Buscar

Mandado de Segurança

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA __ VARA (CÍVEL OU FAZENDA PÚBLICA) DA COMARCA DE ....
MM LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrição estadual ..., CNPJ...., e-mail ..., com sede à Rua ...., n. ...., Bairro ..., Município ..., Estado ...., neste ato representada por João, sócio-diretor, nacionalidade ..., portador do CPF n. ..., RG n. ..., com endereço eletrônico ...., domiciliado e residente ...., vem, por seu advogado (instrumento de mandato acostado – doc. 1), tempestivamente, impetrar MANDADO DE SEGURANÇA com pedido de LIMINAR, com fundamento no artigo 5º, LXIX, da Constituição da República e artigo 1º da Lei 12.016/09, contra ato do Sr. SECRETARIO DE POSTURAS DO MUNICÍPIO, autoridade coatora, o qual pe vinculado à pessoa jurídica do Município X, pelos motivos de fato e de Direito a seguir expostos.
DO PRAZO
Consoante se depreende dos autos, o impetrante ingressou com o presente mandado de segurança aos..., sendo que o cerceamento de direito líquido e certo se deu há 60 dias, portanto dentro dos 120 dias previstos no artigo 23 da Lei 12.016/2009.
DOS FATOS
O João, sócio-diretor da empresa MM Ltda, foi surpreendido com uma notificação do Município X para pagar multa de R$ 10.000,00 e encerrar as suas atividades empresariais na cidade em um espaço de tempo de até 90 dias.
Atônito, João, ao ler a notificação, descobre que foi aberto um processo administrativo para apurar denúncia de violação ao Decreto Municipal n° 5.678, de 2014, sem lastro de lei municipal, que veda a instalação de lojas de produtos eletrônicos em bairros de perfil residencial, determina a aplicação de multa e estabelece um prazo de até 90 dias para o encerramento das atividades empresariais no Município.
Após a abertura do processo e instrução com registro fotográfico, foi proferida decisão, pelo Secretário de Posturas do Município, sem prévia oitiva da empresa, determinando a aplicação da multa, no valor indicado, bem como fixando o prazo de 90 dias para encerramento das atividades empresariais, sob pena de interdição e lacre do estabelecimento, na forma do Decreto Municipal. A notificação vem acompanhada de cópia integral daquele processo administrativo.
Dessa forma, o Impetrante encontra-se impossibilitado de exercer seu direito, pois, teve seu direito líquido e certo violado, do contraditório e a ampla defesa e devido processo legal, já no momento que não foi notificado com antecedência sobre a instauração do referido processo administrativo em seu desfavor, não restando alternativa senão a impetração do presente remédio constitucional.
DO DIREITO
De acordo com a Constituição Federal de 1988, conceder-se-á Mandado de Segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público (art. 5º, LXIX). De modo que, cabe ao impetrante demonstrar a lesão a direito líquido e certo, ou seja, direito que se considera incorporado definitivamente ao patrimônio de alguém e sobre o qual não paira dúvida ou contestação possível.
Igualmente, o artigo 1º, da Lei nº 12.016/09 institui que será concedido o mandado de segurança "para proteger direito líquido e certo, não amparado por ‘habeas corpus’ ou 'habeas data', sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça".
Conclui-se que o ato coator viola direito líquido e certo do Impetrante, fazendo jus à concessão da ordem para que explicar a ordem desejada para que cesse a violação ao seu direito.
a) DA COMPETÊNCIA
No mandado de segurança, a competência é definida pela natureza da autoridade coatora. No presente caso, a autoridade coatora é o Secretário de Posturas, o que justifica que a presente ação seja ajuizada perante a Justiça Estadual.
b) DA LEGITIMIDADE ATIVA
A legitimidade ativa para a impetração do mandado de segurança está previsto no art. 5°, LXIX, da Constituição da Federal e no art. 1° da Lei n. 12.016/2009. Da leitura dos referidos artigos, o legitimado ativo para propor o mandado de segurança é qualquer pessoa física ou jurídica, titular do direito líquido e certo.
Na presente situação, o autor da ação preenche o requisito subjetivo, pois é a empresa MM Ltda, representada por João, impetrante, que visa assegurar o conhecimento do direito líquido e certo, em face de ter havido ilegalidade praticada por ato do Secretário de Posturas.
c) DA LEGITIMIDADE PASSIVA
De acordo com o art. 5°, LXIX, da Constituição Federal c/c os arts. 1° e 6°, §3°, da Lei n. 12.016/2009, o legitimado passivo é a autoridade pública ou agente no exercício de função pública que tenha praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática.
Na presente situação, afirma-se que o legitimado passivo é o Secretário de Posturas, já que praticou o ato coator na hipótese dos autos.
DO MÉRITO
No caso em tela, justifica-se o cabimento deste mandado de segurança, pela presença dos requisitos:
a) Prática de ato omissivo ou comissivo pela autoridade coatora: o ato praticado pela autoridade coatora é a notificação de uma multa fundamentada em decreto sem lastro em prévia lei municipal;
b) Ilegalidade ou abuso de poder: o ato coator consistente na cobrança de multa se constitui em ilegalidade, visto que viola os princípios do contraditório, ampla defesa, proporcionalidade e legalidade.
Houve violação do princípio do contraditório e da ampla defesa, uma vez que, tramitou um processo administrativo com aplicação de penalidade sem que fosse dada oportunidade à oitiva da empresa, a fim de apresentar defesa.
Houve a violação do princípio da proporcionalidade e razoabilidade, tendo em vista que a própria exigência e, sobretudo, as cominações previstas no Decreto, são manifestamente excessivas, configurando intervenções desmedidas sobre o patrimônio e sobre a atividade econômica exercida pela empresa.
Houve violação ao princípio do devido processo legal, que “ninguém será privado da liberdade ou dos seus bens sem o devido processo legal” ainda mais no sentido processual, a parte tem direito de citação e conhecimento da acusação, direito a juiz imparcial, ao contraditório, defesa técnica, à igualdade entre acusação e defesa, de não ser acusado ou processado com base em provas ilícitas.
Além do princípio da legalidade, que consoante ao art. 5°, II da Constituição de 1988, “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”. Desta forma, eventual restrição à livre concorrência e à livre iniciativa somente podem ser veiculadas por lei em sentido formal, não por decreto.
c) Lesão ou ameaça de lesão: o prejuízo consiste no pagamento da multa ilegal de R$ 10.000,00 (Dez mil reais), além do encerramento das atividades empresariais;
d) Direito líquido e certo: direito de afastar a exigência da multa ilegal e garantir a permanência das atividades empresariais.
Assim, presentes os requisitos que garantem do mandado de segurança, a ordem deve ser concedida no sentido de anular a multa e o ato que determinou o encerramento das atividades empresariais.
DA LIMINAR
Conforme o art. 7°, II, da Lei n. 12.016/2009, é possível a concessão da liminar, sempre que presentes os requisitos:
A) fumus boni iuris está evidenciado pela existência de disposição legal e princípios constitucionais que evidenciam a violação aos princípios do contraditório, ampla defesa, razoabilidade, proporcionalidade, devido processo legal e legalidade;
B) Periculum in mora, está caracterizado, pois, caso não seja concedida a liminar em favor do impetrante, de forma urgente e imediata, ocorrerá lesão grave e de difícil reparação, consistente na não permanência das atividades empresariais.
Assim sendo, presentes os requisitos do fumus boni iuris e periculum in mora, como restou comprovado acima, a liminar deve ser concedida, como direitosubjetivo do impetrante, para melhor aplicação da lei e respeito aos valores supremos da sociedade.
DO PEDIDO
Diante do exposto, espera que a ordem seja concedida, assegurado ao impetrante o direito de especificar e que se suspenda o ato impugnado até decisão da causa. Diante do exposto, requer-se:
a) A concessão da medida liminar com a expedição de ofícioo para que a autoridade coatora suspensa o ato lesivo que deu motivo ao pedido, assegurando o direito do impetrante de manter as atividade até o julgamento do mérito da ordem, com base no art. 7°, III, da Lei n. 12.016/2009;
b) Que seja notificada a autoridade coatora dos termos da presente ação para que sejam prestadas as informações, no prazo de dez dias nos termos do art.7° da Lei n. 12.016/2009;
c) Que se dê ciência dos feitos ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada, enviando-lhe cópia da inicial com todos os documentos, para que, querendo, ingresse no feito, nos termo do art.7°, II da Lei n. 12.016/2009;
d) A intimação do representante do Ministério Público para que seja ouvido dentro de 10 dias, nos termos do art.12 da Lei n 12.016/2009;
e) Juntada de documentos anexos;
f) A procedência da pretensão do mandado de segurança, para que seja anulada a multa, bem como do ato que determinou o encerramento das atividades empresariais, nos termo do art.5°, LXIX;
g) Condenação do Impetrado no pagamento das custas e despesas processuais, na forma da lei.
h) A prioridade na tramitação do feito, conforme artigo 20 da Lei 12.016 de 2009. 
Dá-se à causa o valor de R$ ___ em reais, para efeitos procedimentais.
Nesses termos, pede deferimento.
Local, dia/mês/ano.
Assinatura do Advogado
OAB n. ....

Continue navegando