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Classificação de custo I

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GESTÃO DE CUSTOS
Arianne Guazzelli
Classificações 
gerais de custo I
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Identificar as três categorias de custos fundamentais na produção.
  Distinguir os conceitos de custos do produto e custos do período e 
exemplificá-los.
  Analisar os padrões de comportamento dos custos, como custos 
variáveis, fixos e mistos. 
Introdução
Com o aumento da concorrência no mercado, fruto da globalização, dos 
avanços tecnológicos e do aumento da exigência do consumidor, entre 
outros fatores, tornou-se indispensável a preocupação com os custos. 
Entendê-los e gerenciá-los de maneira eficaz poderá fazer a diferença 
frente às demais organizações, gerando vantagens estratégicas. 
Os custos podem influenciar diretamente no lucro da organização, 
no controle de suas ações, na tomada de decisão, na produção e no 
planejamento. Assim, torna-se essencial identificá-los separadamente, 
para a apuração correta dos valores fixos e variáveis, dentre outros, possi-
bilitando a adoção de estratégias competitivas e a obtenção de melhores 
resultados.
Neste capítulo, você vai estudar sobre as três categorias de custos 
fundamentais na produção, que são determinantes para o equilíbrio 
da organização. Você também vai identificar os custos do produto e os 
custos do período e vai verificar padrões de comportamento de custos, 
como custos variáveis, fixos e mistos. 
Custos de produção 
Todos os valores investidos em um produto ou serviço para a produção de 
outros bens e serviços são chamados de custos de produção; ou seja, tais custos 
abrangem todos os gastos compreendidos na fase de desenvolvimento dos itens. 
Segundo Viceconti e Neves (2013), os insumos comprados pela indústria, 
enquanto não aplicados no processo produtivo, são considerados investimentos 
e constarão na conta de ativo circulante (matéria-prima). Entretanto, quando 
encaminhados para o departamento de produção, deverão ser baixados do 
estoque de matéria-prima (e da conta de ativo), passando a compor o estoque 
de produtos acabados. Quando o artigo acabado for vendido, o custo passará 
a fazer parte do resultado da organização.
Ribeiro (2015) afirma que os custos de fabricação são compostos pela soma 
dos gastos com produtos e serviços empregados ou consumidos na produção 
de outros artigos. Assim, o custo de fabricação do produto ou serviço pode 
ser determinado com base em três elementos:
  materiais;
  mão de obra; 
  gastos gerais de fabricação.
Materiais
Segundo Ribeiro (2015), todo artigo usado no momento da fabricação, estando 
ou não na composição do item, é considerado um material. Dessa forma, os 
materiais podem ser classifi cados em:
  Matéria-prima: é o principal elemento bruto, essencial para a produção 
de um produto. É o mais importante dentre os demais materiais e entra 
na composição do item. Por exemplo: em uma indústria de roupas, 
a matéria-prima é o tecido (Figura 1); em uma indústria de móveis 
planejados de madeira, a matéria-prima é a madeira; em uma indústria 
alimentícia de bolos, a matéria-prima é a farinha. 
  Materiais secundários: trata-se de componentes também utilizados na 
fabricação dos itens, mas em quantidades menores do que a matéria-
-prima. Nesse caso, os materiais secundários servem para complementar 
a composição dos artigos, ou, muitas vezes, para dar o acabamento 
essencial para o produto. Por exemplo: em uma indústria de roupas, os 
aviamentos são os materiais secundários, isto é, zíperes, botões, linhas, 
Classificações gerais de custo I2
etc.; em uma indústria de móveis planejados de madeira, os materiais 
secundários são parafusos, pregos, cola, verniz, dobradiças, puxadores, 
etc.; em uma indústria alimentícia de bolos, ingredientes como ovos, 
fermento, açúcar, manteiga e sal são considerados materiais secundários. 
  Materiais auxiliares: esses itens são indispensáveis no processo de fabri-
cação, mas não compõem os produtos. Por exemplo: em uma indústria 
de roupas, as tesouras utilizadas para o corte dos itens, os artigos de 
limpeza de acabamento e as substâncias que removem tintas e outras 
imperfeições são considerados materiais auxiliares; em uma indústria 
de móveis planejados de madeira, os materiais auxiliares são pincéis, 
lixas, graxa, etc.; em uma indústria alimentícia de bolos, as toalhas de 
papel, a manteiga que é aplicada nas formas para untá-las, entre outros, 
são considerados materiais auxiliares. 
  Materiais de embalagem: são responsáveis por embalar ou preservar 
os produtos antes que eles saiam do departamento de produção. Por 
exemplo: em uma indústria de roupas, as sacolas plásticas ou caixas de 
papelão são consideradas materiais de embalagem; em uma indústria 
de móveis planejados de madeira, são materiais de embalagem o plás-
tico bolha, as caixas de papelão, etc.; em uma indústria alimentícia de 
bolos, são considerados materiais de embalagem as sacolas plásticas, 
as boleiras plásticas, as caixas, entre outras. 
Lembre-se: as denominações para o conjunto de materiais dependerão 
das especificidades do produto, da empresa, ou até mesmo dos detalhes que 
estejam implícitos na fabricação do produto. Assim, você poderá se deparar 
com grupos de materiais denominados “materiais acessórios”, “material de 
acabamento”, entre outras denominações. É importante salientar que, inde-
pendentemente dos “ingredientes” utilizados, os critérios para classificá-los 
como custos serão os mesmos. 
3Classificações gerais de custo I
Figura 1. Produção de roupas: o tecido é a matéria-prima, os aviamentos são os materiais 
secundários e as tesouras e materiais de corte e marcação são os materiais auxiliares. 
Fonte: Veres Production/Shutterstock.com.
Para que fique claro, vamos a mais um exemplo? Você resolve fazer 5 kg de doce de 
batata doce; para tanto, utiliza os seguintes materiais: matéria-prima (batata doce); 
materiais secundários (açúcar mascavo, cravo da índia, canela em pó); material de 
embalagem (dois recipientes de vidro).
Mão de obra 
Na fabricação do artigo também é necessário o esforço humano, conhecido 
como mão de obra. Imagine uma fábrica de sapatos: as máquinas realizam 
os recortes do couro, mas toda a parte da colagem e colocação de grampos é 
realizada por colaboradores. Assim, a empresa tem a necessidade de contratar 
mão de obra para realizar essas atividades. No custo de mão de obra estarão 
envolvidos todos os benefícios e direitos que um colaborador deve receber, 
como salário, vale-transporte, vale-refeição, plano de saúde, cesta básica, etc. 
Classificações gerais de custo I4
Além disso, também deverá conter todos os encargos sociais da organização, 
como o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e a Previdência Social, 
conforme Ribeiro (2015). 
Gastos gerais de fabricação
Os outros gastos presentes na fabricação dos itens são chamados de gastos 
gerais de fabricação. Esses valores não compreendem gastos com materiais ou 
mão de obra. São os valores empreendidos em energia elétrica, água, aluguel, 
manutenção da fábrica, depreciação do maquinário, serviços de terceiros, 
telefones, óleos e lubrifi cantes para as máquinas, peças de reposição, seguro 
contra incêndio e roubo, etc. Assim, esses valores serão considerados gastos 
quando aplicados na fábrica, e não no produto em si. 
Existe uma grande diferença entre as despesas e os custos fundamentais na produção. 
A despesa com os bens e serviços adquiridos vai para o resultado da organização, 
enquanto os custos são incluídos no artigo finalizado. A despesa não será recuperada, 
mas o valor empreendido nos custos retornará a partir do momento em que a instituição 
realizar a venda do artigo. 
Custos do produto versus custos do período 
Segundo Padoveze (2013), todo gasto relativo à fabricação de um produto é 
considerado um custo do produto. Trata-se de um investimento indispensável 
para a fabricação do item, já que sem ele não haverá a produção (fi nalização) 
do produto.Esse custo está diretamente ligado à área industrial da instituição. 
Já os gastos relacionados à venda dos artigos são chamados de custos do pe-
ríodo e correspondem a todos os valores empregados necessários para vender 
e distribuir os artigos naquele período. Estão diretamente ligados às áreas 
comerciais e administrativas da organização. O Quadro 1 esquematiza esses 
conceitos; é possível perceber que nos custos dos produtos estão presentes 
diversos itens, como matéria-prima, materiais diretos e indiretos, mão de obra 
direta e indireta, despesas gerais de fabricação, depreciações e amortizações. 
5Classificações gerais de custo I
Já nos custos do período estão presentes gastos operacionais administrativos, 
comerciais e fi nanceiros. Veremos mais detalhes sobre esses elementos a seguir.
 Fonte: Adaptado de Padoveze (2013). 
(–) Custo dos produtos vendidos Gastos para o período
= Insumos (custos) industriais
  Matéria-prima e materiais diretos
  Materiais indiretos
  Mão de obra direta e indireta
  Despesas geais de fabricação
  Depreciações e amortizações
Gastos para os produtos
(+/–) Variação dos estoques industriais Gastos para os produtos
(–) Despesas operacionais
  Administrativas
  Comerciais
  Financeiras
Gastos para o período
= Lucro operacional
(+/–) Outras receitas e despesas
(–) Impostos sobre o lucro
Resultados para o período
Gastos para o período
= Lucro líquido
 Quadro 1. Esquema básico de custos na demonstração de resultados 
Custos do produto
Nesses gastos estão inseridos todos os valores empreendidos no processo de 
produção. A particularidade desse custo é que não são vistos como despesas 
redutoras das receitas do período. É interessante destacar que a contabilização 
desses gastos — custos para o produto — como ativos parte da suposição de 
que, no decorrer do processo de venda dos itens, estará ocorrendo o aprovei-
tamento total dos gastos relativos à fabricação dos artigos, conforme leciona 
Padoveze (2013). 
Os custos do produto correspondem aos custos fundamentais estudados 
anteriormente. Assim, em uma indústria de roupas, por exemplo, os custos 
do produto envolverão:
Classificações gerais de custo I6
  os custos dos materiais, como a matéria-prima (tecido), os materiais 
secundários (aviamentos), os materiais auxiliares (facas e tesouras, 
artigos de limpeza de acabamento, substâncias que removem tintas, etc.) 
e os materiais de embalagem (sacolas plásticas, caixas de papelão, etc.); 
  os custos de mão de obra, ou seja, todos os benefícios e direitos que os 
colaboradores devem receber; e
  os gastos gerais de fabricação, como energia elétrica, água, aluguel, ma-
nutenção da fábrica, depreciação do maquinário, serviços de terceiros, 
telefones, óleos e lubrificantes para as máquinas, peças de reposição, 
seguro contra incêndio e roubo, etc.
Custos do período
Compreendem todos os valores relativos ao processo de venda e envio dos 
itens, como os custos administrativos e comerciais. Independentemente de o 
processo produtivo ter acabado ou não, esses custos estarão presentes durante 
o ano todo. Essas despesas estão diretamente associadas ao período de venda 
dos produtos e, assim, vão de encontro aos resultados do período, mesmo que 
haja variação da quantidade produzida, e até mesmo se não ocorrer produção. 
Os custos do período não são incorporados aos custos de produção e são 
denominados custos não industriais, conforme Padoveze (2013).
Padoveze (2013) afirma também que o custo dos produtos vendidos é uma 
despesa de quantia idêntica ao custo de estoque, que, inclusive, antecede o 
momento da venda, além de ser um custo relacionado com as vendas do 
período. No Quadro 1, visto anteriormente, pode-se observar que todos os 
valores relacionados às receitas são considerados custos do período, pois estão 
diretamente ligados às receitas de vendas daquele período. 
O custo do produto, antes de influenciar os resultados do período, é considerado como 
ativo e, somente após a venda, vai agir sobre os resultados. Já o custo do período em 
nenhum momento vai fazer parte do ativo da empresa e acaba influenciando de 
modo direto os resultados do período. 
7Classificações gerais de custo I
Padrões de comportamento de custos 
Segundo Crepaldi e Crepaldi (2018), existe uma ampla variedade de custos, 
cada um direcionado a suprir diferentes funções da administração. Os custos 
determinados em função do comportamento são classifi cados como custos 
variáveis, fi xos ou mistos. 
Para entender como identificar os gastos necessários à manu-
fatura de um produto e, assim, realizar a formação de preços, 
consulte os exemplos sobre os padrões de comportamento de 
custos apresentados no artigo “Custos e formação de preços”, 
do Portal Administradores.com, disponível no link abaixo: 
https://goo.gl/76h7M5
Custo variável
O custo variável sempre será fi xo em relação à unidade produzida, apenas 
variando o volume total da produção. Sendo assim, os custos variáveis unitá-
rios não vão se alterar ao longo da produção; ou seja, independentemente do 
volume de produtos a ser produzido, esses custos permanecerão constantes, 
conforme Crepaldi e Crepaldi (2018). 
Os custos variáveis poderão aumentar ou diminuir, dependendo do aumento 
ou da diminuição da quantidade de serviços exercidos ou itens fabricados; 
ou seja, eles vão variar conforme as atividades desempenhadas ou o volume 
de produção. São exemplos de custos variáveis a matéria-prima utilizada, os 
serviços de terceiros pagos por peça aplicada em unidade fabricada, o material 
de embalagem nos itens acabados, entre outros. Quando a produção aumenta, 
automaticamente os custos variáveis vão aumentar, conforme estabelecem 
Crepaldi e Crepaldi (2018). 
Todavia, Fontoura (2013) salienta que, mesmo que os custos variáveis mu-
dem conforme o volume de serviço ou produção, o custo unitário continuará 
sendo fixo, conforme o Quadro 2. 
Classificações gerais de custo I8
 Fonte: Adaptado de Fontoura (2013). 
Período
Farinha 
insumida Custo total Custo unitário
Janeiro 2.000 kg R$ 2.000,00 R$ 1,00
Fevereiro 2.200 kg R$ 2.200,00 R$ 1,00
Março 2.500 kg R$ 2.500,00 R$ 1,00
 Quadro 2. Custos industriais variáveis 
Percebe-se pelo quadro anterior que o custo total do insumo farinha se 
eleva à medida que a escala aumenta; entretanto, o custo unitário permanece 
o mesmo, havendo uma correspondência de 100% de aumento do insumo para 
cada unidade fabricada. Nesse exemplo, é possível constatar as características 
básicas dos custos variáveis. 
Custo fixo
Segundo Crepaldi e Crepaldi (2018), o custo fi xo não vai se alterar em relação 
ao volume total da produção; entretanto, poderá variar em relação à unidade 
fabricada. O custo fi xo unitário vai diminuir com o aumento da quantidade 
produzida. Porém, independentemente do volume de produção, os custos fi xos 
totais permanecerão iguais; como exemplo desses custos temos a depreciação 
das máquinas da fábrica, o seguro da fábrica, o aluguel do espaço, o salário 
dos supervisores, etc. Tais custos não se alteram dentro de uma capacidade 
instituída, mas o custo unitário muda conforme o volume de produção ou 
serviço, de acordo com o Quadro 3. 
9Classificações gerais de custo I
 Fonte: Adaptado de Fontoura (2013). 
Período Supervisor Produção Custo total
Custo 
unitário
01/2002 2 2.500 R$ 2.000,00 R$ 0,80
02/2002 2 3.800 R$ 2.000,00 R$ 0,53
03/2002 3 5.000 R$ 3.000,00 R$ 0,60
04/2002 3 6.200 R$ 3.000,00 R$ 0,48
 Quadro 3. Custos industriais fixos 
Percebe-se que, em dado momento, houve elevação do custo fixo, sendo 
positivo em relação ao orçamento de resultados e aos projetos de desenvolvi-
mento empresarial. É possível perceber as características básicas dos custos 
fixos no quadro acima, principalmente com relação ao montante fixo e à 
unidade, que apresenta mudança contrária à medida que se eleva a produção. 
Custo misto
Esse tipo de custo vai se alterar conforme o volume de produção ou venda, mas 
nem sempre nas mesmas proporções.É classifi cado como fi xo até determinado 
ponto e, a partir desse ponto, passa a ser variável. Crepaldi e Crepaldi (2018) 
citam como exemplo: as horas extras do controle de qualidade para lotes de 
produção excederem o limite de análise em período normal; a distribuidora 
de energia elétrica cobrar uma taxa mínima, mesmo se não houver consumo 
no período; a remuneração por meta de produtividade aos colaboradores; a 
manutenção preventiva para atender à demanda de utilização de horas de 
equipamentos. 
Independentemente do segmento da empresa, das atividades desempe-
nhadas ou dos produtos e serviços que comercializa, se a organização não 
entender como administrar seu custo, poderá enfrentar problemas em suas 
finanças. Para Crepaldi e Crepaldi (2018), a organização necessita compreender 
e gerenciar seus custos, pois estes se constituem como um fator fundamental 
para o alcance do sucesso.
Classificações gerais de custo I10
Uma empresa de aviação tem custos fixos para alugar um local para manutenção 
de suas aeronaves e para manter mecânicos competentes na folha de pagamento. 
Entretanto, os custos variáveis nem sempre são possíveis de prever, pois, muitas vezes, 
a empresa precisará, por exemplo, de peças de substituição, pneus, óleos lubrificantes, 
e suas trocas dependerão, por exemplo, da distância percorrida pela aeronave e do 
desgaste apresentado. O percentual fixo de um custo misto retrata o custo mínimo 
(menor valor investido) de ter um serviço pronto e disponível para utilização. Já a 
fração variável retrata o custo incorrido para o consumo real do serviço, baseando-se 
apenas na quantidade de serviço realmente realizado, conforme Garrison, Noreen e 
Brewer (2013). 
CREPALDI, S. A.; CREPALDI, G. S. Contabilidade de custos. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2018.
FONTOURA, F. B. B. Gestão de custos: uma visão integradora e prá tica dos mé todos de 
custeio. Sã o Paulo: Atlas, 2013.
GARRISON, R. H.; NOREEN, E. W.; BREWER, P. C. Contabilidade gerencial. 14. ed. Porto 
Alegre: AMGH, 2013. 
PADOVEZE, C. L. Contabilidade de custos: teoria, prática, integração com sistemas de 
informaç õ es (ERP). Sã o Paulo: Cengage Learning, 2013.
RIBEIRO, O. M. Contabilidade de custos. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2015. 
SOUZA, G. Custos e formação de preços. 2016. Disponível em: <http://www.adminis-
tradores.com.br/artigos/academico/artigo-custos-e-formacao-de-precos/99955>. 
Acesso em: 12 set. 2018. 
VICECONTI, P.; NEVES, S. Contabilidade de custos. 11. ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
11Classificações gerais de custo I
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