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PRERROGATIVAS DOS ADVOGADOS(AS)
ART. 7º - SÃO DIREITOS DO ADVOGADO:
I – EXERCER, COM LIBERDADE, A PROFISSÃO EM TODO O TERRITÓRIO NACIONAL;
O advogado inscrito em São Paulo pode exercer a advocacia em Goiás, PB etc. Todo o território nacional.
Liberdade condicionada: fora do Estado onde há inscrição principal ou suplementar, o advogado fica limitado a 5 causas (judiciais ou extrajudiciais – desde que sejam privativas de advogado –) por ano. 
II – A INVIOLABILIDADE DE SEU ESCRITÓRIO OU LOCAL DE TRABALHO, BEM COMO DE SEUS INSTRUMENTOS DE TRABALHO, DE SUA CORRESPONDÊNCIA ESCRITA, TELEFÔNICA E TELEMÁTICA, DESDE QUE RELATIVAS AO EXERCÍCIO DA ADVOCACIA;
Tudo que é ligado ao exercício da advocacia é inviolável. 
III – COMUNICAR-SE COM SEUS CLIENTES, PESSOAL E RESERVADAMENTE, MESMO SEM PROCURAÇÃO, QUANDO ESTES SE ACHAREM PRESOS, DETIDOS OU RECOLHIDOS EM ESTABELECIMENTOS CIVIS OU MILITARES, AINDA QUE CONSIDERADOS INCOMUNICÁVEIS;
A Constituição assegura ao cidadão comunicar-se com seu advogado pessoal e reservadamente, portanto, esse inciso do EAOAB vai ao encontro do disposto na CF. 
IV – TER A PRESENÇA DE REPRESENTANTE DA OAB, QUANDO PRESO EM FLAGRANTE, POR MOTIVO LIGADO AO EXERCÍCIO DA ADVOCACIA, PARA LAVRATURA DO AUTO RESPECTIVO, SOB PENA DE NULIDADE E, NOS DEMAIS CASOS, A COMUNICAÇÃO EXPRESSA À SECCIONAL DA OAB;
Obs.: não é no momento da prisão em flagrante, e sim no momento da lavratura do auto de prisão em flagrante pela autoridade policial.
Nos crimes que sejam ligados ao exercício da advocacia, se o representante da OAB não estiver presente neste momento, a prisão será ilegal e o processo será nulo.
Nos crimes que não sejam ligados ao exercício da advocacia, a obrigatoriedade é de comunicação expressa à OAB. Se a OAB não for comunicada expressamente antes de ser lavrado o auto, o processo será nulo e a prisão será ilegal. 
V – NÃO SER RECOLHIDO PRESO, ANTES DE SENTENÇA TRANSITADA EM JULGADO, SENÃO EM SALA DE ESTADO-MAIOR, COM INSTALAÇÕES E CONDIÇÕES CONDIGNAS E, NA SUA FALTA, EM PRISÃO DOMICILIAR; 
O Estado é quem reconhece o que é sala de Estado-Maior. 
Tendo o processo transitado em julgado, será levado para unidade prisional comum, como qualquer preso. 
Válido tanto para crimes cometidos no exercício da função, quanto para crimes que não tenham a ver com a advocacia.
VI – INGRESSAR, LIVREMENTE:
a) nas salas de sessões dos tribunais, mesmo além dos cancelos que separam a parte reservada aos magistrados; 
b) nas salas e dependências de audiências, secretarias, cartórios, ofícios de justiça, serviços notariais e de registro, e, no caso de delegacias e prisões, mesmo fora da hora de expediente e independentemente da presença de seus titulares;
c) em qualquer edifício ou recinto em que funcione repartição judicial ou serviço público onde o advogado deva praticar ato ou colher prova ou informação útil ao exercício da atividade profissional, dentro do expediente ou fora dele, e ser atendido desde que se ache presente qualquer servidor ou empregado; 
Ex.: preciso pegar um processo – não posso entrar e pegar esse processo se não tiver um funcionário para me atender.
d) em qualquer assembleia ou reunião de que participe ou possa participar o seu cliente, ou perante a qual este deva comparecer, desde que munido de poderes especiais.
Ex.: assembleia de condomínio, assembleia de credores – desde que a procuração tenha poderes especiais. 
VII – PERMANECER SENTADO OU EM PÉ E RETIRAR-SE DE QUAISQUER LOCAIS INDICADOS NO INCISO ANTERIOR, INDEPENDENTEMENTE DE LICENÇA;
Não precisa pedir licença para entrar e sair, e permanecer em pé ou sentado. 
VIII – DIRIGIR-SE DIRETAMENTE AOS MAGISTRADOS NAS SALAS E GABINETES DE TRABALHO, INDEPENDENTEMENTE DE HORÁRIO PREVIAMENTE MARCADO OU OUTRA CONDIÇÃO, OBSERVANDO-SE A ORDEM DE CHEGADA; 
O advogado pode ir diretamente, e sem marcar horário, despachar ou conversar com o juiz. 
A única coisa que deve ser observada é a ordem de chegada. 
IX – INCONSTITUCIONAL: SUSTENTAR ORALMENTE AS RAZÕES DE QUALQUER RECURSO OU PROCESSO, NAS SESSÕES DE JULGAMENTO, APÓS O VOTO DO RELATOR, EM INSTÂNCIA JUDICIAL OU ADMINISTRATIVA, PELO PRAZO DE 15 MINUTOS, SALVO SE PRAZO MAIOR FOR CONCEDIDO; 
Este inciso foi considerado inconstitucional pois é contrário ao CPC, que diz que o advogado pode sustentar oralmente as razões de qualquer recurso ou processo, nas sessões de julgamento, ANTES DO VOTO DO RELATOR.
X – USAR DA PALAVRA, PELA ORDEM, EM QUALQUER JUÍZO OU TRIBUNAL, MEDIANTE INTERVENÇÃO SUMÁRIA, PARA ESCLARECER EQUÍVOCO OU DÚVIDA SURGIDA EM RELAÇÃO A FATOS, DOCUMENTOS OU AFIRMAÇÕES QUE INFLUAM NO JULGAMENTO, BEM COMO PARA REPLICAR ACUSAÇÃO OU CENSURA QUE LHE FOREM FEITAS;
“Pela ordem do Estado Democrático” – se interrompe, imediatamente, quem estiver com a palavra ou realizando alguma ação, em juízo ou tribunal.
XI – RECLAMAR, VERBALMENTE OU POR ESCRITO, PERANTE QUALQUER JUÍZO, TRIBUNAL OU AUTORIDADE, CONTRA A INOBSERVÂNCIA DE PRECEITO DE LEI, REGULAMENTO OU REGIMENTO; 
Reclamar: peticionar. 
XII – FALAR, SENTADO OU EM PÉ, EM JUÍZO, TRIBUNAL OU ÓRGÃO DE DELIBERAÇÃO COLETIVA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA OU DO PODER LEGISLATIVO; 
O advogado pode escolher entre falar sentado ou em pé, quando estiver no exercício da advocacia e estiver participando da causa. 
Não pode nenhuma resolução, portaria ou ato administrativo ir de encontro à Lei Federal (EAOAB) e determinar que o advogado só possa falar sentado. 
XIII – EXAMINAR, TER VISTA, EM QUALQUER ÓRGÃO DOS PODERES JUDICIÁRIO E LEGISLATIVO, OU DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM GERAL, AUTOS DE PROCESSOS FINDOS OU EM ANDAMENTO, MESMO SEM PROCURAÇÃO, QUANDO NÃO ESTIVEREM SUJEITOS A SIGILO OU SEGREDO SE JUSTIÇA, ASSEGURADA A OBTENÇÃO DE CÓPIAS, COM POSSIBILIDADE DE TOMAR APONTAMENTOS; 
A prerrogativa é “examinar”. Não há como examinar sem ter acesso. 
Cópia: xerox, foto.
Apontamentos: considerações do advogado sobre o que está sendo examinado. 
Quando se tratar de processo em sigilo ou segredo de justiça, deve apresentar procuração. 
XIX – EXAMINAR EM QUALQUER INSTITUIÇÃO RESPONSÁVEL POR CONDUZIR INVESTIGAÇÃO, MESMO SEM PROCURAÇÃO, AUTOS DE FLAGRANTE E DE INVESTIGAÇÕES DE QUALQUER NATUREZA, FINDOS OU EM ANDAMENTO, AINDA QUE CONCLUSOS À AUTORIDADE, PODENDO COPIAR PEÇAS E TOMAR APONTAMENTOS, EM MEIO FÍSICO OU DIGITAL; 
A prerrogativa, novamente, é “examinar”, e não há como examinar sem ter acesso aos autos de investigação ou flagrante.
Este inciso se trata, via de regra, de inquéritos policiais – autos de flagrante, autos de investigação, que tenham terminado ou que estejam em andamento, ainda que estejam conclusos com a autoridade policial. 
Neste caso não se pode tirar xerox ou fotos das peças, mas tão-somente copiar peças (transcrever). 
XV – TER VISTA DOS PROCESSOS JUDICIAIS OU ADMINISTRATIVOS DE QUALQUER NATUREZA, EM CARTÓRIO OU NA REPARTIÇÃO COMPETENTE, OU RETIRÁ-LOS PELOS PRAZOS LEGAIS;
Advogado tem direito a olhar e fazer carga do processo, pelo prazo legal (a depender da matéria).
Art. 7º, § 1º - quando não terá direito de ter vista ou retirar – sigilo, quando os documentos forem de difícil restauração e quando perder o prazo para devolver o processo. 
XVI – RETIRAR AUTOS DE PROCESSOS FINDOS, MESMO SEM PROCURAÇÃO, PELO PRAZO DE DEZ DIAS; 
O advogado pode levar consigo os autos de processos que terminaram, no prazo de 10 dias, mesmo sem procuração (caso não tenha corrido em sigilo ou segredo de justiça). 
XVII – SER PUBLICAMENTE DESAGRAVADO, QUANDO OFENDIDO NO EXERCÍCIO DA PROFISSÃO OU EM RAZÃO DELA;
Desagravo: processo administrativo interno na OAB que apura a violação de prerrogativas dos advogados. 
Qualquer pessoa pode pedir desagravo na OAB, além do advogado que sofreu a violação.
Caso a OAB conclua que houve violação, determina que o desagravo deva ocorrer em local público, mostrando quem é a autoridade que não respeita prerrogativas. 
XVIII – USAR SÍMBOLOS PRIVATIVOS DA PROFISSÃO DE ADVOGADO;
Ex.: balança, deusa Themis, beca, layout da OAB.
XIX – RECURSAR-SE A DEPOR COMO TESTEMUNHA EM PROCESSO NO QUAL FUNCIONOU OU DEVA FUNCIONAR, OU SOBRE FATO RELACIONADOCOM PESSOA DE QUEM SEJA OU FOI ADVOGADO, MESMO QUANDO AUTORIZADO OU SOLICITADO PELO CONSTITUINTE, BEM COMO SOBRE FATO QUE CONSTITUA SIGILO PROFISSIONAL;
Se o advogado for, eventualmente, intimado a comparecer em audiência na qualidade de testemunha em processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, ele deverá comparecer à audiência, mas poderá recursar-se a depor. 
Fundamento: sigilo profissional, mesmo que o cliente permita que o advogado fale. 
XX – RETIRAR-SE DO RECINTO ONDE SE ENCONTRE AGUARDANDO PREGÃO PARA ATO JUDICIAL, APÓS 30 MINUTOS DO HORÁRIO DESIGNADO E AO QUAL AINDA NÃO TENHA COMPARECIDO A AUTORIDADE QUE DEVA PRESIDIR A ELE, MEDIANTE COMUNICAÇÃO PROTOCOLIZADA EM JUÍZO;
Passo 30 minutos do início da audiência e o juiz ainda não está no prédio, o advogado deve protocolar em juízo uma petição comunicando o ocorrido, e poderá se ausentar.
Se o juiz estiver no prédio e a pauta estiver atrasada, o advogado deve obrigatoriamente aguardar. 
XXI – ASSISTIR A SEUS CLIENTES INVESTIGADOS DURANTE A APURAÇÃO DE INFRAÇÕES, SOB PENA DE NULIDADE ABSOLUTA DO RESPECTIVO INTERROGATÓRIO OU DEPOIMENTO E, SUBSEQUENTEMENTE, DE TODOS OS ELEMENTOS INVESTIGATÓRIOS E PROBATÓRIOS DELE DECORRENTES OU DERIVADOS, DIRETA OU INDIRETAMENTE, PODENDO, INCLUSIVE, NO CURSO DA RESPECTIVA APURAÇÃO:
a) apresentar razões e quesitos;
Prerrogativa: assistir. O advogado não pode assistir seus clientes investigados se não estiver presente.
O advogado deve, portanto, estar presente aos atos que serão praticados ou pelo menos ter acesso, se os atos forem digitais. Pode, ainda, apresentar razões e fazer perguntas. 
Não precisa ainda ter virado inquérito. Trata-se de qualquer tipo de investigação. 
PRERROGATIVAS DA ADVOGADA (ART. 7ºA DO EAOAB – LEI 13.363/16)
Aplicáveis aos advogados apenas no que couber. 
ART. 7ºA – SÃO DIREITOS DA ADVOGADA:
I – GESTANTE:
a) entrada em tribunais sem ser submetida a detectores de metais e aparelhos de raios x;
b) reserva de vaga em garagens dos fóruns dos tribunais;
Prazo: durante estado gravídico.
II – LACTANTE, ADOTANTE OU QUE DER À LUZ, ACESSO A CRECHE, ONDE HOUVER, OU A LOCAL ADEQUADO AO ATENDIMENTO DAS NECESSIDADES DO BEBÊ;
Adotante – aplicável ao homem que adotar criança. 
Trata-se de acesso a creche ou local adequado ao atendimento das necessidades do bebê (fraldário, berçário, trocador etc.). 
Prazo: 120 dias no caso de adoção ou que der à luz (art. 392 da CLT). No caso de lactante, enquanto durar a lactação (art. 7ºA § 1º).
III - GESTANTE, LACTANTE, ADOTANTE OU QUE DER À LUZ, PREFERÊNCIA NA ORDEM DAS SUSTENTAÇÕES, ORAIS E DAS AUDIÊNCIAS A SEREM REALIZADAS A CADA DIA, MEDIANTE COMPROVAÇÃO DE SUA CONDIÇÃO;
A comprovação deve ser feita anteriormente, para que se possa mudar a ordem das sessões para contemplar essa preferência.
Prazo: 120 dias no caso de adoção ou que der à luz (art. 392 da CLT) – enquanto perdurar no caso de lactação (artigo 7ºA § 1º).
IV – ADOTANTE OU QUE DER À LUZ, SUSPENSÃO DE PRAZOS PROCESSUAIS QUANDO FOR A ÚNICA PATRONA DA CAUSA, DESDE QUE HAJA NOTIFICAÇÃO POR ESCRITO AO CLIENTE.
Prazo: 30 dias, contados a partir da data do parto ou da concessão da adoção (art. 313, § 6º do CPC)
Quando o advogado responsável pelo processo constituir o único patrono da causa e tornar-se pai – suspensão por 8 dias (art. 313, § 7º do CPC).
INSCRIÇÃO (ART. 8º EAOAB)
Processo administrativo interno, instaurado mediante requerimento daquele que está querendo a inscrição.
Tipos de inscrição:
1) Inscrição principal: garante àquele que tiver deferido o seu pedido de inscrição a possibilidade de exercer a capacidade postulatória inerente ao advogado. Permite o exercício efetivo da advocacia em todo o território nacional. 
A inscrição principal é requerida onde o advogado pretende estabelecer domicílio profissional, independentemente de onde mora ou estudou. 
A anuidade é paga ao conselho seccional onde se possui a inscrição. 
2) Inscrição suplementar: aquela que garante que o advogado exerça advocacia em mais de 5 causas por ano em unidade federativa diversa da que ele tiver a inscrição principal. 
A anuidade é paga ao conselho seccional onde se possui a inscrição suplementar. 
Cada uma das suplementares gera a obrigação de pagamento de anuidade.
3) Inscrição de estagiário: pode requerer inscrição a partir do 7º semestre. Tem validade de 2 anos, prorrogável por mais 1 ano. 
Terminados os 3 anos, a inscrição de estagiário é cancelada.
Após o cancelamento, é permitido uma nova inscrição, com outro número etc. 
A anuidade é paga ao conselho seccional onde se possui a inscrição de estagiário.
Requisitos cumulativos (art. 8º EAOAB):
· Capacidade civil (sanidade e maioridade, mesmo que seja emancipado);
· Diploma de graduação em direito ou certidão de graduação com cópia autenticada do histórico;
· Regularidade eleitoral e militar (mesmo que não tenha votado, justificado ou pago a multa, pode ter sua inscrição deferida. O que importa é ter o título eleitor válido);
· Aprovação no exame de ordem (prov. 144 OAB);
· Ausência de incompatibilidade (aquilo que te exclui totalmente da atividade da advocacia – juiz, MP, policial – os atos praticados por advogado incompatível são nulos e gera o cancelamento da inscrição) – (art. 27 e 28 EAOAB);
· Idoneidade moral – presumida (é possível suscitar a inidoneidade moral de um advogado – art. 8º, § 3º, quórum qualificado – 2/3);
· Prestar compromisso – art. 20 RGEAOAB.
Os requisitos de diploma de graduação e aprovação no exame de ordem não se aplicam ao estagiário.
Cancelamento da Inscrição:
· É ato desconstitutivo que afeta definitivamente a existência da inscrição (art. 11 EOAB);
· Cabe ao Conselho Seccional decidir sobre o cancelamento;
· Pode ser requerido pelo próprio advogado, de ofício pelo Conselho Seccional da OAB ou por representação;
· Procedimento administrativo próprio e será efetivado após anotação no Cadastro Nacional dos Advogados – art. 24, § 2º do Regulamento Geral).
Cancela-se a inscrição:
· Próprio advogado (voluntário – não precisa justificar e a OAB não pode se opor);
· Penalidade de exclusão (de ofício após processo disciplinar);
· Falecer (automático);
· Atividade incompatível definitiva (art. 28 EAOAB). Comunicação do próprio advogado ou de ofício;
· Perder qualquer um dos requisitos da inscrição (após decisão transitada em julgado);
· Após a terceira suspensão por não pagamento de anuidades.
Mesmo quando o ex inscrito deseje e possa retornar à atividade de advocacia, cessando o óbice legal, sua inscrição anterior jamais se restaura, em nenhum de seus efeitos. Outra inscrição haverá de se dar, comprovados os mesmos requisitos do art. 8º, exceto quanto à comprovação do diploma de graduação em direito, regularidade eleitoral e militar, devendo seu pedido ser aprovado pelo Conselho Seccional e submeter-se a novo compromisso. 
A Res. n. 02/94 excepcionou do Exame de Ordem os magistrados, os promotores de justiça e os integrantes das carreiras jurídicas, quando requererem nova inscrição como advogado, mas será nova a inscrição, obtendo-se novo número de registro.
Se o advogado foi excluído dos quadros da OAB, em virtude de sofrer penalidade de exclusão, o seu novo pedido de inscrição deverá ser acompanhado de prova de reabilitação. 
Licença do advogado
· É o ato pelo qual o Conselho Seccional autoriza o afastamento provisório do advogado do exercício da profissão;
· Requisição pelo próprio advogado, de ofício pelo Conselho Seccional da OAB ou por representação de terceira pessoa. 
· Art. 12: licencia-se o profissional que:
· Assim o requerer, por motivo justificado;
· Passa a exercer, em caráter temporário, atividade incompatível com o exercício da advocacia (art. 28 do EAOAB);
· Sofrer doença mental considerada curável, atestado com laudo médico. 
O advogado regularmente licenciado do exercício profissional fica dispensado do cumprimento de algumas obrigações perante a OAB, como por exemplo o pagamento de anuidade.
Estágio profissional
Artigos 27 a 31 do Regulamento Geral/ Art. 3º, § 3º EAOAB
É aquele que tem regular inscrição na OAB.
O estagiário que tem regular inscrição na OAB pratica todos os atos privativos da advocacia, desde que seja em conjunto com o advogado. 
O estagiário inscrito na OAB pode praticar isoladamente os seguintes atos, sob a responsabilidade do advogado:
1) Retirar e devolver autos em cartório, assinando a respectiva carga;
2) Obter junto aos escrivães ou escreventes certidões de peças;
3) Assinar petições de juntada de documentos a processos judiciais ou administrativos. 
INCOMPATIBILIDADE 
É a proibição total do exercício da advocacia (art. 28 do EAOAB).
Incompatível, mesmo em causa própria, nas seguintes atividades:
· Chefe do Poder Executivo e membros da Mesa do Poder Legislativos (mesa diretiva – presidente da Câmara, do Senado, da Assembleia Legislativa) e seus substitutos legais;
Membros do poder legislativo que não façam parte da mesa podem advogar, em regra.
· Membros de órgãos do Poder Judiciário, do MP, dos tribunais e conselhos de contas, dos juizados especiais, da justiça de paz, bem como de todos que exercem função de julgamento em órgão de deliberação coletiva da Administração Pública direta ou indireta; 
Exceção: juiz eleitoral – indicado pela OAB para estar lá como juiz eleitoral pode exercer a advocacia, mas não na justiça eleitoral. 
Em regra, se tiver exercendo poder de decisão/deliberação, não pode advogar. 
· Ocupantes de cargos ou funções de direção em órgãos da administração pública direta ou indireta, em suas fundações e em suas controladas ou concessionárias.
Ex.: secretário de estado, ministro, diretor do Procon etc.
· Ocupantes de cargos ou funções, vinculados direta ou indiretamente a qualquer órgão do Poder Judiciário e os que exercem serviços notariais e de registro (caixa de cartório, tabelião, office boy do cartório etc.).
· Ocupantes de cargos ou funções veiculados direta ou indiretamente a atividade policial de qualquer natureza – guarda civil também;
· Militares de qualquer natureza, na ativa;
· Ocupantes de cargos ou funções que tenham competência de lançamento, arrecadação ou fiscalização de tributos e contribuições parafiscais;
· Ocupantes de funções de direção e gerência em instituições financeiras, inclusive privadas. 
Exercendo essas atividades, não poderá exercer a advocacia. Se já é advogado e o cargo que for ocupar é temporário, o advogado deve se licenciar (ex.: eleito para prefeito). 
Se o cargo é permanente, deve cancelar sua inscrição. 
IMPEDIMENTO
Proibição parcial do exercício da advocacia. Pode advogar, mas não em algumas situações especificas (art. 30 do EAOAB). 
A incompatibilidade permanece mesmo que o ocupante do cargo ou função deixe de exercê-lo temporariamente.
· Servidores da administração direta, indireta ou fundacional, contra a fazenda pública que os remunere ou a qual seja veiculada a entidade empregadora;
Servidor concursado ou comissionado – não pode advogar contra a fazenda pública que lhe paga.
Ex.: servidor de uma secretaria x do município de São Paulo não pode advogar contra a fazenda pública do município de SP em uma ação de IPTU. Contra o Estado poderia, pois não é o estado que lhe remunere. 
· Os membros do Poder Legislativo em seus diferentes níveis contra ou a favor das pessoas jurídicas de direito público, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações públicas, entidades paraestatais ou empresas concessionárias ou permissionárias de serviço público. 
Se é membro do legislativo, de qualquer nível (municipal, estadual ou federal), não pode advogar contra ou a favor de ninguém que é público. 
Procuradores Gerais, Advogados Gerais e Defensores Gerais
Os procuradores gerais, advogados gerais, defensores gerais e dirigentes de órgãos jurídicos da administração pública direta, indireta e fundacional são exclusivamente legitimados para o exercício da advocacia vinculada a função que exerçam, durante o período da investidura. 
INFRAÇÕES E SANÇÕES 
VERDE: CENSURA
AZUL: SUSPENSÃO
CINZA: EXCLUSÃO
ART. 34. CONSTITUI INFRAÇÃO DISCIPLINAR:
I - EXERCER A PROFISSÃO, QUANDO IMPEDIDO DE FAZÊ-LO, OU FACILITAR, POR QUALQUER MEIO, O SEU EXERCÍCIO AOS NÃO INSCRITOS, PROIBIDOS OU IMPEDIDOS;
II - MANTER SOCIEDADE PROFISSIONAL FORA DAS NORMAS E PRECEITOS ESTABELECIDOS NESTA LEI;
Toda sociedade de advogados deve ter o seu registro no Conselho Seccional da OAB onde atua aquela sociedade.
III - VALER-SE DE AGENCIADOR DE CAUSAS, MEDIANTE PARTICIPAÇÃO NOS HONORÁRIOS A RECEBER;
Agenciador de causas é aquele que fica oferecendo os serviços do advogado, fazendo visitas etc.
O escritório é “levado” para as pessoas através do agenciador.
IV - ANGARIAR OU CAPTAR CAUSAS, COM OU SEM A INTERVENÇÃO DE TERCEIROS;
Trazer pessoas até o escritório.
É o caso da pessoa que entrega panfletos do escritório na porta do metrô. 
V - ASSINAR QUALQUER ESCRITO DESTINADO A PROCESSO JUDICIAL OU PARA FIM EXTRAJUDICIAL QUE NÃO TENHA FEITO, OU EM QUE NÃO TENHA COLABORADO;
Quando o advogado só assina a peça e não a faz ou colabora.
Revisar petição do estagiário é colaborar, portanto não se enquadra no inciso.
VI - ADVOGAR CONTRA LITERAL DISPOSIÇÃO DE LEI, PRESUMINDO-SE A BOA-FÉ QUANDO FUNDAMENTADO NA INCONSTITUCIONALIDADE, NA INJUSTIÇA DA LEI OU EM PRONUNCIAMENTO JUDICIAL ANTERIOR;
Advogado que sabe que a demanda que ele ingressou é ilegal, e ele mesmo assim tenta ludibriar. 
Se levantar tese de inconstitucionalidade, pode. 
VII - VIOLAR, SEM JUSTA CAUSA, SIGILO PROFISSIONAL;
O sigilo profissional deve ser respeitado sempre.
Só pode ser violado quando houver grave ameaça ao direito à vida, à honra ou à própria defesa do advogado. 
VIII - ESTABELECER ENTENDIMENTO COM A PARTE ADVERSA SEM AUTORIZAÇÃO DO CLIENTE OU CIÊNCIA DO ADVOGADO CONTRÁRIO;
Quando o advogado entra em contato com a parte oposta e estabelece qualquer entendimento com ele sem a autorização do cliente ou ciência do advogado da parte oposta.
IX - PREJUDICAR, POR CULPA GRAVE, INTERESSE CONFIADO AO SEU PATROCÍNIO;
Causar dano ao cliente por culpa grave (imprudência, negligência ou imperícia).
A responsabilidade civil do advogado é subjetiva. 
X - ACARRETAR, CONSCIENTEMENTE, POR ATO PRÓPRIO, A ANULAÇÃO OU A NULIDADE DO PROCESSO EM QUE FUNCIONE;
O advogado tem que dar causa à nulidade ou anulação do processo em que funcione. 
Ex.: advogado suspenso peticiona em processo que atuava, com o fim de causar prejuízo ao processo.
XI - ABANDONAR A CAUSA SEM JUSTO MOTIVO OU ANTES DE DECORRIDOS DEZ DIAS DA COMUNICAÇÃO DA RENÚNCIA;
Não cumprir prazos antes dos 10 dias corridos da comunicação da renúncia. 
XII - RECUSAR-SE A PRESTAR, SEM JUSTO MOTIVO, ASSISTÊNCIA JURÍDICA, QUANDO NOMEADO EM VIRTUDE DE IMPOSSIBILIDADE DA DEFENSORIA PÚBLICA;
É o caso do advogado dativo – nomeado para atuar em determinado caso pela OAB e recusa sem dar um justo motivo. 
XIII - FAZER PUBLICAR NA IMPRENSA, DESNECESSÁRIA E HABITUALMENTE, ALEGAÇÕES FORENSES OU RELATIVAS A CAUSAS PENDENTES;
O advogado se aproveita da morosidade do sistema pedindo para que seja publicado um despacho ou decisão.
XIV - DETURPAR O TEOR DE DISPOSITIVO DE LEI, DE CITAÇÃO DOUTRINÁRIA OU DE JULGADO, BEM COMO DE DEPOIMENTOS, DOCUMENTOS E ALEGAÇÕES DA PARTE CONTRÁRIA, PARA CONFUNDIR O ADVERSÁRIO OU ILUDIR O JUIZ DA CAUSA;
Muda o que quer dizer efetivamente o texto legal, a citação doutrinária e o julgado para confundir o adversário ou o juiz da causa. 
XV - FAZER, EM NOME DO CONSTITUINTE, SEM AUTORIZAÇÃO ESCRITA DESTE, IMPUTAÇÃO A TERCEIRO DE FATO DEFINIDO COMO CRIME;
Ex.: na petição o advogado diz que a cliente quer o divórcio uma vez que o marido é traficante, mas a cliente não autorizou. 
XVI - DEIXAR DE CUMPRIR, NO PRAZO ESTABELECIDO, DETERMINAÇÃO EMANADA DO ÓRGÃO OU DE AUTORIDADE DA ORDEM, EM MATÉRIA DA COMPETÊNCIA DESTA, DEPOIS DE REGULARMENTE NOTIFICADO;
Determinações de órgãos e autoridades da OAB. 
XVII - PRESTAR CONCURSO A CLIENTES OU A TERCEIROS PARA REALIZAÇÃO DE ATO CONTRÁRIO À LEI OU DESTINADO A FRAUDÁ-LA;
Advogado que auxilia ou participa de atos contrários à lei ou destinados a fraudá-la.XVIII - SOLICITAR OU RECEBER DE CONSTITUINTE QUALQUER IMPORTÂNCIA PARA APLICAÇÃO ILÍCITA OU DESONESTA;
Solicitar ou receber do cliente dinheiro para que o advogado ofereça ao Oficial de Justiça para que ele agilize algum ato. 
XIX - RECEBER VALORES, DA PARTE CONTRÁRIA OU DE TERCEIRO, RELACIONADOS COM O OBJETO DO MANDATO, SEM EXPRESSA AUTORIZAÇÃO DO CONSTITUINTE;
Quando o advogado estabelece contato com a outra parte e recebe algum valor por fora, sem autorização ou ciência do cliente.
Ex.: parte contrária oferece um valor ao advogado para que ele convença seu cliente de aceitar um acordo. 
XX - LOCUPLETAR-SE, POR QUALQUER FORMA, À CUSTA DO CLIENTE OU DA PARTE ADVERSA, POR SI OU INTERPOSTA PESSOA;
Enriquecer-se de forma ilícita.
É o advogado que recebe o dinheiro em sua conta e não repassa ao cliente. 
XXI - RECUSAR-SE, INJUSTIFICADAMENTE, A PRESTAR CONTAS AO CLIENTE DE QUANTIAS RECEBIDAS DELE OU DE TERCEIROS POR CONTA DELE;
Advogado tem o dever de prestar contas pormenorizadas aos seus clientes. 
XXII - RETER, ABUSIVAMENTE, OU EXTRAVIAR AUTOS RECEBIDOS COM VISTA OU EM CONFIANÇA;
Para que seja caracterizado este inciso, deve estar presente o abuso, ou seja, o advogado deve ser intimado e mesmo assim se recusar a devolver os autos.
XXIII - DEIXAR DE PAGAR AS CONTRIBUIÇÕES, MULTAS E PREÇOS DE SERVIÇOS DEVIDOS À OAB, DEPOIS DE REGULARMENTE NOTIFICADO A FAZÊ-LO;
Ex.: deixar de pagar devidamente a OAB mesmo depois de notificado. 
XXIV - INCIDIR EM ERROS REITERADOS QUE EVIDENCIEM INÉPCIA PROFISSIONAL;
Se o advogado, reiteradamente, realizar atos que deixem evidenciado que ele não está apto à prática da advocacia. 
XXV - MANTER CONDUTA INCOMPATÍVEL COM A ADVOCACIA;
Se o advogado praticar qualquer ação que seja reprovável pela sociedade ou qualquer das condutas descritas no parágrafo único deste artigo. 
Falta de idoneidade moral. 
XXVI - FAZER FALSA PROVA DE QUALQUER DOS REQUISITOS PARA INSCRIÇÃO NA OAB;
Ex.: junta certidão ou diploma de graduação falsa.
XXVII - TORNAR-SE MORALMENTE INIDÔNEO PARA O EXERCÍCIO DA ADVOCACIA;
Quando o advogado é desonesto.
XXVIII - PRATICAR CRIME INFAMANTE;
É aquele que vai contra a boa fama do advogado.
Ex.: crimes hediondos, entre outros. 
XXIX - PRATICAR, O ESTAGIÁRIO, ATO EXCEDENTE DE SUA HABILITAÇÃO.
Praticar sozinho atos que não possa praticar. 
PARÁGRAFO ÚNICO. INCLUI-SE NA CONDUTA INCOMPATÍVEL:
A) PRÁTICA REITERADA DE JOGO DE AZAR, NÃO AUTORIZADO POR LEI;
B) INCONTINÊNCIA PÚBLICA E ESCANDALOSA;
C) EMBRIAGUEZ OU TOXICOMANIA HABITUAIS.
SANÇÕES:
Censura:
· É o “puxão de orelha” dado pela OAB. Ocorre quando a infração se tratar de um ato. 
· Representa um registro no prontuário do advogado;
· Pena sigilosa;
· Cabimento (art. 36 EAOAB): infrações definidas nos incisos I a XVI e XXIX do art. 34, violação ao CED e violação do EAOAB quando não se tenha estabelecido sansão mais grave;
· Pode ser convertida em advertência, sem registro no prontuário, se estiverem presentes as atenuantes do art. 40 do EAOAB. 
Suspensão: 
· Quando a infração se tratar de dinheiro, carga de autos ou inépcia (falta de aptidão técnica).
· Gera a proibição do exercício da advocacia em todo o território nacional por prazo determinado (mínimo 30 dias e máximo 12 meses);
A pena pode ultrapassar os 12 meses se for cumulada a uma obrigação de fazer.
Ex.: advogado suspenso por falta de prestação de contas pode receber a pena de 12 meses ou até a prestação de contas. 
Ou seja, a pena é de 12 meses cumulada com a obrigação de fazer. Se ele não prestar contas, a pena vai perdurar até que ele o faça. 
· Pena pública;
· Cabimento (art. 37 EAOAB): infrações definidas nos incisos XVII a XXV do art. 34 ou reincidência em infração disciplinar.
· Os atos praticados pelo advogado suspenso, no período da suspensão, são nulos;
· Agravante: multa. 
Exclusão: 
· Gera o cancelamento da inscrição;
· Pena pública;
· Manifestação favorável à exclusão de 2/3 do Conselho Seccional;
· Cabimento (art. 38 EAOAB): infrações definidas nos incisos XXVI a XXVIII do art. 34 ou na 3ª suspensão.
Multa:
· Pena acessória;
· Se aplica como agravante da censura ou suspensão (art. 39 do EAOAB);
· O valor da multa varia entre o valor de 1 e 10 anuidades.
Prescrição:
A pretensão à punibilidade ocorre em 5 anos, contados a partir da constatação dos fatos. No entanto, se o processo disciplinar já foi instaurado e ficou paralisado, a prescrição será de 3 anos (trata-se de prescrição intercorrente). 
PROCESSO DISCIPLINAR – ART 70 A 77
É um processo administrativo interno da OAB para apurar infrações cometidas pelos inscritos, que tramita no Tribunal de Ética e Disciplina. 
O TED julga e o Conselho Seccional pune. 
Ao processo disciplinar são aplicáveis subsidiariamente as regras do processo penal comum. 
1) Representação: noticiar à OAB que um advogado cometeu determinada infração disciplinar. A representação pode ser feita por qualquer pessoa, desde que não seja de forma anônima, ou de ofício pela própria OAB.
O processo disciplinar é sigiloso;
2) Feita a representação, ela vai para o presidente do Conselho Secional ou da Subseção, que designará um relator do TED para a realizar a instrução processual;
3) Feita a instrução processual, o relator notificará o representado para apresentar defesa prévia em 15 dias;
4) Se o representado não for localizado, será nomeado um defensor dativo;
5) Apresentada a defesa, será proferido um despacho saneador arquivando ou dando prosseguimento à instrução processual, tipificando se houve a infração;
6) Depois do despacho saneador, é marcada uma audiência, onde serão ouvidos o representado, representante e suas testemunhas (até 5);
7) Após a audiência, caso sejam necessárias, serão realizadas quaisquer diligências;
8) As partes serão, então, intimadas para apresentar razões finais em 15 dias úteis para ambas as partes;
9) Apresentadas as razões finais, encerra-se a instrução e o relator faz seu parecer preliminar para encaminhá-lo ao presidente do TED;
10) O presidente do TED designa um novo relator e este proferirá seu voto e incluirá o processo na pauta de julgamento;
11) No dia do julgamento, após a leitura do voto do relator, é permitida a sustentação oral de 15 minutos pelas partes;
12) Após, é feito o julgamento com lavratura do acórdão;
13) O acórdão é publicado pelo Conselho Seccional.
Da decisão proferida pelo TED, cabe recurso para o Conselho Seccional. 
Da decisão proferida pelo Conselho Seccional, cabe recurso para o Conselho Federal. 
Se a representação for contra presidente de Conselho Seccional ou membros do Conselho Federal, a representação é processada e julgada pelo Conselho Federal, e da decisão não cabe recurso. 
ORGANIZAÇÃO DA OAB
Características
· Federativa: a OAB é organizada de forma federativa (Conselho Federal, Conselho Seccional e Subseções);
· Prestadora de serviço público: entidade privada que presta relevante serviço público – sui generis;
· Finalidade: corporativista e institucional (art. 44 EAOAB). Defende os interesses corporativos de um grupo profissional (advogados) e representa a advocacia enquanto instituição, além das outras hipóteses do art. 44. 
· Tem personalidade jurídica própria, com inscrição no CNPJ;
· Tem imunidade tributária total (art. 45 § 5º EAOAB);
· Não tem vínculo funcional e hierárquico com órgão da administração público – não precisa prestar contas;
· O uso da sigla OAB é uso exclusivo da Ordem dos Advogados do Brasil (art. 44 § 2º);	Comment by Lucas: 
· Compete à OAB fixar e cobrar, de seus inscritos, contribuições, preços de serviços e multas. 
Conselho Federal – artigos 51 a 55 do EAOAB
· Órgão Supremo (com sede na capital da República);
· Tem personalidade jurídica (art. 45 § 1º EAOAB);
· Criado por lei;
· Nacional;
· Diretoria com 5 cargos, sendo: Presidente, Vice-Presidente, Secretário Geral, Secretário Geral-Adjunto e Tesoureiro – todos com direito a voz e voto;
· Formado por 81 conselheiros federais – todos com direito a voz e voto; 
· Ex-presidente do Conselho Federal é membro honorário vitalício, mas este, a partir de 1994, só tem direito a voz.Os que foram presidentes antes de 1994, têm direito a voz e voto;
Competência (art. 54 EAOAB): cumprimento da finalidade da ordem, representar em juízo ou fora dele o advogado, editar e alterar o regulamento e o CED, adotar medidas para assegurar o funcionamento do conselho seccional, julgar os recursos decididos pelo conselho seccional, elaborar as listas do quinto constitucional, ajuizar ADIN etc.
Conselho Seccional – artigos 56 a 59 do EAOAB
· Órgão de Unidade Federativa (Estados e DF), com sede na capital da Unidade Federativa;
· Criado por lei;
· Cada Conselho Seccional tem sua personalidade jurídica (art. 45 § 2º EAOAB);
· O número de Conselheiros Seccionais é proporcional ao número de inscritos no Conselho Seccional daquela Unidade Federativa, mas o número máximo deve ser 80;
· Diretoria com 5 cargos: Presidente, Vice-Presidente, Secretário Geral, Secretário Geral-Adjunto e Tesoureiro;
· Ex-presidente do Conselho Seccional é membro honorário vitalício do Conselho Seccional que presidiu;
Competência (art. 58 do EAOAB): criar a subseção e a caixa de assistência dos advogados, fixar a tabela de honorários, realizar o Exame de Ordem, decidir sobre a inscrição, definir a composição e o funcionamento do Tribunal de Ética etc. 
Cada estado tem seu conselho seccional e cada conselho seccional tem que fixar a tabela de honorários, portanto, cada estado pode ter honorários diferentes. 
Endereçamentos têm que ser para o Conselho Seccional. 
Subseções – artigo 60 do EAOAB
· Menor unidade vinculada a um Conselho Seccional – descentralização administrativa;
· Criado pelo Conselho Seccional;
· Não possui personalidade jurídica própria (art. 45 § 3º do EAOAB);
· Sua competência territorial pode ser limitada a um Município, parte de um Município ou a uma região; 
· O Conselho Seccional só pode criar uma Subseção se houver no mínimo 15 advogados domiciliados naquele Município, parte do Município ou região;
· Diretoria com 5 cargos: Presidente, Vice-Presidente, Secretário Geral, Secretário Geral-Adjunto e Tesoureiro;
· Competência (art. 61 do EAOAB): dar cumprimento efetivo às finalidades da OAB, velar pela dignidade, independência e valorização da advocacia, e fazer valer as prerrogativas do advogado, representar a OAB perante os poderes constituídos e desempenhar as atribuições previstas no regulamento geral ou por delegação de competência do Conselho Seccional. 
Caixa de Assistência dos Advogados – artigo 62 do EAOAB
· Tem como função prestar assistência aos advogados;
· Para ser criada, é necessário que tenha mais de 1.500 advogados inscritos na Seccional;
· Diretoria com 5 cargos: Presidente, Vice-Presidente, Secretário Geral, Secretário Geral-Adjunto e Tesoureiro;
· Possui personalidade jurídica própria (art. 62 § 1º do EAOAB);
· Recebe metade da receita das anuidades arrecadadas pelo Conselho Seccional, após as deduções obrigatórias.

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