Buscar

Conexão e Continência

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Conexão e Continência
“Só é possível reconhecer conexão e continência para fins de julgamento de um dos processos, especialmente um julgamento simultâneo dos processos se em um deles não houver sido prolatado a sentença (não é trânsito em julgado)”.
“Se já houver sentença em um dos processos não é possível reconhecer a conexão e a continência para fins de julgamento simultâneo”.
Conexão e Continência em regra não fixam competência, mas sim alteram.
Só altera competência relativa, jamais absoluta.
Competência absoluta não pode ser alterada, não pode ser prorrogada, só a competência relativa.
CONEXÃO- acontece quando um processo pode INFLUENCIAR em outro, quando um fato INFLUENCIA em outro.
Conexão Intersubjetiva (simultaneidade/concurso/reciprocidade)
Conexão Teleológica 
Conexão Probatória
Conexão Intersubjetiva: dependem dos sujeitos, dos protagonistas e dos fatos.
São 2 ou mais pessoas praticando 2 ou mais crimes.
Conexão Intersubjetiva simultaneidade: 2 ou mais pessoas praticando 2 ou mais crimes simultaneamente sem que haja acordo entre elas.
Conexão intersubjetiva concurso: 2 ou mais pessoas praticando 2 ou mais crimes, com acordo entre elas.
Conexão intersubjetiva por reciprocidade: 2 ou mais pessoas praticando 2 ou mais crimes uns contra os outros.
Conexão teleológica: acontece quando temos um fato, um crime que serve para assegurar outro crime ou seu produto (ex: matar segurança de um banco para roubar) o homicídio tem conexão teleológica com o roubo.
Conexão Probatória: acontece quando a prova de um crime ajuda na prova de outro crime.
Continência: quando um processo ENGLOBA os fatos de outro processo.
Continência Subjetiva: 2 ou mais pessoas praticando 1 único crime.
Continência Objetiva: 1 única pessoa praticando 2 ou mais delitos (concurso forma delitos/aberracio ictos/aberracio criminis).
PORQUE CONEXÃO E CONTINENCIA SÃO HIPOTESES DE MODIFICAÇÃO DA COMPETENCIA E QUAIS OS EFEITOS QUE PRODUZEM NO PROCESSO.
PARA SE EVITAR DECISÕES CONFLITANTES HÁ REUNIAO DOS PROCESSOS SENDO ASSIM PODENDO MODIFICAR A COMPETENCIA, ECONOMIZANDO PROCESSUALMENTE TAMBEM TEMPO E DINHEIRO.
Questões Prejudiciais: são questões que deve ser julgada antes do mérito do processo principal.
São as que dizem respeito a um elemento que compõe o crime e fazem com que a decisão da causa principal fique a elas vinculada.
As espécies de questões prejudiciais são:
 1) Homogênea: quando pertence ao mesmo ramo do direito da questão principal. Exemplo: reconhecimento de delito anterior (juízo penal) para a caracterização do crime de receptação (juízo penal);
2) Heterogênea: quando a pertence a outro ramo do direito, que não o da questão principal. Exemplo: discussão a respeito de existência de casamento (juízo cível), para configuração da agravante prevista no art. 61, II, e, do Código Penal (juízo penal).
 A questão heterogênea, por sua vez, divide-se em:
 a) obrigatória: como o próprio nome diz, obriga, torna necessária a suspensão do processo. Aqui o juiz penal não pode julgar a causa, sem antes ter uma definição da questão resolvida em outro juízo. É o que ocorre na controvérsia séria e fundada a respeito do estado civil das pessoas (art. 92, CPP).
Exemplo: discussão sobre a anulação do casamento no juízo cível, para julgamento do crime de bigamia no juízo penal. Neste caso, o juiz pode produzir as provas consideradas urgentes e o Ministério Público, se a ação penal for pública, quando necessário, ingressará com a ação civil ou nela intervirá. A decisão da esfera cível vincula a decisão na esfera penal.
b) facultativa: nela o juiz penal é que decide se julgará a causa concomitantemente ou se aguardará a solução da questão em outro juízo. Dá-se quando a questão não verse sobre estado das pessoas e:
 - a controvérsia seja de difícil solução;
- a questão não verse sobre direito cuja prova a lei civil limite;
- já haja processo em curso no juízo cível.
 Exemplo: discussão a respeito de posse ou propriedade no juízo cível, para julgamento do crime de apropriação indébita no juízo penal. Nesta hipótese o juiz deve fixar prazo para a suspensão, que poderá ser prorrogado, se a demora não for imputável à parte. Esgotado tal prazo, se o juiz do cível não tiver proferido decisão, o juiz criminal retomará a ação penal, podendo julgá-la. Assim, a decisão do juízo cível só vincula a do juízo penal se for proferida no curso da suspensão. O Ministério Público, se for caso de ação penal pública, deverá intervir na ação civil, para promover-lhe o rápido andamento (art. 93, CPP).
 A suspensão do processo criminal suspende a prescrição (art. 116, I, CP), ficando autorizado o juiz a produzir as provas consideradas urgentes (ouvir testemunha gravemente doente, por exemplo). Em todas as hipóteses o juiz poderá decretar a suspensão de ofício ou a requerimento das partes (art. 94, CPP). Do despacho que denegar a suspensão não caberá recurso, sustentando alguns que é possível a interposição de correição parcial, fundada no tumulto no processo; do despacho que conceder, caberá recurso em sentido estrito.
Exceções: é o procedimento incidental pelo qual a parte apresenta uma defesa processual, visando a extinção do processo pela resolução da questão (exceção peremptória) ou o retardamento do seu exercício, até que a questão seja resolvida (exceção dilatória).
 Das exceções previstas no Código de Processo Penal, são dilatórias as de suspeição, incompetência e ilegitimidade de parte. São peremptórias as de coisa julgada e litispendência.
 Exceção de suspeição (arts. 96 a 107, CPP)
É aquela destinada a afastar juiz suspeito, considerado parcial. É ela pessoal, ligada ao próprio juiz e não ao juízo. Os casos de suspeição estão no art. 254, CPP. Quanto ao procedimento, há duas hipóteses: pode o juiz reconhecer de ofício a suspeição, independentemente de qualquer provocação das partes (art. 97, CPP). Neste caso deve ele fundamentadamente declarar os motivos e remeter os autos ao seu substituto, intimando-se as partes.
Exceção de incompetência do juízo (arts. 108 e 109, CPP)
 A exceção de incompetência é aquela destinada a corrigir a competência do juízo, fixada erroneamente. Ela também, como a anterior, pode ser declarada de ofício pelo juiz, quando verificar que as regras de competência não foram observadas.
 Exceção de ilegitimidade de parte (art. 110, CPP)
 Apesar de haver posicionamento contrário na doutrina, o entendimento que prevalece é de que é cabível a exceção tanto em relação à ilegitimidade ad causam (titularidade do direito de ação) quanto em relação à ilegitimidade ad processum (capacidade processual). Exemplos: ação penal privada proposta por ofendido menor de 18 anos (ad processum); ação penal que seria de iniciativa privada, proposta pelo Ministério Público (ad causam).
Exceção de litispendência e de coisa julgada (art. 110, CPP)
Ocorre a litispendência quando há identidade entre ações. Diz-se que há identidade entre ações quando são idênticos o pedido, a causa de pedir e as partes. A exceção de litispendência terá lugar quando se verificar que estão em curso duas ações idênticas. Já a de coisa julgada apresentará identidade entre uma ação em curso e outra que já foi decidida definitivamente.
Como ninguém pode ser julgado duas vezes pelo mesmo fato, em decorrência do princípio do non bis in idem, tais exceções apresentam caráter peremptório. Por esse motivo, não há necessidade de sua arguição no prazo da defesa prévia.

Continue navegando