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31/03/2020 1 Hidráulica Aplicada Aula 2_Reynolds; Perda de carga em regime turbulento; Fator de atrito. Prof. Marcos Dini 31/03/2020 2 Aula 6 31/03/2020 3 Definições Importantes • Tubo ✓ Uma só peça ✓ Geralmente, seção transversal circular ✓ Comprimento limitado (fabricação ou transporte) ✓ Diâmetro não muito pequeno ✓ Exemplos: tubo de ferro fundido, tubos de concreto, tubos PVC. • Tubulação ✓ Conduto constituído de tubos (várias peças), ou ✓ Tubulação contínua (fabricação no local) ✓ Sinônimos: canalização, encanamento. • Cano ✓ Peça geralmente cilíndrica ✓ Pequeno diâmetro ✓ Exemplos: canos de chumbo, de PVC (termo mais usado em instalações prediais). 31/03/2020 4 Definições Importantes • Conduto Forçado ✓ O líquido escoa sob pressão diferente da atmosférica ✓ A canalização funciona SEMPRE totalmente cheia (seção plena) ✓ O conduto é SEMPRE fechado ✓ OBS: quando funcionando com a seção cheia, em geral, estão sob pressão maior que a atmosférica. As canalizações de distribuição de água nas cidades, sempre devem funcionar como condutos forçados. • Conduto Livre ✓ Apresentam em qualquer ponto da superfície livre pressão igual à atmosférica ✓ Funcionam SEMPRE por gravidade Os coletores de esgoto normalmente funcionam como condutos livres. 31/03/2020 5 Definições Importantes 31/03/2020 6 Nas condições limite, em que um conduto livre funciona totalmente cheio, na linha de corrente junto à geratriz superior do tubo, a pressão deve igualar-se à pressão atmosférica. Definições Importantes 31/03/2020 7 • Condutos forçados incluem: ✓ Encanamentos ✓ Canalizações ou tubulações sob pressão ✓ Canalizações ou tubulações de recalque ✓ Canalizações ou tubulações de sucção ✓ Sifões • Conduto livres incluem: ✓ Canaletas ✓ Calhas ✓ Drenos ✓ Interceptores de esgoto ✓ Coletores de esgoto ✓ Galerias ✓ Cursos de água naturais Definições Importantes 31/03/2020 8 Experiências de Reynolds: movimentos laminar e turbulento Torneira para regularização da vazão! corante 31/03/2020 9 Experiências de Reynolds: movimentos laminar e turbulento 1) Regime Laminar: partículas fluidas com trajetórias bem definidas, que não se cruzam. 2) Regime turbulento: movimento desordenado das partículas. A velocidade apresenta em qualquer instante uma componente transversal. 31/03/2020 10 Experiências de Reynolds: movimentos laminar e turbulento CONCLUSÃO DE REYNOLDS PARA SE DETERMINAR O TIPO DE MOVIMENTO: 𝑅𝑒 = 𝑣𝐷 𝜈 𝑣 → 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑚 𝑠 𝐷 → 𝑑𝑖â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑎 𝑐𝑎𝑛𝑎𝑙𝑖𝑧𝑎çã𝑜 (𝑚) 𝜈 → 𝑣𝑖𝑠𝑐𝑜𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑐𝑖𝑛𝑒𝑚á𝑡𝑖𝑐𝑎 ( 𝑚2 𝑠 ) O melhor critério para se determinar o tipo de movimento em uma canalização não se prende exclusivamente ao valor da velocidade, mas ao valor de uma expressão que também considera a viscosidade do líquido. 31/03/2020 11 Experiências de Reynolds: movimentos laminar e turbulento Para os encanamentos, o escoamento em regime laminar ocorre e é estável para valores do número de Reynolds inferiores a 2000. Entre esse valor e 4000 encontra-se uma zona crítica, na qual não se pode determinar com segurança a perda de carga nas canalizações. Nas condições práticas, o movimento da água em canalizações é sempre turbulento! 31/03/2020 12 Número de Reynolds • Velocidade entre o fluido e o material que o envolve • Dimensão linear típica (diâmetro, profundidade..) • Viscosidade cinemática do fluido. 1) Tubos de seção circular: 𝑅𝑒 = 𝑣𝐷 𝜈 2) Seções não circulares: 𝑅𝑒 = 4𝑅𝐻𝑣 𝜈 𝑅𝐻 → 𝑟𝑎𝑖𝑜 ℎ𝑖𝑑𝑟á𝑢𝑙𝑖𝑐𝑜 3) Canais ou condutos livres: 𝑅𝑒 = 𝑣𝐻 𝜈 𝐻 → 𝑝𝑟𝑜𝑓𝑢𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑅𝐻 = á𝑟𝑒𝑎 𝑚𝑜𝑙ℎ𝑎𝑑𝑎 𝑝𝑒𝑟í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑚𝑜𝑙ℎ𝑎𝑑𝑜 31/03/2020 13 Número de Reynolds Na prática, qual regime se verifica no escoamento da água, do ar e outros fluidos poucos viscosos? A velocidade média de escoamento, em canalizações de água, geralmente varia em torno de 0,90 m/s (entre 0,5 e 2 m/s)... Admitindo a temperatura média da água de 20°C, a viscosidade tem o valor de 0,000001 m²/s (10^-6) Considerando uma canalização com diâmetro de 50 mm, teríamos: 𝑅𝑒 = 𝑣𝐷 𝜈 = 0,90 ∗ 0,05 0,000001 = 45.000 → 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑏𝑒𝑚 𝑎𝑐𝑖𝑚𝑎 𝑑𝑒 4.000 Para diâmetros maiores...os valores de Reynolds são ainda maiores! 31/03/2020 14 Número de Reynolds Na prática, o escoamento da água, do ar e outros fluidos poucos viscosos se verifica em regime turbulento! 31/03/2020 15 Perdas de Carga: conceito e natureza • (1)-(2): parte da energia inicial se dissipa na forma de calor. • A soma das três cargas em (2) não se iguala à carga total em (1). • A diferença ℎ𝑓 é denominada perda de carga. 31/03/2020 16 ✓ Varia de zero – Superfície/Condição de não escorregamento ✓ Máxima velocidade – Centro do tubo Perdas de Carga: conceito e natureza • Regime Laminar: a resistência ao escoamento é devida inteiramente à viscosidade. • Essa perda de energia é denominada perda por atrito (diferente com a que ocorre com os sólidos!). Junto às paredes dos tubos não há movimento do fluido! A velocidade se eleva de zero até o seu valor máximo no eixo do tubo Pode-se imaginar: uma série de camadas em movimento com velocidades diferentes. 31/03/2020 17 ✓ Varia de zero – Superfície/Condição de não escorregamento ✓ Máxima velocidade – Centro do tubo Perdas de Carga: conceito e natureza • Regime Turbulento: a resistência é o efeito combinado das forças devidas à viscosidade e a inércia. • A distribuição de velocidades na canalização depende da turbulência e esta é influenciada pelas condições das paredes. Um tubo com paredes rugosas causaria maior turbulência! 31/03/2020 18 Perdas de Carga: classificação ▪ Perdas Contínuas (ou perda por resistência ao escoamento) ✓ Perda ocasionada pelo movimento da água na própria tubulação. ✓ Admite-se que seja uniforme em qualquer trecho de uma canalização de dimensões constantes, independentemente da posição da canalização. ▪ Perdas Localizadas (ou locais ou acidentais) ✓ Provocadas pelas peças especiais e demais singularidades de uma instalação. ✓ São relativamente importantes no caso de canalizações curtas com peças especiais. ✓ Em canalizações longas, o seu valor frequentemente é desprezível, comparado ao da perda pela resistência ao escoamento. 31/03/2020 19 Expressões para Perdas de Carga ℎ𝑓 = 𝑓 ∗ 𝐿 𝐷 ∗ 𝑉2 2𝑔 Fórmula de Darcy-Weisbach ou Fórmula Universal ▪ f: coeficiente de atrito ▪ L: comprimento da tubulação ▪ V: velocidade média ▪ D: diâmetro ▪ g: aceleração da gravidade O valor do coeficiente de atrito “f” será sempre obtido com o uso de tabelas e gráficos. Expressão Geral das Perdas Localizadas ℎ𝑓 = 𝐾 ∗ 𝑉2 2𝑔 O coeficiente “K” pode ser obtido experimentalmente para cada caso. Verificou-se que “K” para 𝑅𝑒> 50.000 é praticamente constante. Para fins de aplicação prática pode-se considerar constante o valor de “K” para determinada peça, desde que o escoamento seja turbulento. 31/03/2020 20 31/03/2020 21 O coeficiente de atrito “f” A fórmula de Darcy-Weisbach é aplicável aos problemas de escoamento de qualquer líquido em encanamentos. O coeficiente de atrito “f”, sem dimensões, é função do número de Reynolds e da rugosidade relativa. Os valores do coeficiente de atrito “f” são obtidos em função do número de Reynolds e da rugosidade relativa, tendo-se em vista o regime de escoamento. REGIME LAMINAR 𝑓 = 64 𝑅𝑒 31/03/2020 22 Diagrama de Moody REGIME TURBULENTO ✓ Depende de “𝑅𝑒” e da rugosidade relativa 𝜀/𝐷 (razão entre a altura média da rugosidade do tubo e do diâmetro); ✓ Equação de Colebrook: ✓ Fator de atrito como função de 𝑅𝑒 e de 𝑅𝑒 𝑓 ✓ Diagrama de Moody: ✓ Apresenta 𝑓 para escoamento de tubo como função de (Re e 𝜀/𝐷); ✓ Diagrama mais aceito e utilizado na engenharia para tubos circulares; ✓ Para tubos não circulares utiliza-se o diâmetro hidráulico. 31/03/2020 23 Problemas de Escoamento Tipos 1. Determinação da queda de pressão ou perda de carga:• Simples; • Resolução com o diagrama de Moody-Rouse. 2. Determinação da vazão: • Projetos de engenharia; • Minimizar custos; 3. Determinação do diâmetro do tubo: • Seleção de diâmetro; • Minimizar custos. 31/03/2020 24 31/03/2020 25 Obrigado!
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