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TOXOCARA E DIOCTOPHYMA RENALE

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Fundação Educacional de Andradina
Faculdade de Ciências Agrárias de Andradina - FCAA
TOXOCARA E DIOCTOPHYMA RENALE
Docente : Dr. Willian Marinho Dourado Coelho
Discente : Mariângela Ignácio de Souza
Andradina
2019
SUMÁRIO
1. TOXOCARA – INTRODUÇÃO.................................................................................. 3
1.2 CICLO BIOLÓGICO................................................................................................. 3
1.3 PATOGENIA E SINTOMAS.................................................................................... 4
1.4 DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO......................................................................... 4
2. DIOCTOPHYMA RENALE – INTRODUÇÃO......................................................... 4
2.1 CICLO BIOLÓGICO................................................................................................. 4
2.3 PATOGENIAS E SINTOMAS.................................................................................. 5
2.4 DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO......................................................................... 6
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFRICAS......................................................................... 7
1. TOXOCARA - INTRODUÇÃO
O Toxocara canis e T. catti são nematelmintos que são pertencentes à família Ascaridea, é um verme grande, que pode chegar a medir 18 cm, tem coloração creme, possuem lábios que ajudam em sua fixação no hospedeiro e também asas cervicais, a característica do macho é que ele é menor do que a fêmea e possui um apêndice terminal em forma de gancho, os ovos tem uma coloração castanha escura e uma casca espessa, são zoonóticos, porém a maioria dos casos são assintomáticos, tendo como casos graves em indivíduos com imunossupressão, a doença que esse nematelminto causa é chamada de toxicaríase.
1.2 CICLO BIOLÓGICO
Os cães e gatos são os hospedeiros definitivos do Toxocara, tendo como Ser Humano um hospedeiro acidental. O cão ou gato se infectam através da ingestão da larva infectante (L3) que está contida dentro de um ovo, esse ovo será digerido pelo ácido clorídrico do estômago e eclodirá no intestino delgado, esta atravessará a parede intestinal e irá seguir pela veia porta ou vasos linfáticos até o fígado, coração e finalmente aos pulmões, onde haverá sua transformação para larva L4, que chegará na traqueia, ocasionando uma tosse que fará com que essa larva seja deglutidas e chegue no intestino delgado novamente, para que termine seu desenvolvimento e consiga chegar na fase adulta (Ciclo de Loss). Cerca de 4 a 5 semanas após a ingestão dos ovos, as fêmeas realizam a ovopostura, que pode chegar a eliminação de 200.000 ovos/dia nas fezes, que dependendo das condições do meio, tornam-se infectantes em torno de 5 semanas. Além do ciclo visceral, há também uma segunda rota, chamada de somática, onde as larvas chegam aos pulmões e retrocedem para o coração, alcançam a corrente sanguínea, e podem se instalar em qualquer parte do organismo, e realizar o estágio de hipobiose em tecidos ou órgãos como o fígado, rins, olhos e cérebro. Há estudos que confirmam que a idade do animal interfere no tipo de migração das larvas, isso devido a resposta imunológica baixa dos filhotes.
O animal pode também adquirir as larvas através da ingestão do colostro da mãe que contém o parasito, por via transplascentária e no consumo de tecidos de roedores e aves, porém nesse ultimo caso as larvas estão em hipobiose e não concluirão seu ciclo, mesmo no hospedeiro definitivo, sendo assim, continuarão em estado de hipobiose.
1.3 PATOGENIA E SINTOMAS
Em relação a patogenia e aos sintomas, pode-se citar :
· Edema pulmonar;
· Pneumonia;
· Anorexia;
· Obstrução da luz intestinal;
· Vômito;
· Diarreia;
· Aumento do volume abdominal;
· Enterite.
1.4 DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
O diagnóstico é baseado nos sinais clínicos e exame coprologico de flutuação e seu tratamento pode ser realizado com o uso de, Pamoato de pirantel (5mg/kg), Emodepsina (0,45mg/kg), Ivermectina (0,20 mg/kg) e Fenbendazol (50mg/kg por 3 dias consecutivos).
2. DIOCTOPHYMA RENALE - INTRODUÇÃO
É o maior nematódeo conhecido, mede entre 14 a 100 cm de comprimento e 0,4 a 1,2 cm de diâmetro, é pertencente a ordem Enoplida e família Dioctophymatidae, tem distribuição mundial parasitando mamíferos domésticos e silvestres, é conhecido também como verme renal gigante. Tem coloração avermelhada e o macho possui bolsa copuladora na extremidade posterior.
2.1 CICLO BIOLÓGICO
Possui ciclo heteróxeno, tendo o hospedeiro definitivo cães, raposas, bovinos, equinos, suínos, ser humano e em menor escala, o gato ,também foi observado o parasitismo em animais silvestres como, furão, lobo guará e preguiça. Há três hospedeiros intermediários, o Lumbriculus variegatus que é um anelídeo aquático que parasita brânquias de crustáceos, os peixes de água doce e as rãs.
No hospedeiro definitivo, a localização do D. renale adulto é no rim direito geralmente, sendo assim, seus ovos serão eliminados pela urina, e em relação a condições ambientais favoráveis ( à temperatura de 25 a 30ºC) a fase L1 irá acontecer dentro de 30 dias, ainda dentro dos ovos. Para prosseguir com o ciclo, os ovos com a larvar L1 já desenvolvida, deve ser ingeridos pelo anelídeo Lumbriculus variegatus, que após a ingestão, os ovos eclodem, atravessam a parede do tubo digestivo e mudam para a fase L2, logo em seguida, se encistam no celoma do anelídeo. Os peixes se infectam, devido a ingestão de crustáceos que possuem o anelídeo com o D. renale, as larvas L2 ingeridas, livres no trato digestório do peixe, conseguem ultrapassar a parede intestinal e chegar ao mesentério ou fígado, onde haverá outro encistamento, para poder então crescerem e mudarem para larvas L3 e L4, que é a larva infectante. O hospedeiro definitivo contrai o nematódeo através da ingestão de fígado cru de peixe, que contem os cistos com a larva L4 ou deglutindo o anelídeo através da ingestão de água. No hospedeiro definitivo, as larvas passam pela parede do intestino até chegar ao rim, que normalmente, é o rim direito, tendo como explicação para essa predileção, porque fica mais perto do duodeno.~
2.3 PATOGENIAS E SINTOMAS
· Destruição do parênquima renal devido a ação histolítica da secreção das glândulas esofagianas do D. renale, o rim fica reduzido a cápsula que dentro dela haverá inúmeros parasitas imersos em conteúdo sanguinolento;
· Normalmente parasitam apenas um rim, o outro sádio ficará, ao longo do tempo, hipertrofiado devido a compensação que fará devido a lesão do rim comprometido;
· Apatia;
· Emagrecimento;
· Arqueamento do dorso;
· Hematúria;
· Aumento do volume palpável na região renal;
· Peritonite;
· Uremia.
2.4 DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
É diagnosticada através da presença de ovos na urina, em um exame parasitológico de urina, além da anamnese e constatação dos sinais clínicos. No exame físico pode-se encontrar aumento no tamanho abdominal, como pode estar ausente o aumento. Em relação aos exames laboratoriais, observa-se, eosinofilia, basofilia e hiperproteinemia, será evidenciado azotemia se ambos os rins forem afetados. Para o tratamento, há a intervenção cirúrgica, pois nenhuma terapia medicamentosa é eficaz, é realizado a retirada do parasitos e se a infeção do rim for muito severa, opta-se por realizar a nefrectomia.
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFRICAS
DIOCTOPHYMA RENALE , Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária é uma publicação semestral da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia de Garça FAMED/FAEF e Editora FAEF, mantidas pela Associação Cultural e Educacional de Garça – ACEG. Rua das Flores, 740 – Vila Labienópolis – CEP: 17400-000 – Garça/SP – Tel: (0**14) 3407-8000 – www.revista.inf.br – www.editorafaef.com.br – www.faef.br.
DIOCTOPHYMA RENALE: O PARASITA GIGANTE DO RIM; revista científica eletrônica de medicina veterinária - issn 1679-7353 publicação ci entífica da faculdade de medicina veterinária e zootecnia de garça/famed ano iv, número, 08, janeiro de 2007.periodicidade: semestral.
TroCCAP Conselho Tropical para Parasitos de Animais de Companhia; Diretrizes para o diagnóstico, tratamento e controle de endoparasitos caninos nos trópicos. Primeira edição maio de 2017.
Profa. Sílvia Ahid; Parasitologia animal; Universidade federal rural do semi-árido.
AIRES, Wellington Ollie FRIAS, Rafael Botelho de. PASCHOAL, Gustavo R. ; TOXOCARÍASE E LARVA MIGRANS VISCERAL ; REVISTA CIENTÍFICA ELETÔNICA DE MEDICINA VETERINÁRIA – ISSN: 1679-7353 Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária é uma publicação semestral da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia de Garça FAMED/FAEF e Editora FAEF, mantidas pela Associação Cultural e Educacional de Garça – ACEG. Rua das Flores, 740 – Vila Labienópolis – CEP: 17400-000 – Garça/SP – Tel: (0**14) 3407-8000 – www.revista.inf.br – www.editorafaef.com.br – www.faef.br. Ano VI – Número 11 – Julho de 2008 – Periódicos Semestral.
Alda Maria B N Madeira; Ordem Ascaridida; Instituto de Ciências Biomédicas Universidade de São Paulo.

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