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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA XXª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE SALVADOR – BAHIA
Processo: XXXXXXX-XX.XXXX.8.05.0001
MENINA PEQUENA DOS SANTOS, aqui representada por sua genitora, MÃE GRANDE DOS SANTOS já qualificadas nos autos do processo epigrafado, por intermédio de sua advogada devidamente constituída, respeitosamente, vem a Vossa Excelência, com as homenagens de praxe, apresentar ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS:
 EXCELENTÍSSIMO. JUÍZO:
A presente ação de alimentos deve ser julgada totalmente procedente, já que o pleito substancial se trata de direito indisponível e de presumível necessidade, e em conformidade com os documentos juntados pelo próprio requerido, resta evidente que pleito de alimentos no importe de 30% sobre os rendimentos líquidos encontram-se em patamar razoável dentro de trinômio necessidade da menor X possibilidade do genitor X razoabilidade. Assim, clama a este juízo que seja deferida a porcentagem inicialmente pleiteada ou, caso entenda este digníssimo juízo de forma diversa, que os alimentos sejam arbitrados em patamar razoável a atender as necessidades básicas e essenciais da menor.
Pugna, ainda, pelo deferimento do pleito do desconto em folha, para melhor garantia de pagamento e prevenção de conflitos e ações futuras de eventuais execuções. A presente forma de pagamento se mostra como a mais viável a atender as necessidades da menor em tempo hábil, sem que com isso se dependa da livre vontade do requerido em prestar quando melhor lhe convier, visto que as necessidades da menor urgem e nem sempre — quase nunca — correspondem as conveniências do requerido. Assim, clama a este juízo que seja este pleito deferido.
Pugna, ainda, a este juízo que sejam indeferidos todos os pleitos do requerido, sobretudo no que tange ao desconto em folha. Notadamente há um claro desconhecimento quanto à prática e os procedimentos seguidos pelas varas de família desta capital na persecução da garantia dos direitos indisponíveis do menor e nos meios que sejam mais favoráveis a obtenção dos alimentos a este. Assim, pugna pelo total indeferimento das alegações do requerido.
Requer, ainda, que sejam indeferidos os documentos juntados pelo requerido, eis que o momento para apresentação de tais documentos encontra-se precluso, visto que, além de ser apresentada em fase decisória, a apresentação de tais documentos, muito além da fase de conhecimento ou da fase instrutória, impossibilidade o contraditório por parte da autora, no que tange a rediscutir ou debater a cerca da apresentação dos mesmos, além de serem incabíveis alegações novas (suposta redução salarial ou mudança na condição de empregado) em fase decisória, isto é, pós-audiência de instrução, portanto, fase cognitiva exauriente, de modo que tais alegações devem ser praticadas por procedimento incidental ou por petição autônoma, e nunca de forma aleatória conforme conveniência das partes, aliás, é o que reza a boa doutrina, jurisprudência e próprio Código de processo Civil. É inadmissível juntar provas e trazer alegações novas sobre fatos pretéritos, sobretudo, em fase decisória. Assim, diante de tais substratos fáticos irrefragáveis, clama a este juízo que sejam indeferidas as alegações e documentos juntados pelo requerido na fls. 100 a 109, especificamente as fls. 104 a 109 e alegações constantes em memoriais sobre suposta redução salarial.
Por derradeiro, reitera todas as alegações e pleitos constantes às peças juntadas pelo autor até aqui, em todos os seus termos, sobretudo, por tratar-se de direitos indisponíveis do menor e sob o fundamento de necessidade presumida e, estando todos os pleitos dentro dos patamares de razoabilidade e do binômio Necessidade X Possibilidade, requer que seja a ação julgada totalmente procedente, bem como a presente petição de alegações finais, em todos os seus quesitos.
Por todos esses fundamentos, aguarda-se a procedência total do pedido como medida de JUSTIÇA!
Nos exatos termos, pugna deferimento.
Salvador/BA. XX de XXXX de 20XX
ADVOGADO
OAB/BA XXXX