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Plano de marketing

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAI 
GELCIMAR THEOBALDO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Estágio 
Plano de Marketing para a empresa 
Martelinho de Ouro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ITAJAI - SC 2011 
 
2 
 
 
 
GELCIMAR THEOBALDO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE 
ESTÁGIO 
PLANO DE MARKETING PARA A EMPRESA 
MARTELINHO DE OURO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Estágio desenvolvido 
para o Estágio Supervisionado do 
Curso de Administração do Centro 
de Ciências Sociais Aplicadas 
Gestão da Universidade do Vale do 
Itajaí. 
 
Orientador: Regis Heitor Ferroli 
 
 
 
 
 
ITAJAI - SC 2011 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agradeço a todos que me 
acompanharam ate a conclusão 
deste trabalho, colegas, amigos, 
professores e ao meu orientador 
professor Regis, aos meus familiares 
que me incentivaram, e acima de 
tudo a Deus. 
 
 
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O mundo é para quem pode 
conquistá-lo e não para quem pensa 
que pode conquistá-lo. 
Fernando Pessoa. 
 
5 
 
 
 
Resumo 
 
 
 
Este trabalho apresenta o objetivo geral que consiste em elaborar o plano de 
marketing para empresa Martelinho de ouro localizada na cidade de Itapema, tem os 
seguintes objetivos específicos, diagnosticar a atual situação mercadológica da 
empresa martelinho de Ouro. identificar oportunidades e ameaças no ambiente de 
marketing; estabelecer objetivos mercadológicos; definir estratégias de marketing. 
elaborar um programa de ações. definir ferramentas de controle e monitoramento. 
Respondendo a questão problema que esta citada no trabalho, segundo a 
metodologia de Kotler (1998) e Las casas (2006 e 2007), apresentando os 
resultados mercadológicos; anuncio em radio, jornais e colocação de placas de 
indicação, usando mecanismos de controle Bsc de Kaplan e Norton (1997).. 
 
Palavras-chave : Administração; Administração mercadológica; Plano de Marketing. 
 
 
 
 
 
 
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SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10 
1.1 Problema de Pesquisa/Justificativa ..................................................................... 11 
1.2 Objetivo Geral e Objetivos Específicos ............................................................... 12 
1.3 Aspectos metodológicos ...................................................................................... 13 
1.3.1 Caracterização do trabalho de estágio ............................................................. 13 
1.3.2 Contexto e participantes da pesquisa............................................................... 14 
1.3.3 Instrumentos e Procedimento de coleta de dados ........................................... 14 
1.3.4 Tratamento e análise dos dados ...................................................................... 15 
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................. 16 
2.1 Conceitos de Administração ................................................................................ 16 
2.2 Administração Mercadológica ............................................................................. 18 
2.3 Marketing ............................................................................................................. 18 
2.3.1 Produto ............................................................................................................. 19 
2.3.2 Preço ................................................................................................................ 19 
2.3.3 Praça ................................................................................................................ 20 
2.3.4 Promoção ......................................................................................................... 21 
2.3.5 Análise .............................................................................................................. 21 
2.3.6 Adaptação ........................................................................................................ 22 
2.3.7 Ativação ............................................................................................................ 22 
2.3.8 Avaliação .......................................................................................................... 22 
2.4 Plano de marketing ............................................................................................. 23 
2.4.1 Sumário Executivo ........................................................................................... 24 
2.4.2 Situação atual de Marketing ............................................................................. 25 
2.4.2.1 Análise BCG .................................................................................................. 26 
2.4.2.2 Análise de Custo e Beneficio ......................................................................... 27 
2.4.2.3. Análise de Oportunidades e Ameaças ......................................................... 29 
2.4.2.4.Análise das cinco forças de Porter. ............................................................... 31 
2.4.2.5 Análise SWOT ............................................................................................... 34 
2.4.3 Objetivos .......................................................................................................... 36 
2.4.3.1. Objetivos de Marketing ................................................................................. 37 
2.4.3.2 Estratégias de Marketing. .............................................................................. 37 
2.4.4. Marketing de Serviços ..................................................................................... 38 
2.4.4.1 Características dos serviços .......................................................................... 38 
2.4.4.2 Composto de Marketing de Serviços ............................................................. 39 
2.4.4.3 Programas de Ação ....................................................................................... 40 
2.4.4.4 5w2h .............................................................................................................. 40 
3. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA .................................................................... 44 
3.1 A empresa ........................................................................................................... 44 
3.2 Portfólio de serviços ............................................................................................ 45 
3.3 Infraestrutura da empresa ................................................................................... 45 
3.4 Estrutura Organizacional ..................................................................................... 46 
4 RESULTADOS DA PESQUISA ............................................................................. 47 
4.1.1 Análise ambiental ............................................................................................. 47 
4.1.1.1 Ambiente Econômico e Social ....................................................................... 47 
4.1.1.2 Aspectos demográficos ................................................................................. 49 
4.1.1.3 Aspectos culturais ......................................................................................... 51 
4.2 Análise do Microambiente ................................................................................... 51 
 
7 
 
 
 
4.2.1 Entrantes Potenciais......................................................................................... 52 
4.2.3 Fornecedores ................................................................................................... 52 
4.2.4 Compradores ....................................................................................................53 
4.3 Concorrentes ....................................................................................................... 53 
4.3.1 Concorrentes diretos ........................................................................................ 53 
4.3.1.1 Sadicar .......................................................................................................... 53 
4.3.1.2 Cadore peças e serviços ............................................................................... 54 
4.3.1.3 Mecânica do Alemão ..................................................................................... 54 
4.3.1.4 Mecânica Quatro Rodas ................................................................................ 55 
4.3.2 Concorrentes indiretos ..................................................................................... 55 
4.4 Clientela .............................................................................................................. 58 
4.5 Situação atual de marketing ................................................................................ 64 
4.6 Matriz SWOT ....................................................................................................... 72 
4.7 Objetivos ............................................................................................................. 73 
4.8 Plano de Ação ..................................................................................................... 74 
4.9. Mecanismo de Controle...................................................................................... 78 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 81 
6- REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ...................................................................... 83 
Assinatura dos Responsáveis ................................................................................... 86 
7 Apêndice A ............................................................................................................. 87 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
 
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA 
 
 
a)Razão social: 
Martelinho de Ouro Ltda. 
 
 
 
 
b) Endereço: 
Marginal BR 101 Quilometro 150 
 
 
 
 
c) Setor de desenvolvimento do estagio: 
Comercial 
 
 
 
 
d) Duração do estagio: 
240 horas 
 
 
 
 
e) Nome e Cargo do Supervisor de Campo: 
Marco Antônio Benkovie 
 
 
 
 
f) Carimbo e visto da empresa: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
 
EQUIPE TECNICA 
 
 
a)Nome do Estagiário: 
Gelcimar Theobaldo 
 
 
 
 
b) Área de Estágio. 
Marketing 
 
 
 
 
c) Supervisor de Campo: 
Sr. Marco Antônio Benkovie. 
 
 
 
 
d) Orientador de estagio: 
Prof. Regis Heitor Ferroli. 
 
 
 
 
 
e) Responsável pelos Estágios em Administração 
Prof. Eduardo Krieger da Silva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
O mercado competitivo em que se encontram as atuais empresas que 
trabalham com serviços direcionados a manutenção de veículos automotores 
apresenta ameaças e também oportunidades, principalmente relacionadas ao 
crescimento do número de veículos que tem aumentado consideravelmente. Um 
exemplo dessa progressão é o número de veículos registrados no Departamento de 
Trânsito do Estado de Santa Catarina, que alcançou em Junho/2011 a marca de 
2.060.533 registros. Só a Cidade de Itapema possui uma frota de 13.191 veículos. 
(DETRAN-SC JUNHO, 2011). 
Soma-se a esse fator o fato que pequenas avarias, como amassados que 
acontecem em estacionamentos de supermercados, shopping, ou pequenos 
arranhões, e ainda concessionárias de veículos que precisam de seus carros em 
perfeita ordem, contribuem para o desenvolvimento do setor. 
Tendo em vista um contexto tão abrangente, evidencia-se a importância da 
utilização de um plano de marketing como ferramenta de apoio a um gerenciamento 
mais eficiente, uma vez que tal plano consiste em ações mercadológicas que a 
empresa tomará atitudes para melhorar sua atuação no mercado em que está 
inserida. 
A empresa onde foi desenvolvido o trabalho de pesquisa foi Oficina e 
Prestadora de Serviços automotivos Martelinho de Ouro, localizada as margens da 
BR 101, entrada do bairro de Meia Praia – Itapema. Suas atividades estão voltadas 
ao conserto de automóveis, usando a técnica de martelinho de ouro, que consiste 
em desamassar o carro sem a necessidade de pintura, porém caso seja necessário 
também funciona a parte de funilaria para pequenos reparos e correções. 
O acadêmico por ocasião desse estudo pretende apresentar um plano de 
marketing que venha ajudar a empresa a planejar suas ações como conhecer seu 
público-alvo, definir estratégias, a fim de melhor servir os clientes da organização. 
 
 
 
 
 
11 
 
 
 
1.1 Problema de Pesquisa/Justificativa 
 
 
Um problema pode ser definido tanto a partir da observação, como da teoria, 
ou ainda de um método que se queira testar. No contexto de um estudo de prática 
profissional, um problema é uma situação não resolvida, mas também pode ser a 
identificação de oportunidades até então não percebidas pela organização. De 
qualquer modo, o ponto essencial é que os alunos dependem obrigatoriamente do 
acesso à organização. (ROESCH; 2007, p.90). 
 Ao visualizar a definição da autora supracitada percebe se que o problema 
de pesquisa tem como propósito identificar situações que evidenciam a necessidade 
de mudanças na organização. Dessa forma, define-se como questão-problema para 
este estudo: Que adaptações mercadológicas são necessárias à empresa 
Martelinho de Ouro para que a mesma possa satisfazer as necessidades de seus 
clientes? 
Este trabalho foi importante para a empresa no sentido de mostrar caminhos 
para o gestor poder chegar ao número de clientes desejados, não somente pela 
manutenção dos clientes atuais, mas também pela captação de novos. 
Cabe ressaltar que nunca foi feito na empresa um trabalho de tal 
importância, sendo inédito este tipo de trabalho, caracterizando a originalidade do 
tema em questão a organização Martelinho de Ouro. 
O presente trabalho foi importante também para o acadêmico, no sentido de 
oportunizar a colocação em prática de conhecimentos teóricos adquiridos ao longo 
do curso; por meio do plano de marketing desenvolvido. 
Por fim, destaca se a importância do trabalho para a universidade para 
agregar valores e conhecimentos, ampliando as pesquisas e como banco de dados 
para futuros acadêmicos. 
É oportuno afirmar que esse estudo foi viável, pois a empresa teve interesse 
em disponibilizar as informações necessárias para a realização do trabalho, e que o 
mesmo não teve nenhum custo adicional para a empresa em questão. 
 
 
 
12 
 
 
 
1.2 Objetivo Geral e Objetivos Específicos 
 
 
Esse item apresenta os objetivos deste estudo, enfatizando as intenções do 
acadêmico ao realizar esta pesquisa. 
 
Um objetivo é definido como alvo ou desígnio que se pretende atingir 
ao formular objetivos do autor do projeto está fixando padrões pelos 
quais seu trabalho será avaliado e os objetivos orientam a revisão da 
literatura e metodologia do projeto. (ROESCH; 2007, p.94). 
 
Diante deste contexto o objetivo geral do trabalho é elaborar um plano de 
marketing para empresa Martelinho de Ouro. Tendo em vista o objetivo geral 
apresentado, o mesmo foi transformado em objetivos específicos. 
“Os objetivos específicos operacionalizam especificam o modo como 
se pretende atingir um objetivo geral. Assim, no caso da formulação 
de um plano ou sistema, os objetivos específicos passam a ser 
claramente associada às etapas do plano e normalmente a literatura 
aponta indicações de fases ou etapas a cumprir. Estas passam a 
constituir objetivos específicos”. (ROESCH, 2007, p.97). 
 
São apresentados a seguir os objetivos específicos do presente Trabalho de 
Conclusão de Estágio. 
 
• Diagnosticar a atual situação mercadológica da empresa martelinho de 
ouro. 
•Identificar oportunidades e ameaças no ambiente de marketing; 
• Estabelecer objetivos mercadológicos; 
• Definir estratégias de marketing. 
• Elaborar um programa de ações. 
• Definir ferramentas de controle e monitoramento. 
 
 
 
 
13 
 
 
 
1.3 Aspectos metodológicos 
 
 
Neste item, apresentam-se os métodos que foram utilizados para alcançar 
os objetivos deste estudo. Segundo Roesch (2007, p. 118), ”Observa-se que a 
maioria dos trabalhos de conclusão dos alunos termina por consistir em uma análise 
muito superficial da situação problemática estudada nas organizações”. Dessa 
forma, é de fundamental importância estabelecer a metodologia de forma 
consistente para atingir resultados mais expressivos. 
 
 
1.3.1 Caracterização do trabalho de estágio 
 
 
Este estudo caracteriza-se como uma pesquisa diagnóstica, (ROESCH, 
2005), este tipo de pesquisa apresenta um conjunto de técnicas e instrumentos de 
análise, permitindo um diagnóstico como a racionalização dos sistemas. 
Quanto a sua tipologia esta pesquisa pode ser classificada como Proposição 
de planos ou sistemas, sendo uma pesquisa descritiva; pois se trata de uma 
proposição para melhoramentos ou implantação de um sistema. 
Cabe ressaltar que Roesch (2007), em que proposito é apresentar propostas 
de plano ou sistemas para solucionar problemas organizacionais, sendo que alguns 
visam burocratizar e controlar sistemas; outros buscam maior flexibilidade. 
“Acrescenta-se que o estudo foi predominantemente qualitativo, mas 
necessitou de um suporte quantitativo. A pesquisa qualitativa é uma alternativa 
metodológica de pesquisa que pode ser apropriada para qualquer dos tipos de 
projetos”. (ROESCH, 2007, p, 155). 
Já a finalidade de uma pesquisa quantitativa, conforme (Roesch, 2007) 
serve para obtenção de informações sobre determinada população e pode ser 
através da população total ou uma amostra, buscando medir objetivamente alguma 
coisa. Neste sentido entende se por meio da aplicação dos questionários, o 
acadêmico pôde medir o grau de satisfação dos clientes e consequentemente fazer 
uso dos dados quantitativos. 
14 
 
 
 
1.3.2 Contexto e participantes da pesquisa. 
 
 
Para a realização deste estudo, foi necessário o envolvimento do proprietário 
e consumidores. Com relação a estes últimos, foram pesquisados todos os clientes 
que passaram pela empresa no período de janeiro a abril de 2011, o que 
caracterizou uma amostra de 50 clientes, sendo que o tipo de amostragem foi 
aleatório. 
“A amostragem aleatória simples tem a seguinte propriedade qualquer 
subconjunto da população, com o mesmo número de elementos, tem a mesma 
probabilidade de fazer parte da amostra”. (BARBETTA, 2007, p 45). 
Cabe ressaltar que este critério atende aos requisitos de uma amostra 
mínima, conforme Dolabela (1999) e vai ao encontro das características de uma 
pesquisa quantitativa, foi aplicada aos clientes pelo próprio acadêmico. 
 
 
1.3.3 Instrumentos e Procedimento de coleta de dados 
 
 
Os dados foram coletados em fontes primárias e secundárias, buscando as 
informações necessárias para a elaboração de um plano de marketing. Nesse 
sentido, a fonte de entrevista torna-se uma das técnicas de coleta de dados mais 
importantes, pela interação que estabelece entre o entrevistado e o entrevistador, 
permitindo colher uma gama de informações, aprofundar os dados fornecidos e 
realizar correções sobre dados levantados. Destaca-se, portanto que este 
instrumento de coleta foi utilizado em uma abordagem com o gestor da empresa. 
Por outro lado os dados primários também foram coletados de clientes por 
meio de questionários com perguntas fechadas para favorecer o desenvolvimento do 
plano de marketing e possibilitar o uso de técnicas estatísticas para apuração de 
frequências e elaboração de gráficos e análises, conforme descritos no apêndice A. 
 
 
15 
 
 
 
Os dados primários são dados que ainda não foram coletados e cabe ao 
pesquisador identifica-los no decorrer o presente estudo. 
O uso de dados secundários foi fundamental para a realização deste estudo 
ao utilizar-se de dados obtidos em documentos da empresa, sites e artigos entre 
outros. 
É possível trabalhar com dados existentes na forma de arquivos, bancos de 
dados, índices ou relatórios; não sendo criados pelo pesquisador e são normalmente 
denominados dados secundários. (Roesch, 2007). 
 
 
1.3.4 Tratamento e análise dos dados 
 
 
O acadêmico descreveu por meio da análise da entrevista as opiniões 
coletadas com o proprietário. Para chegar à proposição de plano estabelecido, 
juntamente com o proprietário, buscou-se um consenso das atitudes a serem 
tomadas quanto às informações coletadas. 
Foi feito uma análise estatística dos dados, usando tabelas, gráficos para 
ilustrar os resultados através do programa Excel. 
A análise de textos em pesquisa científica tem sido conduzida 
principalmente mediante um método denominado de Análise de Conteúdo. Este, 
segundo Roesch (2007, p.170) usa uma série de procedimentos para levantar dados 
através de um texto, buscando classificar palavras, frases ou parágrafos em 
categorias de conteúdo. Os procedimentos de análise de conteúdo criam 
indicadores quantitativos e cabe ao pesquisador interpretar e explicar esses 
resultados, utilizando teorias relevantes. 
Cabe ressaltar que as informações foram organizadas de acordo com a 
metodologia sugerida por Kotler (1998) para o desenvolvimento de um Plano de 
Marketing. 
O mesmo foi ao encontro das pretensões do gestor da empresa citada nesse 
trabalho. 
 
16 
 
 
 
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
 
Este capítulo apresenta os conceitos sobre Administração e seus 
fundamentos, assim como aspectos relacionados a área específica de execução 
deste trabalho de conclusão de curso, qual seja, a administração mercadológica, 
conceitos de plano de marketing e suas implicações 
 
 
2.1 Conceitos de Administração 
 
 
Segundo Drucker (2006), pode-se definir administração como o que é 
preciso para colocar em prática os atributos para controlar, dirigir, coordenar e 
planejar o que será feito na organização ou até mesmo na vida pessoal, não 
confundindo o administrador com a administração. 
“O termo administração pode se referir às pessoas que lideram e dirigem 
empresas ou uma carreira dedicada à tarefa de liderar e dirigir empresa” (CERTO, 
2003, p.3). Trata-se, portanto de uma ciência para gerenciar recursos tangíveis e 
intangíveis. 
Nota-se, portanto que o administrador é fundamental para o sucesso das 
empresas, pois controla e planeja as ações de pessoas ou um grupo de pessoas em 
uma determinada organização. 
Alguém será um bom administrador à medida que planejar cuidadosamente 
seus passos, que organizar e coordenar racionalmente as atividades de seus 
subordinados e que souber comandar e comandar tais atividades. (MOTTA, 1992). 
“A definição tradicional de administrador como alguém responsável pelo 
trabalho de terceiros destaca uma característica secundária, e não uma 
característica fundamental da questão”. (DRUCKER, 2006, p.8). Ainda segundo o 
autor, o trabalho do administrador tem como objetivos planejar, organizar, ajustar, 
medir e formar pessoas. 
17 
 
 
 
A administração é fundamental para qualquer organização e através dela as 
empresas poderão aprimorar sua competitividade e consequentemente sobrevirão 
no mercado, levando em conta as ações dos concorrentes, controlando e dirigindo 
seus colaboradores para alcançar determinados objetivos. 
Os primeiros a escrever sobre administração foram os economistas Adam 
Smith (1723-1790) e Karl Marx (1818-1883). Segundo eles, “a economia era 
impessoal e governada por forças econômicas objetivas” (DRUCKER, 2006, p.12), o 
que influenciou autores e conceitos na formatação da administração como ciência 
posteriormente. 
Chiavenato (2000) enfatiza que a primeira escola da administração foi a 
Escolada Administração Científica, com ênfase nas tarefas e onde Taylor 
estabeleceu os principais métodos científicos aplicáveis aos problemas da 
administração: a observação e a mensuração. 
A escola da administração científica foi iniciada no começo do século XX 
pelo engenheiro americano Frederick W Taylor. “Sua preocupação básica foi 
eliminar o desperdício e elevar os níveis de produtividade através da aplicação de 
métodos e técnicas da engenharia industrial” (CHIAVENATO, 2000, p. 32). 
Já a teoria clássica que surgia paralelamente à científica, só que na França, 
tinha seu foco na estrutura organizacional e buscava definir os recursos que a 
empresa deveria possuir para ser eficiente. Na teoria Clássica partia-se de um todo 
organizacional e da sua estrutura para garantir eficiência a todas as partes 
envolvidas fossem elas órgãos ou pessoas. (CHIAVENATO, 2000). 
Esta abordagem deve-se ao engenheiro francês Fayol, fundador da Teoria 
Clássica da Administração, que partiu de uma abordagem sintética, global e 
universal da empresa, inaugurando uma abordagem anatômica e estrutural, 
ultrapassando a teoria de Taylor, segundo Chiavenato (2000). 
Tais escolas iniciaram as raízes da administração, o que posteriormente foi 
aprofundado por outros autores e outras escolas que enfatizaram aspectos não 
abordados nas teorias de Taylor e Fayol, apresentando uma perspectiva onde as 
pessoas, a tecnologia e o ambiente onde as empresas estão inseridas são 
fundamentais para o processo administrativo. 
 
18 
 
 
 
2.2 Administração Mercadológica 
 
 
Em princípio, a atividade de um administrador de Marketing é buscar 
informações em seu ambiente e adaptar o programa do composto de marketing para 
a satisfação de desejos e necessidades dos consumidores visados pela 
organização. (LAS CASAS, 2006). 
Tendo em vista este contexto, pode-se destacar que a administração 
mercadológica é uma ferramenta usada nas empresas para obter resultados 
satisfatórios, através dos estudos dos componentes de marketing, que mais se 
adaptam ao ambiente de uma determinada organização. 
A administração da função de marketing começa com uma análise completa 
da empresa e segundo Kotler e Armstrong (2007) enfatiza as decisões relacionadas 
ao posicionamento da organização no mercado, bem como as formas de manter e 
captar clientes. 
Para tanto é fundamental que as práticas de marketing sejam desenvolvidas 
com conhecimento dos fatores que efetivamente cabem a área e que poderão 
proporcionar um diferencial significativo e gerar vantagens competitivas para as 
empresas que o praticam corretamente. 
 
 
2.3 Marketing 
 
 
Varias pessoas acreditam que marketing é uma forma de empurrar um 
produto e conseguir obter o máximo de vantagens possíveis sobre o consumidor. 
Entretanto, marketing é uma área que procura satisfazer o cliente e diferenciar a 
empresa, proporcionando relações de troca vantajosas para ambas as partes. 
Para Kotler e Armstrong (2007, p.4), “Marketing é o processo pelo qual as 
empresas criam valor para seus clientes e constroem fortes relacionamentos com 
eles para capturar seu valor em troca”. 
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Las Casas (2006) complementa que este processo envolve planejamento e 
execução da concepção de produto, preço, promoção e distribuição. Proporciona a 
elaboração de ideias, bens e serviços, eventos para criar trocas que venham a 
satisfazer objetivos individuais e organizacionais. 
Dessa forma pode-se perceber que o marketing auxilia nas vendas das 
organizações e torna-se parte importante para alcançar os objetivos estratégicos. 
Como é extremamente abrangente, é necessário um planejamento específico para 
esta área, segundo metodologias específicas para sua estruturação. 
 
 
2.3.1 Produto 
 
 
Segundo Kotler (1998), produto é algo que pode ser oferecido a um mercado 
para satisfazer a um desejo ou uma necessidade. Dessa forma, assume-se que os 
consumidores favorecerão aqueles produtos que oferecerem mais qualidade, 
desempenho ou características inovadoras. Os gerentes das empresas focados nos 
produtos focam sua energia em fazer produtos superiores, melhorando-os ao longo 
do tempo. 
Cobra (1991) complementa que para satisfazer às necessidades dos 
consumidores, é preciso que os produtos ou serviços a ser ofertados tenham boa 
qualidade, que atendam aos gostos dos consumidores, com boas opções de 
modelos e estilos, com nome atraente de marca, em embalagens sedutoras, 
tamanhos variada, que tragam retornos financeiros à organização. 
 
 
2.3.2 Preço 
 
 
Os preços servem para trazer os retornos financeiros para as organizações 
e também para agregar valor ao produto e a marca, através do preço é possível 
avaliar a qualidade do produto a ser adquirido. 
20 
 
 
 
Cobra (1991) argumenta que os preços divulgados aos consumidores, 
devem ser justos e proporcionar descontos estimulantes à compra de produtos 
ofertados, com subsídios adequados, períodos de pagamentos e termos de créditos 
efetivamente atrativos. 
Segundo Kotler (1998), apesar do papel crescente de fatores não 
relacionados a preço no processo de marketing moderno, o preço continua sendo 
um elemento crítico do composto de marketing. O preço é o único que produz 
receita, enquanto os outros 3 Ps produzem apenas custos. 
Peter e Churchill (2005) complementam que é de fundamental importância 
estabelecer estratégias adequadas de precificação, e neste sentido, destacam-se as 
estratégias de penetração de mercado (preço mais baixo) e a de desmatamentos 
(preço mais alto). 
 
 
2.3.3 Praça 
 
 
A praça envolve o local onde será oferecido o produto aos clientes, bem 
como as formas de distribuição dos mesmos. Neste sentido, Cobra (1996) enfatiza 
que a distribuição precisa levar o produto certo ao lugar certo através dos canais de 
distribuição adequados, com uma cobertura que não deixe faltar produto em nenhum 
mercado importante. 
Nestes termos as organizações devem observar e planejar fatores 
relacionados à localização das fábricas, depósitos, distribuidores e dispondo ainda 
de um inventário de estoques para suprir as necessidades de consumo através de 
recursos de transporte convenientes. 
Segundo Cobra (1996) o produto ou serviço só tem utilidade se posicionado 
junto ao mercado consumidor. A escolha do ponto para o produto ou serviço 
relaciona se com a escolha do canal de distribuição. 
Peter e Churchill (2005) complementam que a estratégia do profissional de 
marketing para tornar um produto disponível pode influenciar se e quando os 
consumidores encontrarão tal produto, quando o mesmo é fácil se encontrar ou de 
comprar entrara no conjunto considerado de mais consumidores. 
21 
 
 
 
2.3.4 Promoção 
 
 
Este item do composto de marketing é usado para chamar atenção dos 
clientes quanto aos produtos ofertados de uma determinada empresa, e pode ser 
compreendido como as formas de comunicação das organizações com seus 
mercados. 
“Seu papel é ajudar a realizar trocas mutuamente satisfatórias com os 
mercados-alvo, informando, educando, persuadindo e lembrando-os dos benefícios 
de uma organização ou de um produto”. (LAMB, 2004, p ,18). 
Desta forma Cobra (1996) destaca que é preciso utilizar com efetiva 
criatividade as ferramentas promocionais, como propaganda, força de vendas, 
promoção de vendas, relações públicas e o merchandising. 
Assim, segundo o autor supracitado (1996) propaganda: é toda forma paga 
de divulgação para chamar atenção para uma determinada empresa para seus 
produtos ou serviços, enquanto publicidade é tudo que se faz para chamar a 
atenção para um produto ou serviço, mas que não usa necessariamente dinheiro, ou 
seja, pode ser gratuito. 
Na administração mercadológica e importante que o gestor conheça além 
dos 4 P.s , também conheça os 4 A.s. que são definidos como Analise, Ativação, 
Avaliação, Adaptação, Segundo Cobra 2009. 
 
 
2.3.5 Análise 
 
 
A análisevisa identificar as forças vigentes no mercado, como economia, 
politica, sociedade, concorrência, legislação e tecnologia e suas interações com a 
empresa. 
Os meios utilizados para identificar e quantificar as forças existentes são a 
pesquisa de mercado e o sistema de informações de marketing. 
22 
 
 
 
2.3.6 Adaptação 
 
 
Adaptação e o processo de adequação das linhas de produtos ou serviços 
da empresa ás necessidades de consumo identificadas por meio da analise. 
Pode ser também a interpretação do estagio do ciclo de vida da cada 
produto e do portfólio dos produtos ou serviços prestados pela empresa em relação 
à concorrência. . 
 
 
2.3.7 Ativação 
 
 
Ativação também e chamado de composto promocional que forma, com o 
composto de produtos ou serviços, o composto de marketing. 
Os elementos-chave da ativação são: distribuição, força de vendas, esforço 
promocional-propaganda, promoção de vendas, merchandising, e relações publicas. 
 
 
2.3.8 Avaliação 
 
 
Avaliação e o controle da gestão de marketing que procura avaliar as 
principais forças e fraquezas organizacionais, as oportunidades e os problemas, 
analisando os resultados operacionais de cada esforço de marketing isoladamente 
ou em conjunto. 
 
23 
 
 
 
2.4 Plano de marketing 
 
 
Segundo Las Casas (2007), o plano de marketing consiste em um conjunto 
de ações mercadológicas que visam trazer benefícios para uma determinada 
empresa. Dessa forma, esse tipo de planejamento implica decidir quais estratégias 
de marketing ajudarão a empresa a atingir seus objetivos estratégicos gerais. 
(KOTLER, ARMSTRONG, 2007). 
Nesse sentido, o planejamento pode ser de duas formas: formal e informal. 
Em primeiro lugar, ele pode ser informal, no qual o administrador tem um 
planejamento, mas não há uma metodologia nem um plano escrito. Ou informal 
quando esta só nos planos, mas não em papel. (LAS CASAS, 2007). 
Conforme, (LAS CASAS, 2007), o planejamento formal deve ser realizado de 
forma explícita e escrito, sendo por isso uma forma de controle por sua fixação de 
metas e normas. 
Cabe ressaltar que independentemente da forma que ele seja desenvolvido, 
é fundamental que o mesmo possa estar estruturado em uma sequência de etapas 
que nortearão o desenvolvimento de estratégias adequado às pretensões de 
gestores e acionistas, contribuindo assim para o alcance de objetivos e metas 
organizacionais. 
Existem diversas metodologias para a elaboração desse tipo de plano, onde 
Kotler (1998) sugere os passos apresentados no Quadro 1 para a sua elaboração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
 
 
Quadro 1:Etapas na Elaboração de um Plano de Marketing 
Fonte: Adaptado de Kotler (1998, p. 100). 
 
Na sequência estas fases são explicadas detalhadamente, contribuindo para 
o desenvolvimento e elaboração deste trabalho de conclusão de curso. 
 
2.4.1 Sumário Executivo 
 
 
O plano de marketing deve começar com um breve sumário de poucas 
páginas, contendo suas principais metas e recomendações, como pode ser 
visualizado no Quadro 1 descrito anteriormente. 
O sumário executivo é a principal seção do plano de marketing e deve 
expressar uma síntese do que será apresentado na sequência, preparando o leitor e 
atraindo o mesmo para a leitura com mais atenção e interesse. (DORNELAS, 2001, 
p. 121). 
Conteúdo do plano de 
marketing 
 Características 
1-Sumário executivo e índice de 
conteúdo 
 
Apresenta uma breve visão do plano proposto 
 
2-Situação atual de Marketing 
 
Apresentam dados históricos relevantes sobre o 
mercado, produto, concorrência, distribuição e 
 macro ambiente. 
3-Análise de oportunidades e 
assuntos 
 
Identifica as principais ameaças, oportunidades, 
forças, fraquezas e assuntos relativos ao 
produto. 
4-Objetivos 
 
Define as metas financeiras e de marketing do 
plano 
em termos de volume de vendas participação no 
mercado e lucro. 
5-Estratégia de marketing 
 
Apresenta abordagem ampla de marketing, que 
será usada para atingir os objetivos do plano. 
6-Programas de ação 
 
Apresenta programas de marketing especiais 
para atingir os objetivos do negocio. 
7-Demonstração de resultados* 
 
Prevê o resultado financeiro esperado do plano 
 
8- Controles. 
 
Indica como o plano será monitorado 
 
25 
 
 
 
Nesse sentido, o sumário executivo deve ser a primeira parte apresentada 
em um plano de marketing, mas na prática é a ultima a ser feita, complementa 
Dornelas (2006). 
Finalizando pode-se destacar que, segundo Kotler (1998), o sumário 
executivo permite que a alta administração examine rapidamente os tópicos mais 
importantes do plano, acompanhando de forma objetiva a estrutura do mesmo. 
 
 
2.4.2 Situação atual de Marketing 
 
 
Segundo Kotler (1998) alguns dados históricos relevantes sobre mercado, 
produto, concorrência, distribuição e macro ambiente, são fundamentais para 
identificar a situação atual de marketing. Os dados normalmente são extraídos do 
registro de produtos, mas também podem ser coletados em outras fontes. 
Alguns tópicos são pertinentes para entender melhor a questão, sendo a 
situação de mercado, são dados apresentados sobre mercado alvo, como tamanho 
e o crescimento do mercado em vários anos anteriores, por mercados e segmentos 
geográficos. (KOTLER, 1998). 
A Situação de produtos é mostrada pelas vendas, preços, margem de 
contribuição e lucro líquido dos últimos anos para cada produto importante para a 
empresa. 
Outro fator importante segundo Kotler (1998) é a situação competitiva, onde 
se encontra os principais concorrentes identificados e descritos em termos de 
tamanho, metas, participação de mercado, qualidade de produto, estratégias de 
marketing para entender suas intenções e comportamento. 
A situação do macro ambiente descreve as tendências macro ambientais 
amplas (demográficas, econômicas, tecnológicas, políticas e legais e sócio culturais) 
que afetam uma determinada linha de produtos. Segundo Palmer (2006) ele abrange 
tendências e forças gerais que podem não afetar de imediato as relações que uma 
empresa tem com seus clientes, fornecedores e intermediários; porém, cedo ou 
tarde alterará a natureza de tais relações de nível micro. 
26 
 
 
 
2.4.2.1 Análise BCG 
 
 
A análise do Group Consulting Boston procura identificar a situação de 
crescimento e participação de mercado, comparando a empresa analisada com seus 
principais concorrentes. (LAS CASAS, 2007). 
A aplicação desta técnica permite elaborar um diagrama onde a participação 
relativa de mercado e a taxa de crescimento de mercado serão as variáveis 
necessárias para identificar a situação atual do portfólio da empresa. 
Como se pode observar na Figura 1, um gráfico de escala deve ser 
constituído, mostrando os geradores de caixa e abacaxis e em outro nível as 
estrelas e oportunidades, levando-se em consideração a participação relativa de 
mercado e a taxa de crescimento do mercado. 
 
Figura 1 Análise de Portfólio BCG 
Fonte: Kotler (1998, p. 79). 
 
“O diagrama apresenta, no eixo horizontal, a relação da fatia do mercado da 
empresa com o principal concorrente em escala logarítmica. No eixo vertical, é 
considerado o crescimento do mercado”. (LAS CASAS, 2007, p, 108). 
No diagrama, o crescimento é um percentual estabelecido de acordo com o 
mercado que está sendo considerado. O percentual, nesse caso é variável. 
Conforme o mercado poderá ser considerado um crescimento alto, se o mercado 
27 
 
 
 
crescer acima de 10%, e um crescimento lento, se estiverem abaixo desse 
percentual. (LAS CASAS, 2007, p, 108). 
O diagrama considera também o tamanho das bolhas, que representa a 
receita gerada por cada produto. Dessa forma, Certo (2003) apresenta a seguinte 
classificação para esta metodologia: 
• Produtos Estrelas – eles estão inseridos no primeiro quadrante, tem 
condições de crescimento, e a empresa está em situação de liderança. 
• Oportunidades– este produto tem baixa participação de mercado, mas sua 
expansão é uma interrogação. Com o mercado em crescimento pode haver 
investimento, porém pode ser considerado como “menino prodígio” pelo seu 
potencial de crescimento. 
• Geradores de Caixa – também conhecidos como vacas leiteiras são os 
maiores geradores de caixa entre os produtos. Isto ocorre, pois atua em um 
mercado estabilizado, não atrai novos entrantes, onde a empresa possui uma 
grande fatia do mercado ficando em posição confortável, geralmente 
necessitando gastar menos do que os outros que buscam ganhar posições. 
• Abacaxis – está localizado na parte inferior do gráfico e o mesmo ocupa uma 
posição que não trás muita participação de mercado, considerado um produto 
que não interessa muito a empresa, pois o investimento aplicado não trás o 
retorno esperado. 
Esse tipo de análise pode contribuir de forma significativa na identificação da 
situação atual de marketing, mas deve ser realizada com frequência, pois as 
participações de mercado e crescimento do mesmo poderão mudar 
expressivamente de um ano para o outro. 
 
 
2.4.2.2 Análise de Custo e Beneficio 
 
 
A aplicação da ferramenta custo benefício considera quanto beneficio se 
pode gerar para o consumidor de determinado produto, em consequência do seu 
custo e dessa forma, buscam-se índices melhores que da concorrência. 
28 
 
 
 
Desta forma, sugere-se que produtos que oferecem muitos benefícios ao 
consumidor, mas com elevado custo, representam elevados riscos e só deveriam ser 
assumidos se a saúde financeira da empresa permitir. Portanto, produtos que 
oferecem poucos benefícios ao consumidor, associados a custos elevados, devem 
ser sempre evitados. (BAXTER, 1998). 
A definição do preço-teto é indispensável nesta etapa, já que este é o 
máximo que o mercado está disposto a pagar. Ele é fixado a partir da análise do 
mercado e da política de cada empresa. 
Para isso, é fundamental que as empresas consigam ofertar ao mercado 
consumidor mais e melhores benefícios a um custo compatível, procurando 
posicionar-se à frente da concorrência, fortalecendo a imagem empresarial. 
O Quadro 2 apresenta a estrutura desta ferramenta de análise de valor, que 
proporciona um comparativo entre as empresas que operam em um mesmo 
segmento. 
Empresa Benefícios (1-5) Somatório 
Preço 
médio 
Custo 
benefício 
Classificação 
A * * * * * 
B 
C 
D 
 
Quadro 2: Estrutura da Ferramenta de custo beneficio. 
Fonte: Losekan, (1999). 
O quadro anterior descreve que nos espaços marcados com asteriscos 
devem listados os benefícios utilizados como parâmetros entre as empresas, e que 
vão ser avaliados com peso de importância de 1 a 5. Nas colunas de relacionamento 
entre benefícios e empresas, deve ser multiplicado o valor obtido do peso aferido e a 
nota obtida pela empresa naquele beneficio. Os valores são todos somados e, então 
é realizada a divisão entre o preço médio encontrado no comércio e a soma dos 
benefícios do produto. 
Neste sentido a empresa que obtiver maior índice de custo benefício, terá 
uma melhor classificação perante seus concorrentes, evidenciando aspectos 
internos favoráveis a organização. 
 
29 
 
 
 
2.4.2.3. Análise de Oportunidades e Ameaças 
 
 
Segundo Las casas, (2007), o primeiro passo para se realizar um plano de 
marketing é fazer uma análise ambiental, estabelecendo tendências atuais e futuras, 
e usando fontes atuais. 
As fontes para esta etapa são notícias de jornais, revistas boletins, palestras, 
tudo que pode ser citado como informação, e neste sentido analisá-las, é o primeiro 
passo para qualquer planejamento. (LAS CASAS, 2007). 
 Desta forma segundo Las casas (2007), e importante analisar tendências 
quanto as principais variáveis de marketing que afetam os negócios quais sejam, 
economia, politica, concorrência, tecnologia, demografia e legislação. 
No ambiente econômico, segundo Kotler, (1998), os mercados exigem poder 
de compra, além de pessoas. O poder de compra existente em uma economia 
depende da renda atual, preços, poupanças, empréstimos e disponibilidade de 
crédito. As empresas devem prestar muita atenção as principais tendências nos 
padrões de renda e de gastos em bens de consumo, onde um determinante 
importante é a estrutura industrial do país. 
Já a distribuição de renda está relacionada com a estrutura industrial de uma 
nação, mas é também afetada pelo sistema político. (KOTLER, 1998). Especialistas 
de marketing distinguem países em cinco padrões diferentes de distribuição de 
renda: renda muito baixa, a maior parte de renda muito baixa, renda dividida em 
muito alta e muito baixa, renda equilibrada entre baixa media e alta, a maioria da 
população com renda média. (KOTLER, 1998, p. 150). 
 No ambiente político e legal, destaca se que as decisões de marketing são 
fortemente afetadas por leis, órgãos governamentais e grupos de pressão que 
influenciam e limitam várias organizações e indivíduos em sociedade. 
A legislação comercial segundo Kotler (1998) tem três propósitos: proteger 
as empresas de concorrência desleal, proteger os consumidores de práticas 
comerciais injustas e proteger os interesses da sociedade contra o comportamento 
desenfreado das empresas. 
Um importante propósito desta legislação e ou obrigação é cobrar das 
empresas os custos sociais gerados por seus produtos ou processos de produção. 
30 
 
 
 
É responsabilidade de a empresa conhecer as principais leis que protegem a 
concorrência, os consumidores e a sociedade. As empresas normalmente 
estabelecem procedimentos de análise da legislação e divulgam padrões éticos para 
orientar seus administradores de marketing. 
Quanto ao ambiente demográfico: segundo (Kotler, 1998), a primeira força 
macro ambiental que os profissionais de marketing monitoram é a população, 
porque as pessoas representam os mercados. As empresas estão muitas 
interessadas no tamanho da taxa de crescimento da população em diferentes 
cidades, regiões e nações, distribuição etária e composto étnico, níveis 
educacionais, padrões de moradia. 
No ambiente tecnológico: Cobra (2009) complementa que umas das forças 
mais intensas que molda a vida das pessoas é a tecnologia. Assim, todas as novas 
tecnologias são forças de destruição criativa. 
As novas tecnologias geram importantes mudanças e consequências em 
longo prazo, nem sempre previsíveis, onde os cientistas de hoje estão 
desenvolvendo um número substancial de novas tecnologias que revolucionarão 
produtos e serviços. 
Dessa forma percebe se a complexidade de variáveis que devem ser 
analisadas pelo profissional de marketing. O quadro 3 apresenta detalhadamente tal 
estrutura. 
Variáveis geográficas 
Região Regiões de um estado, país ou bloco. 
População da cidade Pequena, media ou grande. 
Concentração Urbana, suburbana, rural. 
Clima Tropical, subtropical 
Variáveis demográficas 
Faixa etária Abaixo de 6 anos de idade; 6- 11; 12-19; 
20-34; 35-49; 50-64; 65 ou mais. 
Tamanho da família 1 a 2 pessoas; 3 a 4; 5 ou mais. 
Ciclo de vida da família Jovem solteiro (a); casal jovem sem filhos; 
casal jovem com filhos; casal de meia 
idade sem filhos menores; solteiro de 
meia idade; outros. 
Sexo Masculino e feminino 
Renda Em salários. 
Ocupação Profissionais liberais e técnicos, gerentes; 
funcionários públicos e proprietários; 
funcionários de escritórios e vendedores; 
entre outros. 
Formação educacional Básico completo; básico incompleto; 
médio completo; médio incompleto; 
31 
 
 
 
superior completo; superior incompleto; 
pós-graduado. 
Religião Católica, protestante, judaica, muçulmana, 
hindu, e outras 
Raça Branca, negra, asiática. 
Geração Pós-guerra, geração X. 
Nacionalidade Norte americano, sul americana, britânica, 
francesa, alemã, italiana, japonesa, 
brasileira, entre outros. 
Classe social Miseráveis, pobres, classeoperária, 
classe média, classe média-alta, classe 
alta. 
Variáveis psicológicas 
Estilo de vida Objetivos, extravagantes, intelectuais. 
Personalidade Compulsiva, gregária, autoritária, 
ambiciosa. 
Variáveis comportamentais 
Ocasiões Normais, especiais. 
Benefícios Qualidade, serviço, economia, rapidez. 
Status de usuários Pequeno, médio, grande. 
Status de lealdade Nenhum, médio, forte, completo. 
Estagio de aptidão de compra Inconsciente, consciente, informado, 
interessado, desejoso, disposto a 
comprar. 
Atitude relativa ao produto Entusiástica, positiva, indiferente, 
negativa, hostil. 
Quadro 3 : Variáveis do macro ambiente de marketing 
Fonte: Adaptado de Kotler, (1998, p. 232). 
Nem sempre todas as variáveis apresentarão informações relevantes ao 
plano de marketing, sendo necessário, portanto, uma investigação dos agentes que 
interagem com a empresa de uma forma mais próxima. 
 
 
2.4.2.4.Análise das cinco forças de Porter. 
 
 
De acordo com Porter (1991) as cinco forças competitivas são: entrantes 
potenciais: ameaça de substituição, poder de negociação dos compradores, poder 
de negociação dos fornecedores e rivalidade entre os atuais concorrentes. 
Refletem o fato de que a concorrência em uma indústria não está limitada 
aos participantes estabelecidos. Clientes, fornecedores, substitutos e os entrantes 
potenciais são todos concorrentes para as empresas na indústria, podendo ter maior 
ou menor importância. 
32 
 
 
 
 
“Todas as cinco forças competitivas em conjunto determinam à intensidade 
da concorrência na indústria, bem como a rentabilidade, sendo que a força ou as 
forças mais acentuadas predominam e tornam-se cruciais do ponto de vista de 
formação de estratégias”. (PORTER, 1991, p, 24). 
A figura 2 apresenta o modelo em que as cinco forças são destacadas como 
pertencentes à concorrência na indústria. A intensidade de rivalidade entre os 
concorrentes do setor não dependerá exclusivamente de suas características, mas 
também da intensidade de atuação das demais forças. 
 
 
 
 
 
 
 Ameaça de Novos 
 Entrantes 
 
 
 Poder de Negociação Poder de Negociação 
 dos Fornecedores de Compradores 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Ameaça de 
 Substitutos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2: Forças que dirigem a concorrência na indústria. 
Fonte: Porter (1991, p. 23). 
Dessa forma, entende-se que para a elaboração de um plano de marketing, 
é necessário compreender este conjunto de forças, onde Porter (1991) as explica da 
seguinte forma: 
• Entrantes Potenciais: novas empresas que entram para a indústria trazem 
nova capacidade, o desejo de ganhar parcela do mercado e frequentemente 
recursos substanciais. A ameaça de entrada em uma indústria depende das 
ENTRANTES 
POTENCIAIS 
CONCORRENTES 
DO SETOR 
 
 
 
 
INTENSIDADE 
DE RIVALIDADE 
 
SUBSTITUTOS 
 
 
FORNECEDORES 
COMPRADORES
33 
 
 
 
barreiras de entrada existentes, em conjunto com a reação que o novo 
concorrente pode esperar da parte dos concorrentes já existentes. Assim 
sendo destacam-se algumas barreiras de entradas: Economia de escala, 
Diferenciação de produtos, necessidade de capital, Custos de mudanças, 
Acesso aos canais de distribuição, Desvantagens de custo independentes de 
escala. 
• Intensidade de rivalidade entre os concorrentes existentes: a rivalidade entre 
concorrentes existentes assume a forma corriqueira de disputa por posição, 
com uso de táticas como concorrências de preços, batalhas de publicidade, 
introdução de produtos e aumento dos serviços ou das garantias ao cliente. A 
rivalidade é consequência da interação de vários fatores estruturais: 
Concorrentes numerosos ou bem equilibrados, Crescimento lento da 
indústria, Custos fixos ou de armazenamento altos, Ausência de diferenciação 
ou custos de mudança, capacidade aumentada em grandes incrementos, 
concorrentes divergentes, grandes interesses estratégicos e barreiras de 
saídas elevadas. 
• Poder de negociação dos compradores: os compradores competem com a 
indústria forçando os preços para baixo, barganhando por melhor qualidade 
ou serviços e jogando um contra os outros. Um comprador é poderoso se as 
seguintes circunstanciam forem verdadeiras: Ele está concentrado ou adquire 
grande volume em relação às vendas do vendedor; os produtos que adquire 
da indústria representa uma fração significativa de seus próprios custos ou 
compras; os produtos que ele compra das indústrias são padronizados ou não 
diferenciados; ele enfrenta poucos custos de mudanças; consegue lucros 
baixos; compradores que são uma ameaça concreta de integração param 
trás, estando em posição de negociar concessões; o produto da indústria não 
é importante para a qualidade dos produtos ou serviços do comprador; o 
comprador tem total informação; o poder de compra de atacadistas e 
varejistas é determinado pelas mesmas regras, com um importante 
acréscimo. 
• O poder de negociação dos fornecedores: os fornecedores podem exercer 
poder de negociação sobre os participantes de uma determinada indústria 
ameaçando elevar preços ou reduzir a qualidade dos bens e serviços 
34 
 
 
 
fornecidos. As condições que tornam os fornecedores poderosos tendem a 
refletir aquelas que tornam os compradores poderosos. Um grupo fornecedor 
é poderoso se o que segue se aplica: É dominado por poucas companhias e 
é mais concentrado do que a indústria para qual vende. 
• Pressão dos produtos substitutos: todas as empresas em uma indústria estão 
competindo, em termos amplos, com indústrias que fabricam produtos 
substitutos. Os substitutos reduzem os retornos potenciais de uma indústria, 
colocando um teto nos preços que as empresas podem fixar com lucro. A 
identificação de produtos substitutos é conquistada através de pesquisas na 
busca de outros produtos que possam desempenhar a mesma função que 
aquele da indústria. 
 
 
2.4.2.5 Análise SWOT 
 
 
Segundo Kotler e Keller (2006) a avaliação global das forças, fraquezas, 
oportunidades e ameaças são denominadas análise SWOT (dos termos em inglês 
strenghts, weaknesses, opportunities, threats) e envolve o monitoramento dos 
ambientes externo e interno. 
A análise SWOT tem como objetivo mapear o mercado, o ambiente interno e 
externo de uma determinada empresa. De forma geral busca organizar as 
informações dos ambientes para melhor planejar as ações ou correções necessárias 
para a empresa atingir suas metas. 
Cabe ressaltar que a interpretação da SWOT pode gerar posturas 
estratégicas e ações específicas, como pode ser observado na Figura 3. 
 
35 
 
 
 
 
 
 
Figura 3: Posturas estratégicas da empresa 
Fonte: Oliveira. (2007, p. 130). 
 
Segundo OLIVEIRA 2007, para fazer frente à situação apresentada a 
empresa pode escolher umas das posturas estratégicas: 
• Sobrevivência; 
• Manutenção; 
• Crescimento; e 
• Desenvolvimento. 
A sobrevivência acontece quando há predominância de pontos fracos no 
ambiente interno e ameaças no ambiente externo, o gera uma situação de alto risco 
para a empresa. 
Já a manutenção ocorre quando há predominância de pontos fortes no 
ambiente interno e de ameaças no externo; ocasionando uma situação em que as 
ações devem ser mais conservadoras. 
O crescimento ocorre quando há predominância de pontos fracos no 
ambiente interno e oportunidades no ambiente externo; possibilitando uma 
perspectiva mais ousada para a empresa. 
 O desenvolvimento acontecequando há predominância de oportunidades 
no ambiente externo a predominância de forças no ambiente interno, gerando um 
extremamente otimista ao futuro da organização. 
 
 
36 
 
 
 
2.4.3 Objetivos 
 
 
Após fazer um diagnóstico da situação ambiental relacionado as 
oportunidades e ameaças e da análise dos pontos fortes e fracos de uma 
organização, o planejador deve estabelecer os objetivos. (LAS CASAS, 2007). 
Las Casas, (2007) argumenta que os objetivos devem ser determinados 
depois de um diagnóstico, pois com esse procedimento se realiza uma estratégia 
mais realista, em sintonia com o ambiente de atuação da empresa. 
 Neste sentido Oliveira (2007) acrescenta que objetivo é o alvo ou ponto 
quantificado, com prazo de realização e responsável estabelecidos, que se pretende 
alcançar através de esforço extra. 
“Para alcançar os objetivos, uma empresa necessita da cooperação dos 
indivíduos; e estes, por sua vez admitidos na empresa, trazem consigo 
necessidades, aspirações e expectativas que esperam sejam satisfeitas em troca de 
seu trabalho”. (OLIVEIRA, 2007, p, 143). 
“Os objetivos podem ser expressos tanto por números ou percentuais como 
por procedimentos. Por isso e importante dividir os objetivos em quantitativos ou 
qualitativos”. (LAS CASAS, 2007, p, 90). 
Objetivos quantitativos são todos que expressam uma quantidade. Pode ser 
um valor em vendas, uma parcela de mercado, um aumento no ponto de 
distribuição. Há possibilidade também de determinar os objetivos de forma bem 
ampla, como aumentar as vendas de determinado produto e posteriormente 
estabelecer as quantidades em forma de metas. Essa forma é encontrada em muitos 
planos de marketing. (LAS CASAS, 2007). 
Já os objetivos qualitativos são determinados para a qualidade específica 
como melhorar a imagem da empresa, treinar vendedores, capacitar recepcionistas, 
explicando o que melhorará em cada questão. (LAS CASAS, 2007). 
Pode-se concluir que os objetivos sejam eles quantitativos ou qualitativos 
são importantes para o bom desempenho do plano de marketing, pois explicam 
como vão ser elaboradas as ações e como serão implantadas. 
 
 
37 
 
 
 
2.4.3.1. Objetivos de Marketing 
 
 
Ao se fazer um plano de marketing o profissional da área deve estar atento 
aos objetivos de marketing que estão relacionados, principalmente, às estratégias do 
composto mercadológico. 
Os principais objetivos de marketing referem-se a crescimento de vendas, 
participação de mercado e lucro bruto de vendas. Nesse sentido é comum que 
muitos executivos acreditam que puxar as vendas ao máximo possível pode ser um 
estimulante para os vendedores trabalharem. (LAS CASAS, 2007). 
“Entende se que marketing não cria hábitos de consumo mas estimula a 
compra de produtos ou serviços que satisfaçam a alguma necessidade latente”. 
(COBRA, p, 32,1996). 
Entretanto os objetivos ou metas devem ser passíveis de ser alcançado caso 
contrário poderá ter efeito contrario na equipe, ou seja, desmotivar ao invés des 
motivar. Desta forma segundo Las Casas, (2007), um objetivo de marketing estará 
sempre relacionado com o produto e seus mercados e também com o aspecto tático 
do composto mercadológico. Estará relacionado a aspectos como preço, distribuição 
e propaganda. 
 
 
2.4.3.2 Estratégias de Marketing. 
 
 
As estratégias de marketing devem enfatizar principalmente o composto 
mercadológico qual seja produto preço, praça e promoção. 
O mix de marketing e o conjunto de ferramentas de marketing táticas 
e controláveis que a empresa combina para produzir a resposta que 
deseja no mercado alvo. Consiste em tudo o que a empresa pode 
fazer para influenciar a demanda de seu produto. As diversas 
possibilidades podem ser agrupadas em quatro grupos de variáveis 
conhecidas como os quatro P.s produto, preço, praça e promoção. 
(KOTLER; ARMSTRONG, 2007, p.42). 
 
Cobra (2009) concorda que a estratégia de marketing consiste de quatro 
elementos denominados composto de marketing (marketing mix) Que devem ser 
desenvolvidos sustentados por um diagnóstico prévio. 
38 
 
 
 
2.4.4. Marketing de Serviços 
 
 
Na maioria dos países o setor de serviços já ultrapassou os de bens de 
consumo, principalmente em países desenvolvidos. Las Casas (2006) complementa 
que o setor de serviços e um dos mais prósperos da economia e representa a maior 
parcela do PIB de quase todas as nações. 
 Segundo Cobra (2009) na próxima década será o item de maior 
crescimento em quase todo o mundo e neste sentido o profissional de marketing 
deve conhecer plenamente suas características. 
Desta forma os serviços podem ser classificados para se diferenciarem dos 
produtos como podemos descrever na próxima seção. 
 
 
2.4.4.1 Características dos serviços 
 
 
Neste item desse estudo está descrito as características dos serviços para 
melhor compreender a diferença entre um plano de marketing de serviços e um 
plano de marketing de produtos. 
Segundo Las casas (2006) no marketing de serviços a relação de uma 
empresa com seus consumidores recebem as mesmas influências das variáveis 
incontroláveis, como no caso de bens. 
As empresas devem usar o marketing de serviços conforme o tipo de cliente 
atendido e conforme sua área de atuação e ramo a ser destinado. 
Há um consenso geral de que existem diferenças inerentes entre 
bens e serviços e de que as mesmas resultam em desafios 
exclusivos, ou menos diferentes, para administradores de serviços e 
para fabricantes que fazem parte importante de sua oferta central. 
(ZHEITHAML; BITNER, 2003, p.36). 
 
Tendo em vista este contexto no quadro 4 descrevem-se algumas 
características dos serviços, na visão de Cobra, (2009). 
 
 
 
39 
 
 
 
Características dos serviços 
Os serviços são intangíveis 
Os serviços são inseparáveis do provedor 
Há dificuldade de padronização 
O comprador frequentemente é envolvido no desenvolvimento e na 
distribuição do serviço 
A qualidade do serviço e altamente variável 
Quadro 4 : Características dos serviços 
Fonte: Cobra, (2009). 
 
Tais características enfatizam a necessidade de se trabalhar um composto 
de marketing específico para os serviços. 
2.4.4.2 Composto de Marketing de Serviços 
 
 
Segundo Las Casas (2006) “No marketing de serviços, a relação de uma 
empresa com seus consumidores recebe as mesmas influencias das variáveis 
incontroláveis, como no caso de bens”. 
As empresas devem usar o marketing de serviços conforme o tipo de cliente 
atendido e conforme sua área de atuação e ramo a ser destinado. 
Há um consenso geral de que existem diferenças inerentes entre 
bens e serviços e de que as mesmas resultam em desafios 
exclusivos, ou menos diferentes, para administradores de serviços e 
para fabricantes que fazem parte importante de sua oferta central. 
(ZHEITHAML; BITNER, 2003, p.36). 
 
Além do composto normal de marketing de bens este composto apresenta 
mais três elementos e em casos mais recentes mais quatro variáveis. 
Variáveis comunicacionais adicionais levaram os profissionais de marketing 
de serviços a adotar o conceito de um composto de marketing além dos 4ps 
tradicionais, o composto de marketing de serviços inclui pessoas, evidencia física e 
processo. (ZHEITHAML; BITNER, 2003). 
Mais recentemente Las casas (2006) acrescentou além dos fatores 
anteriores o perfil, onde é fundamental que a empresa prestadora do serviço 
entenda as necessidades específicas. 
Ao compreender a estrutura do composto mercadológico tanto para bens 
como para serviços, o profissional da área poderá avançar nas etapas do plano de 
marketing, abordando o programa ou plano de ação. 
40 
 
 
 
2.4.4.3 Programas de Ação 
 
 
Plano de ação, segundo Oliveira (2007) é um conjunto das partes comuns 
dos diversos projetos, quanto ao assunto que está sendo tratado (recursos 
humanos, tecnologia etc.). 
Desta forma entende-se que um programa de ação consiste em descrever o 
que será feitopara a aplicação de uma pesquisa, e como será feito para se chegar a 
resultados esperados em uma determinada empresa. 
Para estruturar um programa de ação existem diferentes técnicas que 
podem ser utilizadas entre elas destaca-se 5W2H, e a demonstração de resultados. 
 
 
2.4.4.4 5w2h 
 
 
O 5W2H consiste numa ferramenta de forma fácil de organizar o que deve 
ser feito numa determinada organização, descrevendo para o gestor o que fazer, 
porque isso deve ser feito, quem fará, em quanto tempo será feito, onde, de maneira 
e quanto custara para a organização, servirá de apoio para o plano de marketing de 
que forma organizar as informações a serem seguidas. O 5W2H, quando aplicado 
para planos de ação assume a ordenação mostrada no quadro descrito a seguir. 
What Why 
 
Who When Where 
 
How How much 
 
Quadro 5: Ferramenta 5W2H 
Fonte: Losekan (1999.p, 83). 
 
Losekan (1999) complementa que para cada problema ou proposta são 
identificados os itens what (o que fazer para resolver o problema), Why (por que isso 
deve ser feito), Who (quem fará), When, (em quanto tempo será feito) Where (onde), 
How (de que maneira) e How much (qual verba disponível para resolução do 
problema). 
41 
 
 
 
Trata-se de uma técnica simples, mas de fundamental importância no 
desenvolvimento de um plano de marketing. 
 
 
2.4.5. Demonstração de resultado. 
 
 
Segundo Oliveira, (2007), a demonstração de resultados deve ser 
apresentada através de formulários de auxílio, onde algumas finalidades são 
alocadas como: 
• Indicar os responsáveis e as áreas coordenadas por sua 
operacionalização. 
• Indicar as datas previstas e reais de início e de término. 
• Indicar os recursos necessários e suas principais fontes. 
• Indicar o resultado final esperado. 
• Indicar a taxa de retorno. 
Ainda em folha suplementar será indicado: 
• As atividades que o projeto será subdividido para facilitar sua 
operacionalização, controle e avaliação. 
• Indicar as áreas responsáveis por cada atividade 
• Indicar as datas previstas e reais de inicio e de termino de cada 
atividade do projeto considerado. 
O Quadro 6 apresenta um modelo de formulário para a demonstração de 
resultados favorecendo funções essenciais ao profissional de marketing no 
desenvolvimento de suas funções. 
Planos Projeto Data de inicio Data de 
termino 
Nº 
Nº de 
atividade 
Área envolvida Prevista/ real Prevista/ real Observações 
 
 
 
Comentários 
Quadro 6: Formulário de estabelecimento de projeto 
Fonte: (Oliveira 2007, p. 247). 
42 
 
 
 
2.4.5.1 Controle 
 
 
Controle é a fase do projeto que avaliará como a empresa esta indo para se 
alcançar os resultados esperados. Segundo oliveira (2007), toda empresa implícita 
ou explicitamente possui, missão, propósitos, objetivos desafios, metas estratégias, 
políticas, projetos, e para alcançar os resultados desejados. 
Nesse sentido, a função controle e avaliação são destinadas a assegurar 
que o desempenho real possibilite o alcance dos padrões que foram anteriormente 
estabelecidos. Oliveira, (2007). 
Segundo Oliveira, (2007), a função controle e avaliação têm algumas 
finalidades: 
• identificar problemas, falhas e erros que se transformam em desvios 
do planejado, com a finalidade de corrigi-los e de evitar sua 
reincidência. 
• fazer com que os resultados obtidos com a realização das 
operações estejam, tanto quanto possível, próximos dos resultados 
esperados e possibilitem o alcance dos desafios e consecução dos 
objetivos. 
• verificar se as estratégias e políticas estão proporcionando os 
resultados esperados, dentro das situações existentes e previstas; e. 
• proporcionar informações gerenciais periódicas, para que seja rápida 
a intervenção no desempenho do processo. 
Para favorecer a etapa do controle é indicada uma ferramenta gerencial, 
chamada de Balanced Scorecard. 
O Balanced Scorecard preenche a lacuna existente na maioria dos sistemas 
gerenciais – a falta de um processo sistemático para implementação e obter 
feedback sobre a estratégia. (KAPLAN, NORTON, 1997) 
Os processos gerenciais construídos a partir do scorecard asseguram que a 
organização fique alinhada e focalizada na implementação da estratégia de longo 
prazo. O Balanced Scorecard preserva os indicadores financeiros como a síntese 
final do desempenho gerencial e organizacional, mas incorpora um conjunto de 
mediadas que vinculam o desempenho sob a ótica dos clientes, processos internos, 
e aprendizado e conhecimento. (KAPLAN, NORTON 1997). 
43 
 
 
 
“As quatro perspectivas do scorecard equilibram os objetivos de curto e 
longo prazo, os resultados desejados e os vetores do desempenho, as medidas 
objetivas concretas e as medidas subjetivas mais imprecisas por meio de 4 
perspectivas”. (KAPLAN, NORTON, 1997, p. 26). 
Perspectiva financeira: as medidas financeiras de desempenho indicam se a 
estratégia de uma empresa, sua implementação e execução estão contribuindo para 
melhoria dos resultados financeiros. 
Perspectiva dos processos internos: a abordagem scorecard costuma 
resultar na identificação de processos nos quais uma empresa deve atingir a 
excelência para alcançar os objetivos financeiros e dos clientes. 
Perspectiva do aprendizado e crescimento: identifica a infraestrutura que a 
empresa deve construir para gerar crescimento e melhoria em longo prazo. 
Perspectiva do cliente: permite que os executivos identifiquem os segmentos 
de clientes e mercado nos quais a unidade de negócios competira e as medidas do 
desempenho da unidade de segmento-alvo. 
“O indicador de captação de clientes acompanha, em termos absolutos ou 
relativos, a velocidade com que uma unidade de negócios atrai ou conquista novos 
clientes ou negócios”. (KAPLAN, NORTON, 1997.p. 74). 
Indicadores de satisfação dos clientes fornecem feedback sobre o 
desempenho da empresa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
 
 
3. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA 
 
 
Esse capítulo procura organizar as informações relacionadas a pesquisa, 
enfatizando aspectos relacionadas a empresa que serve como referencial prático 
para a realização deste estudo, desde seu histórico até a elaboração do plano de 
marketing propriamente dito. 
 
 
3.1 A empresa 
 
 
A empresa Martelinho de Ouro foi criada em outubro de 2009, constituída 
por dois sócios, Sr. Miguel Luiz Moreira e Sr. Marcos, ambos responsáveis por duas 
áreas distintas: uma de funilaria, pintura e compra de materiais, sendo responsável o 
Sr. Marco Antônio Benkovie, e outra de serviços de martelinho de ouro, sendo 
responsável o Sr. Miguel. 
A empresa está localizada as margens da BR 101, entrada do bairro 
Morretes ao lado do antigo Hotel Savóia, em Itapema. No ano de 2010, mais 
precisamente no mês de dezembro, um dos sócios saiu da sociedade, 
permanecendo apenas o Sr. Marco Antônio Benkovie. 
Atualmente o próprio proprietário é quem realiza os serviços cuidando das 
compras de matéria prima e elaboração dos serviços prestados 
Como foi criada há pouco tempo, a empresa ainda não possui Missão e nem 
Visão formalizados, mas existe a intenção de crescimento segundo seu proprietário. 
 
 
 
 
 
 
 
45 
 
 
 
3.2 Portfólio de serviços 
 
 
A empresa Martelinho de Ouro trabalha com serviços de funilaria e pintura, 
porém seu proprietário não faz serviços de grande porte, apenas reparos menores. 
Outro ponto importante é que o mesmo terceirizou os serviços de martelinho de 
ouro, devido à baixa procura pelos mesmos. 
Cabe ressaltar que realiza os serviços de martelinho caso sua demanda por 
serviços de funilaria e pintura esteja abaixo do esperado, não necessitando a 
chamada do profissional terceirizado de outra empresa. 
 
 
3.3 Infraestrutura da empresa 
 
 
A empresa usa um galpão alugado de 200 metros quadrados, como pode 
ser observado na figura 4 e conta com uma sala de 120 metros quadrados no 
mesmo terreno.Possui um pátio com calçamento de 80 metros quadrados com 
espaço para em torno de 10 veículos, onde fica os veículos a espera por reparos. 
 
Figura 4: Fachada do Martelinho de Ouro. 
Fonte: Acervo da empresa. 
 
Quanto aos materiais de trabalho a empresa possui pistolas de pintura, 
soldador e compressor de ar como pode ser observado na figura 5. 
46 
 
 
 
 
Figura 5: Equipamentos do Martelinho de Ouro. 
Fonte: Acervo da empresa. 
 
 
3.4 Estrutura Organizacional 
 
 
Os cargos são bem definidos, pois atualmente só trabalha o próprio 
proprietário e um ajudante geral. O proprietário é responsável pela abordagem dos 
clientes e prestação dos serviços da empresa e o ajudante fica responsável por 
lixamento dos carros e serviços de limpeza das instalações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 
 
 
 
4 RESULTADOS DA PESQUISA 
 
 
4.1 Plano de marketing 
 
 
O presente plano de marketing foi desenvolvido utilizando-se a metodologia 
sugerida por Kotler (2006) e que foi apresentada no capítulo referente a 
fundamentação teórica deste trabalho. 
 
 
4.1.1 Análise ambiental 
 
 
Para o desenvolvimento da análise ambiental procurou-se descrever o 
ambiente em perspectivas distintas, quais sejam econômico e social, demográfico e 
cultural. 
 
 
4.1.1.1 Ambiente Econômico e Social 
 
 
Este item apresenta uma visão geral dos aspectos sociais do município de 
Itapema, a partir de um relatório apresentado pelo SEBRAE, no ano de 2010 
apresentando indicadores nas áreas de educação, e condição de domicílios. 
Segundo o site do SEBRAE no ano de 2010, o índice de desenvolvimento 
humano o IDH, de Itapema alcançou 0,835, alcançando o 25º posição no ranking 
estadual. 
Observando o período de 1970 a 2000, o IDH-M do município acumulou uma 
evolução de 133,9%.Um dos maiores avanços foi determinado pela dimensão renda, 
que no mesmo período evoluíram 410,1%. 
48 
 
 
 
Segundo dados do IBGE, contidos no relatório do SEBRAE de 2010, 
relacionados ao Mapa de Pobreza e Desigualdade dos Municípios Brasileiros em 
2003, a incidência de pobreza em Itapema atingiu 33,1% da população do município. 
A pobreza absoluta é medida a partir de critérios definidos por especialistas 
que analisam a capacidade de consumo das pessoas, sendo considerada pobre 
aquela pessoa que não consegue ter acesso a uma cesta alimentar e a bens 
mínimos necessários a sua sobrevivência. 
Com relação aos domicílios, segundo o site do SEBRAE em 2010 em Santa 
Catarina o município possuía 7.533 domicílios, deste total 67,2% eram próprios, 
20,4% alugados, 12,3% eram cedidos e 0,2% tinham outra forma de ocupação. 
A seguir apresenta-se segundo o site do SEBRAE 2010 Santa Catarina às 
condições dos aspectos econômicos do município de Itapema nos últimos anos, 
descrevendo aspectos como o produto interno bruto, balança comercial, valor 
adicionado fiscal, volume de empresas e empregos, renda da população, finanças 
públicas e movimentações realizadas pelo setor primário. 
Segundo dados do IBGE e da Secretaria de Estado do Planejamento de 
Santa Catarina, em 2006 o PIB catarinense atingiu o montante de R$ 93,2 bilhões, 
assegurando ao Estado a manutenção da 7ª posição relativa no ranking nacional. No 
mesmo ano, Itapema aparece na 47ª posição do ranking estadual, respondendo por 
0,35% da composição do PIB catarinense. 
No comparativo da evolução deste indicador ao longo do período 2002-2006, 
o município apresentou um crescimento acumulado de 87,8%, contra um aumento 
estadual de 67,2%. Esta informação evidencia uma oportunidade para as empresas 
de uma forma geral, já que expressa um crescimento econômico significativo no 
município. 
Com relação a avaliação dos setores produtivos de Itapema, a agropecuária 
contribuiu com 0,9%, a indústria com 18,2% e os serviços com 80,9% do PIB 
municipal, expressando um resultado significativo no setor em que a empresa foco 
deste estudo está inserida.. 
Cabe ressaltar que em 2006, Itapema possuía um PIB per capita da ordem 
de R$ 9.068,09, colocando o município na 193ª posição do ranking estadual. No 
período de 2002 a 2006, o PIB per capita do município acumulou um crescimento de 
41,8% contra 56,9% da média catarinense. 
49 
 
 
 
4.1.1.2 Aspectos demográficos 
 
 
Este item apresenta uma visão geral sobre os aspectos demográficos no 
município de Itapema segundo dados do relatório do SEBRAE, que relatam recortes 
para a evolução populacional, a taxa média de crescimento, e sua distribuição 
segundo gênero, localização e faixa etária. 
A população de Itapema apresentou um crescimento de 41,6% desde o 
último censo demográfico realizado pelo IBGE em 2000, sendo que já no ano de 
2009 a cidade possuía cerca de 40.000 habitantes, equivalendo a 0,6% da 
população do estado. 
No gráfico a seguir segue uma ilustração do crescimento segundo o relatório 
do SEBRAE de 2010. 
 
 
 
 
 
Gráfico 1: Crescimento Populacional de Itapema entre 1980 a 2009. 
Fonte: IBGE, Diretoria de estatística, geografia e Cartografia. 
 
Cabe ressaltar que este crescimento foi significativo se comparado ao 
Estado e ao País, como pode ser observado no Gráfico 2. 
 
 
 
 
 
 
 
50 
 
 
 
 
 
Gráfico 2: Comparativo de crescimento demográfico. 
Fonte: IBGE, Diretoria de Estatística, geografia e Cartografia. 
 
A taxa de crescimento anual do município evidencia outra oportunidade, já que 
no período de 2000 a 2009 foi significativamente superior ao crescimento 
populacional de Santa Catarina e do Brasil. 
Já com relação a distribuição populacional por gênero segundo dados do 
IBGE contidos na contagem populacional de 2007, aponta que no município os 
homens representam 48,9% da população e as mulheres 51,1%, como demostrado 
no gráfico a seguir. 
 
 
 
Gráfico 3 : densidade demográfica do município. 
Fonte: resultados elaborados pelo SEBRAE com base em dados do IBGE, 
estimativa populacional de 2009. 
 
Ainda segundo o site do SEBRAE (2010) a composição de fases da 
população divide três faixas etárias: o jovem até 19 anos, adulto dos 20 até os 59 
anos e os idosos após 60 anos em diante. Cabe ressaltar que segundo dados do 
IBGE o município possuía em 2007, 33,7% de jovens na população, os adultos 
53,7%%, e os idosos 9% da população. 
51 
 
 
 
4.1.1.3 Aspectos culturais 
 
 
Segundo dados apresentados pelo site do SEBRAE em 2010, o município 
apresenta estilos da cultura açoriana, constituída por pescadores, entretanto com o 
crescimento do turismo os aspectos culturais tornam-se mais abrangentes. 
Dessa forma, ainda se destacam algumas vilas de pescadores que mantém 
algumas tradições açorianas, e preservam as belezas naturais do município como 
cachoeiras e riachos. 
Segundo o site guia de Santa Catarina Itapema ainda preserva construções 
açorianas, com peças amplas paredes de pedra, pé direito alto e portas de madeira 
maciça e janelas retangulares e ovuladas no andar superior. No bairro canto da 
praia ainda se utiliza de pesca de arrastão como no modo de vida dos açorianos, 
ainda pescando muito peixes. 
Entretanto pode-se perceber que o município vem se modernizando de 
forma acelerada, contribuindo para que as mudanças ocorram de forma significativa 
em toda a extensão da cidade. 
 
 
4.2 Análise do Microambiente 
 
 
Para realizar a análise do microambiente de marketing foi utilizada como 
referência a metodologia de Porter (1991), onde o acadêmico procurou estabelecer 
dois tipos de avaliação. 
A primeira explora dados secundários obtidos de pesquisas em sites e artigos, 
enquanto a segunda enfatiza a avaliação do gestor da empresa quanto à existência 
de tais forças. Cabe ressaltar que nesta segunda abordagem foi utilizada uma série 
de perguntas que são apresentadas por Las Casas (2007) 
 
 
 
52 
 
 
 
4.2.1 Entrantes Potenciais 
 
 
Através de uma pesquisa de campo pode-se concluir que recentemente não 
há o surgimento de outros negócios na

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