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Variações climáticas (resumo)

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Geologia Costeira
Variações climáticas, do nível médio do mar e da linha de costa
Mudanças Climáticas
Mudanças Climáticas: mudanças no clima (temperatura e precipitação) que ocorrem em todo o planeta, produzidas pelo Homem e, que apresentam inúmeros efeitos/ consequências.
A mudança global é causada por fatores que são a poluição, a perda de biomassa e desflorestação e as mudanças climáticas.
Variações Climáticas
Variações Climáticas: mudanças no clima que podem ser identificadas por mudanças na média e/ou variabilidade das suas propriedades, e que persiste por um período alongado (décadas ou intervalos de tempo mais longos); podem ser devidas a processos naturais internos ou externos, como modulações nos ciclos solares, erupções vulcânicas e alterações antropogénicas persistentes da composição da atmosfera ou uso da terra.
· Glaciações e Interglaciações
As glaciações no quaternário não são eventos únicos na História da Terra!
Atualmente vivemos numa época quente de um período frio ou glaciar que começou há 3 milhões de anos (quando se formou o glaciar da Gronelândia); temos uma continua alternância entre glaciações e interglaciações. 
A última glaciação foi marcada por alternâncias:
· Estadiais (concluem num evento de Heinrich*)
· Interestadiais (eventos de Dansgaard-Oeschger)
*Evento de Heinrich: níveis de materiais glacio-marinhos que aparecem intercalados em sedimentos pelágicos e hemipelágicos do Atlântico Norte.
 
Glaciações do Quaternário:
Os ciclos de Milankovitch permitem predizer a ciclicidade das glaciações no Quaternário.
Excentricidade: forma da órbita da terra em torno do sol; esta varia entre mais e menos elíptica e, tem um ciclo de 100000 anos. A alteração da distância Sol-Terra altera a distância que a radiação solar deve viajar, alterando a quantidade de radiação recebida pela superfície da Terra em diferentes estações do ano.
Inclinação axial: inclinação do eixo da Terra em relação ao seu plano da órbita em torno do Sol; oscilações no grau de inclinação do eixo da Terra ocorrem em periodicidade de 41000 anos de 22.1 a 24.5 graus. Com menos inclinação axial a radiação solar é uniformemente distribuída entre inverno e verão, aumentando também a diferença de radiação recebida entre regiões equatoriais e regiões polares.
Precessão: “bambolear” lento da Terra à medida que gira no eixo. A precessão oscila apontando para a estrela Polar e para a estrela Veja; tem uma periodicidade de 23000 anos. Quando a inclinação está apontada para Veja, as posições dos solstícios de inverno e verão do HN vão coincidir com o afélio e o periélio (inverno quando a Terra está mais distante do Sol e verão quando está mais próxima).
· Causas das variações climáticas
Causas Extrínsecas: variações na irradiação solar; impacto de meteoritos
Causas Intrínsecas: posição dos continentes; formação de orogenias; erupções vulcânicas; processos biológicos.
Pequena Idade do Gelo: 
· Intensas erupções vulcânicas seriam a sua causa (4 erupções vulcânicas no espaço de 50 anos seria responsável por esse fenómeno), a poeira vulcânica reflete a radiação solar, diminuindo o calor total recebido pela superfície da Terra.
· Cenário da Pequena Idade do Gelo pelo NCAR (National Center EUA for Atmospheric Research): refrigeração, expansão do gelo do mar, mudanças na circulação da água e diminuição do transporte de calor para a costa do Atlântico.
· Não é comparável a longos períodos de glaciação intensa da história da Terra.
Mudanças Climáticas Vs. Variações Climáticas
Evolução do Homo e as suas atividades
Antropoceno, segundo Ruddiman: desde 6000-8000
Passado o ótimo climático do Holoceno, segundo alguns científicos, vamos para uma nova Glaciação, mas atualmente a tendência é contraria devido aos efeitos do aquecimento global (cambio climático produzido pela humanidade)
Variações do Nível do Mar
O geóide (a superfície de igual potencial gravitacional de um oceano hipotético em repouso) serve como referência clássica para todas as características topográficas. A precisão de sua determinação é importante para o levantamento e a geodésia, e nos estudos dos processos interiores da Terra, circulação do oceano, movimento do gelo e mudanças no nível do mar.
A água quente possui mais calor por quilograma do que a água fria. A água quente é também menos densa que a água fria. Isto significa que uma coluna de água quente é mais comprida do que uma coluna de água fria (é este um exemplo de expansão termal). 
Por conseguinte, os níveis do mar nas zonas de água quente são superiores aos níveis do mar nas zonas de água fria. O nível do mar é medido através de uma técnica denominada altimetria, que utiliza imagens de satélite.
Um altímetro é um sensor de radar ativo; funciona na faixa de microondas do espectro eletromagnético. Este tipo de sensor emite impulsos regulares e grava o tempo de deslocação, a magnitude e a forma de cada sinal de retorno após a reflexão a partir da superfície.
Se a altura do satélite (H) for conhecida em relação a um nível de referência (normalmente, uma superfície padrão de forma elipsoidal regular), então a altura do mar acima do nível de referência (h) é determinada subtraindo a distância (R) medida pelo altímetro: h=H-R.
Fatores que afetam a topografia de superfície incluem a altura instantânea da maré da superfície do mar, o movimento da topografia dinâmica do mar ou do oceano e a resposta local do oceano à distribuição da pressão atmosférica ao longo do oceano.
· Variações absolutas (eustáticas) do nível médio do mar: modificação absoluta da posição do nível médio do mar que afeta todos os oceanos e, por tanto, é teoricamente reconhecível à escala global.
· Variação relativa do nível médio do mar: modificação local/ regional da posição do nível médio do mar, resultado da combinação das variações absolutas (eustáticas) e dos movimentos dos continentes (ou ilhas) – tectónica de placas.
Curvas Eustáticas:
El niño e la niña:
El Niño é um fenômeno atmosférico-oceânico caracterizado por um aquecimento anormal das águas superficiais no Oceano Pacífico Tropical. Altera o clima regional e global, mudando os padrões de vento a nível mundial, afetando assim, os regimes de chuva em regiões tropicais e de latitudes médias.
La Niña também é um fenômeno oceânico-atmosférico, mas com características opostas ao El Niño. Caracteriza-se por um arrefecimento anormal nas águas superficiais do oceano Pacífico Tropical, alterando o clima regional e global, mudando os padrões de vento a nível mundial, afetando assim, os regimes de chuva em regiões tropicais e de latitudes médias.
El niño: ventos alísios fracos, não acontece afloramento (upwelling)
La niña: ventos alísios fortes, intensos afloramentos.
Causas das oscilações eustáticas do nível médio do mar:
· Glacioeustasia: variações no volume de água dos oceanos:
· por fusão do gelo glaciar; 
· por expansão térmica;
· por intercâmbio com águas continentais.
· Tectoeustasia: variações no volume das bacias oceânicas:
· por colisão dos continentes; 
· por variações na velocidade de expansão do fundo oceânico; 
· por formação de plateaus submarinos;
Proliferação de vulcões oceânicos (dorsais e pontos quentes) - Variações em volume total da bacia.
· por dessecação ou inundação de bacias oceânicas isoladas.
O feche do Mediterrâneo (e sua posterior dessecação) não afeta ao nível eustático. Mas quando fico novamente em comunicação com o Atlântico isto afetou ao nível eustático.
· Eustasia Geoidal: variações na forma do geóide
Redistribuição de massas por: Tectónica; Magmatismo; Vulcanismo; Glaciares; Recheio de bacias sedimentares
Causas das variações relativas do nível médio do mar:
Transgressões e regressões da linha de costa
· Transgressão:
· Regressão:
Causas: as variações verticais do nível relativo do mar e o balance sedimentar determinam a evolução horizontal da linha de costa.
Subida do nível relativodo mar (transgressão);
Baixada do nível relativo do mar (regressão);
Erosão (transgressão);
Sedimentação (regressão).
Variação do nível relativo mar ≠ Variações da linha de costa
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