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Apostila Prótese Parcial Removível PPR

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1 
 
 
APOSTILA TEÓRICA 
PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL 
 FOA UNESP 
 
 
Desenvolvida pelos alunos: 
Otavio Marino S. Neto 
Juliana Ferreira Fogaça 
Yara Matsu Arikawa 
 
2015 
 
 
 
Objetivo 
2 
 
 
O objetivo desse material é auxiliar no estudo e entendimento do conteúdo ministrado nas 
aulas teóricas de Prótese Parcial Removível. Trata-se de um material “não oficial da 
disciplina” desenvolvido através de anotações de aulas, audição de áudios e consulta na 
bibliografia recomendada. Qualquer erro que por ventura estiver nessa apostila deverá ser 
reportado para que façamos a correção. 
 
Bons Estudos! 
 
Conteúdo Teórico da Disciplina de Prótese Parcial Removível 
 
1. Introdução ao Estudo da Prótese Parcial Removível 
2. Classificação dos Arcos Desdentados 
3. Registros Intermaxilares e Montagem dos Modelos em Articulador 
4. Delineamento em Prótese Parcial Removível 
5. Biomecânica das Próteses Parciais Removíveis 
6. Preparo da Boca e Preparos Específicos 
7. Sistema de Retenção: Grampos e Encaixes 
8. Sistema de Conexão: Conectores Maiores 
9. Fases Laboratoriais: Estrutura Metálica 
10. Fases Laboratoriais: Acrilização 
11. Moldagem em Prótese Parcial Removível 
12. Prova Estética Funcional da Prótese Parcial Removível e Instalação 
 
 
 
 
Introdução ao estudo da Prótese Parcial Removível 
3 
 
Aula Professor Zuim – 23/02/2015 
Otavio Marino S. Neto 
São aparelhos dentossuportados ou dentomucossuportados destinados a substituir, em um ou 
ambos os maxilares, um ou mais dentes ausentes, podendo ser removida da boca, com relativa 
facilidade. 
Partes constituintes da PPR 
1) Conector maior (une os elementos de um lado ao outro do arco dental). 
2) Conectores menores (unem o conector maior a dente remanescente, a um grampo que está 
adaptado ao dente). 
3) Grampos (abraçam os dentes suportes permitindo a retenção da prótese). 
4) Malha de retenção ou bases metálicas (a resina penetra nas perfurações da malha). 
5) Dentes artificiais 
6) Base de resina 
 
Indicações: 
 Espaços edêntulos sem suporte dentário posterior (extremidades livres= uma das 
extremidades da prótese não tem suporte). 
 Espaços edêntulos extensos (impossibilidade de PPF). 
 Excessiva perda de tecido ósseo (estética prejudicada para PPF). 
 Dentes suportes com sustentação periodontal reduzida. 
 Como aparelhos temporários. 
 Como prótese imediata. 
 Protetor de implantes. 
 Fator de ordem econômica. 
 Para pequenas movimentações ortodônticas. 
 Estado físico e emocional do paciente. 
 Odontopediatria (como mantenedores de espaço). 
 Como auxiliares nas contenções de fraturas maxilares. 
 No campo da cirurgia (guias). 
Contra-indicações: 
 Problemas motores. 
 Debilidade mental. 
 Pobre higiene bucal. 
 Quando uma PPF pode ser construída com sucesso. 
Classificação dos arcos parcialmente desdentados 
Por que classificar? 
o Finalidade didática 
o Comunicação profissional/ profissional, profissional/ técnico. 
o Sistematização do desenho e do tratamento. 
Classificação ideal: 
 Visualização imediata 
 Diferenciação (dentomuco/ dento) 
 Aceita entre os profissionais 
 Auxiliar no planejamento e na discussão do caso 
 Simples e lógica 
4 
 
Bases das classificações: 
 Topografia 
 Função 
 Fisiologia 
 Biomecânica 
Classificação Funcional: (via de transmissão das cargas mastigatórias ao tecido) 
1) Próteses dentossuportadas: PPF e PPR 
2) Próteses dentomucossuportadas: PPR de extremidade livre 
3) Próteses mucossuportadas: próteses totais 
Próteses parciais removíveis: 
 Semelhança com PPF: dentossuportadas 
 Semelhança com prótese total: suporte mucoso em algumas situações. 
 Diferença das próteses totais: suporte dental. 
Classificação de Kennedy (1925): 
Classificação de acordo com a posição dos espaços edentados em relação aos dentes 
remanescentes no arco, portanto, segundo um critério topográfico. 
 Classe I 
Extremidades livres bilaterais. 
Áreas desdentadas bilaterais posteriores aos dentes naturais remanescentes (não 
importando a extensão do espaço desdentado). 
 Classe II 
Extremidade livre unilateral 
Área desdentada unilateral posterior aos dentes naturais remanescentes. 
 Classe III 
Espaço desdentado lateral com suporte posterior 
Área desdentada lateral com dentes naturais remanescentes tanto anteriormente 
quanto posteriormente ao espaço desdentado. 
 Classe IV 
Espaço desdentado anterior 
Área desdentada única, anterior aos dentes naturais remanescentes. 
Outros espaços protéticos que certamente ocorrerão além do principal, serão 
considerados suplementares e determinarão MODIFICAÇÕES dentro da mesma 
classe. À exceção da classe IV, todas as outras classes poderão apresentar 
modificações. 
Regras de Applegate (1960): 
1) A classificação deve ser posterior ao preparo da boca, visto que novas extrações 
poderão alterá-la. 
2) Se o terceiro molar está ausente, não se deve levar em conta a zona edentada 
correspondente, pois os terceiros molares não serão repostos. 
3) Se estão presentes os terceiros molares e vão ser utilizados como suportes devem 
ser considerados na classificação. 
4) A área correspondente aos segundos molares ausentes, que por alguma razão 
especial, como por exemplo, a ausência de seu antagonista, não devem ser 
reposicionadas, não deve ser considerada para efeito da classificação. 
5) As zonas edentadas agregadas às que determinam a classificação primária 
indicam-se como modificações (subdivisões) e são identificadas por algarismos 
arábicos. 
5 
 
6) Quando existem zonas edentadas adicionais na mesma arcada, a zona ou zonas 
mais posteriores (com exceção da correspondente aos terceiros molares) regem a 
classificação. 
7) A extensão da zona de modificação não influi, mas o fator determinante é o sei 
número (não importa a extensão do espaço). 
8) Apenas as classes I, II e III podem ter modificações ou subdivisões, visto que na 
classe IV as zonas edentadas adicionais resultariam posteriores à zona edentada 
bilateral simples. 
 
 
“Para classe IV é necessário perda dos incisivos centrais bilateralmente atravessando a linha 
média”. 
Classes: algarismos romanos (I, II, III...) 
Modificações ou subdivisões: algarismos arábicos (1, 2, 3...) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
Montagem dos Modelos em Articulador 
Aula Professor Zuim – 23/02/2015 
Otavio Marino S. Neto 
1) Definição 
Ela é imprescindível no diagnóstico (qual o tipo de prótese será utilizado). 
Composto por: 
 Exame clínico (anamnese + exame físico) 
 Exame radiográfico 
 Modelos diagnóstico em Articulador 
2) Finalidades: 
 Análise da oclusão existente 
 Visualização de contornos favoráveis ou não (dentes e rebordos) 
 Registro da situação existente (para situações legais) 
 Auxiliar na elaboração do plano de tratamento 
 Apresentação do plano de tratamento ao paciente 
EM PPR: 
 Seleção de dentes artificiais 
 Visualização dos espaços interarcos 
 Desenho da prótese (PPR) 
 Confecção de moldeiras individuais 
 Desenho de estrutura metálica 
Os modelos de diagnóstico são confeccionados em gesso pedra e devem ser recortados e eliminados 
as bolhas de gesso. 
3) Montagem do modelo maxilar 
É necessária a utilização de arco facial para a montagem do modelo maxilar. É um dispositivo que 
permite reproduzir ângulos, inclinações e distâncias do paciente, ele localiza o eixo horizontal de 
abertura e fechamento da boca. 
Na montagem do modelo maxilar é necessário: 
 Arco facial 
 Garfo coloca-se cera e pasta zincoenólica (pode-se usar godiva se o paciente apresentar 
dentes anteriores e posteriores) 
 Registrar a distância intercondilar do paciente 
 Ângulo de Bennett = 15º 
 Guia condilar = 30 º 
 Ramo superior e ramo inferior do articulador devem estar paralelos. 
No paciente parcialmente desdentado: 
A estabilidade do modelo deve ser verificada.Se não houver estabilidade, será necessária a confecção 
de uma base de prova. A base de prova mais o plano de cera serão unidos ao garfo de mordida 
permitindo a estabilidade do modelo no garfo de mordida do arco facial. 
 
7 
 
 
4) Registros interoclusais, montagem do modelo mandibular e ajuste do articulador 
As relações utilizadas na prótese parcial removível para a montagem do modelo inferior são a 
RELAÇÃO CENTRAL e a MAXIMA INTERCUSPIDAÇÃO. Qual a relação que deve ser utilizada 
? RC ou MI? 
A relação central depende de registros (contatos dentários) – por isso há necessidade de material de 
registro. 
Já a máxima intercuspidação é obtida pela justaposição dos modelos. 
 Qual a finalidade então da RC e MI ? 
A análise funcional do caso, deve ser realizada sempre em RC. 
Já para a confecção da prótese, cada caso deve ser analisado individualmente atentando-se em: 
a) Máxima intercuspidação: 
* ATM livre de disfunção 
* Apresenta unidade oclusal (pelo um dente posterior ocluindo com o seu antagonista). 
b) Relação central: 
* ATM livre de disfunção 
* Não apresenta unidade oclusal 
* Necessita de base de prova 
 Quando utilizar as bases de prova? 
Usar base de prova não significa montar em Relação Central.Deve-se usar bases de prova para 
montagem em Máxima Intercuspidação quando o paciente não tem DTM e possua unidades oclusais 
que mantenham a DVO e a Máxima Intercuspidação definida, mas não apresenta estabilidade entre os 
modelos. 
 CUIDADO – EXTREMIDADES LIVRES: 
Cuidado porque a resiliência da fibromucosa mandibular é maior que a da maxila.A rigidez do 
material para registro (cera) gera compressão da fibromucosa gerando um registro incorreto. Portanto, 
deve-se colocar a base de prova superior e depois colocar no arco inferior um plano de cera em infra-
oclusão (deixando 1 mm entre eles) para evitar a compressão da fibromucosa. Em seguida, fazer um 
sulco no plano de cera inferior e aplicar um material de elevado grau de escoamento (geralmente, 
pasta zincoenólica). A pasta escoa e não comprime a fibromucosa. 
 
PERGUNTAS 
1)Quando deve ser utilizada a base de prova na montagem do modelo maxilar em articulador? 
Quando o modelo maxilar não tiver estabilidade no garfo do arco facial. 
 
8 
 
 
2)Quando devemos montar modelo mandibular em relação central para a confecção de prótese 
parcial removível? 
Quando a ATM for livre de disfunção, quando o arco não apresentar unidade oclusal, e quando for 
necessário de base de prova 
3) Quando devemos montar em máxima intercuspidação ou relação central para a confecção de 
prótese parcial removível? Quando utilizar base de prova para montagem do modelo maxilar, 
idem modelo mandibular? 
Quando houver unidade oclusal monta-se em máxima intercuspidação, quando não houver, monta-se 
em Relação Central. 
Utiliza-se base de prova no maxilar quando não houver estabilidade no garfo. No modelo 
mandibular, quando não houver estabilidade entre os modelos. 
5)Qual a finalidade do material de grande escoamento no refinamento do registro interoclusal 
em caso de extremidade livre mandibular? Descreva o registro. 
R: A rigidez do material para registro (cera) gera compressão da fibromucosa gerando um registro 
incorreto. Portanto, deve-se colocar a base de prova superior e depois colocar no arco inferior um 
plano de cera em infra-oclusão (deixando 1 mm entre eles) para evitar a compressão da fibromucosa. 
Em seguida, fazer um sulco no plano de cera inferior e aplicar um material de elevado grau de 
escoamento (geralmente, pasta zincoenólica). A pasta escoa e não comprime a fibromucosa, pois 
dente antagonista toca apenas a pasta zincoenólica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
Montagem dos Modelos em Articulador 
Aula Professor Zuim – 23/02/2015 
1) Definição 
Ela é imprescindível no diagnóstico (qual o tipo de prótese será utilizado). 
Composto por: 
 Exame clínico (anamnese + exame físico) 
 Exame radiográfico 
 Modelos diagnóstico em Articulador 
2) Finalidades: 
 Análise da oclusão existente 
 Visualização de contornos favoráveis ou não (dentes e rebordos) 
 Registro da situação existente (para situações legais) 
 Auxiliar na elaboração do plano de tratamento 
 Apresentação do plano de tratamento ao paciente 
EM PPR: 
 Seleção de dentes artificiais 
 Visualização dos espaços interarcos 
 Desenho da prótese (PPR) 
 Confecção de moldeiras individuais 
 Desenho de estrutura metálica 
Os modelos de diagnóstico são confeccionados em gesso pedra e devem ser recortados e eliminados 
as bolhas de gesso. 
3) Montagem do modelo maxilar 
É necessária a utilização de arco facial para a montagem do modelo maxilar. É um dispositivo que 
permite reproduzir ângulos, inclinações e distâncias do paciente, ele localiza o eixo horizontal de 
abertura e fechamento da boca. 
Na montagem do modelo maxilar é necessário: 
 Arco facial 
 Garfo coloca-se cera e pasta zincoenólica (pode-se usar godiva se o paciente apresentar 
dentes anteriores e posteriores) 
 Registrar a distância intercondilar do paciente 
 Ângulo de Bennett = 15º 
 Guia condilar = 30 º 
 Ramo superior e ramo inferior do articulador devem estar paralelos. 
No paciente parcialmente desdentado: 
A estabilidade do modelo deve ser verificada. Se não houver estabilidade, será necessária a confecção 
de uma base de prova. A base de prova mais o plano de cera serão unidos ao garfo de mordida 
permitindo a estabilidade do modelo no garfo de mordida do arco facial. 
 
10 
 
 
4) Registros interoclusais, montagem do modelo mandibular e ajuste do articulador 
As relações utilizadas na prótese parcial removível para a montagem do modelo inferior são a 
RELAÇÃO CENTRAL e a MAXIMA INTERCUSPIDAÇÃO. Qual a relação que deve ser utilizada 
? RC ou MI? 
A relação central depende de registros (contatos dentários) – por isso há necessidade de material de 
registro. 
Já a máxima intercuspidação é obtida pela justaposição dos modelos. 
 Qual a finalidade então da RC e MI ? 
A análise funcional do caso, deve ser realizada sempre em RC. 
Já para a confecção da prótese, cada caso deve ser analisado individualmente atentando-se em: 
a) Máxima intercuspidação: 
* ATM livre de disfunção 
* Apresenta unidade oclusal (pelo um dente posterior ocluindo com o seu antagonista). 
b) Relação central: 
* ATM livre de disfunção 
* Não apresenta unidade oclusal 
* Necessita de base de prova 
 Quando utilizar as bases de prova? 
Usar base de prova não significa montar em Relação Central.Deve-se usar bases de prova para 
montagem em Máxima Intercuspidação quando o paciente não tem DTM e possua unidades oclusais 
que mantenham a DVO e a Máxima Intercuspidação definida, mas não apresenta estabilidade entre os 
modelos. 
 CUIDADO – EXTREMIDADES LIVRES: 
Cuidado porque a resiliência da fibromucosa mandibular é maior que a da maxila.A rigidez do 
material para registro (cera) gera compressão da fibromucosa gerando um registro incorreto. Portanto, 
deve-se colocar a base de prova superior e depois colocar no arco inferior um plano de cera em infra-
oclusão (deixando 1 mm entre eles) para evitar a compressão da fibromucosa. Em seguida, fazer um 
sulco no plano de cera inferior e aplicar um material de elevado grau de escoamento (geralmente, 
pasta zincoenólica). A pasta escoa e não comprime a fibromucosa. 
 
PERGUNTAS 
1)Quando deve ser utilizada a base de prova na montagem do modelo maxilar em articulador? 
Quando o modelo maxilar não tiver estabilidade no garfo do arco facial. 
 
11 
 
 
2)Quando devemos montar modelo mandibular em relação central para a confecção de prótese 
parcial removível? 
Quando a ATM for livre de disfunção, quando o arco não apresentar unidade oclusal, e quando for 
necessário de base de prova 
3) Quando devemos montar em máxima intercuspidação ou relação central para a confecção de 
prótese parcial removível?Quando utilizar base de prova para montagem do modelo maxilar, 
idem modelo mandibular? 
Quando houver unidade oclusal monta-se em máxima intercuspidação, quando não houver, monta-se 
em Relação Central. 
Utiliza-se base de prova no maxilar quando não houver estabilidade no garfo. No modelo 
mandibular, quando não houver estabilidade entre os modelos. 
5)Qual a finalidade do material de grande escoamento no refinamento do registro interoclusal 
em caso de extremidade livre mandibular? Descreva o registro. 
R: A rigidez do material para registro (cera) gera compressão da fibromucosa gerando um registro 
incorreto. Portanto, deve-se colocar a base de prova superior e depois colocar no arco inferior um 
plano de cera em infra-oclusão (deixando 1 mm entre eles) para evitar a compressão da fibromucosa. 
Em seguida, fazer um sulco no plano de cera inferior e aplicar um material de elevado grau de 
escoamento (geralmente, pasta zincoenólica). A pasta escoa e não comprime a fibromucosa, pois 
dente antagonista toca apenas a pasta zincoenólica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
Delineamento em Prótese Parcial Removível 
Aula Professora Karina – 27/03/2015 
Otavio Marino S. Neto 
1) Definição 
Procedimento que visa verificar a quantidade de retenção, identificar áreas de interferência de tecidos 
orais (como tórus), para uma correta inserção e remoção da prótese, além de estabelecer superfícies 
paralelas. 
As próteses parciais removíveis são aparelhos dentomucussoportados ou mucussuportados, que tem a 
sua retenção dada por grampos que devem ser flexíveis e possibilitarem a entrada na área retentiva 
assim como a sua saída. 
Mapeamento de áreas de retenção e interferência realizado no modelo de diagnóstico quando ele está 
em uma determinada posição. 
2) Planejamento das PPRs o que significa? 
Planejar é determinar cada um dos componentes da PPR (grampos, conectores maiores, retenção), de 
acordo com as características clínicas de cada paciente. Os grampos devem ser planejados de modo 
que a sua ponta flexível esteja dentro da área retentiva, o que é determinado pelo delineamento. O 
objetivo do delineamento é a definição da trajetória de inserção e remoção para o caso e por 
consequência a obtenção do traçado do equador protético. 
3) Trajetória de Inserção x Trajetória de Remoção 
Em próteses extremidades livres classe I e II, durante a mastigação ocorre instabilidade, que faz com 
que as essas próteses possuam movimentos. A classe III tem uma única trajetória. 
Eixo x Trajetória: eixo é um sentido único, unidirecional. Trajetória é um movimento que não está 
descrita obrigatoriamente em um único eixo. 
Trajetória de inserção: é o trajeto realizado pela PPR desde o seu primeiro contato com dentes 
suportes até o seu assentamento final no arco. 
Trajetória de remoção: está contida no mesmo eixo da trajetória de inserção, porém com sentido 
contrário. Ela é diferente da linha perpendicular ao plano oclusal, os planos guias participam da 
remoção pelo aumento da fricção. Durante a mastigação as forças são geralmente perpendiculares ao 
plano oclusal, se a trajetória for diferente haverá falhas na retenção. 
4) Equador dental x Equador Protético 
Para permitir o correto posicionamento de cada componente da estrutura metálica, durante o processo 
de delineamento é identificado o traçado do equador protético, definido como a linha de maior 
contorno do dente pilar quando considerado proteticamente e depende da trajetória de inserção, sendo 
mutável, ou seja, em relação aos demais dentes remanescentes e/ou estruturas adjacentes, 
diferente do equador anatômico que considera cada dente individualmente. 
13 
 
O equador protético divide os dentes em duas áreas, uma retentiva, cervical ao traçado, e outra não-
retentiva ou expulsiva, oclusal ao mesmo traçado. Esse traçado é obtido pelo tangeciamento das 
paredes axiais dos dentes pilares com a ponta do grafite, presas a haste vertical do delineador. 
5) O delineador 
É o instrumento utilizado para o delineamento, sendo muito importante para a PPR para o 
planejamento e determinação das áreas retentitivas dos dentes suportes. 
Partes Consituintes: 
a) Delineador propriamente dito: 
Plataforma horizontal fixa 
Haste vertical fixa 
Braço horizontal 
Haste vertical móvel 
Mandril 
b) Porta modelos ou mesa analisadora 
Base, suporte do modelo, junta universal. Parafuso fixador. 
c) Acessórios (pontas) 
Dispositivo paralelizador 
Ponta analisadora: para levantamento de áreas retentivas e de interferência. 
Porta grafite (chanfro contrário a parte mais longa) 
Calibradores: 0,25 (ligas Cr-Co), 0,50 (ligas áureas), 0,75 (fios ortodônticos) – função de 
identificar áreas retentivas 
Facas e cinzeis: corte de gesso e de cera estabelecendo planos guias. Registro dos três pontos no 
modelo. 
6) Finalidades do delineador 
 Análise preliminar 
 Delineamento do modelo de diagnóstico e metre 
 Determinação do eixo de inserção 
 Orientação do preparo de próteses fixas extensas 
 Recorte de fêmea 
 Fresagem (recortar encaixes) 
 Recortar modelos de cera e áreas de alívio 
 Delinear coroas 
 Transferir o delineamento do modelo de diagnóstico para o modelo mestre 
7) Objetivos do delineamento do modelo de diagnóstico 
14 
 
1. Determinar o melhor eixo de inserção (estética, eliminar interferências) 
2. Identificar as superfícies proximais que são ou podem ser paralelas (desgate) 
3. Permitir um mapaeamento para determinar os preparos específicos 
4. Localizar áreas que deverão ser utilizadas como retenção 
5. Marcar a linha de maior de contorno dos dentes suportes e localizar áreas retentivas. 
6. Registrar a posição do modelo em relação a trajetória de inserção. 
 
8) Fatores que influenciam no eixo de inserção da PPR 
Retenções: não é um fator determinante pois pode ser modificado através da alteração de contorno do 
dente com resina composta. A retenção pode ser alterada alterando a flexibilidade do braço de 
retenção do grampo (menos utilizada), mudando o tipo de grampo ou a forma da ponta do grampo, ou 
a inclinação do modelo (ilusório-devido as forças de remoção serem perpendiculares ao plano 
oclusal). 
Interferências: tórus, processo alveolar muito avantajados, dentes muito inclinados. Devem ser 
analisados para que possam ser feitas mudanças no planejamento. Mudando a posição da trajetória de 
inserção (obrigatória a realização de planos guias). Podem ser alterados através de preparos gerais da 
boca. 
Planos Guia: são necessários dois ou mais. As superfícies dos dentes suportes devem estar paralelas 
entre si que determinam a direção de inserção e remoção da PPR. Ele também reduz ou elimina 
espaços mortos (que podem causar impacção alimentar). 
Estética: minimizar o aparecimento dos grampos. Pode ser realizado com alterações de contorno. 
9) Sequencia do delineamento 
I – Seleção do eixo de inserção 
 Método da conveniência 
II- Registro do eixo de inserção 
 Método dos 3 pontos 
III – Delineamento propriamente dito 
IV – Medição das áreas retentivas 
 
I) Seleção 
Plano oclusal paralelo ao plano horizontal do solo. 
15 
 
Método da conveniência: “posição antero-posterior e latero-lateral do modelo, baseado na 
experiência do operador, que termina a trajetória de inserção a qual satisfaz 4 fatores: planos guia, 
interferências, retenção e estética. 
Técnica: plano oclusal paralelo ao plano horizontal. 
Verificar: Os possíveis dentes a serem preparados para planos guias; 
 - Presença de interferência (dente e rebordo) 
II) Registro do Eixo de Inserção 
Método dos três pontos (deve ser realizado com a haste travada) 
III) Delineamento 
Chanfro adequado (para delinear até a proximal) – contrário ao dente. 
IV) Medição da área de retenção 
Com o calibrador de 0,25 mm 
 
PERGUNTAS 
 
1) Qual a diferença entre equador protético e equador dental? 
Equador dental é a maior linha que circunscreveo dente isoladamente. Equador protético é a maior 
linha que circunscreve o dente isoladamente. Equador protético é a maior linha que circunscreve o 
dente levando em consideração também o seu posicionamento no modelo durante o delineamento. 
2) Citar os quatro fatores dos quais depende a determinação do eixo de inserção da PPR. 
Retenção, Interferências, Planos guias e Estética. 
3) Qual a importância do preparo de planos guia em relação ao eixo de inserção? 
Os planos guias são importantes para o eixo de inserção pois são eles que determinam paralelas entre 
si com isso determinando um único eixo de inserção e remoção da prótese. 
4) Como podemos criar ou aumentar áreas de retenção para o correto posicionamento do braço 
de retenção do grampo? Cite pelo menos três maneiras. 
O aumento /criação da área de retenção pode ser feito através de Prótese Parcial Fixa (coroa), 
restaurações (rc ou aaa), desgastes. 
5) Cite cinco empregos do delineador. 
Análise do diagnóstico para estudo do modelo, determinação do eixo de inserção, recortar os modelos 
de cera, delinear coroas, orientação do preparo de fixas extensas, fresagem. 
6) Como se determina a posição exata da ponta de um grampo? 
16 
 
Calibrando os dentes suportes durante o delineamento. Onde a haleta da ponta calibradora tocar o 
dente ao mesmo tempo que a haste. 
7) Por que devemos sempre que possível, selecionar o eixo de inserção da prótese parcial 
removível perpendicular ao plano oclusal? 
Porque a maioria das forças de remoção da prótese são perpendiculares ao plano oclusal. Se eu fizer o 
delineamento nessa posição, a prótese vai ter resistência contra essas forças de desalojamento (que 
tendem a remover a prótese) quando ela estiver em função. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
Biomecânica das Próteses Parciais Removíveis 
Aula Professor Zuim – 06/03/2015 
Ao final da aula o aluno deve compreender: 
1. Importância da biomecânica nos aparelhos protéticos removíveis 
2. Tipos de alavancas e aplicação no planejamento das PPRs 
3. O dente como uma alavanca 
4. Próteses de extremidade livre e a sua biomecânica 
5. Fatores que interferem na distribuição de forças sobre o rebordo em extremidade livre 
6. Biomecânica das PPRs mandibulares: influencia da posição dos apoios nos movimentos da 
prótese de remoção e inserção e na distribuição de forças sobre o rebordo e estruturas orais 
remanescentes 
7. Fatores devem ser levados em consideração no desenho das PPRs 
1) Objetivos e definições da Biomecânica 
A biomecânica em próteses parciais removíveis tem como objetivo: 
 Avaliar a interação tecidos orais remanescentes (dentes, rebordo)/ ppr 
 Avaliar fatores que devem ser levados em consideração na elaboração do desenho das pprs. 
A biomecânica é o ramo que estuda o modo como as leis da mecânica se aplicam às estruturas e 
funções fisiológicas dos organismos vivos. Os conhecimentos de biomecânica são importantes para o 
desenho da ppr (principalmente da estrutra metálica), através dele conseguimos planejar cada um dos 
componentes ideiais para a prótese removível, bem como técnicas de moldagem a serem executadas 
assim como o número de dentes a serem repostos. A biomecânica então estuda a mecânica da PPR 
sobre dentes e rebordo alveolar. 
As próteses parciais removíveis possuem basicamente 5 sistemas, independentes de serem físicos ou 
não. 
Sistemas da PPR: 
 SUPORTE 
 RETENÇÃO 
 CONEXÃO 
 DENTES ARTIFICIAS 
 ESTABILIZAÇÃO 
18 
 
a) Sistema de suporte: dentes remanescentes e rebordo compõe esse sistema. Através dele podemos 
classificar as próteses em dentosuportada (pequenos espaços desdentados) e 
dentomucussuportada (espaços desdentados maiores/ ou extremidades livres). 
 
b) Sistema de estabilização: consiste em conectores maiores rígidos(barras e placas), conectores 
menores (dissipação de forças), braços de oposição que minimizem a forças sobre os dentes suporte, 
porém depende da ação de 4 sistemas. Esse sistema faz com que a prótese se mantenha estável dentro 
da boca. 
O que se busca no desenho da PPR? 
 Vai além de planejar a estrutura metálica, pois o contato com a fibromucosa é dado pela base de 
resina que deve ser confeccionada a partir do modelo mestre. Portanto durante o desenho deve ser 
explorado o máximo de suporte proveniente do rebordo alveolar (através de uma técnica de 
moldagem e desenho adequado) e do dente suporte (avaliando a qualidade do tecido ósseo – 
periodonto -, com o exame radiográfico em mãos). 
2) Princípios básicos de física aplicada 
Movimento de rotação: movimentação de um corpo ao redor de um de seus eixos. 
Movimento de translação: é o movimento de um corpo de um local para outro. 
Máquinas: são aparelhos que facilitam a realização de um trabalho (potencializam a ação das forças 
para que se consiga desempenhar algum trabalho). 
As máquinas são classificadas em simples e complexas, as máquinas simples são classificadas em 
gênero alavanca, gênero torno e gênero plano. 
O gênero alavanca tem um ponto como apoio. Já o gênero plano possui um plano como apoio, e são 
classificadas em cunha, plano inclinado e parafuso. 
19 
 
CUNHAS: As cunhas para restauração são um exemplo de cunha, utilizadas no travamento de 
matrizes para restaurações. Além disso, os pinos intra-radiculares, podem ter o efeito de cunha, 
causando fraturas de raízes, quando os mesmos não são bem planejados. 
PLANO INCLINADO: são superfícies inclinadas, como por exemplo, as superfícies linguais dos 
dentes anteriores. Se algum componente da ppr for colocado transmitindo forças a esses dentes, pode 
ocorrer a vestibularização dos dentes, ou seja, forças sobre o plano inclinado podem causar efeitos 
indesejáveis. 
PARAFUSOS: são aplicados na odontologia nos implantes, principalmente nas próteses sobre 
implantes. 
ALAVANCAS: com pouca força se realiza grandes movimentos, elas são capazes de potencializar as 
forças. 
Composta basicamente: 
 Resistencia (R) = corpo que resiste ao movimento 
 Fulcro (F) = ponto de apoio 
 Potência (P) = força aplicada 
 Braço de resistência (BR) = distância do corpo ao fulcro 
 Braço de potência (BP) = distancia da força ao fulcro 
 Para o equilíbrio: R.BR = P.BP, não ocorrerá movimento. 
Para o desiquilíbrio: R.BR > ou < R.BP 
 
Quanto maior o braço de potência, maior será o efeito da força (quanto mais distante estiver do 
fulcro). 
 
 
 
F 
20 
 
TIPOS DE ALAVANCA: 
Interfixa ou de 1 ª classe: fulcro no centro entre o braço de potência e o braço de resistência. Ex: 
tesoura. 
Inter-resistente ou de 2ª classe: a resistência se encontra no meio, entre a potência e o fulcro. 
Exemplo: carrinho de mão, quebra nozes). 
Interpotente ou de 3ª classe: Fulcro em uma extremidade e resistência em outra com a potência 
sendo aplicada no meio. O exemplo é uma pinça. 
O dente como alavanca 
O próprio dente no alvéolo é uma alavanca, onde seu fulcro está no terço médio ou apical da raiz. Nos 
casos onde ocorre reabsorção óssea, as forças axiais serão bem toleradas, porém as forças laterais 
provocarão movimento, o fulcro nessa situação fica mais próximo da região apical. Isso implica que 
uma mesma força aplicada em um dente com reabsorção óssea (aumenta o braço de potência) será 
mais nociva do quem em um dente sem reabsorção óssea. Uma das soluções para minimizar a ação 
das forças é realizar o tratamento endodôntico e em seguida cimentar um capuz, promovendo uma 
menor força sobre o rebordo, diminuindo a reabsorção óssea. 
3) Aplicação no planejamento das PPRS 
Em PPR temos: 
 O rebordo alveolar = resistência 
 Forças aplicadas (mastigatórias) = potência 
Por isso, o objetivo do desenho é evitar ao máximo as alavancas(que podem potencializar as forças) e 
planos inclinados (movimenta o dente de maneira indesejável). 
Uma prótese de extremidade livre funciona como uma alavanca de 1ª ou 2ª classe, dependendoda 
posição do apoio. 
Interfixa de 1ª Classe: apoio na distal 
Inter-resistente ou de 2ª Classe: apoio na mesial 
Os apoios funcionam como o fulcro. Por esse motivo, a posição do apoio determinará o tipo de 
alavanca. Se o apoio estiver na distal, teremos a alavanca interfixa de 1ª classe (com o braço de 
potência maior), já se o apoio se posicionar na mesial teremos uma alavanca inter-resistente ou de 2ª 
classe (com braço de potência menor). 
21 
 
O ligamento periodontal faz com o que dente tenha uma movimentação fisiológica de até 0.3 mm. Já 
na fibromucosa, a força desloca em 1,3 a 3 mm devido a fibromucosa. A capacidade de intrusão do 
dente, dada pela diferença entre a intrusão de uma força pelo ligamento periodontal e a resiliência da 
fibromucosa, faz com que toda a prótese de extremidade livre se movimente, o movimento não pode 
ser evitado, porém pode ser amenizado. 
4) Fatores que interferem na distribuição da força sob o rebordo em extremidade livre 
 Extensão do rebordo residual (quanto maior o rebordo residual, maior o braço de potência). 
 Tipo / inclinação do rebordo residual 
Rebordos horizontal: resultante das forças verticais - mais favorável, diminui a movimentação das 
próteses. 
Rebordo descendente distal: na mastigação essa prótese tende a ter movimento para a distal, 
aumentando o movimento da prótese. 
Rebordo ascendente distal: devido a presença de dentes, acaba sendo uma situação favorável. 
Rebordo descendente-ascendente distal (côncavo): não é desfavorável. Não gera movimentação. 
 Número de dentes (quanto maior o número de dentes presentes menor será a movimentação). 
 Número de dentes a serem repostos: a diminuição do número de dentes artificiais, promove uma 
menor ação das forças que tendem a movimentar a prótese. Levando sempre em consideração a 
presença ou ausência do dente antagonista ao artificial. 
 Diâmetro de V-L: através de desgastes na vestibular ou lingual. Diminui a ação de forças. 
 Área de cobertura do rebordo desdentado: tamanho da cobertura do rebordo, quanto maior a 
cobertura do rebordo, mais favorável será a distribuição das forças sobre o rebordo, promovendo 
a conservação do rebordo alveolar remanescente. (Quanto maior a extensão da base, menor a 
resultante de forças final por mm²). 
 Moldagem funcional (depende da moldagem funcional, com moldeira individual e com material 
de moldagem mais eficiente), assim criará uma base de prótese mais extensa e melhor adaptada, 
diminuindo a força sobre o rebordo. 
 Tipo de grampo: grampo por ação de ponta x grampos circunferenciais. O grampo por ação de 
pontas por ser mais extenso será mais flexível, produzindo uma menor força sobre o dente, menor 
movimento. 
 Altura do rebordo desdentado (quanto maior a reabsorção, maior a movimentação da prótese, 
enquanto uma maior altura do rebordo alveolar permitirá uma maior estabilidade lateral). 
 Manutenção das raízes (se mantidas elas diminuem a movimentação da prótese). 
 Associação PPR x implantes (diminui a movimentação da prótese) 
22 
 
 Qualidade do dente suporte (um periodonto saudável faz com que o dente resista melhor as forças 
nele aplicada). 
 Oclusão em PPR (contatos prematuros aumentam as forças sobre o rebordo e dentes suportes). 
5) Biomecânica da PPR 
Os tipos de suporte na PPR são a dentomucussuportada e a dentossuportada. 
O que determina o movimento da PPR? O suporte dentário e o suporte fibromucoso, mas 
principalmente pela resiliência da fibromucosa. 
A moldagem varia de um para outro tipo e deve preencher os seguintes requisitos: 
a) Forma anatômica e relação dos dentes no arco, tecidos moles. 
b) Forma funcional da mucosa em extremidades livres. 
Porém nenhuma técnica de moldagem simples pode satisfazer ambos os requisitos,apenas a 
moldagem funcional fornecem uma base de resina acrílica mais extensa e melhor adaptada. 
6) Biomecânica das Próteses Parciais Removíveis mandibulares. 
Os apoios nos últimos dentes suportes vão criar uma linha imaginária chamada de linha de fulcro ou 
eixo de rotação. Vale lembrar que a resiliência da fibromucosa, pode fazer com que a prótese possa 
ter uma intrusão de 1,3 a 3 mm no rebordo. Quando ocorre a mastigação, a base intrui no rebordo 
e a prótese vai girar em torno do fulcro resultando num movimento de rotação, tudo que está pra 
traz do fulcro se abaixa, e o que está para frente do fulcro se levanta. Isso significa dizer que o 
grampo vai de encontro ao equador protético. O grampo se flexiona, tentando ultrapassar o 
equador protético. É gerado torque, que é uma força horizontal sobre o dente que pode prejudicar o 
periodonto. A movimentação da prótese gera torque. Toda prótese gira ao redor da sua linha de 
fulcro. A prótese pode se levantar também por ação de musculaturas e ou alimentos pegajosos, 
entrando em ação o que se chama de retenção indireta. 
 
 
 
 
 
 
23 
 
7) Retenção indireta 
Atua na remoção da prótese pela base. Além disso, a retenção indireta atua na estabilização da 
prótese, diminuindo a sua movimentação. Ela só atua quando a prótese está sendo removida pela base. 
O braço de resistência é aumentado, diminui-se a possibilidade de movimentação da prótese. 
Deve estar localizado o mais distante possível do fulcro (porém devem ser respeitados os aspectos 
biológicos e a estética). Podemos analisar a movimentação de uma prótese de extremidade livre em 
três planos: sagital, frontal e horizontal. 
8) Colocação dos apoios na mesial e distal nas próteses parciais removíveis de extremidade livre 
Deve ser analisada nos planos horizontal e sagital. 
PLANO HORIZONTAL: 
Apoio na distal: diminuição do braço de potência. Forças menores sobre o dente. 
Apoio na mesial: aumento do braço de potência. Forças que atuam sobre os dentes serão maiores. 
PLANO SAGITAL: 
As forças que atuam sobre o rebordo alveolar devem ser preferencialmente perpendiculares. Forças 
oblíquas vão permitir uma maior movimentação da prótese. 
Nessas condições ao analisar as forças no plano sagital, é verificado que as forças que atuam sobre o 
rebordo são: 
Apoio na distal: mais oblíquas, ou seja menos favoráveis. 
Apoio na mesial: mais perpendiculares, ou seja mais favoráveis. 
Importante: as forças aplicadas durante a mastigação farão com que as estruturas que estão 
localizadas antes do fulcro desçam (ou seja, intruam no rebordo) e o que está após o fulcro suba. 
Para os apoios localizados na distal durante a função (mastigação) o grampo irá subir indo de 
encontro ao equador protético, flexionando-se gerando torque empurrando o dente pra lingual. 
Esse torque é indesejado. Já para os apoios localizados na mesial, tudo que está atrás do fulcro 
desce, dessa maneira o grampo não vai de encontro ao equador protético, ele desce não gerando 
torque expressivo. Durante a remoção da prótese pela base, a melhor colocação seria na distal, 
mesmo existindo torque na distal e na mesial, o que está para trás do fulcro sobe e o que está a frente 
do fulcro desce. Quando o apoio está na mesial o grampo sobe vai de encontro ao equador 
protético e gera torque, já o apoio na distal faz com que o grampo desça. 
24 
 
ASPECTO BIOLÓGICO IMPORTANTE: quando o apoio é colocado na mesial a gengiva marginal 
do ultimo dente suporte se inflama ou se hiperplasia devido ao espaço para ela ser muito pequeno, 
fazendo com que a movimentação da prótese gere uma inflamação da gengiva marginal. O apoio na 
distal cria um espaço maior, permitindo um menor dano ao periodonto. O mais importante é a saúde 
oral que deve ser restabelecida durante o preparo da boca, e o paciente deve ser orientado para a 
manutenção da saúde oral. Outro fator importante, é a moldagem funcional que permite assim como 
já dito anteriormente, que se crie uma base de prova melhor adaptada, diminuindo o movimento da 
prótese. A perda de dentes suportes gerando o insucesso do tratamento, está ligada principalmente ahigiene oral do paciente. 
 
9) Considerações importantes no Desenho das PPRs. 
 Classe I de Kennedy 
 
 Prótese dentomucussoportada; 
 Base de resina obtida através de uma moldagem funcional (diminui a movimentação da 
prótese, diminuiu o torque). Uma moldagem simples para uma Classe I gerará uma prótese 
desadaptada ao rebordo, com um torque maior promovendo danos aos dentes e ao rebordo. 
Classe II 
 
 Fulcro na diagonal, necessidade da retenção indireta. 
 Lado dentossuportado, utilização de grampos circunferenciais. 
 Na extremidade livre, utilização de grampo de por ação de pontas. 
 
 
 
 
 
 
25 
 
Classe III 
 
 Dentossuportada – espaços pequenos – não há necessidade de moldagem funcional, devido a 
menor movimentação da prótese. 
 Dentomucossuportada – espaços extensos 
 Utilização de grampos circunferenciais ou por ação de pontas (se tiver espaço suficiente). 
 Em alguns casos a base pode ser metálica, pois o suporte pode será dentário. 
Classe IV 
 
 Retenção indireta o mais distante possível do espaço desdentado. 
 
IMPORTANTE! 
“ Quanto maior a área da figura geométrica formada ao se ligar os retentores diretos e indiretos, 
mais estável será a prótese. O desenho da prótese deve ser preferencialmente simétrico (nem 
sempre é possível, devido, por exemplo a falta de um dente de um dos lados) isso gera uma maior 
estabilidade da prótese”. 
10) Fatores que influenciam no planejamento das PPRs 
a) Conectores maiores: O tipo de conector maior atual deve ser modificado? Depende das 
características clínicas observadas durante do exame clínico do paciente. 
b) Montagem em articulador: observar a relações e espaços intermaxilares. Quando não há 
espaço, devido a extrusão o plano oclusal deve ser regularizado através de desgastes ou PPF). 
c) Prótese dentossuportada – a base pode ser metálica ; prótese dentomussuportada – a base deve 
ser de resina. 
 
Extremidades livres: 
a) Necessidade de retenção indireta (diminuir a movimentação da prótese) 
26 
 
b) Grampos que diminuam a incidência de forças – grampos por ação de pontas. 
c) Necessidade de reembasamento: para garantir a adaptação da prótese ao rebordo. 
d) Necessidade de moldagem funcional: cria uma base de prótese mais bem adaptada, extensa, 
diminuindo a movimentação. 
Outros fatores: 
 Metal: liga cobre-cobalto pouco flexível, já o ouro é mais flexível então devemos dar uma 
maior espessura aos grampos e conector maior). 
 Restauração do dente suporte: desconsiderar no planejamento dentes suportes com 
restaurações extensas, devendo ser utilizado outro dente no planejamento. 
 Experiência anterior e razões para fazer nova PPR – importante localizar falhas. 
 Condições periodontais dos dentes remanescentes(avaliadas no exame radiográfico): número 
e disposição dos dentes suportes; necessidade de conteção – fixa ou removível. 
 Ausência de apenas um dente anterior – planejamento ideal: Implantes < PPF. Porém por 
questões econômicas pode ser indicada uma PPR. 
Desenho da PPR 
 Deve ser feito no modelo diagnóstico 
 Antes e após o preparo da boca o modelo deve ser delineado – primeiro no modelo de 
diagnóstico e posteriormente no modelo mestre. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
Preparo da Boca em Prótese Parcial Removível 
Aula Professor Zuim – 20 e 27/03/2015 
Otavio Marino S. Neto / Yara Matsu Arikawa 
A prótese parcial removível não deve estar direcionada primariamente a repor as estruturas perdidas 
(dentes e rebordo alveolar reabsorvido) e sim preservar as estruturas orais remanescentes 
1) Tipos de Preparo 
a) Preparos Gerais: São procedimentos que irão restabelecer a saúde dos tecidos orais 
remanescentes (dentes suportes e rebordo alveolar) preparando-os e possibilitando a obtenção de um 
melhor prognóstico. 
Prioridades: Cirurgia > Periodontia > Endodontia > P.P Fixa > Ortodontia > Dentística > Manutenção 
e controles (ensinar e motivar o paciente afim de proporcional uma adequada higienização bucal, 
tornando essa etapa uma das mais importantes). 
b) Preparos Específicos: procedimentos que visam adequar o contorno de dentes remanescentes para 
o correto assentamento e desempenho das funções da PPR a ser confeccionada. 
b1) Finalidades dos preparos 
Funções Primárias 
 Suporte 
 Retenção 
 Estabilidade 
Funções secundárias 
 Remoção de áreas de interferência 
 Confecção de planos guia (estabilidade) 
 Melhora da estética (espaço mortos podem ser diminuídos). 
2) Alteração do contorno dentário 
 Desgastes 
 Restaurações em resina composta 
 PPF (por exemplo em dentes conoides) 
Desgastes 
 Slices: desgaste axial do dente. 
 Descansos ou nichos 
 Dimples 
 
3) Planos Guia 
 Melhoram a estabilização do dente. Devemos ter o plano oclusal paralelo ao plano de inserção, 
devido ao fato das forças que atuam sobre o dente serem verticais. O plano guia determina um único 
eixo de inserção, melhora a estabilização da prótese e por consequência diminui espaço morto. O 
desgaste deve ser feito apenas em esmalte em torno de 0,5 mm, com altura de 3 mm, 
aproximadamente. Esse desgaste será orientado pelas coroas guias de transferência (confeccionadas 
em metal ou resina acrílica). Elas possibilitam o controle do desgaste bem como orientam o desgaste. 
28 
 
Técnica de Confecção: 
- Análise do modelo para observar se há espaço morto; 
- Calibração com o calibrador de 0,25 mm para demarcar um ponto após o equador protético; 
- Com a haste biselada no delineador faz o desgaste de 0,5 mm no gesso; 
- Isolamento do modelo; 
- Aplicação de cera em áreas expulsivas além do preparo; 
- Desgaste da cera até que toque o desgaste feito no modelo, até que a cera fique perpendicular ao 
plano oclusal; 
- Após colocar a coroa guia no dente, usa-se uma ponta diamantada paralela ao eixo de inserção, até 
que essa ponta desgaste o esmalte até tocar a coroa guia. 
4) Alteração de contorno dental por restauração 
Serão criadas áreas de retenção por meio de restauração feitas em amalgama ou resina composta. 
Também são utilizados para a criação de preparos linguais (criação de cíngulos). 
5) Preparo dos descansos ou nichos 
Descanso ou nicho são recessos preparados realizado no dente suporte. 
Apoio: elemento definido na estrutura metálica. 
 
6) Distribuição e número de apoios: 
Os apoios são colocados geralmente nos dentes adjacentes aos espaços desdentados (na maioria dos 
casos, exceto nos dentes com problemas periodontais), varia com o tipo de grampo, área e número de 
lados da figura geométrica. Devemos sempre buscar que o preparo forme uma figura geométrica de 
maior área em relação as outras possibilidades, quanto maior o número de lados e a área da figura, 
maior o suporte e estabilização. Importante salientar, a finalidade da retenção indireta que visa buscar 
retenção em uma área mais distante da linha de fulcro. 
7) Preparos e descansos: 
Podem ser realizados sobre: 
 Esmalte dental hígido. 
 Próteses Fixas (metálicas, metalocerâmicas e metaloplásticas). 
 Sobre restaurações de amálgama ou resina composta. 
Podem ser das seguintes configurações: 
 Descansos oclusais 
 Descansos incisais 
 Descansos linguais / ou em formato de taça 
 
Todos os preparos devem ser capazes de direcionar as forças no longo eixo dentário (axiais) para que 
possam ser absorvidas normalmente. 
 
7) Descansos oclusais 
 
Os descansos oclusais são preparados sobre as superfícies oclusais dos dentes posteriores (pré-
molares ou molares) englobando a fossa proximal, esses descansos terão a forma de um triângulo de 
vértice arredondados, com o vértice do triângulo voltado para o centro do dente e a base do triangulo 
voltado para a vista marginal. 
As dimensões do preparo dependem do tamanho dos dentes dos pacientes e dos dentes a serem 
preparados, então o descanso oclusal: 
 Para pré-molares - no sentido vestíbulo-lingual 1/3 da dimensãodo dente, assim como no 
sentido mésio-distal, a distância mais profunda será o seu centro. 
 Para molares - no sentido vestíbulo-lingual 1/3 e no sentido mésio-distal 1/4 
29 
 
 
Esse preparo desgasta a crista marginal em torno de 1mm, vai se aprofundado na região central em 
torno de 1mm ou 1,5mm, isso vai confere uma inclinação do assoalho do descanso em direção ao 
centro do dente. As pontas diamantadas que podem ser usadas na oclusal é a ponta diamantada 
esférica 1015 ou 1016, ou pode ser usada a ponta diamantada troncocônica de extremidade 
arredondada 2131. Quando prepararmos esse descanso a inclinação da ponta diamantada deve 
acompanhar o longo eixo do dente. Não podemos usar pontas diamantadas esféricas pequenas, porque 
a parede axial do descanso oclusal vai ficar em dentina, devido a esse fato devemos utilizar pontas 
diamantadas grandes, para que não sejam formadas paredes retentivas. 
 
Essa característica do preparo, forma um angulo menor do que 90° do conector menor e apoio, 
garante que as forças sejam direcionadas no longo eixo dentário, por isso devemos seguir as 
inclinações das profundidades corretas. Se o ângulo for maior do que 90° vão surgir forças não 
paralelas ao longo eixo dentário, que serão as forças horizontais ou forças oblíquas, que podem 
danificar o periodonto e mudar o posicionamento dentário (quando a prótese estiver na boca). 
Se aprofundarmos demais o preparo, além de exposição dentinária, pode ocorrer acumulo de placa, 
além de proporcionar forças sobre o dente. Por tanto o centro do descanso deve ser ligeiramente mais 
profundo para que o ângulo do conector menor e o apoio sejam ligeiramente menor do que 90° para 
que as forças sejam posicionadas ao longo eixo do dente 
Para região de crista marginal, devemos rebaixar a crista em torno de 1mm e arredondar a crista 
marginal para que a união de apoio e conector menor seja mais resistente e tenha uma maior espessura 
(e não ocorra fratura). Existe uma situação bastante comum que devemos nos preocupar que é aquela 
onde o dente se inclina em direção ao espaço desdentado, exemplo disso são os molares que tem 
espaço, normalmente colocamos o apoio daquela fossa adjacente ao espaço desdentado. 
Quando o dente mesialisar ou quando ele se inclinar em direção ao espaço desdentado será necessário 
um apoio, descanso ou nicho na fossa contrária do espaço desdentado, para direcionar (retornar) a 
força ao longo eixo dentário. 
 
Um dente inclinado em direção ao espaço desdentado temos 2 opções 
 Apoio na fossa contraria ao espaço desdentado 
 Na fossa adjacente ao espaço desdentado um apoio longo 
 
Em algumas situações vamos preparar descansos oclusais em dentes posteriores e naqueles dentes que 
iremos fazer o preparo não tem espaço desdentado, como por exemplo uma classe III, onde tem um 
espaço desdentado em um lado e no outro não, nessa situação vamos preparar nichos em dentes que 
não tem espaço desdentado nenhum próximo a ele, terá que ter um conector menor unindo que chegue 
na região do apoio. O desgaste nos dentes suportes deve permitir o posicionamento do grampo sem 
que surjam contatos prematuros, deve ser feito um desgaste no esmalte sobre as cúspides na lingual e 
no vestibular permitindo espaço para passagem do grampo (modifica o formato). 
Preparo convencional - preparo na lingual e preparo vestibular (cada um fazendo por etapas para não 
desgastar). 
Após o preparo deve-se fazer o acabamento com taças de borracha. 
 
 
 
 
 
 
30 
 
8) Descanso oclusal e a restauração do dente suporte 
Amálgama x resina composta 
O amálgama em pequenas espessuras se fratura com facilidade, a resina mesmo com 
pequenas espessuras não se fratura com facilidade, tem uma maior resistência, isso é importante pois 
o dente a ser preparado já estará restaurado , onde será feito preparo de um descanso oclusal, se esta 
parte entre o descanso for 1mm ou mais de espessura, (seja amálgama ou resina composta) não 
ocorrerão problemas, porém se o preparo passar o preparo restaurador, faz-se um controle 
monitorando a existência ou não de fraturas, infiltrações, etc. 
Se a borda do preparo restaurador não ter 1mm, retira-se o material restaurador(amálgama), e 
preenche-se com resina composta sem aumentar a cavidade. 
 
9) Descanso incisal 
Descanso feito em dentes anteriores (incisivos e caninos). Não é realizado em dentes superiores 
(estética). Feito na borda incisal dos dentes anteriores, visto por vestibular ou lingual tem forma de 
"L", com um ângulo ligeiramente maior que 90. O ângulo não deve estar vivo entre parede axial e 
assoalho, deve ser arredondado e dependendo da ponta diamantada utilizada e a inclinação (ponta 
diamantada cilíndrica 1092) trabalhando com essa ponta paralela ao longo eixo dentário, fazendo um 
desgaste na borda disto-incisal ou mesio-incisal, com aproximadamente 1mm de profundidade e 1mm 
de largura (independente do tamanho do dente). 
Podemos usar também uma ponta tronco-cônica de extremidade reta, que seja compatível ao tamanho 
do preparo a ser realizado. 
 Dificuldade na fundição - arredondar os ângulos 
 Não deve ter ângulo menor que 90° pois não adaptará o apoio 
 A broca deve ser parelela ao longo eixo, para que os ângulos sejam arredondados. 
 
10 ) Descanso lingual 
Feitos em dentes anteriores (superior e inferior) na superfície lingual ou palatina 
Ponta diamantada: 
 tronco-cônica invertida 1035 ou 1036 
 cônica 3195 - não serve para fazer o preparo em si, serve para eliminar retenções que 
podemos ter causado na hora de fazer o preparo 
 
Trabalha com a ponta perpendicular ao longo eixo dentário na região do cíngulo do dente, sobre o 
cíngulo do dente pois é a região de maior volume de esmalte do dente, daí o risco menor de atingir 
dentina, olhando por proximal esse preparo vai ter a forma de uma letra "V", por lingual observará 
uma meia lua ou forma semilunar com a concavidade voltada para cervical do dente 
No centro do dente ele é mais largo, conforme esse preparo se direciona para as proximais ele vai 
ficando mais estreito. Por incisal observa-se uma área maior com a parte mais profunda do preparo 
que é a união da parede axial e do assoalho. Para sabermos se atingimos o desgaste necessário 
devemos utilizar uma sonda exploradora, se a sonda escorregar significa que esta raso, e devemos 
aprofundar um pouco mais, se não aprofundar já está suficiente de profundidade, será observado um 
suporte suficiente para o apoio, mesmo assim devemos desgastar um pouco mais para dar o suporte 
adequado e podemos atingir dentina, então devemos tomar cuidado. Uma maneira de evitar a 
exposição de dentina e aumentar o volume da região do cíngulo é fazendo uma restauração com resina 
composta na região do cíngulo, daí então fazemos o preparo sob a resina composta, pois ela suporta 
bem as forças provenientes da prótese parcial removível, isso é realizado com muita frequência, 
principalmente em dentes inferiores incisivos, e caninos inferiores, pois a superfície lingual é mais 
verticalizada, quase não tendo cíngulo (alteração de contorno com a resina composta). 
31 
 
O descanso lingual pode ser feito em apenas um dente, mas também pode ser feitos em vários dentes, 
para não sobrecarregar o dente e o periodonto, distribuindo as forças O apoio lingual tem a vantagem 
de ser mais estético e mecânico 
 
11) Descanso lingual em PPF 
Deve-se planejar a PPR antes da PPF, para que não ocorra nenhum desconforto ao paciente, também 
podemos fazer esses preparos associados à prótese adesiva, fazendo um cíngulo metálico adesivo, é 
justificável quando usamos uma prótese adesiva como contenção periodontal. 
 
12) Descanso lingual em dentes anteriores maxilares 
Descanso em forma de TAÇA 
Observa-se trespasse vertical acentuado (o incisivo inferior toca na cervical do incisivo superior), 
quando ocluir observaremos contatos prematuros, faremos o descanso em forma de taça,porque falta 
espaço para o apoio lingual que se adaptará ao descanso 
 Ponta diamantada esférica 
 O conector menor ficará na proximal e o apoio ficará alojado no descanso 
 Indicação: falta de espaço 
 
13) Alteração de contorno por prótese fixa 
Às vezes fazemos a prótese fixa antes da removível, para reconstruir a coroa e depois confeccionar a 
removível. 
Em um dente conoide (muito expulsivo) ou se o dente é inclinado, onde não existe retenção não é 
possível instalar um grampo. 
 Reconstrução de coroas 
 Inclinação incompatível (dente suporte) 
 Interferência (inserção/remoção) 
 Falta de retenção (acentuada) 
 Contenção 
Usamos a prótese fixa para correção de plano oclusal, exemplo: se um dente estruiu nós 
podemos fazer canal, preparar esse dente e desgastar, fazer uma coroa, diminuir a altura, ou seja, 
diminuir a extrusão dentária. 
 
14) Fresagem 
Em dente natural é feito um desgaste, já em preparos é feito um DEGRAU na coroa (geralmente feito 
na parte metálica da coroa), com um ângulo ligeiramente maior que 90° e com uma largura um pouco 
maior que 1.0mm, para não ser retentivo 
 Descansos feitos em próteses fixas já cimentadas 
 Usar o modelo de diagnóstico como guia 
 Todo preparo deve estar arredondado e polido 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
Sistemas de Retenção – Grampos e Encaixes 
Aula Professor Felippo – 10e 17/04/2015 
Otavio Marino S. Neto 
 
Introdução 
 
As PPRs necessitam de elementos que previnam o deslocamento da prótese durante a 
função,sem que ocorram deslocamentos verticais.Para isso tornam-se imprescindíveis os 
elementos que se relacionam com os pilares e resistem aos deslocamentos que são 
denominados retentores diretos. 
Para a efetiva retenção da prótese é necessário observar rigorosos critérios de 
planejamento e confecção dos retentores para minimizar a transmissão de forças lesivas aos 
dentes pilares bem como aos tecidos moles de suporte. 
Existem dois dispositivos utilizados em PPR como retentores diretos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por ação 
de pontas 
33 
 
RETENTORESDIRETOSEXTRACORONÁRIOS–GRAMPOS 
 
1) Definição 
Os grampos são retentores bem mais simples e econômicos que os encaixes ou attachments. 
Desde que corretamente planejados e executados cumprem de maneira adequada a função para 
a qual foram propostos,ou seja,impedem o deslocamento da prótese no sentido de sua remoção 
da boca,ou seja,no sentido vertical. 
Estes elementos são posicionados externamente à coroa dos dentes pilares e atualmente são 
obtidos em ligas de cobalto-cromo, as quais apresentam características adequadas, permitindo 
a confecção de estruturas mais delicadas e de custo bastante reduzido em relação às ligas de 
ouro, utilizadas no passado. 
2) Funções 
Resistir às forças de desalojamento conferindo retenção, suporte(conferido pela área do preparo) e 
estabilidade. 
3) Classificação 
Segundo o espaço desdentado: 
 Grampo de retenção direta (posicionados em cima de dentes estratégicos – dentes 
adjacentes ao espaço desdentado). 
 Grampo de retenção indireta (necessária pela existência da linha de fulcro, permite que não 
ocorra movimentação). 
Segundo a coroa dental 
 Extracoronário 
 Intracoronário 
Segundo a construção 
 Fundidos 
 Adaptados (grampos “consertados”- em desuso) 
 
4) Partes do grampo: 
 Apoio 
Ombro 
34 
 
Braço 
Ponta retentiva ou ponta terminal (única área construída abaixo do equador protético com 0,25 mm 
de retenção) 
Braço de oposição ou de reciprocidade (geralmente na palatina, sempre acima do equador protético) 
 
5) Equador protético 
Área de maior circunferência dental a partir de um dado eixo de inserção considerado. Obtido 
através do delineamento. O delineamento é a fase mais importante para o planejamento dos 
grampos. Pode ser alterado através da seleção da trajetória de inserção. E pode ser criado pela 
alteração de contorno com resina composta. 
 
6) Princípios fundamentais dos grampos 
a) Suporte:princípio pelo qual o grampo resiste as forças no sentido ocluso-gengival. 
Estrutura responsável: apoio. Os apoios devem ser bem executados, para o sucesso da prótese. 
b) Retenção: Principio pelo qual o grampo resiste as forças no gengivo-oclusal, que tendem a 
remover o aparelho do seu local de assentamento. 
Estrutura responsável: braço de retenção pela ponta terminal do grampo. Específica para cada 
caso. Em extremidades livres 2 grampos são necessários para retenção. 
c) Reciprocidade: O dente fica estabilizado frente as forças horizontais que tendem a deslocá-la 
no ato de inserção ou remoção bem como durante a função (durante a inserção da prótese o 
grampo deve passar o equador protético pelo braço de retenção exercendo forças sobre o dente 
o que o leva a se movimentar lateralmente, durante a inserção e remoção da PPR o ideal é que 
o braço de reciprocidade solte o dente ao mesmo tempo que o braço de retenção, impedindo a 
movimentação do dente, em resumo “força de um lado, força de outro, durante a inserção e 
remoção da PPR”, por isso o mais adequado que o braço de reciprocidade seja da mesma altura 
que a ponta retentiva). 
Estrutura responsável: braço de oposição. 
d) Estabilidade: o aparelho removível se mantém estável, a despeito das forças que atuam sobre 
ele durante o repouso e os atos fundamentais. A diferença entre a reciprocidade e a estabilidade, 
é que a primeira deve estar presente durante a inserção e remoção da prótese, já a segunda deve 
estar presente durante a função. 
Estrutura responsável: todo o grampo (necessário assentamento perfeito do grampo). 
35 
 
e) Abraçamento: esta ação é o resultado do abraçamento em 180 º da circunferência total da 
coroa do dente. Se não tiver esse abraçamento de 180º o grampo tende a uma movimentação 
lateral. 
f) Passividade: um grampo não deverá imprimir ao dente suporte, qualquer tipo de força quando a 
prótese estiver perfeitamente assentada em seu sítio, em resumo a peça não pode estar 
“apertada”. 
Quando a passividade é comprometida ? 
O grampo de retenção tenha se deformado, em consequência de falha laboratorial ou pelo uso 
de alicates. 
 
 
 
 
 
 
TIPOS DE GRAMPOS MAIS UTILIZADOS EM PPR 
1) Grampos circunferenciais (de Ackers) 
 Mecanismo de ação: Flexão (a peça sobre 
deflexão e volta) – de oclusal para gengival 
 Inserindo: “empurre” 
 Removendo: “arraste” 
 
2) Grampo por ação de pontas 
 De gengival para oclusal. 
 Inserindo: “arraste” 
 Removendo: “empurre” 
 Mais estético 
 Deformado por tração. 
3) Fatores que influenciam a retenção dos grampos 
a) Ângulo de convergência cervical 
“ A retentividade de uma superfície dentária é tanto maior quanto maior o ângulo que forma 
com a direção de inserção”. 
b) Distância entre a ponta ativa do grampo e o equador protético 
A retenção se mede pela quantidade de flexão da porção retentiva. 
A retenção é consequência da resistência que o metal oferece à deformação. 
36 
 
Tipo de metal utilizado (Cr-Co ou ligas de Au ou Ti). 
c) Flexibilidade do braço de retenção do grampo 
Devido a sua formaa deformação elástica do braço de retenção acontece pela flexão sofrida ao 
passar pelo equador protético no momento da remoção/instalação da peça. 
4) Fatores que influenciam na flexibilidade do grampo 
 Comprimento do braço de retenção (abrace toda a superfície dentária 
“abraçamento” – 180 º). 
 Diâmetro de secção transversal (a ponta terminal de um grampo deve ter uma 
secção de “meia cana” ficando em contato direto, impedindo a movimentação). 
 Forma da secção transversal (ponta afilada, com o início do afilamento discreto). 
 Tipo de liga metálica 
 Tratamento térmico (o Au necessita de tratamento térmico) 
 
TIPOS DE GRAMPOS DE EM PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL 
Descrição e usos 
1) Grampo circunferencial simples 
Descrição: 1 Braço de retenção – normalmente vestibular + 1 Braço de Oposição– normalmente 
lingual + 1 Apoio adjacente ao espaço desdentado (longo ou curto) 
Indicação: basicamente para todos os dentes. Muito raramente indicado para os incisivos. 
 
 
 
 
2) Grampo duplo geminado 
Descrição: Grampo unido pelo apoio + 2 Braços de retenção + 2 Braços de 
oposição + 2 Apoios + 1 conector menor ligado a peça 
Indicação: molares e pré-molares (bem posicionados); retenção à distância do 
espaço protético das Classes II (clássica, opção primária). 
 
 
 
 
37 
 
3) Grampo múltiplo 
Descrição: 2 grampos unidos pelo braço de reciprocidade para cada apoio + 2 braços de retenção + 2 
apoios + um conector menor para cada grampo 
Indicação: molares; contenção periodontal (dentes inferiores) 
4) Grampo circunferencial laço-reverso – Hair pin clasp 
Indicações: molares e pré-molares apresentando área de retenção abaixo do apoio; 
coroas clínicas altas e não inclinadas. Uso limitado. 
5) Grampo circunferencial reverso 
 
Descrição:Apoio oposto ao espaço desdentado+Placa proximal (placa lingual) + 1 
conector menor + 1 braço de reciprocidade 
Indicações: molares inclinados, posterior ao espaço protético – geralmente molares. 
6) Grampo circunferencial em anel 
 
Descrição:Dois apoios no mesmo grampo + Dois conectores menores 
Indicações:Molares e pré-molares inclinados posteriormente ao espaço 
protético; Classe II e III 
7) Grampo circunferencial em anel modificado 
Descrição: Sem o conector menor distal + menos metal, mais conforto (vantagem)+ grandes chances 
de movimentação (desvantagem). 
Indicações:a - molares inclinados posteriormente ao espaço protético 
b - Rebordo anatômico retentivo por lingual 
c - Classe II ou II, com ou sem modificação 
8) Grampo meio a meio (Half-Half) 
Descrição: Um apoio para o braço de retenção e um apoio para o braço de 
reciprocidade. 
Indicações: pré-molares e molares em posição normal intercalados por espaço protético 
9) Grampo MDL (mésio-disto-lingual) 
 
 
 
 
38 
 
 Passa pelo apoio do cíngulo 
Indicações:dentes anteriores; estética é fator preponderante (explorar área de retenção interproximal 
em dentes anteriores). 
10) Grampo MDL modificado 
 
 
 Retenção na superfície interproximal 
 
11) Grampo contínuo de Kennedy (não verdadeiro) 
Descrição: Conjunção de vários braços de reciprocidade na região anterior inferior. Sem retenção 
(ponta de apoio). 
Indicações:Extremidade Classe IV. 
 
12) Grampo por ação de pontas (IMPORTANTE) 
 Mais utilizados nos casos de extremidade livre ou espaços amplos 
 Prótese dentomucussuportada / dentossuportada. 
 Ponta terminal em: i, 7, r ou u. 
 A ponta deve estar em área retentiva. 
 i – mais estético, não altera demasiadamente o contorno dental, diminuiu a retenção 
de alimentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
ENCAIXE OU ATTACHMENT 
São retentores constituídos por um sistema macho-fêmea, tipo colchete,que necessita da 
associação PPR-PPF. 
Assim, parte do encaixe é colocada na PPR e outra na PPF, sendo que a retenção é obtida 
pela fricção ou pelo encaixe entre macho e fêmea. 
Este tipo de retentor dispensa o uso de grampos, o que confere maior estética às próteses que 
o utilizam, especialmente quando há dentes anteriores envolvidos. 
São denominados encaixes de precisão ou attachments quando pré-fabricados, condição em 
que existe a perfeita justaposição entre macho e fêmea ou encaixes fresados ou desemi-
precisão quando produzidos artesanalmente nos laboratórios de prótese. 
A forma, o tamanho e a mecânica funcional dos encaixes pré-fabricados dependem do 
fornecedor (há vários tipos)e da aplicação para a qual foram idealizados. 
 
Podem ser rígidos, quando não permitem a liberdade de movimentos da PPR,estando 
indicados para as PPR dento-suportadas; ou semi-rígidos,quando permitem uma liberdade 
controlada de movimentos para a PPR,estando indicados para PPR dento-muco ou muco- 
dento-suportadas(quando o suporte da PPR é predominantemente mucoso). 
Uma desvantagem do uso dos encaixes reside no fato da necessidade do emprego de técnicas 
clínico-laboratoriais mais sofisticadas e de custo elevado, o que, por certo, limita em grande 
parte a sua indicação. Em razão dessas técnicas mais apuradas sua utilização não constitui um 
procedimento de execução cotidiana do clínico-geral, sendo necessários treinamento e 
conhecimentos específicos. 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
PERGUNTAS 
 
1)Quais os princípiosbásicos dos grampos? 
Suporte, retenção, reciprocidade, estabilização, passividade e abraçamento 
2)Qual o tipo de grampo mais indicado em extremidade livre? Justifique 
Grampo por ação de pontas. Porque este grampo é mais comprido e mais flexível, transmitindo menor 
torque ao dente suporte 
3) Quais as característicasbásicas dos grampos circunferenciais e grampos por ação de pontas? 
No grampo circunferencial, a ponta do grampo se aproxima da área de retenção vindo da 
oclusal/incisal;O grampo por ação de pontas se aproxima da área de retenção vindo da cervical. 
41 
 
Sistemas de Conexão – Conectores Maiores 
Aula Professora Karina – 24/04/2015 
Otavio Marino S. Neto 
1) Definição 
São os conectores maiores e menores. São os elementos encarregados de unir os componentes 
da prótese entre si. 
2) Funções secundárias dos conectores maiores 
Transmissão de cargas ao osso (maxila) – isso não ocorre na mandíbula devido à ausência de 
contato dos conectores maiores mandibulares com o rebordo. 
Estabilização – quanto maior o conector maior, maior a estabilidade desse conector. 
Suporte (maxila) 
Manutenção da saúde do periodonto e da fibromucosa. 
3) Segundo a rigidez os conectores maiores são classificados em: 
Rigidez (utilizados) 
Elásticos (não utilizados) 
Articulados (não utilizados) 
4) Características fundamentais 
Rigidez 
Relação a fibromucosa – na maxila uma relação de contato (suporte) e na mandíbula de alívio 
Distância dos tecidos gengivais (diferente para a maxila e para mandíbula) 
Manter o controno natural das estruturas adjacentes 
Bordas arredondadas 
Biocompatibilidade 
a) Rigidez 
Ausência de rigidez – deflexão e concentração de força (pressão) 
Relacionada com área de secção da barra, altura e largura. 
b) Relacionamento com a fibromucosa 
Diferente para a maxila e para a mandíbula 
No arco superior – relação de contato 
Evitar a rugosidade palatina 
Os alívios serão realizados para tórus e sutura palatina mediana elevada. 
 
42 
 
 
No arco inferior – relação de alívio 
Alívio entre o conector e a mucosa lingual (1 a 1,5 mm) – mucosa fina e resiliente (pode 
ferir se manter o contato). 
Mucosa móvel e bastante sensível. 
Evitar contato com o assoalho bucal 
c) Distancia dos tecidos gengivais 
Mínimo de 4 mm do tecido gengival 
MAXILA = 6mm 
MANDÍBULA = 4 mm 
d) Manter o contorno natural das estruturas adjacentes 
(para não incomodar o paciente) 
e) Bordas 
Levemente arredondadas – íntimo contato entre o metal e a mucosa palatina para evitar injúrias. 
Anterior – seguir o contorno das depressões das cristas e rugosidades, sempre que possível ter 
como limite anterior as rugosidades. 
f) Biocompatibilidade 
Ser confeccionada de ligas compatíveis com o meio bucal (Cr-Co). 
Em algumas situações as irritações de mucosa podem estar relacionadas a base de resina 
acrílica. 
 
5) Seleção do conector maior 
1. Biomecânica: necessidade de retenção indireta, dentes em menor quantidade e 
qualidade. Estabilização e ou vertical. (Maior a área desdentada mais extenso o 
conector). 
2. Características anatômicas: tórus, interferência dental e/ou óssea. 
3. Fonética e estética: região de rugosidade. 
4. Dentes periodontalmente abalados. 
 
TIPOS DE CONECTORES MAIORES MAXILARES 
Considerar antes de indicar: 
Necessidade de suporte, presença de tórus palatino, necessidade de substituição de dentes 
anteriores, estabilização de dentes, estética, preferência do paciente e necessidade de 
retenção.43 
 
 
1) Placa Palatina 
 Situada a 6 mm da borda gengival. 
 Secção plana, retangular ou oval com 2 mm de espessura. 
 Começa na distal do dente suporte e vai até o último dente a ser reposto. 
 Utilizado na maioria dos casos: área desdentada anterior, área desdentada bilateral, etc. 
 Não utilizado nos casos de tórus palatino. 
 Ação como retentor indireto devido a fatores físicos (tensão superficial, etc.). 
 
 
2) Barra palatina anteroposterior 
 6 mm da gengiva 
 4 mm de largura 
 Não cobre todo o palato. A barra posterior deve se localizar próxima do limite palato 
mole/duro. Não indicada nos casos de palato profundo. 
 Indicações: Classe I e II: dentes suportes excelentes, tórus palatino sem muita extensão 
posterior, Classe III.1 – com longos espaços desdentados, e Classe IV. 
 
 
3) Barra palatina anterior – u – em ferradura 
 Espessura de 6 a 8 mm (evitar deflexão durante o ato mastigatório) 
 Distante 6 mm da gengiva 
 Indicada para tórus palatino volumoso. 
 Indicada em casos restritos, pois pode alterar a fonética. 
 
44 
 
 
 4) Barra anterior superior suspensa 
 Caso a oclusão permita 
 Placa associada a uma barra suspensa 
 Espaço desdentado pequeno 
 Força mastigatória não excessiva 
 Caso houver reação a outro tipo (como por exemplo incomodo com outros conectores 
maiores que recobrem as rugosidades palatinas). 
 Cuidados redobrado na higienização 
 
 
TIPOS DE CONECTORES MAIORES MANDIBULARES 
1) Barra lingual 
 4 mm distante da margem gengival 
 4 mm de espessura 
 Forma de secção: meia cana ou meia pera 
 Largura de 4 a 5 mm (não sofrer deflexão) 
 Afastado 3 a 4 mm da gengiva 
 Afastada 1 a 1,5 mm do rebordo (alívio) - o modelo deve ter essa área aliviada com cera 
para evitar traumatismos na mucosa subjacente que é muito fina e susceptível a trauma. 
 9 mm de profundidade do sulco 
 Indicações: todas as classes desde que haja profundidade de sulco suficiente. 
 Na mandíbula o conector maior acaba na distal do último dente suporte (importante) 
 A barra lingual é indicada em casos em que não há necessidade de retenção indireta e 
contraindicada em casos de distância pequena entre o assoalho da boca e a gengiva 
marginal livre, freio lingual alto e presença de tórus. 
 
45 
 
2) Placa lingual 
 Tórus mandibular 
 Freio lingual muito alto 
 Estabilizador de dentes abalados 
 Formação excessiva de tártaro 
 Toca a superfície lingual dos dentes mais não toca a mucosa (não machucar a mucosa) 
 Indicada em casos de distância pequena entre o assoalho bucal e a gengiva marginal 
livre, em casos de presença de freio lingual com inserção alta ou presença de tórus. 
 
3) Placa dental 
 Utilizada em casos de altura de rebordos baixos. Ele não recobre a gengiva marginal, 
somente o terço médio e cervical dos dentes suportes. 
4) Barra vestibular 
 Localiza-se acima do sulco gengivo-labial. Deve ser utilizada em casos de dentes 
inferiores lingualizados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
46 
 
PERGUNTAS 
1) Qual a distância mínima do conector maior a gengiva marginal na maxila e na 
mandíbula? Justifique 
Na maxila: 6 mm 
Na mandíbula 4 mm 
Deixamos essa distância mínima para ter menor possibilidade de ocorrer inflamação na gengiva 
marginal. 
2) Em relação ao suporte, quais as características dos conectores maiores maxilares e 
mandibulares ? 
O conector maior maxilar por ter contato com a mucosa vai auxiliar no suporte, já o mandibular 
tem relação com mandíbula de alivio, por isso não toca a mucosa. 
3) Quais os tipos de conectores maiores maxilares e mandibulares? 
MAXILARES: placa palatina, barra palatina anteroposterior, barra palatina anterior, barra 
anterior suspensa. 
MANDIBULARES: barra lingual, placa lingual, barra vestibular, barra sublingual e placa 
dental. 
4) Quais as vantagens da barra palatina anteroposterior sobre a barra palatina anterior? 
A barra palatina anterior é mais larga e mais espessa e acaba incomodando o paciente (fonética, 
conforto). Já a barra anteroposterior tem a largura e a espessura menores, sem perder a 
resistência e rigidez. 
5) Quais as indicações da placa lingual? 
Indicada em casos de distância pequena entre o assoalho bucal e a gengiva marginal livre, em 
casos de presença de freio lingual com inserção alta ou presença de tórus. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 
 
Confecção das Estruturas Metálicas de PPR 
Aula Professor Felippo – 15/05/2015 
Juliana Ferreira Fogaça 
 
Uma das fases laboratoriais 
 Fases do planejamento: 
1. Exame clínico – Avaliação clínica e radiográfica: verificar o estado periodontal e 
posicionamento dos dentes no arco dental para correção ou até mesmo dentes que 
estão condenados indicados para a extração. 
2. Modelos de diagnóstico (Moldagem inicial) – Para realização do delineamento e 
planejamento. É nessa fase que encaminhamos no protético. 
3. Montagem em ASA 
4. Execução dos preparos – de acordo com o que planejamos. 
5. Moldagem para obtenção do modelo mestre 
6. Prova e adaptação de estrutura metálica 
7. Montagem dos dentes artificiais 
8. Prova funcional e/ou montagem funcional 
9. Instalação e ajuste 
10. Recomendações ao paciente 
 
 Passos sequenciais na confecção da PPR 
1. Delineamento do modelo mestre (o técnico verificará se é necessário modificar a 
retenção obtida pelo delineamento do cirurgião-dentista, por isso do novo 
delineamento feito no laboratório). 
2. Desenho da estrutura metálica no modelo mestre (Importante enviar o modelo já 
planejamento) 
3. Alívio das áreas retentivas no modelo mestre 
4. Duplicação do modelo mestre em material refratário – tem que duplicar o modelo 
mestre com um material que aguente ir ao forno. 
5. Enceramento do modelo refratário 
6. Inclusão do modelo refratário 
7. Fundição da estrutura metálica 
8. Desinclusão da estrutura metálica 
9. Acabamento e polimento da estrutura metálica 
 
Normalmente leva-se duas semanas para recebermos a estrutura metálica. 
Após o planejamento que foi feito pelo cirurgião-dentista, deve ser enviado para o 
protético para depois o técnico não mudar o nosso planejamento. Na folha de 
planejamento fornecido na clínica, escrevemos quais serão os dentes suportes, tipos de 
preparos, tipos de grampos, formatos dos grampos por ação de pontas, conector maior. 
Então, todas essas referências devem ser enviadas para o protético. Além de ter nessa 
48 
 
folha de planejamento observações que o técnico não conseguirá ver, como exemplo: 
fechar diastema entre um e outro dente com metal, pois isso não tem como desenhar. 
Com isso, dificilmente o laboratório mudará o seu planejamento inicial. Então se 
mandarmos o nosso modelo de diagnóstico, devidamente delineado, com um plano de 
tratamento muito bem planejado, consequentemente ficará fácil executar a fase 
laboratorial. 
A fase laboratorial inicia conferindo aquilo que pedimos no planejamento (modelo de 
diagnóstico). No modelo mestre não fazemos nada (delineamento, planejamento) e 
tomar cuidado para não quebrar dente e alterar a sua configuração. A obtenção desse 
modelo tanto na moldagem como no próprio vazamento do gesso, devem ser realizados 
com materiais de excelência. 
Em uma peça articulada como uma fresadora ou um delineador, para seguir o eixo de inserção 
que escolhemos no início do delineamento clínico. Então, se por acaso tiver um área muito alta 
como exemplo na lingual, não é interessante termos um braço de reciprocidade muito alto, 
podendo induzir mobilidade. Lembrando que o técnico faz um alivio, logo a peça ficará alta 
atrapalhando na função. 
 Importância do – 
 arco antagonista: o arco antagonista deve ser enviado junto, para saber se deverá ou não 
fazer desgaste (embora, esses desgastes devem ser feitos antes de enviar ao laboratório). 
- Alívio em cera das áreas retentivas: é um alívio para que apenas a ponta do grampo 
fique em

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