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PRIMEIRA PROVA DE METEOROLOGIA (CORRIGIDO)

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PRIMEIRA PROVA DE METEOROLOGIA 
INTRODUÇÃO 
 Meteorologia (Grego – Meteoros (elevado no ar); logos (estudo)) é a ciência que estuda os fenômenos físicos que 
ocorrem na atmosfera terrestre e superfície terrestre. Se trata de uma ciência extremamente vasta e complexa, pois a 
atmosfera é muito variável e sede de inúmeros fenômenos. Seu campo de atuação abrange o estudo das condições 
atmosféricas em dado instante, ou seja, das condições do tempo. Tais condições resultam da movimentação atmosférica, 
que é originada pela variação espacial das forças atuantes na massa de ar. 
 Tendo como critério a influência das condições atmosféricas sobre as atividades humanas, a Meteorologia possui 
divisões especializadas com objetivos bem focados sendo uma delas a Agrometeorologia (ou Meteorologia Agrícola), 
voltada para as condições atmosféricas e suas consequências no ambiente rural. As condições climatológicas indicam o 
tipo de atividade agrícola mais viável de um local, e as condições meteorológicas determinam o nível de produtividade 
para aquela atividade, num certo período, além de interferir na tomada de decisão com relação às diversas práticas 
agrícolas. 
METEOROLOGIA NO BRASIL E NO MUNDO 
 Egito (“Previa” chuvas no Rio Nilo e se as estações seriam mais ou menos chuvosas conforme movimento do sol, 
estrelas e planetas); Império romano (Oferendas); Aristóteles (“Pai” da meteorologia. Meteorologica (350 a.C.). Ciclo 
da água, esboçou zonas climáticas do planeta. Hadley (1735). 
INTERDISCIPLINARIDADE 
 Climatologia - Sequenciamento médio que define o clima de um local, e que determina quais atividades são ali 
possíveis. Essa caracterização média define a Climatologia. Isto significa que a Meteorologia trabalha com valores 
instantâneos enquanto a Climatologia utiliza valores médios (de longo período). 
 Meteorologia – Agricultura (Agrometeorologia); Hidrologia (Hidrometeorologia); Marinha; Aeronáutica; 
Biologia (Biometeorologia); Interações oceano-atmosfera (Interações com a Oceanografia); Ilhas de calor urbana 
(Meteorologia urbana). Obs.: Ilha de calor se trata de um fenômeno observado nos grandes centros urbanos, onde 
observamos o aumento da temperatura do ar e do solo em decorrência da mudança natural dos constituintes daquela região, 
e como exemplo, temos a verticalização das edificações, uso de asfalto e diminuição do número de arvores da localidade. 
TEMPO E CLIMA 
 Tempo – É o estado físico das condições atmosféricas em um determinado momento e local, se tratando de eventos 
específicos, sendo caracterizado pelas condições de temperatura, pressão, concentração de vapor, velocidade e direção do 
vento, precipitação. 
 CLIMA 
 É a síntese do tempo em um dado local durante um período de aproximadamente 30 – 35 anos, sendo mais 
generalizado. O ritmo das variações sazonais de temperatura, chuva, umidade do ar, etc, caracteriza o clima de uma região. 
O período mínimo de 30 anos foi escolhido pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) com base em princípios 
estatísticos de tendência do valor médio. Desse modo, inclui-se anos com desvios para mais e para menos em todos os 
elementos do clima. Ao valor médio de 30 anos chama-se Normal Climatológica. 
 Variabilidade climática (Oscilações periódicas no clima (naturais), que ocorrem em um curto espaço de 
tempo); Mudanças climáticas (Atribuída diretamente ou indiretamente a atividade humana com alteração na composição 
da atmosfera global e que é adicionada a variabilidade natural do clima. Para que ocorra uma mudança climática, é 
necessário que a variabilidade climática tenha a duração de no mínimo 30 anos). 
ELEMENTOS E FATORES CLIMÁTICOS 
 Elementos climáticos – São grandezas meteorológicas que comunicam ao meio atmosférico suas características 
peculiares e propriedades. Os elementos climáticos caracterizam o tempo e o clima de um local, onde o principal é a 
radiação solar, pois este, controla todos os elementos. Como elementos temos a Radiação solar; temperatura; pressão 
atmosférica; vento; umidade relativa; nebulosidade; precipitação e outros. 
 Obs.: Um elemento pode se tornar um fator climático, pois além de caracterizar ele pode modificar outro elemento, 
modificando seu comportamento. A temperatura e a umidade são inversamente proporcionais. 
 FATORES CLIMÁTICOS 
 São agentes causais que condicionam os elementos climáticos, ou seja, qualquer coisa/obstáculo que 
modifique o comportamento de um elemento. Fatores geográficos tais como latitude, altitude, 
continentalidade/oceanalidade, tipo de corrente oceânica, afetam os elementos. Por exemplo, quanto maior a altitude 
menor a temperatura e a pressão. A radiação solar pode ser tomada ou como fator condicionador ou como elemento 
dependente da latitude, altitude, e época do ano. 
 Os fatores climáticos podem ser divididos em Global (Externo (Ciclo solar; variações de orbital da terra; 
impactos meteoritos; Variação da composição da atmosfera); Interno (Deriva dos continentes; El niño; glaciações; 
vulcanismo)), e Regional (Latitude; relevo; vegetação; maritimidade; continentalidade; correntes oceânicas). 
 Ciclo solar – É um período de aproximadamente 11 anos, onde o sol sai da sua mínima produção de energia 
até atingir sua máxima produção. Essa produção de energia (Radiação Solar) é variável e ocorre na superfície do sol, na 
região da fotosfera e está relacionado à ocorrência das manchas solares (explosões termonucleares que resultam na 
radiação solar). 
 Obs.: Quanto maior for o número de manchas solares, maior será a quantidade de radiação produzida. A 
intensidade da radiação não é constante. Periélio (Janeiro) se trata do movimento em que a terra está mais próxima do sol, 
já o Afélio (Julho) é quando a terra está mais afastada do sol. 
 El Niño - É o fenômeno acoplado oceano/atmosfera caracterizado pelo aquecimento anômalo da 
temperatura da superfície do mar na região do pacífico equatorial (Aquecimento ocorre no pacífico, porém, interfere em 
todo o globo terrestre). Este fenômeno foi inicialmente descoberto pelos pescadores da costa oeste do Peru, que detectaram 
uma grande mortandade de peixes durante o período natalino. Ocorre simultaneamente no oceano e na atmosfera, 
caracterizado pelo aumento da temperatura na superfície e na pressão atmosfera. A elevação do nível do mar e de sua 
temperatura reduzia a quantidade de peixes, e também a produção do fertilizante natural. Como esse fenômeno era mais 
intenso na época do Natal, os pescadores batizaram-no de El Niño, como referência ao nascimento do menino Jesus. 
 La Niña – É o fenômeno oposto ao El Ninõ, que se caracteriza pelo resfriamento além do normal das águas 
do oceano Pacífico. As consequências desse fenômeno no clima do Brasil é a intensificação das chuvas no Nordeste e 
secas no sul do país. 
 Variação Orbital - A variação orbital ou ciclo de Milankovitch ocorre periodicamente, fazendo com que 
a radiação solar chegue de forma diferente em cada hemisfério terrestre de tempos em tempos. Esta variação provoca as 
variações glaciares, que são períodos de longos verões e longos invernos. Os fatores que causam essa variação são: 
Precessão dos equinócios; Excentricidade orbital; Inclinação do eixo terrestre. 
 Deriva dos continentes - Os continentes, hoje separados por oceanos, estiveram unidos numa única massa 
de terra no passado, por ele denominado de Pangeia (do grego "Terra Única"). 
 Maritimidade - É uma medida da influência da umidade do mar sobre cidades ou países que tenham seus 
territórios próximos ao litoral, provocando um aumento da umidade relativa do ar, possibilitando a ocorrência de chuvas 
e/ou contato mais intenso com as massas de ar que vêm dos oceanos, o que implica a caracterização das temperaturas 
locais e regionais. 
 Continentalidade – É o fenômeno observado em áreas afastadas do litoral, onde as temperaturas são mais 
elevadas e ocorre uma menor frequência de precipitações provenientesdas áreas oceânicas (A umidade não chega 100% 
do oceano). Nessas áreas ocorrem chuvas localizadas e normalmente por curta duração de tempo. 
 ANOMALIA 
 Eventos meteorológicos e climatológicos com desvios muito grandes em relação à média podem ser 
considerados como anomalias, citando-se entre eles secas e inundações anormais, ondas de calor, aumento do número de 
furacões, etc. Tem-se tentado explicar parte dessas anomalias, por fenômenos que ocorrem nos oceanos e que afetam a 
atmosfera (como por exemplo, o El Niño), podendo refletir-se no sistema climático global (teleconexões atmosféricas). 
Para encontrar anomalias na temperatura, basta usar: 
Anomalia = Valor registrado (°C) – Valor médio (°C) 
 Caso o valor (Temperatura) tenha dado positivo, significa que a anomalia representa um 
aquecimento na região em questão, caso o resultado seja negativo, ocorreu um resfriamento. 
 Glaciações - São fenômenos climáticos que ocorrem ao longo da história do planeta Terra. Como o próprio 
nome sugere, são períodos de frio intenso, provocando o aumento das geleiras (ou glaciares) nos polos e em zonas 
montanhosas, próximas às regiões de neve perpétua. A era do gelo foi a maior glaciação. 
 Efeito estufa - Efeito estufa é um fenômeno natural de aquecimento térmico da Terra, essencial para 
manter a temperatura do planeta em condições ideais para a sobrevivência dos seres vivos. Sem o efeito estufa natural, a 
Terra seria muito fria, dificultando o desenvolvimento das espécies. O Sol emite calor à Terra. Parte desse calor é absorvida 
pela superfície terrestre e pelos oceanos, outra parte é devolvida ao espaço. Contudo, uma parcela da radiação solar 
irradiada pela superfície fica retida na atmosfera em decorrência da presença de gases de efeito estufa, que impedem que 
esse calor seja devolvido totalmente ao espaço. Dessa forma, mantém-se o equilíbrio energético e evitam-se grandes 
amplitudes térmicas. 
 Obs.: Aquecimento global é o processo de aumento da temperatura média dos oceanos e da atmosfera da 
Terra causado por massivas emissões de gases que intensificam o efeito estufa, originados de uma série de atividades 
humanas, especialmente a queima de combustíveis fósseis e mudanças no uso da terra, como o desmatamento, bem como 
de várias outras fontes secundárias. Essas causas são um produto direto da explosão populacional, do crescimento 
econômico, do uso de tecnologias e fontes de energia poluidoras e de um estilo de vida insustentável, em que a natureza 
é vista como matéria-prima para exploração. Os principais gases do efeito estufa emitidos pelo homem são o dióxido de 
carbono (ou gás carbônico, CO2) e o metano (CH4). Esses e outros gases atuam obstruindo a dissipação do calor terrestre 
para o espaço. O aquecimento global é diferente de uma mudança climática, pois este, é na verdade, uma causa para 
mudanças climáticas. 
 Vulcanismo - Fenômeno geológico que ocorre do interior da Terra para a superfície, quando há o 
extravasamento do magma em forma de lava, além de gases e fumaça. O termo vulcanismo é utilizado para designar uma 
série de fenômenos e elementos vulcânicos. 
 LATITUDE 
 É o principal fator climático. Os efeitos deste fator permanente estão ligados às relações Terra-Sol, 
que envolvem o movimento aparente do Sol ao longo do ano. Como consequência do movimento de translação da Terra, 
e também da inclinação do eixo terrestre em relação ao Plano da Eclíptica, há variação espacial e temporal do ângulo de 
incidência dos raios solares na superfície e do fotoperíodo. Em função disso, os valores diários de irradiância solar global 
variam de acordo com a latitude e com o dia do ano, sendo também afetados pelos processos de atenuação na atmosfera. 
Isto torna a latitude um grande fator condicionador do balanço de energia radiante, com tendência de diminuição da 
temperatura média quando se vai das regiões equatoriais para as polares. 
 
 A região da linha do Equador (0°), apresenta maiores temperaturas, menores variações de radiação 
solar e menor amplitude térmica. Já as regiões mais próximas aos polos, apresentam menores temperaturas, maiores 
variações de radiação solar e maior amplitude térmica. 
 Relevo - Em síntese, podemos definir o relevo como o conjunto de formas físicas que compõem a superfície 
da Terra. Em regiões montanhosas, o ar quente, fértil e úmido sobe pela encosta (Barlavento), resfriando-se em decorrência 
da expansão adiabática, devido à diminuição de pressão com a altura. Acima de um determinado nível ocorre condensação, 
havendo formação de nuvens, com ocorrência de chuva. Após atingir o topo da montanha, o ar desce pela outra encosta 
(sotavento), com baixa umidade (árido) e menos fértil, o que provoca um aquecimento da corrente descendente, maior do 
que o resfriamento da subida. Esse processo resulta no fenômeno, chamado de sombra de chuva, pois a chuva ocorre com 
maior intensidade e quantidade a barlavento do que a sotavento. 
 
 Correntes oceânicas - A movimentação contínua das águas oceânicas em função de diferenças de 
densidade, causada por diferenças de temperatura e de salinidade, e da rotação da Terra, resulta em correntes que se movem 
de maneira organizada, mantendo características físicas diferentes do restante das águas adjacentes. O contorno dos 
continentes impõe direção à movimentação das correntes oceânicas. As correntes que circulam no sentido dos pólos para 
o equador são frias, enquanto que aquelas que navegam no sentido contrário são aquecidas, e essa movimentação ajuda a 
redistribuir a energia solar captada pelos oceanos. A atmosfera em contato com grandes massas de água entra em equilíbrio 
térmico com a superfície, visto que a capacidade calorífica do ar é muito pequena. Por isso, as correntes marítimas têm 
grande efeito sobre o regime térmico e hídrico na costa dos continentes, ao longo de seu percurso. Correntes frias 
condicionam climas mais secos, enquanto as correntes quentes promovem climas mais úmidos. 
SISTEMAS PRODUTORES DE TEMPO 
 CENTROS DE ALTA E BAIXA PRESSÃO 
 Obs.: Linhas que ligam locais com mesma pressão são denominadas de isóbaras. Os centros ciclônicos 
(Baixa pressão), recebem os ventos com umidade, onde a mesma penetra e é forçada a subir para a atmosfera, formando 
nuvens e favorecendo a ocorrência de chuvas. Já em centros anticiclônicos (Alta pressão), o vento é forçado a sair, 
retirando a umidade, diminuindo a presença de nuvens, e evitando chuvas. Em resumo: Centros de alta pressão expulsa os 
ventos, já os de baixa pressão recebem os ventos. 
 Centros de baixa pressão - A tendência natural é de o vento soprar em direção ao centro de baixa pressão; 
ou seja, um centro de baixa pressão é uma região de convergência de ventos. Em virtude da influência da força de Coriolis 
(esta que deflete e impulsiona os movimentos daqui para o hemisfério norte), que atua perpendicularmente à direção dos 
ventos puxando-os para a esquerda, a direção final dos ventos passa a ser oblíqua às isóbaras e no sentido horário, no 
hemisfério sul, caracterizando uma circulação ciclônica. Portanto, no hemisfério Sul, os ciclones (baixa pressão) têm 
circulação no sentido horário. Tornados e furacões têm circulação desse tipo. 
 Centros de alta pressão - Um centro de alta pressão, ou seja, um centro exportador de vento, tem circulação 
anti-horário, no hemisfério sul, caracterizando um anticiclone. Nos anticiclones os gradientes de pressão não são tão 
elevados como nos ciclones, daí as menores velocidades de ventos associados aos anticiclones. 
 MASSAS DE AR 
 São grandes extensões de ar (centenas de quilômetros na horizontal e na vertical), que se formam em regiões 
climatologicamente homogêneas (grandes desertos, florestas, áreas oceânicas e etc). Estas porções de ar apresentam 
características termodinâmicas semelhantes (Temperatura e umidade). São classificadas quanto à região de origem e 
quanto à superfície de origem.Exemplos: Tropical atlântica (Quente e úmida); Polar continental (Fria e seca); 
Equatorial marítima (Quente e úmida); Polar marítima (Fria e úmida). 
 
 FRENTES 
 Movimentação de uma massa de ar, podendo ser fria ou quente. Devido ao aquecimento diferencial da 
superfície terrestre observamos uma variação do campo da pressão atmosférica que irá promover a movimentação das 
massas de ar, que saem das suas regiões de origem e se deslocam para regiões opostas. A frente nada mais é do que a 
região de transição entre duas massas de ar de densidades diferentes e podem ser frias, quentes e oclusas. 
 Frente fria (Uma frente é dita fria quando o ar frio se sobrepõe ao ar mais aquecido e neste momento 
promove a ocorrência de precipitações, que são uniformes e que apresentam duração de horas a dias. São muito observadas 
nas regiões sul e sudeste do Brasil, e seus resquícios atingem o sul do Nordeste. Obs.: Durante a passagem da frente fria 
observamos uma diminuição da pressão e o aumento da velocidade dos ventos, bem como a chegada de nuvens altas); 
Frente quente (Uma frente é dita quente quando o ar mais aquecido inibe a formação das chuvas, porém este tipo de 
frente, dependendo da disponibilidade de umidade, pode provocar fortes aguaceiros localizados); Frente oclusa (Não há 
mais a identificação das características termodinâmicas entre as duas massas de ar). 
 Obs.: Se o ar frio empurrar o quente, se torna uma frente fria, e se a massa de ar quente empurrar a fria para 
o local de origem, se torna uma frente quente. A frente fria é mais densa, e tende a descer, já a frente quente, menos densa, 
e tende a subir. Na frente oclusa, se houver a presença de umidade, tende a chover. 
 
 FURACÃO 
 Se trata de grandes porções de ar, de baixa pressão atmosférica nos oceanos. A energia para formar um 
furacão é decorrente da umidade. Não ocorre no Nordeste devido ao aquecimento das águas e pela rotação da terra ser 
menor próxima a linha do equador, por isso, são formados a mais de 5 graus de latitude do Equador. Não observamos ele 
no solo, e sim, apenas suas consequências (chuvas e ventos fortes). É totalmente previsível, e dá para observar toda a sua 
trajetória. O “olho do furacão” é um local de calmaria. Obs.: 2017 foi o ano de recordes de furacões no Atlântico Norte 
(Irma, Katia e José). Formação dos furacões: A água evapora da superfície do oceano e entra em contato com massas de 
ar frio, formando nuvens, e posteriormente uma coluna de baixa pressão gera ventos em espiral. A medida que a pressão 
da coluna central (O “Olho”) se debilita, a velocidade do vento aumenta ao seu redor. 
 TORNADOS 
 É um fenômeno meteorológico que se manifesta como uma coluna de ar que gira de forma violenta e 
potencialmente perigosa, estando em contato tanto com a superfície da Terra como com uma nuvem CBs. Escala Fujita: 
0 – 5. São formados sob os continentes e, diferente dos furacões, os tornados não são previsíveis. Apesar de seu curto 
espaço de tempo (duram apenas segundos), ele é mais destrutivo que o furacão. 
 Embora ainda não exista consenso sobre o mecanismo que desencadeia o início de um tornado, 
aparentemente estes estarão ligados a uma interação existente entre fortes fluxos ascendentes e descendentes que formam 
uma movimentação intensa no centro das nuvens carregadas que compõem as super-células tempestuosas. Essas células 
normalmente formam-se devido ao contraste existente entre duas grandes massas de ar com diferentes pressões e 
temperaturas. Após tocar o solo, um tornado pode atingir uma faixa que varia entre 100 a 1200 m, deslocando-se por uma 
extensão de aproximadamente 30 km (embora já tenham sido registrados tornados que se deslocaram distâncias superiores 
a 150 km). 
 Formação - O tornado é um fenômeno que se forma a partir de uma nuvem de tempestade, o chamado 
Cumulonimbus ou, de forma abreviada, como é mais conhecido, o Cb. Aparece primeiramente a partir da base da nuvem 
expandindo-se até o chão. O movimento em rotação se origina do encontro de fortes correntes de ar em direções opostas 
que ocorrem dentro do Cb. Quanto mais intensas as correntes de ar ascendentes e descendentes dentro de um Cb, maior a 
probabilidade de formar-se um rodamoinho que evolui para o tornado e que aparece como uma protuberância na base do 
Cb. Nos casos mais intensos, o tornado tem condições de se desgarrar do Cb e seguir uma trajetória própria que pode se 
estender por algumas dezenas de quilômetros. O atrito com o chão e com os inúmeros obstáculos no caminho promove 
uma desaceleração do tornado até sua dissipação. 
 REDEMOINHOS DE POEIRA 
 Os redemoinhos, são ventos em espiral formados pela convecção do ar, em dias quentes, sem ventos e de 
muito sol. Ocorrem quando o solo se aquece em determinado ponto, transferindo esse calor à porção de ar que está parada 
logo acima dele. Quando atinge uma determinada temperatura, esse ar sofre rápida elevação, subindo em espiral e cria um 
minicentro de baixa pressão. Devido ao princípio da conservação do momento angular esse redemoinho ganha velocidade 
e acaba levantando a poeira do solo, fazendo com que um funil de 'sujeira' seja visível. Obs.: Sua formação é de baixo 
para cima, e ocorre em condições de baixa umidade, alta temperatura e em áreas sem vegetação, nunca formada sob áreas 
com vegetações. 
 TROMBA D’ÁGUA 
 Muito semelhante aos tornados, porém, formado sob o oceano. Sua duração também ocorre por alguns 
segundos, e é pouco destrutivo. 
ZONA DE CONVERGÊNCIA INTERTROPICAL (ZCIT) 
 Observado todo o ano e é Horizontal. É uma banda de nebulosidade observada na faixa equatorial do globo 
terrestre. Estas nuvens ocorrem devido a confluência dos ventos alísios (ventos que ocorrem durante todo o mês nas 
regiões sub-tropicais, sendo comuns na América Central. São o resultado da ascensão de massas de ar que convergem de 
zonas de alta pressão (anticiclónicas), nos trópicos, para zonas de baixa pressão (ciclónicas) no Equador, formando um 
ciclo) de nordeste e sudeste. Estas nuvens promovem a ocorrência de chuvas em todo setor norte do nordeste do Brasil, 
entre os meses de março e abril principalmente. Obs.: estas nuvens seguem o movimento aparente do sol. 
ZONA DE CONVERGÊNCIA DO ATLÂNTICO SUL (ZCAS) 
 É Diagonal, e mais observada no final do ano. É uma zona formada pelo conjunto de dois fenômenos, a 
instabilidade amazônica (convecção), e a passagem de uma frente fria na região sudeste do Brasil, estes dois fenômenos 
ocorrendo simultaneamente promovem o aparecimento de um corredor de umidade, responsável pela formação de nuvens 
e ocorrência de chuvas intensas. Obs.: As ZCAS são observadas nos meses de outubro a dezembro. 
NOÇÕES DAS RELAÇÕES ASTRONÔMICAS TERRA-SOL 
INTRODUÇÃO 
 Conhecer o movimento da Terra em relação ao Sol e analisar as consequências desse movimento. A órbita da Terra 
em torno do Sol não é uma circunferência perfeita (órbita elíptica). 
SISTEMAS DE COORDENADAS GEOGRÁFICAS 
 Paralelos (linhas imaginárias na superfície da Terra (paralelas ao plano do Equador); 0° a 90° Norte e Sul); 
Meridianos (são arcos que se estendem de um polo a outro; 360° meridianos (180° cada hemisfério)). Coordenadas 
(Latitude, Longitude, Altitude). 
 Altitude (M) – É definida como a distância vertical entre a projeção esférica do nível médio dos mares e o local 
considerado, ou seja, é seu desnível em relação ao nível médio das águas do mar. Tem como referência o nível do mar. É 
expressa em metros e frações, onde acima do mar o número é positivo, e abaixo do mar é negativo. Obs.: N.M.M é o nível 
médio do mar. 
 Latitude (Paralelos) – Varia de – 90° (Hemisfério Sul); 0° (Equador); 90° (Hemisfério Norte). 
 Longitude (Meridianos) – Varia de – 180° (Oeste); 0° (Meridiano de Greenwich); 180° (Leste). 
 COORDENADAS 
 X; Y; Z; sendo Latitude; Longitude; e Altitude respectivamente. Exemplo: 
23°42’32’’ S 
Para utilizar nos cálculos, é necessário transformarem graus, onde basta dividir “ por 60 e somar com ‘, dividir o valor 
da soma por 60 e somar com °: 
Resultado: - 23,70° 
O Resultado é negativo por conta de a coordenada estar no hemisfério Sul (S). 
Em: 32° 27’ 15” 
Resultado: 32,45° (Positivo por estar no Hemisfério Norte). 
SISTEMA EQUATORIAL DE COORDENADAS CELESTES 
DECLINAÇÃO SOLAR (𝛿)
 
 Solstícios – No Hemisfério Sul o Verão é em dezembro (Dia maior que a noite); o inverno é em junho (Noite maior 
que o dia). Já no Hemisfério Norte, o verão é em junho e o inverno é em dezembro. 
 Equinócios – A duração do dia é a mesma da noite. No hemisfério Sul o Outono é em março, e a Primavera é em 
setembro. Já no hemisfério Norte, o Outono é em setembro e a Primavera é em março. 
 Ângulo horário (H) - Ângulo entre o plano meridiano do Sol e o plano meridiano do observador. Obs.: De manhã 
H é negativo, já a tarde H é positivo. 
 
 Ângulo zenital (Z) - Ângulo entre o Zênite e o raio vetor Terra-Sol. Tanto no Nascer como no Por do sol = 90° 
 
 Elevação Solar (e) - ângulo complementar do ângulo zenital. 
 Sol da meia noite - É um fenômeno natural que ocorre nos meses de verão em latitudes norte e nas proximidades 
ao sul do Círculo Polar Ártico, e ao sul e próxima ao norte do Círculo Polar Antártico. Ocorrência: EUA (Alasca), Canadá, 
Groelândia, Noruega, Suécia, Finlândia, Rússia e o extremo norte da Islândia. 
 Fotoperíodo – É o número de horas em que o Sol emite radiação solar e esta, atinge a superfície da terra, ou seja, 
é o intervalo de tempo entre o nascer e o por do sol. 
 INSOLAÇÃO MÁXIMA 
 Duração Astronômica do dia. 
 
O fotoperíodo (N) foi de 11 horas, e por 3 horas a radiação solar foi interceptada pelas nuvens. Para descobrir a 
insolação (n), basta: 
n = 11h – 3h 
n = 8h 
Ou seja, a insolação foi de apenas 8 horas, e detalhe, o resultado só pode ser igual ou inferior ao fotoperíodo. 
CÁLCULO 
Obs.: Antes de iniciar, é sempre bom zerar a calculadora: 
Shift + mode depois aperte 3 e = = 
Dada as seguintes coordenadas geográficas: 
42°29’37” N; 29°40’31”; 277 m; Dia: 10/Setembro; Hora local: 8h. 
Calcule para o dia 10/setembro o que se pede: Declinação solar; Ângulo horário; Ângulo zenital; Fotoperíodo; Hora do 
nascer do sol; hora do por do sol; tempo solar verdadeiro (TSV). 
1° Passo – Transformar coordenadas em graus 
42°29’37” = 42,49° N (Positivo por ser Norte) 
29°40’31” = 29,67° L (Positivo por ser Leste) 
DECLINAÇÃO SOLAR (𝛿)
 
Obs.: Nunca mudar o sinal deste resultado. 
 
ÂNGULO HORÁRIO (H) 
 
ÂNGULO ZENITAL (Z) 
 
FOTOPERÍODO (N) 
 
NASCER DO SOL 
 
POR DO SOL (OCASO) 
 
TEMPO SOLAR VERDADEIRO (TSV) 
*Ângulo diário (Radianos) 
 
*EQ. Tempo (Adimensional) 
 
*EQ. Tempo (minuto) 
 
*TSV (Tempo Solar Verdadeiro) 
 
 
RADIAÇÃO SOLAR, BALANÇO DE RADIAÇÃO E DE ENERGIA SOBRE UMA SUPERFÍCIE VEGETADA 
ATMOSFERA TERRESTRE 
 Troposfera (É a primeira camada, mais próxima da superfície da terra e se estende a 10 a 12 km de altitude e é 
aonde os fenômenos meteorológicos são observados. A temperatura diminui com o aumento da altitude, constante a cada 
quilômetro percorrido. Apresenta a maior concentração de Vapor d’água); Tropopausa (Zona de transição, após a 
troposfera. Apresenta temperatura constante (Isotermia), até a próxima camada); Estratosfera (Aumento da temperatura 
conforme maior altitude, por conta da grande concentração de ozônio. Obs.: O ozônio é responsável por atenuar apenas 
os raios UV, que é considerada a pior fração da radiação solar em prejuízos (Câncer de pele). A estratosfera é aquecida 
por cima (Raios UV) e resfriada por baixo (Vapor d’água)); Estratopausa (Isotermia); Mesosfera (Caracterizada pela 
diminuição da temperatura conforme maior a altitude, por conta da concentração de dióxido de carbono); Mesopausa 
(Isotermia); Termosfera (Não tem uma composição exata). 
 Obs.: A atmosfera terrestre apresenta 4 camadas e 3 zonas de transição, onde cada camada possui constituintes 
diferentes, sendo responsáveis pelo processo de atenuação da radiação solar. Os raios UV distantes, apresentam os 
menores comprimentos de onda (0,22 – 0,3 µm), sendo assim, são os mais nocivos. Os Raios UV próximo possuem os 
maiores comprimentos de onda (0,3 – 0,4 µm), e são os que atingem a superfície. 
RADIAÇÃO SOLAR 
 A energia solar é gerada por meio de complexas reações termonucleares. A produção de energia pelo Sol não é 
constante, e nunca irá chegar na superfície numa faixa constante. Toda a energia emitida do Sol é na forma de radiação 
eletromagnética. A distribuição da energia eletromagnética emitida pelo Sol, em função do comprimento de onda, no topo 
da atmosfera é chamada de espectro eletromagnético. 
 RADIAÇÃO FOTOSSINTETICAMENTE ATIVA – PAR 
 Espectro eletromagnético visível é o responsável pela fotossíntese. A Radiação fotossínteticamente ativa é 
de 0,4 a 0,7 µm. Com o comprimento de onda menor ou igual a 0,28 µm ocorre a morte das plantas (Faixa UV). A faixa 
de 0,28 a 0,51 µm é bastante nociva até os 0,32 µm. De 0,40 a 0,51 µm ocorre uma acentuada absorção pela clorofila 
e xantofila (Faixa azul). De 0,51 a 0,61 é a faixa verde a amarelo (FS). A faixa entre 0,61 a 0,72 µm corresponde de 
alaranjado a vermelho (>FS). De 0,72 a 1,0 µm auxilia a elongação, floração, coloração dos frutos, germinação de 
sementes. Maior que 1,0 µm – Processos bioquímicos quando são absorvidos. 
 PROCESSO DE ATENUAÇÃO 
 As nuvens e os demais constituintes atmosféricos são responsáveis pela absorção, reflexão e espalhamento 
da radiação solar. A radiação na superfície, nunca será a mesma da que atinge a termosfera, por conta dos processos de 
atenuação, por isso, a radiação na superfície sempre será menor. Obs.: As nuvens podem atenuar até 80% da radiação. 
Uma curiosidade, é de o porquê que enxergamos o céu azul e não violeta, a resposta está na preferência dos nossos olhos, 
onde estes, prefere o azul no início (Início do espalhamento) e no decorrer do dia e o laranja avermelhado no final do dia 
(Por conta do espalhamento). 
 O espalhamento Rayleigh (Azul) é responsável por espalhar o menor comprimento de onda (r < 0,1 
espalhamento Mie (Vermelho – Laranja avermelhado) espalha os maiores comprimentos de onda (r > 0,1
 
RADIAÇÃO SOLAR (PARTIÇÃO) 
 
VARIAÇÃO ANUAL 
Quanto mais próximo do equador, mais constante será a radiação. 
 
 RADIAÇÃO SOLAR (ROC E ROL) 
 Radiação solar de onda curta (ROC) é de 0,2 a 3,0 µm, é a que vem do sol para a superfície. Já a radiação 
solar de onda longa (ROL) é de 3,0 a 200,0 µm, se trata de uma coincidência da ROC, pois esta, é a radiação reemitida, 
da terra para a atmosfera. Caso ROL não ultrapasse a camada de ozônio, aumenta a temperatura da terra. 
 Obs.: Albedo – É a capacidade de reflexão que uma superfície apresenta. Ela não é constante e apresenta 
variação de acordo com a composição e cor dessa superfície. 
BALANÇO DE RADIAÇÃO (Rn) 
Radiação líquida/saldo de radiação 
 
Dados do Cálculo anterior: 
Declinação solar 𝛿 = 4,21 
Fotoperíodo = 12,51 h 
Ângulo Horário (H) = 93,86° (É necessário transformar em radianos para obter H’ (Ângulo horário em radianos) 
 
DISTÂNCIA MÉDIA 
 
 
IRRADIÂNCIA NO TOPO DA ATMOSFERA (Ro) – SUPERFÍCIE HORIZONTAL 
Obs.: Se é uma superfície horizontal ou inclinada é dada na questão. Cada superfície tem sua formula, não fazer as 
duas na prova seu fino!!! 
 
IRRADIÂNCIA NO TOPO DA ATMOSFERA (Ro) – SUPERFÍCIE INCLINADA 
 
RADIAÇÃO GLOBAL (Rg) - HORIZONTAL 
 
 
BALANÇO DE ONDA CURTA (BOC) 
Obs.: O BOC nunca será negativo Finão!!! 
 
BALANÇO DE ONDA LONGA (BOL) 
 
BALANÇO DE RADIAÇÃO (Rn)

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