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FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS
FARMÁCIA
BÁRBARA TYCIANY SOUSA SILVA
BEATRIZ FERNANDA SILES MONTESINOS 
JANAINA IBIAPINA FERNANDES 
LAÍS CAMILA DE CARVALHO AMORIM
THAMIRES DE AQUINO JORDÃO
COGUMELO ALUNCINÓGENOS
 SÃO PAULO 
 Liberdade/Noite
 Abril/2020
Cogumelos alucinógenos 
Os cogumelos alucinógenos também podem ser referidos como cogumelos mágicos e são conhecidos por sintetizar substâncias cujo resultado altera o estado de consciência atingindo principalmente o sistema nervoso central. Em sua maioria possuem a mesma reação no corpo e manejos. Selecionamos a Amanita muscaria para falar mais especificamente. 
Amanita muscaria
· Ordem Agaricales 
· Família Amanitaceae 
· Habitat
 - Relação simbiótica 
 - Maior ocorrência: Euroásia e América do Norte 
Os cogumelos da espécie Amanita muscaria são conhecidos pela sua aparência distinta: são vermelhos ou amarelos com pintas brancas.
Fonte: <http://naturdata.com/images/species/38000/thumbnail_1259625047.jpg>
-Exposição:
Os cogumelos são ingeridos crus, secos, cozidos ou em forma de chá, forma que é mais utilizada. 
- Efeitos
Após a ingestão, pode-se levar de duas a três horas para que comecem aparecer os primeiros efeitos. A duração dos efeitos variam de acordo com a dose, o tempo de duração pode variar de cinco a oito horas com pico de cerca 2 horas. Doses mais altas podem durar mais tempo, chegando ultrapassar dez horas. 
Os sinais e sintomas geralmente identificados em uma fase tardia após a ingestão causando: Irritações da mucosa do TGI; Síndrome colinérgica; Alucinações; Síndrome do isoxazol; Imuno hemolítica;	
Efeitos clássicos: entre os efeitos mais comuns registrados na literatura médica estão: náusea, retenção intestinal, perda de equilíbrio, depressão motora, espasmos musculares, ataxia, salivação, lacrimejamento, alterações da percepção auditiva e visual, flutuações de humor e sonolência (CHILTON, 1975: 18). 
Sonho lúcido: grande parte dos usuários relatam incerteza entre o sono e estado de vigília. Alguns usuários consideram a parte principal da experiência os sonhos lúcidos. Os sonhos se tornam mais reais, conscientes e mais psicodélicos do que de costume. É comum haver um estado de euforia que se dá no pico de concentração dos ativos no organismo, logo após estado de forte sonolência. 
-Diagnostico:
O quadro clínico e história de ingestão de cogumelo selvagem conduzem ao diagnóstico. 
Exame laboratorial para detecção de toxina é recomendado para os tipos mais graves de toxinas de cogumelos, as amanitinas. Os exames solicitados são Hemograma completo; Glicose; Ureia (R); Creatinina (R); Aminotransferase hepática (TGP) (F) e tempo de protompina (C). 
Nos casos de intoxicação por amanitas, há os indicadores laboratoriais de danos hepáticos e renais que estarão presentes. Um estudo recente indica que as amanitinas são observadas na urina antes do início de alguns dos sintomas, mas os testes para a avaliação do fígado aparecem apenas quando há alterações do órgão.
- Farmacocinética:
Os cogumelos possuem em sua composição uma substância psicoativa denominada Psilocibina, alucinógeno do tipo triptamina.
A Psilocibina (O-fosforil-4-hidróxi-N,N-dimetiltriptamina) após ingerida, sofre uma rápida hidrólise dos grupos fosfato, desfosforilação através da ação da fosfatase e alcalina. Tornando-se um metabolito ativo, chamado Psilocina, que possui estrutura molecular análoga a da serotonina, portanto é considerado um agonista da serotonina que ao se ligar aos receptores específicos deste neurotransmissor, culminam na ativação de suas respostas mais profundas que podem incluir alucinações visuais e distúrbios sensoriais.
Esses receptores encontram-se distribuídos pelo sistema nervoso central, porém apresentam maior concentração no córtex pré-frontal, cuja área está envolvida com a regulação do humor, cognição e percepção.
A Psilocina é então, conjugada no fígado com o ácido glicurónico, e o metabolito derivado desta conjugação pode ser encontrado na urina.
A Psilocina é um agonista parcial de 5-HT 2a, mas é também agonista de outros receptores da serotonina, com pouca ação dopaminérgica ou noradrenergica. Em seres humanos, pós-administração oral, a Psilocibina pode ser encontrada no plasma 20 a 40 minutos após a ingestão, e seus níveis máximos podem ser alcançados entre 80 a 105 minutos, e sua detecção pode ser realizada em até 6 horas, com a meia vida chegando a 2,5 horas.
- Tóxicodinâmica:
Amanita muscaria contém vários compostos químicos biologicamente ativos, e pelo menos um deles, o muscimol, já foi identificado como tendo propriedades psicoativas. O ácido ibotênico, uma neurotoxina, é um precursor do muscimol, de modo que aproximadamente 10 a 20 por cento do que é ingerido é convertido depois a muscimol. A dose tóxica em adultos é de aproximadamente 6 mg de muscimol ou 30 a 60 mg de ácido ibotênico; A dose fatal foi calculada como quinze cogumelos. 
O muscimol é sedativo-hipnótico, depressor e alucinógeno, considerado uma Droga psicoativa.
O muscimol atua como agonista nos recetores GABAA e como um potente agonista parcial nos recetores GABAC. No entanto, não tem atividade nos GABAB. Atravessa a barreira hematoencefálica e apresenta ação depressora do sistema nervoso central (SNC). 
O muscimol apresenta uma interação muito mais restrita que o GABA no sistema nervoso devido à estrutura do anel isoxazol.
Por definição os agonistas do GABA são capazes de abrir o canal aniónico associado ao complexo recetor GABA quando ligados ao local de reconhecimento.
O ião responsável pelos efeitos mediados pela ativação do recetor GABAA é o Cl-.
Nos neurônios, o potencial de reversão para iões de Cl- é de 70 mV, portanto a ativação do recetor GABAA, caso a célula se encontre despolarizada com valores superiores a -70mV, resultará no movimento do Cl- para o seu interior, produzindo a hiperpolarização dos recetores e diminuindo assim resistência à membrana, o que dificulta a despolarização da célula durante os potenciais de ação.
O ácido ibotênico, uma percentagem desta molécula não é convertida noutros compostos e, como apresenta uma estrutura conformacional similar à do ácido glutâmico, que é um neurotransmissor cuja ação é excitatória nos receptores ionotrópicos mais propriamente localizados nos canais iónicos proteicos como o N-metil-D-aspartato (NMDA), irá atuar ao nível destes receptores, mimetizando-o.
Ao ligar-se ao receptor NMDA, o ácido iboténico vai abrir um canal que permite a passagem de catiões e, entre eles, o Na+ e o Ca2+ vão entrar e o K+ vai sair. A entrada de cálcio é responsável pela ação deste receptor.
-Curiosidades:
 	O maior risco associado aos cogumelos está na dificuldade em distinguir as espécies tóxicas das comestíveis. A ingestão leva à intoxicação e às consequentes sequelas.
Torna-se importante o alerta às pessoas para o risco de colher cogumelos para consumo de forma “amadora”, sem conhecimento da sua toxicidade e potenciais perigos.
As vítimas de envenenamento são frequentemente crianças e jovens que usam estes cogumelos na esperança de obter efeitos alucinógenos, não sendo essa uma das suas propriedades.
-Tratamento: 
· Lavagem estomacal;
· O tratamento da hipotensão é com soluções intravenosas de cristaloides.
· Os sintomas colinérgicos é utilizado atropina, em condições sejam apropriadas é utilizado o carvão ativado;
· O quadro de agitação é tratado com redução de luz e ruído e uso de fármacos para a estabilidade do paciente.
· A monitoração deve ser realizada de 12 a 24 horas devido a gastrenterite que tem efeito tardio;
· Verificação da função renal por 1 a 2 semanas, (apoio incluindo hemodiálise.)
	
-
Referências:
· https://umgrupodetoxi.wixsite.com/amanitamuscaria/toxicologia
· GUEDES, P. L. V. Experiências com a dietilamina do ácido lisérgico (LSD 25), São Paulo. Vol. 19, n. 1, mar 1961. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-82X1961000100004&lang=pt>Acessadoem: 02 abr 2020
· KIRSTEN, T. B.; BERNADI, M. M. Toxicidade aguda do extrato aquoso de Psilocybe cubensis em camundongos. Curitiba. vol. 20, n. 3, jun/jul 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-695X2010000300017> Acessado em: 02 abr 2020
· NICHOLAS L.G.; OGAMÉ, K. Psilocybin mushrooill handbook. 1. ed. Canadá: Quick American, 2006. 
· OLSON, K. R. Manual de toxicologia clínica. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

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