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PEÇA PROCESSUAL Nome: José Cristiano Patu Souza Filho RA:N360BG0 Turma:DR4B34 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DEJUSTICA DO ESTADO X A EMPRESA AQUATRANS, concessionária de transporte público aquaviário, a qual a mesma é inscrita no CNPJ de Nº XXXXX situada na Avenida Mário Ypiranga Monteiro, Bairro Adrianópolis, Cidade Manaus, Estado do Amazonas, CEP 69057-002, por intermédio de procurador habilitado, JOSÉ CRISTIANO PATU SOUZA FILHO, OAB Nº X, com endereço abaixo relatado, vem à presença de Vossa Excelência, para expor e requerer: MANDADO DE SEGURANÇA (Com Liminar) Contra ato do ilustríssimo governador do estado X, (art. 40 CC, art. 12 CPC), pelos fatos e fundamentos a seguir expostos: DO CABIMENTO Os atos administrativos, em regra, são os que mais ensejam lesões a direitos individuais e coletivos, portanto estão sujeitos a impetração de Mandado de Segurança. O objeto do Mandado de Segurança será sempre a correção de ato ou omissão de autoridade, desde que, ilegal e ofensivo de direito individual ou coletivo, líquido e certo, do impetrante. O Art. 5º, LXIX, da Constituição Federal do Brasil, determina: conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público; O art. 5º, III da Lei nº 1.533 de 31 de dezembro de 1951 disciplina: Não se dará mandado de segurança quando se tratar de ato disciplinar, salvo quando praticado por autoridade incompetente ou com inobservância de formalidade essencial. O art. 144 da lei 8.112/90 determina: As denúncias sobre irregularidades serão objeto de apuração, desde que contenham a identificação e o endereço do denunciante e sejam formuladas por escrito, confirmada a autenticidade. DOS FATOS A EMPRESA AQUATRANS é concessionária de transporte público aquaviário no Estado X há sete anos e foi surpreendida com a edição do Decreto 1.234, da Chefia do Poder Executivo Estadual, que, na qualidade de Poder Concedente, declarou a caducidade da concessão e fixou o prazo de trinta dias para assumir o serviço, ocupando as instalações e os bens reversíveis. Cumpre esclarecer, que a empresa jamais fora cientificada de qualquer inadequação na prestação do serviço. DOS FUNDAMENTOS Ressalta-se, a nulidade do Decreto 1.234 tendo em vista a inobservância do devido processo legal (art. 5º, LIV, CF), pois a concessão é uma espécie de contrato administrativo através da qual transfere-se a execução de serviço público para particulares, por prazo certo e determinado e o poder Público não poderá desfazer a concessão sem o pagamento de uma indenização, por causa do prazo já estabelecido e além do mais, se a concessão não é precária, não pode ser desfeita a qualquer momento. Esclarece também, que não houve a cientificação das irregularidades e nem a fixação de prazo para a correção como já preconizado no art. 38, §3 da Lei 8.987/95Lei nº 8.987 de 13 de Fevereiro de 1995. Art. 38: A inexecução total ou parcial do contrato acarretará, a critério do poder concedente, a declaração de caducidade da concessão ou a aplicação das sanções contratuais, respeitadas as disposições deste artigo, do art. 27, e as normas convencionadas entre as partes. § 3º: Não será instaurado processo administrativo de inadimplência antes de comunicados à concessionária, detalhadamente, os descumprimentos contratuais referidos no § 1º deste artigo, dando-lhe um prazo para corrigir as falhas e transgressões apontadas e para o enquadramento, nos termos contratuais. Como também não foi instaurado processo de verificação de inadimplência como requeri do art. 38, §2º, da Lei 8.987/95. § 2º: A declaração da caducidade da concessão deverá ser precedida da verificação da inadimplência da concessionária em processo administrativo, assegurado o direito de ampla defesa. Desta forma, não resta dúvidas que fora completamente infringido os princípios do devido processo legal e da ampla defesa, pois o Chefe de Estado em nenhum momento observou os critérios a serem seguidos, ferindo direito líquido e certo da autora do presente, dando-lhe legitimidade para a impetração do mandado pleiteando a anulação do referido decreto. DA LIMINAR Isto posto, o impetrante requer a Vossa Excelência. O deferimento do Mandado de Segurança LIMINARMENTE INALDITA ALTERA PARTS, ante a ofensa ao direito líquido e certo e o perigo da demora, de acordo com o art. 7º, III da Lei de Mandado de Segurança. O fumus boni iuris apresenta-se fartamente demonstrado pelo impetrante nos autos, onde se comprova a existência do direito incontestável, líquido e certo, requerido. O periculum in mora é fato indiscutível, questão de vida e sobrevivência familiar ameaçada que está, ainda será pela demora na prestação jurisdicional. Diante do caso, há receio de dano irreparável, pois Fundamento do pedido de liminar abstenção de medidas para assunção do serviço ou suspensão dos efeitos do decreto. DO PEDIDO Diante do Exposto requer a Vossa Excelência. O seguinte: 1. Concessão da liminar, determinando-se a suspensão da eficácia do ato impugnado, autorizando-se a impetrante dar continuidade ao serviço prestado. 2. Procedência do pedido com a concessão da Ordem, a fim de determinar nulo o decreto 1.234 tornando definitiva a liminar pleiteada. DO VALOR DA CAUSA Dá-se à causa o valor de XXX Neste termo, pede e aguarda deferimento. Manaus, Amazonas 25 de maio de 2020.
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