral são treliças planas ou espaciais).
A ligação entre os elementos é feita com parafusos ou soldas. O seu inconveniente estático é a possibilidade de ocorrência de flambagem nas barras comprimidas, devido a sua pequena seção. Isto pode ocorrer por sobrecarga ou efeitos térmicos devido ao aumento de temperatura pela ação do calor. 
e. TENDAS, LONAS, BARRACAS E DIVERSAS
A lona moderna é feita geralmente de algodão e poliéster diferindo de outros tipos de tecidos pesados como a sarja, pela forma com que é tecido. A lona se apresenta em dois tipos básicos: comum e grossa. Os fios da lona grossa são tecidos mais juntos.
Atualmente possuem características de auto extinção ao fogo e de impermeabilidade. 
5. NOÇÕES DE EXPLOSÕES
a. POR PRESSÃO
Qualquer combustão gera no ambiente onde se verifica, um excesso de pressão, conseqüente da expansão dos gases resultantes da combustão e do ar ambiente, ocasionado pelo aumento da temperatura. O aumento da pressão corresponde, para cada acréscimo de um grau centígrado (1ºC), 1/273 da pressão inicial. Assim se admitirmos em um incêndio de madeira uma temperatura de 1200ºC, obter-se á um aumento de pressão de 4,4 atmosferas (61,5 libras), pois na hipótese de uma combustão normal, o excesso de pressão é eliminado através das aberturas naturais do local onde ocorre a combustão, á medida que essa mesma for desenvolvida. 
b. TERMICAS
Teoria explosão térmica é baseada na ideia de que o aquecimento progressivo levanta a taxa à qual o calor é libertado pela reação até exceder a taxa de perda de calor a partir da área. Numa dada composição da mistura e uma dada pressão, explosão irá ocorrer a uma temperatura de ignição específica que pode ser determinado a partir dos cálculos de perda de calor e ganho de calor.
c. DEFLAGRAÇÃO
Causadas por misturas explosivas, onde a presença de ar ou oxigênio é indispensável. As misturas explosivas ocorrem com os combustíveis na forma de gases, vapores, pós ou névoa de líquidos. 
 d. DETONACÃO
Causada por decomposição rápida de substancias como os explosivos em geral, gerando uma onda de pressão com velocidade superior à do som; seus efeitos são mais destrutivos, mas a propagação de um incêndio é em função de efeitos secundários, de modo indireto.
e. ONDA DE CHOQUE
A velocidade da onda de choque é inferior a 500 m/s, e pode propagar diretamente o incêndio.
6.NOÇÕES DE TÉCNICAS INVESTIGATIVAS
a. CUIDADOS NO COMBATE À INCENCÊNDIO E RESCALDO, PARA FINS DE INVESTIGAÇÃO
É importante que o trabalho de combate a incêndio e rescaldo seja o mais criterioso possível, diminuindo ao Maximo a quantidade de material removido, até mesmo catalogando o exato local onde ele se encontrava antes de ser retirado, É nessa fase quando boa parte das evidências é destruída, podendo dificultar, ou até mesmo tornar impossível a investigação do incêndio. Apesar de muitos bombeiros terem noção da importância da preservação do local, a presença do investigador nesse momento reforçará o procedimento, podendo até mesmo orientar a ação realizada pelos bombeiros.
O salvamento, o combate a incêndio e o rescaldo são a ordem natural do trabalho dos Bombeiros. Nesse último, na preocupação com a proteção de salvados, por vezes, o edifício fica mais limpo e ordenado que estava antes do fogo. Admirável a conduta aos olhos públicos, mas destrói evidências. Nada impede que tal trabalho ocorra após a causa do fogo ser determinada.
O rescaldo é necessário, mas deve ser feito cuidadosamente, com a consideração primária que é a descoberta da causa do incêndio. Escombros não devem ser movidos mais que o necessário, especialmente na área de origem, porque a investigação poderá ser comprometida. Nem devem os escombros serem lançados fora em uma pilha, pois as evidências podem ser enterradas deste modo.
Quando for inequivocamente provado que a causa é acidental, os Bombeiros podem fazer um rescaldo completo; mas se evidência de fogo intencional for encontrada, o Comandante da Operação deve ser notificado e, imediatamente, paradas as operações de limpeza do ambiente.
O rescaldo toma o tempo perfeito para que o Comandante da Operação possa examinar o edifício e levantar premissas iniciais para alguma indicação da causa do incêndio.
b. ISOLAMENTO DO LOCAL
Nenhum local de incêndio pode ser devidamente periciado se o cenário original não for mantido para os investigadores. A perícia de incêndio apresenta uma grande desvantagem na preservação dos vestígios em relação a outros tipos de perícia. Enquanto que, em exames de balística, as provas geralmente se mantêm após o evento, os vestígios decorrentes do incêndio já foram duramente testados pela ação direta das chamas e do calor e o que resta é, não raras vezes, insuficientemente para a determinação da causa. Não obstante, a ação dos bombeiros durante o combate também deteriora a preservação total das provas, seja pela ação da água durante a extinção, seja pela movimentação dos escombros para resfriamento dos pontos de calor, durante o rescaldo.
Os investigadores de incêndio precisam ser pessoas com atenção apurada, com conhecimento técnico aprofundado sobre como se processa o incêndio, com suas características e comportamento-padrão, além de saber analisar corretamente os vestígios coletados na cena do incêndio.
A cena precisa ser preservada até uma investigação completa do sinistro, o que pode levar dias ou meses.
Os esforços mais eficientes e completos para determinar a causa de um ato incendiário estão completamente perdidos, a menos que sejam garantidos o isolamento do edifício e os possíveis indícios até o perito avaliar a evidência exatamente como se aparece à cena.
Se um perito não estiver imediatamente disponível, as provas devem ser vigiadas e mantidas sob controle do Corpo de Bombeiros ou do policiamento até que toda a evidência seja colhida. Toda evidência deve ser marcada,etiquetada e fotografada neste momento, porque posteriormente poderá ser necessário um mandado de busca ou autorização para procurar, sendo necessárias visitas adicionais ao local. Este trabalho poderá ser delegado ao policiamento se houver escassez de pessoal, mas sempre que possível deve ser feito com pessoal do Corpo de Bombeiros.
O Corpo de Bombeiros tem a autoridade para impedir o acesso a qualquer edifício durante o incêndio e posteriormente durante o tempo julgado necessário, em função de riscos que o local possa oferecer ou pelos indícios e vestígios observados.
Nenhuma pessoa deve ter permissão para entrar no local sinistrado por qualquer razão, a menos que esteja acompanhada por Bombeiro e devidamente autorizada. 
As provas podem ser relacionadas e protegidas de vários modos, mesmo com o emprego de poucos Bombeiros. Em áreas cercadas, podem ser fechados os portões. Destroços podem estar laçados fora do local e podem ser marcados através de sinais. Podem ser empilhados bens e materiais ao redor da entrada, no caso de uma pequena firma, de modo a desencorajar a entrada de estranhos. Em grandes plantas industriais frequentemente é empregada uma guarda de tempo integral, para controlar a situação. Podem ser fechadas todas as portas, janelas, ou outras entradas com fitas de isolamento, lacres ou materiais semelhantes.
Durante o incêndio os Bombeiros são os responsáveis por manter os vestígios e indícios visto que o perito normalmente ainda não está presente.
c. INSPEÇÃO OCULAR
É o meio que permite interpretar as distintas manifestações e demais pormenores relacionados com o fato. É nessa etapa que conhecemos a disposição originária do local afetado e suas características construtivas. suas instalações e demais elementos moveis e imóveis existentes e, afetados em conseqüência do sinistro, que geralmente desfiguram e modificam fundamentalmente a fisionomia do cenário do fato. Em síntese, é na inspeção ocular que faremos, em forma retrospectiva, a reconstrução do local do sinistro, com indicação das características da edificação, localização dos diferentes elementos, quais sejam: moveis, maquinas mercadorias e todas as instalações acessória que complementam ou tenham feito parte originaria do aspecto funcional do ambiente em estudo 
d. NOÇÕES SOBRE ZONA DE ORIGEM
Zona de origem é o local onde o fogo teve inicio. É o local onde procedemos a exames minuciosos com o objetivo de determinar a causa. Para se chegar ao local de orig em do fogo, analisa-se o sentido da propagação do incêndio, as informações de testemunhas que primeiro viram o fogo, que nos informaram onde foi o seu inicio e o nível de queima. É na zona de origem que se encontra a ação mais forte do fogo (maior severidade). A zona de origem delimita-se a área de pesquisa do investigador. Seu estabelecimento é fundamental, pois evita que tenhamos que pesquisar em todo o ambiente sinistrado.
e. NOÇÕES DE DETERMINAÇÃO DO FOCO DO INCÊNDIO E LOCALIZAÇÃO DO AGENTE ÍGNEO
A localização do foco do incêndio é determinado pela remoção dos escombros na zona de origem e ou pelo encontro do agente ígneo. O incêndio inicia-se em um determinado ponto, conhecido como o foco inicial, assumindo normalmente, uma queima radial e ascendente. Quando ocorre a queima total da zona de origem principalmente se tratando de edificações em madeira é de suma importância para a elucidação dos fatos o encontro do agente que deu origem ao incêndio. 
f. CROQUIS, LEVANTAMENTO FOTOGRAFICO E GEO-REFERÊNCIAMENTO
São ferramentas que podem e devem ser utilizados pelo investigador de sinistro, a realização de croquis, levantamento fotográfico, georreferenciamento, etc. A utilização de ferramentas como software de simulação de comportamento do fogo em incêndios são realidades já utilizadas em países da qual o ciclo completo dos bombeiros é realizado. O software além de facilitarem o serviço do investigador possibilita um resultado com maior precisão.
O conhecimento das diversas ferramentas, como as acima citadas é imprescindível à elucidação da causa do sinistro.
7.PROPOSTA DE EMPREGO DO SERVIÇO DE INVESTIGAÇÃO DE SINISTROS.
a. PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO DE EMPREGO DO SERVIÇO DE INVESTIGAÇÃO DE INCÊNDIO
As atividades de investigação terão inicio, com os bombeiros integrantes da AAT/SPI, sendo estes os responsáveis pelos relatórios prévios a serem encaminhadas ao comandante dos bombeiros local, a quem caberá homologar as conclusões obtidas ou dar continuidade as investigações. 
1) As escalas serão distribuídas entre os Servidores Militares Estaduais que tenham atribuições administrativas e Operacionais nas Seções de Prevenção de Incêndio de Cada OPM, e que possuam conhecimento de como preencher o Relatório e adotar as medidas formais de investigação do local sinistrado, prescritas nesta proposta.
2) A Escala não pode ultrapassar turnos de 24 horas de Serviço de sobreaviso, em casa devendo dispor de meios de comunicação e transporte.
3) O investigador deve estar munido do modelo do Relatório de Investigação de Incêndio (conforme Anexo A), máquina fotográfica, ferramentas (chave de teste, chave de fenda, chave de boca, canivete, saco plástico, lata vazia, etc...), fita métrica óculos de proteção, luvas, recepiente para coleta de amostra de possíveis aceleradores, lanterna, se possível filmadora e fazer uso de material disponível na viatura de socorro (pás, enchadas, etc.). O material acima mencionado deve ser providênciado pelo Cmt do OBM dentro de sua jurisdição e possibilidades;
4) No momento da confirmação do Sinistro pela Sala de Operações, se durante o expediente, em horário Padrão de Serviço do investigador, deverá este ao ser avisado, solicitar a Viatura disponível existente, para deslocar e realizar o Serviço de Investigação do sinistro. Se em dias e horários em que o investigador estiver de sobreaviso, deverá o ME de serviço na Sala de Operações, fazer contato imediato com o mesmo, logo após a entrega do aviso ao Chefe da Guarnição, independente de horário do dia e da noite, e este deverá deslocar o mais breve possível para o local do sinistro, com os meios disponíveis e previstos para não perder o principio da oportunidade na coleta de provas e informes de testemunhas.
5) No local, o investigador para preencher o relatório de investigação preliminar, devera valer-se primeiramente ou conforme a situação se apresente, de uma inspeção ocular, atentando para as características construtivas da edificação (suas instalações, elementos móveis e imóveis) que foram afetadas ou não em conseqüência do sinistro. Posteriormente identificar a zona de origem do incêndio, a partir da constatação própria ou de informações de testemunhas que presenciaram o inicio do sinistro, seu desenvolvimento, o sentido da propagação, deverá também realizar um levantamento do que havia no local, capaz de ter iniciado o sinistro. Deverá o investigador atentar para os demais fatores necessários para o preenchimento do Relatório, como questionário a respeito do PPCI, se existe, aprovado, executado e se foi utilizado durante o sinistro, etc. (poderá ser verificado na AAT do OPM).
6) O chefe da Guarnição bem como seus integrantes, são partes fundamentais na disposição de informações referente ao sinistro, devendo sempre que necessário ser arrolados como testemunha, e sobre tudo devem primar pelo emprego da tática e técnica necessária para dar cabo do sinistro, sem prejudicar a execução da atividade de investigação.
7) Fica vedado ao Investigador de Serviço, tornar público informes e informações sobre o local sinistrado à pessoas que não o Comando dos Bombeiros local, não devendo em hipótese alguma fornecer cópia do Relatório, exceto ao canal de comando.
8) Somente deverá ser acionado o Investigador de Serviço para Sinistros E INCÊNDIOS em edificações.
8.PROPOSTA DE ROTEIRO NA REALIZAÇÃO DA INVESTIGAÇÃO.
a. COM A CONFIRMAÇÃO DO NÃO COMPARECIMENTO DOS SERVIÇOS DO IGP 
Quando do atendimento de ocorrências dos mais diferentes sinistros é possível através da comunicação por partedo telefonista ou até mesmo do comandante da guarnição de serviço, obter a informação da policia judiciária ou diretamente do IGP, se estes irão ou não comparecer no local. Caso exista a confirmação do não comparecimento sugerimos o roteiro abaixo:
1) Conduta da Investigação do Prédio Unifamiliar, “Residencial” :
Fatores a serem analisados pelo Bombeiro Militar, durante o acompanhamento de uma ocorrência de Incêndio em uma Residência Unifamiliar;
a) Caso a guarnição de serviço não tenha realizado o isolamento do local sinistrado deve realizar de pronto;
b) Fotografar todo o local sinistrado, dando ênfase do geral para o restrito, obs. Se possível antes dos trabalhos de rescaldo;
c) Deve dar atenção especial a provável zona de origem;
d) Declarações dos Vizinhos e Proprietário do Prédio que estava em casa no momento do inicio do sinistro, ouvir todas as pessoas que tenham relação com o sinistro ou com o local sinistrado;
e) Fontes de riscos que existiam no Prédio que possam ser a origem do sinistro, com localização e comparação com local do Inicio do sinistro;
f) Ações realizadas no inicio do sinistro pelos vizinhos e moradores da casa, e posteriormente pela GU dos Bombeiros;
g) Informações sobre GLP, quando foi trocado, por quem, tipo e condições das instalações elétricas que existiam na casa, se os moradores eram fumantes, etc..
h) Realizar a coleta de materiais e equipamentos, de forma adequada, que possam servir para a elucidação do sinistro.
2) Conduta de atendimento de ocorrência envolvendo Prédio Multifamiliar, Comercial, Industrial, de Prestação de Serviços
Fatores a serem analisados pelo Bombeiro Militar, durante o acompanhamento de uma ocorrência de Incêndio em uma Residência Multifamiliar; Prédio Comercial, Industrial, de Prestação de Serviço:
a) Caso a guarnição de serviço não tenha realizado o isolamento do local sinistrado deve realizar de pronto;
b) Fotografar todo o local sinistrado, dando ênfase do geral para o restrito, obs: Se possível antes dos trabalhos de rescaldo;
c) Deve dar atenção especial a provável zona de origem;
d) Declarações dos Vizinhos e Proprietário do Prédio que estava em casa ou no trabalho, no momento do inicio do sinistro, ouvir todas as pessoas que tenham relação com o sinistro ou com o local sinistrado;
e) Fontes de riscos que existiam no Prédio que possam ser a origem do sinistro, com localização e comparação com local do Inicio do sinistro;
f) Ações realizadas no inicio do sinistro pelos vizinhos e moradores da casa, e posteriormente pela GU dos Bombeiros;
g) Informações sobre GLP, quando for trocado, por quem, tipo de instalações elétricas existiam na edificação;
h) Dar atenção quanto a Prevenção do Prédio (se notificado, se possui PPCI aprovado, se foi utilizado o sistema preventivo, se surtiu efeito) 
i) Realizar a coleta de materiais e equipamentos, de forma adequada, que possam servir para a elucidação do sinistro.
3) Conduta nas abordagens de cidadãos, na via pública ou em estabelecimentos comerciais, para testemunha e informações sobre o sinistro
Fatores a serem observados pelo investigador:
a) Esclarecer os objetivos da abordagem;
b) Respeitar o momento de dificuldade que se encontram os envolvidos no sinistro;
c) O importante é obter as informações no local do sinistro e nos primeiros instantes do termino do incêndio;
d) Obter informações a respeito do local em que a testemunha encontrava-se quando do início do sinistro;
e) Anotar os dados pessoais de quem efetuou as declarações no local, para se necessário, toma-la a termo posteriormente.
4) Conduta no local Sinistrado:
a) Regra Nº 1: Conduta de Proteção do Investigador
(1) Aproximar-se do local sinistrado com a devida proteção (EPI);
(2) Deve portar os materiais descritos no numero 7. a. número 3).
b) Regra Nº 2: Conduta de Observação do local sinistrado
(1) Posicionar-se de maneira a obter uma ampla visão do sinistro;
(2)
 star atento a relato de curiosos que se encontrarem nas proximidades;
(3) Observar todas as possibilidades e principalmente o relato de testemunhas que primeiro chegaram no local;
(4)
Observar e constar no relatório, a presença de odores, intensidade das chamas, cor da fumaça, etc.
c) Regra Nº 3: Conduta de Avaliação das Condições Iniciais do Sinistro
(1) Observar os procedimentos adotados pela Guarnição;
(2) Equipamentos e meios utilizados pela Guarnição;
(3) Se tática e técnica empregadas foram adequadas.
b. COM A CONFIRMAÇÃO DO COMPARECIMENTO DOS SERVIÇOS DO IGP 
Quando do atendimento de ocorrências dos mais diferentes sinistros é possível através da comunicação por parte do telefonista ou até mesmo do comandante da guarnição de serviço, obter a informação da policia judiciária ou diretamente do IGP, se estes irão ou não comparecer no local. Caso exista a confirmação do comparecimento sugerimos que os procedimentos do item anterior sejam realizados com o cuidado necessário a preservação do local sinistrado, não efetuando a coleta de qualquer tipo de material, tão somente realizando o levantamento fotográfico deste.
Sugerimos que o resultado final da causa provável do sinistro, investigado com a presença dos peritos seja concluído após a remeça dos laudos do IGP a policia judiciária local, e de posse de copia dos mesmos.
Não sendo, entretanto necessário chegar a mesma conclusão dos peritos, pois os objetivos e também os procedimentos e técnicas adotadas são diversas. Porém podem sim servir de base a conclusão final. 
c. ORIENTAÇÕES GERAIS 
a. Quando do relato dos acontecimentos, deverá o investigador se ater sucintamente de forma clara e esclarecedora aos fatos do sinistro;
b. Dentro das possibilidades deverá o investigador deslocar-se com os dados do imóvel do local sinistrado;
c. Escolher pessoas idôneas a serem entrevistadas;
d. Se não houver possibilidade de obter o relato da testemunha, ou proprietário, no momento do sinistro, deverá ser mantido contato tão logo seja possível;
e. O relatório deve ser encaminhado ao quartel onde após uma análise em conjunto com o chefe da SPI/AAT, serão tomadas as decisões e conclusões a respeito do sinistro, ou a realização de novas diligências necessárias, que serão feitas preferencialmente no horário de expediente. 
f. Todos os ME, independente do posto ou graduação, são responsáveis pelo cumprimento das Normas de Segurança e Sigilo da investigação, devendo tomar as medidas cabíveis à sua esfera de atribuições para evitar a ocorrência de infração às emanações aqui contidas, sob risco de omissão e co-responsabilidade;
g. O investigador Não poderá divulgar, opinião, parecer ou informação definitiva sobre o sinistro, sem antes dar conhecimento ao respectivo Comando regional de Bombeiros dos dados e da solicitação das Informações;
h. O comandante do corpo de bombeiros local, deverá manter um arquivo contendo as investigações realizadas, bem como estatística dos resultados obtidos;
i. O resultado dos dados obtidos deverão ser utilizados com a finalidade estatística e preventiva para orientar projetos ou programas de orientação vizando minimizar ou evitar acontecimentos de sinistros;
j. Os dados estatisticos obtidos através da investigação de sinistros servirão para retroalimentar as demais fases do ciclo operacional de bombeiro.
ANEXO A: MODELO DE RELATÓRIO PROPOSTO
 RELATÓRIO DE INVESTIGAÇÃO DE SINISTROS REL NR-----------------
	Dia/mês/ano
___/___/___
	SOLICITANTE/FONE
	Hora do aviso
:
	Tempo até o local
 
	Hora de chegada
:
	Hora final da OC
:
	End. do sinistro Rua, Av 
	Nº
	Bairro
	Telefone
	Proprietário/responsável
	Nome fantasia do estabelecimento
	End do proprietário/responsavel Rua , Av 
	Telefone
	Bem sinistrado 
	Nº de pav
___|___
	Pav sinistrados
___|___
	Tipo de construção
 ( Alvenaria ( Mista
 ( Madeira ( Outra
	Tipo de cobertura
_________
	Tipo de Ocupação NBR(9077)
___|___
	
	
	
	
	Data Hora do início dos exames ___/___/___ - ____:_____ H
Data Hora do terminodos exames ___/___/___ - ____:_____ H
	Área atingida _____ m²
Volume sinistrado______m3 
Produto_____
	Intensidade da queima
 ( Total ( Mais de 50% ( Metade ( Menos de 50%
	Nr Ocupantes no momento do sinistro _______________
	Vítimas
	Possui seguro conta incêndio
( Sim Data de vencimento ___/___/____
( Não
	
	__|__ Mortos
__|__ Feridos
	
	Possui Alvará do PPCI
( Sim Nº_________
( Não
	Possui PPCI
( Sim
( Não
	( Aprovado
( Não Aprovado
	SISTEMAS DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO QUE POSSUI
( Extintores de Incêndio ( Alarme de Incêndio ( SPDA ( Sistema Hidráulico Sob Comando 
( Iluminação de Emergência ( Sinalização Preventiva ( Sistema Automático de Combate. a Incêndio 
( Saídas de Emergência\ quantas __|__ ( Nenhum
	OUTROS SISTEMAS
( Central Predial de GLP .( Rede Seca ( Instalação Elétrica Atende o RIC ( Caldeiras, vasos de Pressão e Congêneres (..Hidrante (registro) de Passeio ( Compartimentação e Afastamento ( Outros Qual?____________________________
	QUAIS SISTEMAS FORAM UTILIZADOS
	 Apresentaram Deficiências ( Se sim informar qual )
1.___________________________ : ( Sim (Não 
Qual_______________________________________________________________________________
2.___________________________ : ( Sim (Não 
Qual_______________________________________________________________________________
3.___________________________ : ( Sim (Não 
Qual_______________________________________________________________________________
	Pessoa que avistou primeiramente o sinistro (testemunha)
	Nome
	Endereço- Rua, Av
	Numero
	Telefone
	Relato
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
	As pessoas que realizaram o combate inicial (extra-guarnição)
	Nome
	Endereço- Rua, Av
	Numero
	Telefone
	Relato
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
	Cmt/combatente da Guarnição que atendeu o sinistro
	Nome
	Graduação
	Matrícula
	 Relato
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
	Descrição Geral do Local (Externo e Interno)
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
	Relação dos Bens Salvados
	1. 2. 3.
	4. 5. 6. 
	7. 8. 9.
	10. 11. 12.
	13. 14. 15.
	
	
	Zona de Origem do sinistro (Delimitação do local, características, objetos, moveis, utensílios que se encontravam no local).
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Foco inicial (local)
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
	Exames realizados
	Propagação das chamas
	Propagação do calor
	Direção do vento
	( Inspeção visual
( Remoção dos escombros
( Exames complementares_________________
( Outras Observações
__________________
	 ( Ascendente 
( Horizontal ( Descendente
( Vertical ( Ascendente
 ( Descendente
( Subterrâneo 
( Radial
( Deflexão
	( Condução
( Convecção
( Irradiação
	
	
	
	
	( Norte
( Sul
( Leste
( Oeste
	Havia perigo de propagação
	
	Houve explosão
	Houve detonação
	( Sim
( Não
	
	( Sim
( Não
	( Sim
( Não
	Havia corrente Elétrica quando da chegada dos bombeiros
( Sim ( Não ( Parcial Onde?___________________
	Temperatura atmosférica
___________°C
	Umidade
_____%
	Agentes Extintores utilizados
	Efetivo empregado
__|__ Oficial __|__ Sgt __|__ Sd
__|__ Brigadista __|__ Voluntário 
	( Água _____mil l ( CO² _____ k ( Areia ____k
( Espuma______ l ( PQS _____k ( Outro____
	
	Viaturas utilizadas
( ABT ( ABS ( AC ( ABM
( RESGATE ( Plataforma
( AT ( AE ( Outro 
	Equipamento Especializado:
________________________________________________________________________________
	Órgãos que participaram do sinistro:
________________________________________________________________________________________________
	Croqui do local sinistrado e do Incêndio:
	
	Deverá Ter uma Conclusão circunstanciada, obrigatoriamente com os termos abaixo na descrição
	Conclusão: Causa Provável
( Acidental ( Natural
( Humana ( Indeterminada
	Sub Causa
( Fenômenos Físicos ( Fenômenos Biológicos
( Fenômenos Químicos ( Fenômenos Termo elétricos 
	Agente Ígneo
( Curto circuito ( GLP ( Contato com material aquecido (classe A) ( Fósforo
( Cigarro ( Liquido inflamável ou combustível
( Vela ( Artefato explosivo ( Outro______________
_________________________________________________________________________________
	Descrição da causa
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
 Relato
 ______________________,RS___de____________de______.
 INVESTIGADOR INVESTIGADOR 
META PRINCIPAL
	FOMENTAR O ALUNO, DA IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO DAS NOÇÕES BÁSICAS DE INVESTIGAÇÃO DE SINISTROS PARA OS BOMBEIROS.
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