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DIPILIDIOSE CANINA Caroline Canalli Júlia Lopes de Souza Nunes Katiane Carvalho Colombo Letícia Leivas Soulue Paulo Mateus Giacobe RESUMO A dipilidiose é uma enfermidade de caráter parasitário zoonótico causada pelo agente etiológico Dipylidium caninum. Essa enfermidade é bastante frequente em áreas urbanas onde a população de animais errantes é consideravelmente alta. Em sua fase larval, o parasita desenvolve-se na cavidade abdominal dos hospedeiros intermediários (pulgas e piolhos). Entretanto, na fase adulta, o Dipylidium caninum pode ser encontrado parasitando o intestino delgado tanto em cães como em gatos, e eventualmente humanos. ABSTRACT Dipylidiosis is a zoonotic parasitic disease caused by the etiologic agent Dipylidium caninum and is quite frequent in urban areas where the population of wandering animals is considerably high. Moreover, this cestode can be found parasitizing the small intestine in both dogs and cats, and eventually humans when D. caninum is in it’s adult phase, whereas in it’s larval stage, this parasite can be found in the general cavity of the intermediates hosts (fleas and lice). –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– Caroline Canalli – graduanda em Medicina Veterinária no Centro Universitário da Serra Gaúcha – FSG. Júlia Lopes de Souza Nunes – graduanda em Medicina Veterinária no Centro Universitário da Serra Gaúcha – FSG. Letícia Leivas Soulue – graduanda em Medicina Veterinária no Centro Universitário da Serra Gaúcha – FSG. Katiane Carvalho Colombo – graduanda em Medicina Veterinária no Centro Universitário da Serra Gaúcha – FSG. Paulo Mateus Giacobe – graduando em Medicina Veterinária no Centro Universitário da Serra Gaúcha – FSG. INTRODUÇÃO O aumento da população urbana de cães e da interação com os homens, bem como as mudanças ambientais causadas pelo homem favoreceram a ocorrência de diversas doenças de caráter zoonótico (BRESCIANI, et al., 2008; COELHO et al., 2013; PEREIRA, 2017), representando 35% dos principais problemas de saúde. Dentre os principais parasitas responsáveis pelas infecções parasitárias, podemos encontrar o (D. caninum). Também chamado de “Tênia Pepino”, o Dipylidium caninum pertence a ordem Cyclophyllidea relativamente grande, podendo alcançar até 60cm de comprimento em sua forma adulta. O parasita é adquirido pela ingestão de pulgas adultas ou piolhos presentes no alimento ou ambiente (TILLEY et al., 2015). O hospedeiro definitivo do D. caninum é o cão, enquanto que diferentes espécies de pulgas (Pulex irritans, Ctenocephalides canis, Ctenocephalides felis) bem como o piolho Trichodectes canis podem atuar como hospedeiros intermediários. Suas proglotes são facilmente visualizadas no intestino como se fossem grãos de arroz (EVARISTO et al., 2018). São visíveis nas fezes ou no períneo como segmentos isolados ou cadeias de segmentos de coloração branca a creme, sendo essa característica um dos principais sinais clínicos observados nesta enfermidade (TILLEY et al., 2015). O sinal clínico mais comum em animais infectados está associado à irritação anal devido a eliminação das proglotes. Tratando-se de uma zoonose, no Brasil ocorreram relatos de contaminação humana por Dipylidium caninum, parasitando o intestino delgado de adultos e crianças, quadro denominado de dipilidiose (EVARISTO et al., 2018). DIPILIDIOSE EM CÃES A dipilidiose é considerada uma das parasitoses mais comuns de animais de companhia. Apesar da grande prevalência, a infestação por D. caninum possui baixa patogenicidade e pode ser responsável por distúrbios gastrointestinais. (Ó, 2010). O ciclo de vida do parasita inicia-se no momento da ingestão de pulgas infectadas com os ovos deste cestódeo, no qual, juntamente a saliva e alimentos, deslocam-se até o intestino delgado amadurecendo em 2 a 3 semanas tornando-se tênias adultas. Na fase adulta, o parasito libera as proglotes terminais, que migram ativamente para a região perianal do hospedeiro, podendo permanecer no local ou serem eliminadas com as fezes (AGUDO, 2014). Os ovos do D. caninum medem de 25-50 µm, de cor castanho-amarelada dentro da cápsula ovígera que pode conter aproximadamente 30 ovos e cada ovo contém um embrião hexacanto. (EVARISTO et al., 2018). EPIDEMIOLOGIA A dipilidiose tem distribuição mundial e embora o hospedeiro definitivo do D. caninum sejam cães, há relatos na literatura de casos em que foram diagnosticadas infecções de dipilidiose em humanos, sendo mais frequente a ocorrência em crianças e lactantes devido à baixa imunidade, identificando-os assim como hospedeiros acidentais. Entretanto, em humanos é considerada uma enfermidade rara, sendo relatados menos de 100 casos desde o início do século XX (AGUDO, 2014). Molina e colaboradores (2003), reportaram um caso de dipilidiose em uma menina de seis meses de idade, no qual observou-se a presença de proglótes com aparência de grãos de arroz de coloração esbranquiçada nas fezes. Através da análise da amostra no microscópio, após coloração com Hematoxilina e Eosina (HE), foi possível identificar a presença de proglotes grávidas de 8 a 15 ovos cercados por uma membrana fina (Figura 1) (AGUDO, 2014; MOLINA, 2003). Pereira (2010) e Souza & Amor (2010) descrevem que atualmente as parasitoses configuram um dos principais problemas de saúde pública no Brasil, sendo estimado que cerca de 130 milhões de habitantes sejam acometidos por alguma forma parasitária, sendo mais comumente encontrados casos de infecções por parasitas intestinais. Figura 1: Secção longitudinal de proglote de Dipylidium caninum gravídico mostrando uma parede corporal e contendo ovos do parasita. Fonte: Adaptado de Molina (2003). SINAIS CLÍNICOS Devido ao acúmulo de segmentos na região anal, facilmente visualizado a olho nu, pode ocorrer uma obstrução nas glândulas anais causando intenso prurido. Em virtude disso, um dos principais sinais clínicos da presença deste parasita é o comportamento de esfregar o ânus no chão (TAYLOR; COOL; WALL, 2017). Outras sintomatologias são dores abdominais, enterites, vômitos e em casos mais graves e crônicos, geram distúrbios nervosos (SCHNEIDER, 2011). DIAGNÓSTICO Há duas formas principais de realizar o diagnóstico desta parasitose: a observação direta de proglotes nas fezes dos animais ou na região perianal; e a observação dos ovos presentes nas fezes através do microscópio (AGUDO, 2014). O diagnóstico pela observação direta, pode ser feito primeiramente com o auxílio de uma lupa, realizando a visualização da forma alongada da proglote e identificando os órgãos genitais duplos, se estes forem recém eliminados. Caso os segmentos já estejam ressecados, deve-se umedecê-los e rompê-los com uma agulha para que os ovos sejam liberados e possam ser visualizados no microscópio (TAYLOR; COOL; WALL, 2017). Conforme a tabela 1, o diagnóstico de diversas zoonoses tem aumentado ano após ano e tornando-se mais do que nunca um risco a saúde pública, comprovando assim, a importância do Médico Veterinário na promoção da saúde pública. O conhecimento das principais zoonoses transmitidas por animais de companhia possibilita a realização de campanhas de profilaxia para evitar sua proliferação e garantir assim, a saúde dos animais e da população em geral. Tabela 1: Doenças zoonóticas atendidas em cães no HCV-UFPEL de 2012 a 2014. Fonte: Adaptado de Martins (2015). O exame macro e microscópico das fezes dos animais é de suma importância no que se refere aos parasitas intestinais de cães e gatos. Um estudo realizado por SHIN & LAO (2002) demonstrou que em Taiwan havia uma prevalência de apenas 0,35% de dipilidiose e após exame macroscópico das fezes este número chegou a 63,3% ratificando a importância da simples avaliação das fezes dos animais. TRATAMENTO EPREVENÇÃO Devido ao fato de maior parte da população de cães ter o hábito de defecar em jardins ou ruas, o que contribui para a contaminação do ambiente tendo em vista que a maioria dos proprietários não realiza o descarte correto dessas fezes. Dessa forma, evidencia-se a importância do estudo epidemiológico das populações parasitárias em animais de companhia, o que nos permite traçar estratégias mais eficazes no tratamento e controle dessas populações (MAESTRI et al., 2012). Segundo SUZIKI et al., (2013), a forma mais eficaz no controle de doenças parasitárias zoonóticas é a higienização e o combate dos ovos e oocistos livres no ambiente através da utilização correta de desinfetantes testados de forma a comprovar que tenham capacidade de proporcionar uma melhor medida profilática contra esses parasitas. Como método de prevenção de doenças parasitárias como a Dipilidiose, é importante que sejam tomadas medidas profiláticas com o objetivo de evitar que os animais se contaminem com essa doença. De forma a visar o bem-estar animal (BARTGES et al., 2012), deve-se ter um maior cuidado principalmente com animais mais jovens (até seis meses de idade), pois o parasita pode estar presente no organismo mesmo dos animais que receberam algum controle antiparasitário e não apresentam sinais clínicos que indicam alguma infecção. Nesses casos é indicado a realização periódica de exame parasitológico de fezes (EPF) e tratamentos com vermífugos em todos os animais. Nos cães adultos indica-se realizar o EPF a cada quatro meses e nos casos de fêmeas destinadas à reprodução, indica-se fazer o tratamento no início do cio, após 40 dias de gestação e logo após o parto com intuito de evitar a transmissão pelo leite. É importante ressaltar que a associação de diferentes técnicas antiparasitárias e o exame direto são essenciais para a detecção de infecções múltiplas nos animais (PRATS, 2005; SANTOS et al., 2007; SILVA et al., 2008; LEAL et al., 2011; RAMSEY, 2011; LA RUE et al., 2012; FLAUSINO et al., 2012; VITAL et al., 2012; LEAL et al., 2013). CONCLUSÃO Sendo a dipilidiose uma patologia de caráter zoonótico, é de suma importância o conhecimento da doença bem como sua transmissão e sinais clínicos, uma vez que essa zoonose é uma das mais frequentes em animais domésticos. Algumas medidas profiláticas podem ser tomadas de forma a evitar a contaminação pelo parasita, como por exemplo, o controle de ectoparasitas nos animais, bem como manter sua vermifugação em dia. REFERÊNCIAS AGUDO, L. G; MARTOS, P. G; IGLESIAS, M. R. Dipylidium caninum infection in an infant: a rare case report and literature review. Asian Pac J Trop Biomed 2014; 4(Suppl 2). 2014. BRESCIANI, K. D. S; ISHIZAKI, M. N; NANETO, C. N; MONTANO, T. R. P; PERRI, S. H. V; VASCONCELOS, R. O; NASCIMENTO, A. A. Frequência e intensidade parasitária de helmintos Gastrintestinais em cães na área urbana do Município de Araçatuba, SP. Ars Veterinaria, 24:181-185, 2009. COELHO, W. M. D; GOMES, J. F; AMARANTE, A. F. T; BRESCIANI, K. D. S; LUMINA, G; KOSHINO-SHIMIZO, S et al. A new laboratorial method for the diagnosis of gastrointestinal parasites in dogs. Rev Bras Parasitol Vet 2013; 22(1): 1- 5. http://dx.doi.org/10.1590/S1984-29612013000100002. PMid:24252948. EAST, M. 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