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ETICA 2

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Disciplina: CCJ0042 - ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL 
	201504613287
	
	 
	
	 1a Questão
	
	
	
	
	(XXI Exame da Ordem). José, bacharel em Direito, constitui Cesar, advogado, como seu procurador para atuar em demanda a ser proposta em face de Natália. Ajuizada a demanda, após o pedido de tutela provisória ter sido indeferido, José orienta César a opor Embargos de Declaração, embora não vislumbre omissão, contradição ou obscuridade na decisão, tampouco erro material a corrigir. César, porém, acredita que a medida mais adequada é a interposição de Agravo de Instrumento, pois entende que a decisão poderá ser revista pelo tribunal, facultando-se, ainda, ao juízo de primeira instância reformar sua decisão. Diante da divergência, assinale a opção que indica o posicionamento correto.
		
	
	César, como patrono da parte, não deverá esclarecer José quanto à sua estratégia, nem subordinar-se à orientação deste.
	
	César deverá, em qualquer hipótese, seguir a orientação de José, que é parte na demanda e possui formação jurídica.
	
	César deverá imprimir a orientação que lhe pareça mais adequada à causa, sem se subordinar à orientação de José, e sem procurar esclarecê-lo quanto à sua estratégia, pois, no seu ministério privado, presta serviço público.
	
	César deverá esclarecer José quanto à sua estratégia, mas subordinar-se, ao final, à orientação deste, pois no exercício do mandato atua como patrono da parte.
	 
	César deverá imprimir a orientação que lhe pareça mais adequada à causa, sem se subordinar à orientação de José, mas procurando esclarecê-lo quanto à sua estratégia.
	Respondido em 15/05/2020 21:49:48
	
Explicação: O advogado, no exercício do mandato, atua como patrono da parte, cumprindo-lhe, por isso, imprimir à causa orientação que lhe pareça mais adequada, sem se subordinar a intenções contrárias do cliente, mas, antes, procurando esclarecê-lo quanto à estratégia traçada.
	
	
	 
	
	 2a Questão
	
	
	
	
	Um advogado que defende o réu em uma ação que tramita na 11ª Vara Cível do Rio de Janeiro, ingressou com pedido de desagravo ante as ofensas que diz ter recebido da juíza do caso, durante uma audiência. Sobre o desagravo público, podemos afirmar que:
I -  o pedido decorre de ofensa à pessoa do advogado e deve ser promovido pela OAB somente mediante requerimento do ofendido ;
II - o relator poderá propor o arquivamento já que ofensa foi proferida por magistrado;
III - a sessão pública possui efeito moral, por isso também poderá ser requerida pelo cliente do advogado ofendido;
IV - a sessão será, em qualquer hipótese, realizada pelo Conselho federal.
		
	
	somente o item IV está correto.
	
	Todos os itens estão corretos.
	
	somente o item II está correto.
	
	somente o item I está correto.
	 
	somente o item III está correto.
	Respondido em 15/05/2020 21:51:39
	
Explicação:
O  pedido decorre de ofensa à pessoa do advogado e deve ser promovido pela OAB somente mediante requerimento de qualquer pessoa - art. 18 RGOAB. O relator  não poderá propor o arquivamento sob o fundamento de que a ofensa foi proferida por magistrado. A sessão pública possui efeito moral, por isso também poderá ser requerida pelo cliente do advogado ofendido - correto. A sessão será realizada pelo Conselho federal quando a ofensa envolver seus inscritos.
	
	
	 
	
	 3a Questão
	
	
	
	
	(XIX Exame Unificado/adaptada) - Alexandre, advogado que exerce a profissão há muitos anos, é conhecido por suas atitudes corajosas, sendo respeitado pelos seus clientes e pelas autoridades com quem se relaciona por questões profissionais. Comentando sua atuação profissional, ele foi inquirido, por um dos seus filhos, se não deveria recusar a defesa de um indivíduo considerado criminoso, bem como se não deveria ser mais obediente às autoridades, diante da possibilidade de retaliação. Sobre o caso apresentado, observadas as regras do Estatuto da OAB, assinale a opção correta indicada ao filho do advogado citado.
		
	 
	o advogado Alexandre observará que não há causa indigna de defesa, cumprindo ao advogado agir, conforme a dignidade da pessoa humana, sob as garantias constitucionais.
	
	O advogado Alexandre deve recusar a defesa de cliente cuja atividade seja impopular.
	
	A atitude caracteriza infração ao Código de Ética e Disciplina
	
	As causas impopulares aceitas por Alexandre devem vir sempre acompanhadas de apoio da Seccional da OAB
	
	O temor à autoridade pode levar à negativa de prestação do serviço advocatício por Alexandre.
	Respondido em 15/05/2020 21:52:30
	
Explicação:
O fundamento está no art. 23, parágrafo único do CED de 2015.
	
	
	 
	
	 4a Questão
	
	
	
	
	O advogado Ademar é surpreendido por mandado de busca e apreensão dos documentos guardados no seu escritório, de forma indiscriminada. Após pesquisa, verifica que existe processo investigando um dos seus clientes e a ele mesmo. Apesar disso, os documentos de toda a sua clientela foram apreendidos. Diante do narrado, é correto afirmar que
		
	
	a prática é correta, em função de a investigação atingir o advogado.
	 
	houve excesso na apreensão de todos os documentos da clientela do advogado
	
	a proteção ao escritório do advogado não se inclui na hipótese versada.
	
	a inviolabilidade do escritório de advocacia é absoluta.
	
	O excesso é normal para tal ato realizado.
	Respondido em 15/05/2020 21:53:23
	
Explicação:
A lei citada pelo referido artigo constitucional é a Lei n.º 8.906/94 (Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil), a qual sofreu recente alteração pela Lei n.º 11.767/08, que modificou o artigo 7.º, inciso II, e acrescentou o parágrafo sexto e sétimo (6.º e 7.º) ao referido artigo.
O fundamento legal abaixo está com nova redação e com os respectivos comentários para fundamentar a opção correta apontada.
Art. 7. º São direitos do advogado:
II - a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos de trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia.
Dessa forma, a regra é a da não entrada (exemplo: por policiais) e da não determinação de entrada por parte de autoridades (delegado de polícia e juiz de direito, por exemplo) em escritórios de advogados, assim como a não apreensão de instrumentos de trabalho (livros, agendas, computadores, disquetes, CD-ROMS, pastas de clientes, etc), de correspondência escrita (cartas, ofícios, etc), eletrônica (e-mails), telefônica (elaboração de escutas, gravações telefônicas, etc) e telemática (por exemplo: comunicação entre computador e telefone celular via SMS), desde que relacionados ao exercício da advocacia.
O artigo ganhou o acréscimo do parágrafo sexto (6.º) que dispõe:
6.º Presentes indícios de autoria e materialidade da prática de crime por parte de advogado, a autoridade judiciária competente poderá decretar a quebra da inviolabilidade de que trata o inciso II do caput deste artigo, em decisão motivada, expedindo mandado de busca e apreensão, específico e pormenorizado , a ser cumprido na presença de representante da OAB, sendo, em qualquer hipótese, vedada a utilização dos documentos, das mídias e dos objetos pertencentes a clientes do advogado averiguado, bem como dos demais instrumentos de trabalho que contenham informações sobre clientes.
	
	
	 
	
	 5a Questão
	
	
	
	
	(IX Exame Unificado - Caderno Tipo I - Branca -/MG /Adaptada) - O advogado Antônio foi intimado a comparecer em Juízo para depor como testemunha a respeito de determinados fatos envolvendo um ex-cliente, a respeito dos quais tomou conhecimento em razão de seu ofício, em reuniões com o cliente em questão. Antônio recusou-se a depor, mesmo após ter sido autorizado por seu ex-cliente a fazê-lo. A respeito da hipótese sugerida, assinale a afirmativa correta.
		
	
	Antônio não agiu corretamente. Ele está obrigado a depor, pois não é mais advogado do ex-cliente em questão.
	
	Antônio não agiu corretamente, violandoregras previstas no Código de Ética e Disciplina e na Regulamento Geral do OAB
	
	Antônio não agiu corretamente. Ele está obrigado a depor, já que o dever de guardar sigilo cede diante da decisão judicial que determinou sua intimação.
	
	Antônio não agiu corretamente. Ele está obrigado a depor, já que foi desobrigado por seu ex-cliente do dever de guardar sigilo.
	 
	Antônio agiu corretamente. O advogado tem o direito de recusar-se a depor como testemunha sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte.
	Respondido em 15/05/2020 21:57:06
	
Explicação:
O art. 7°, inciso XIX, EOAB estabelece que é prerrogativa da advocacia recusar-se a depor como testemunha sobre fatos conhecidos em razão da profissão.
	
	
	 
	
	 6a Questão
	
	
	
	
	Leôncio é estagiário de escritório especializado na área cível e testemunha o descumprimento de norma legal por funcionário público, imediatamente comunicando a situação ao seu Advogado supervisor. Ambos dirigem-se ao órgão diretor administrativo competente e reclamam pelo descumprimento de lei, o que foi reduzido a termo. A referida reclamação veio a ser sumariamente arquivada por não ter sido feita na forma escrita. Nos termos do Estatuto da Advocacia, reclamações por descumprimento de lei.
		
	
	são de atribuição privativa de Conselheiro da OAB.
	
	devem ser necessariamente escritas.
	
	devem ser formuladas pela OAB, exclusivamente.
	
	Nenhuma das alternativas anteriores
	 
	podem ser verbais.
	Respondido em 15/05/2020 21:59:02
	
Explicação:
O art. 7°, inciso XI, EOAB - a reclamação poderá ser verbal ou por escrito.
	
	
	 
	
	 7a Questão
	
	
	
	
	Mévio, advogado de longa data, pretendendo despachar uma petição em processo judicial em curso perante a Comarca Y, é surpreendido com aviso afixado na porta do cartório de que o magistrado somente receberia para despacho petições que reputasse urgentes, devendo o advogado dirigir-se ao assessor principal do juiz para uma prévia triagem quanto ao assunto em debate. À luz das normas estatutárias, é correto afirmar que:
		
	
	a triagem realizada por assessor do juiz permite melhor eficiência no desempenho da atividade judicial e não colide com as normas estatutárias.
	 
	o advogado tem direito de dirigir-se diretamente ao magistrado no seu gabinete para despachar petições sem prévio agendamento.
	
	como há hierarquia entre magistrados e advogados, o advogado só poderá despachar com assessores.
	
	a organização do serviço cartorário é da competência do juiz, que pode estabelecer padrões de atendimento aos advogados.
	
	a duração razoável do processo é princípio que permite a triagem dos atos dos advogados e o exercício dos seus direitos estatutários.
	Respondido em 15/05/2020 22:01:51
	
Explicação:
 Art. 6° e Art. 7º, inciso VIII da lei 8.906/94. O advogado deve dirigir-se diretamente aos magistrados.
	
	
	 
	
	 8a Questão
	
	
	
	
	Márcio, advogado em Brasília, pretende examinar, sem procuração, um processo administrativo, em curso na Câmara dos Deputados, que não está sujeito a sigilo. Nessa situação hipotética, à luz do Estatuto da OAB, Márcio:
		
	
	poderá examinar os autos do processo, mas não obter cópia deles, visto que não dispõe de procuração.
	
	Não poderá examinar os autos porque não há direito de vista para procedimento perante a Câmara de Deputados.
	
	está legalmente impedido de examinar os autos do processo administrativo visto que não dispõe de procuração da parte interessada.
	
	está legalmente impedido de examinar os autos do referido processo visto que, sem procuração, só é permitido examinar autos de processo perante os órgãos do Poder Judiciário.
	 
	poderá examinar os autos do processo administrativo, tomar apontamentos e obter cópia deles.
	Respondido em 15/05/2020 22:02:29
	
Explicação:
O direito de exame pertence a todo e qualquer advogado para processos e procedimento judiciais e extrajudiciais findos ou em andamento, desde que tramitem em caráter público. Essa é ainteligênci do art. 7° incisos XIII ao XVI, EOAB.

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