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Modelo Acao-anulatoria-ato-administrativo-Nulidade-exoneracao-cargo-publico (1)

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA ________ DA COMARCA DE ________ 
________ , ________ , ________ , inscrito no CPF sob nº ________ , ________ , residente e domiciliado na ________ , vem à presença de Vossa Excelência, por seu representante constituído propor 
AÇÃO ANULATÓRIA DE ATO ADMINISTRATIVO C/C PEDIDO LIMINAR
em face de ________ , pelos fatos e motivos que passa a expor. 
DOS FATOS
Conforme narra o Processo Administrativo Disciplinar que junta em anexo, houve uma denúncia de que o denunciado teria ________ , o que não foi confirmado por nenhuma prova ou dos depoimentos colhidos na instrução.
Com a conclusão da Sindicância, houve a instauração do Processo Administrativo Disciplinar, o qual foi instruído pelas peças da sindicância e com novos depoimentos que vieram a confirmar a inconteste inocência do denunciado.
No entanto, não bastasse as provas colhidas, mesmo sem a notificação do Autor para que pudesse realizar sua defesa prévia, a sanção foi aplicada em grave afronta aos princípios da Legalidade, Contraditório e da Ampla Defesa, Proporcionalidade e boa fé.
DA AUSÊNCIA DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA - NULIDADE
A Lei que regulamenta o processo administrativo, Lei nº 9.784/99, prescreve de forma muito clara, que toda a decisão administrativa deve ter franqueada a possibilidade de recurso administrativo:
Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de mérito.
§ 1o O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de cinco dias, o encaminhará à autoridade superior.
Art. 68. As sanções, a serem aplicadas por autoridade competente, terão natureza pecuniária ou consistirão em obrigação de fazer ou de não fazer, assegurado sempre o direito de defesa.
Numa acepção ontológica constitucional, o processo administrativo sancionador é o conjunto de atos tendentes à verificação dos fatos lesivos ao interesse público, consubstanciado no efetivo exame de uma situação jurídica submetida à apreciação da Administração Pública. 
Portanto, qualquer decisão deve ser pautada pelo contraditório e à ampla defesa. Somente após a obtenção desta decisão é possível o algum ato coercitivo administrativo.
Não se questiona a autoexecutoriedade das sanções. Contudo, a imposição de penalidade sem a ampla defesa – que é o caso, transborda de inconstitucionalidade!
“(...) processo administrativo punitivo é todo aquele promovido pela Administração para a imposição de penalidade por infração à lei regulamento ou contrato. Esses processos devem ser [i] necessariamente contraditórios, com oportunidade de defesa, [ii] que deve ser prévia, e estrita observância do devido processo legal, sob pena de nulidade da sanção imposta.” (MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 34. ed. São Paulo: Malheiros. 2008. P. 702.)
O direito ao questionamento da decisão, albergado na fase recursal é garantia obrigatória não apenas nos processos judiciais, como também nos processos administrativos:
"Os postulados da ampla defesa e do contraditório são de observância obrigatória não apenas no processo judicial, mas também em procedimento administrativo (art. 5º, LV, da CF/88 e art. 2º da Lei nº 9.784/99). 3. A observância às garantias previstas pelo art. 5º, LV, da Carta Magna são imprescindíveis quando a anulação do ato administrativo que se objetiva envolver apuração de questão fática, como é o caso dos autos. (TRF-2 - AG: 201102010169197, Relator: Desembargadora Federal VERA LUCIA LIMA, Data de Julgamento: 25/04/2012, OITAVA TURMA ESPECIALIZADA, Data de Publicação: 04/05/2012).
Assim, patente a violação ao direito da parte ao contraditório e à ampla defesa em sede administrativa, outra alternativa não resta se não a imediata nulidade da sanação aplicada.
DESPROPORCIONALIDADE DA PENA APLICADA
Ao tratarmos de processo sancionador, não podemos deixar de lado o que dispõe o artigo 128 do Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis da União:
Art. 128. Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais.
Ou seja, a penalidade a ser aplicada requer uma proporcionalidade mínima à gravidade da infração além dos danos evidenciados.
No caso em apreço, importante que fique registrado:
a) nenhum prejuízo ao erário, ou mesmo, ao serviço público foi causado, pelo contrário, ________ ;
b) a intencionalidade do agente fica perfeitamente demonstrada, alinhada à boa fé e ao interesse público. 
Diante, portanto, de um mero vício formal do ato administrativo, torna-se excessivo e desproporcional punir com ________ o servidor, visto que buscava unicamente atingir o interesse público.
Trata-se da necessária observância à previsão legal da proporcionalidade disposto no art. 2° da Lei que Regula o Processo Administrativo - Lei n° 9784/1999:
Art. 2° A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência. 
(...) 
Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre outros, os critérios de: (...)
VI - adequação entre meios e fins,vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público.
Para Joel de Menezes Niebuhr, a sanção deve estar intimamente atrelada às circunstancias do ato, em observância ao principio da proporcionalidade:
O princípio da proporcionalidade aplica-se sobre todo o Direito Administrativo e, com bastante ênfase, em relação às sanções administrativas. [...]. Ao fixar a penalidade, a Administração deve analisar os antecedentes, os prejuízos causados, a boa ou má-fé, os meios utilizados, etc. Se a pessoa sujeita à penalidade sempre se comportou adequadamente, nunca cometeu qualquer falta, a penalidade já não deve ser a mais grave. A penalidade mais grave, nesse caso, é sintoma de violação ao princípio da proporcionalidade. (Licitação Pública e Contrato Administrativo. Ed. Fórum: 2011, p. 992);
Em sintonia com este entendimento, Alexandre de Moraes esboça a relevância da conjuntura entre razoabilidade e proporcionalidade dos atos administrativos, em especial nos que refletem em penalidades:
O que se exige do Poder Público é uma coerência lógica nas decisões e medidas administrativas e legislativas, bem como na aplicação de medidas restritivas e sancionadoras; estando, pois, absolutamente interligados, os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade (Constituição do Brasil Interpretada e Legislação Constitucional, ed. Atlas, São Paulo, 2004, 4ª edição, p. 370).
Portanto, demonstrada a boa-fé do Agente público em toda condução de suas atividades, não há que se aceitar uma penalidade tão gravosa, devendo existir a ponderação dos princípios aplicáveis ao processo administrativo.
DA AUSÊNCIA DE DANO AO ERÁRIO PÚBLICO
Imperioso reiterar, que estamos diante de uma simples irregularidade formal, que aliás, é passível de nulidade somente quando lesiva ao erário público, na forma em que dispõe a Lei nº 4.717/65 que regula a Ação Popular:
Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo anterior, nos casos de:
(....)
b) vício de forma;
Ou seja, a nulidade do ato além de prescindir de dano ao erário público, deve ser insuscetível de convalidação, e ser mais vantajoso ao interesse público a nulidade do que a sua manutenção, o que não é o caso. 
Afinal, estamos diante de um ato que ________ , ou seja, não subjaz qualquer lesão ao erário que justificasse tamanha severidade na pena. 
Nesse sentido, é pacífico na doutrina e na jurisprudência que a exigência do estrito cumprimento formal, previsto em lei, deve ser ponderado com os demais princípios que norteiam a Administração Pública:
I - "Se não se nega à Administração a faculdade de anularseus próprios atos, não se há de fazer disso, o reino do arbítrio." (STF – RE 108.182/Min. Oscar Corrêa).
II - "A regra enunciada no verbete nº 473 da Súmula do STF deve ser entendida com algum temperamento: no atual estágio do direito brasileiro, a Administração pode declarar a nulidade de seus próprios atos, desde que, além de ilegais, eles tenham causado lesão ao Estado, sejam insuscetíveis de convalidação e não tenham servido de fundamento a ato posterior praticado em outro plano de competência. (STJ – RMS 407/Humberto).
III – (...)
(REsp 300.116/SP, Rel. Ministro HUMBERTO GOMES DE BARROS, PRIMEIRA TURMA, julgado em 06/11/2001, DJ 25/02/2002, p. 222)
O princípio da legalidade constitui apenas um dos elementos estruturais do Estado de Direito, o qual postula igualmente a observância dos princípios da segurança jurídica, da boa-fé e da presunção de legitimidade dos atos públicos.
Daí a importância de se considerar todos os elementos formadores do ato administrativo, a fim de que o servidor não seja punido severamente pelo simples fato de ocupar determinado cargo e agir em busca de solucionar os mais variados anseios da coletividade.
Lúcia Valle Figueiredo, ao lecionar sobre a extinção dos contratos administrativos alerta:
Sem dúvida, um valor eventualmente a proteger seria o cumprimento da ordem jurídica. Mas por outro lado, encontram-se outros valores, também albergados no ordenamento, merecedores de igual proteção, como a boa-fé, a certeza jurídica a segurança das relações estabelecidas. Em casos tais – ausência de dano bem como a necessidade de proteção de outros valores – a Administração não deve anular seu ato viciado, pois o sistema repeliria tal proceder. (Extinção dos Contratos Administrativos. Ed. RT – 3ª ed., pg 78)
Portanto, merece amparo o pleito aqui albergado, de forma que seja revista a penalidade aplicada, para fins de equilíbrio entre eventual dano (não identificado neste caso) e a penalidade aplicada.
DAS PROVAS QUE PRETENDE PRODUZIR
O Autor pretende instruir seus argumentos com as seguintes provas:
a) depoimento pessoal do ________ , para esclarecimentos sobre ________ ;
b) ouvida de testemunhas, cujo rol será depositado em Cartório na devida oportunidade, 
c) a juntada dos documentos em anexo, em especial ________ ;
d) reprodução cinematográfica a ser apresentada em audiência nos termos do Parágrafo Único do art. 434 do CPC;
e) análise pericial da ________ ;
DA TUTELA DE URGÊNCIA
DA PROBABILIDADE DO DIREITO: Como ficou perfeitamente demonstrado, o direto do Autor é caracterizado pelo ________ .
DO RISCO AO RESULTADO ÚTIL DO PROCESSO: Trata-se de circunstância que confere grave risco de perecimento do resultado útil do processo, afinal, diante da manutenção da penalidade ao Autor, ________ 
Diante de tais circunstâncias, é inegável a existência de fundado receio de dano irreparável, sendo imprescindível a ________ .
DA TUTELA DE EVIDÊNCIA
Nos termos do Art. 311, “a tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo”, quando preenchido alguns requisitos, previstos em seus incisos, quais sejam:
DO ABUSO DE DIREITO – inciso I: Conforme demonstrado, O Réu cometeu abuso de direito ao ________ .
MANIFESTO PROPÓSITO PROTELATÓRIO DA PARTE – inciso I: Conforme conduta do Réu, ficou caracterizado o intuito protelatório ao ________ 
PROVA DOCUMENTAL PRÉ-CONSTITUÍDA - incisos II e IV: Para fins de comprovação de seu direito, junta-se à presente ação os seguintes documentos como prova suficiente do direito: ________ 
TESE FIRMADA EM JULGAMENTOS REPETITIVOS E SÚMULA VINCULANTE – inciso II: Trata-se de matéria já visitada em sede de recursos repetitivos conforme julgados nºs ________ 
MANIFESTAÇÃO E DOCUMENTAÇÃO DO RÉU - inciso IV: Pela documentação já apresentada pelo Réu tem-se de forma inequívoca presente sua manifestação sobre a matéria em tela.
Posto isso, requer ordem liminar inaudita altera parte, nos termos do art. 9º, Paragrafo Único, inciso II, do CPC, ordem para ________ 
DA JUSTIÇA GRATUITA
O Autor encontra-se desempregado, não possuindo condições financeiras para arcar com as custas processuais sem prejuízo do seu sustento e de sua família, conforme declaração de hipossuficiência, cópia dos seus contracheques e certidão de nascimento dos filhos que junta em anexo.
Por tais razões, com fulcro no artigo 5º, LXXIV da Constituição Federal e pelo artigo 98 do CPC, requer seja deferida a AJG ao requerente.
DOS PEDIDOS
Por todo o exposto, REQUER:
1. A concessão da Assistência Judiciária Gratuita, nos termos do art. 98 do Código de Processo Civil; 
1. O deferimento da medida liminar para fins de suspender os efeitos da penalidade aplicada;
1. a citação do Réu para responder, querendo, 
1. A total procedência da ação para que seja declarada nula a penalidade aplicada, com a imediata reintegração do Autor ao cargo;
1. A produção de todas as provas admitidas em direito, em especial a ________ 
1. Manifesta o interesse na realização de audiência conciliatória nos termos do art. 319, VII, do CPC. 
1. A condenação do réu ao pagamento de honorários advocatícios nos parâmetros previstos no art. 85, §2º do CPC; 
Dá-se à causa o valor de R$ ________ 
Nestes termos, pede deferimento
________ , ________ 
________ 
________ OAB/ ________ ________ 
ANEXOS
1. Documentos de identidade do Autor, RG, CPF, Comprovante de Residência 
2. Procuração 
3. Declaração de Pobreza 
4. Cópia integral do PAD

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