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Peça Processual - Caso 10 - Pratica I

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CIVEL DA COMARCA DE CAMPINAS - SP
Processo nº 1234
Nome da Parte Autora: Suzana Marques
JULIANA FLORES, nacionalidade, solteira, empresária, inscrito no RG nº..., e CPF/MF nº..., endereço eletrônico... domiciliado e residente a rua dos Tulipas, 333, Campinas /SP, CEP..., Telefone (DDD) ..., vem por seu ADVOGADO (a) que, para fins do que prevê o artigo 77, V, do CPC, informa que poderá receber intimações e notificações em seu endereço profissional situado... e no endereço eletrônico..., apresentar tempestivamente CONTESTAÇÂO à AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURIDICO nos autos do processo em epigrafe, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos:
DOS FATOS NA VISÃO DA RÉ
A RÉ reconhece que de fato é sócia majoritária e presidente da empresa onde a AUTORA trabalhou, percebendo mensalmente o salário de R$15.000,00 (quinze mil reais) por certo, no entanto, que jamais coagiu a mesma a realizar qualquer doação, sendo a liberalidade realizada por livre vontade já que a AUTORA pertencia à mesma religião da RÉ. 
Esclarece que no mês seguinte à doação, ou seja, em abril de 2012, a AUTORA pediu demissão por ter aceitado a proposta de emprego feita pela concorrente em fevereiro de 2012, em razão do melhor salário. 
Relata a RÉ que realmente sugere que seus funcionários pratiquem atos de caridade. No entanto, jamais ameaçou quem quer que fosse como pode ser constatado por seus funcionários que adotam religião diversa e que jamais realizaram qualquer doação ao orfanato que era dirigido pela RÉ. 
Ainda esclarece que desde 2013 não é mais diretora do orfanato em questão.
Por derradeiro, esclarece que esta é a segunda ação intentada pela autora em face da RÉ com os mesmos argumentos e finalidade, sendo certo que a primeira, proposta em 10 de abril de 2015, tramitou perante a 2ª Vara Cível da Comarca de Campinas sendo julgado improcedente o pedido não sendo cabível mais qualquer recurso.
DAS PRELIMINARES
- Da Coisa Julgada
A AUTORA propôs ação idêntica em face da RÉ e, em 2015, foi proferida sentença julgando improcedente o pleito autoral, conforme prova cópia da decisão exarada pelo Juízo da 2ª Vara Cível da Comarca de Campinas – SP que já transitou em julgado.
Logo, é evidente a preliminar de coisa julgada, prevista no artigo 337, VII do Código de Processo Civil, devendo a presente ação ser extinta sem julgamento do mérito conforme o artigo 485, VI do CPC.
- Da Ilegitimidade Passiva
Conforme narrado na Inicial, a doação do imóvel foi feita ao Orfanato Semente do Amanhã, e não a RÉ, que à época da liberalidade, era tão somente a diretora da instituição, função que já não exerce desde 2013.
Desta feita é parte ilegítima para figurar no polo passivo da presente ação, devendo ser substituída pelo Orfanato Semente do Amanhã e o processo ser extinto sem resolução do mérito em relação a RÉ, conforme disposto nos artigos 337, X, 338, 339 e 485, VI, todos do CPC.
DO MÉRITO
Como prejudiciais para o julgamento do mérito propriamente dito, deve ser verificado ter havido a decadência do direito da AUTORA, haja vista a suposta coação ter cessada quando a AUTORA pediu demissão, em abril de 2012.
Considerando que o artigo 178, I do Código Civil prevê o prazo de 4 (quatro) anos para a promoção da ação anulatória e a mesma foi distribuída em 2017, caducou o direito da AUTORA, devendo ser reconhecida a decadência e extinto o processo com julgamento do mérito conforme artigo 487, II do CPC.
No mérito, a hipótese movida não configura coação prevista no artigo 151 do CC, caracterizando, no máximo temor referencial previsto no artigo 153 do CC o que não invalida a doação.
REQUERIMENTOS
Ante todo o exposto, requerer a RÉ:
1 – Sejam acolhidas as preliminares suscitadas e extinto o processo sem resolução do mérito;
 2 – No mérito, seja reconhecido a decadência do direito da autora para determinar a extinção do processo com julgamento do mérito ou, caso este não seja o entendimento do Juízo, seja julgado improcedente o pedido para condenar a ré ao pagamento de custas processuais e honorários de sucumbências.
DAS PROVAS
Requer a produção de provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 do CPC/2015, em especial a documental, documental superveniente, testemunhal e pericial, além dos depoimentos dos réus.
Nestes termos, pede deferimento.
Campinas, ... de .... de 20...
Advogado
OAB/UF nº...

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