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Políticas de Atenção a Saúde da Mulher Slides de Aula - Unidade II

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Unidade II
POLÍTICAS DE ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER
Profa. Paula Castro
Infecções sexualmente transmissíveis
 Infecções sexualmente transmissíveis (IST) foi adotada pelo 
Ministério da Saúde do Brasil em 2015 para substituir a 
expressão doenças sexualmente transmissíveis (DST) – (OMS / 
OPAS / sociedade científica). 
 A transmissão = via sexual, por via sanguínea, verticalmente, 
da mãe para a criança durante a gestação, o parto ou 
a amamentação. 
 Agentes etiológicos: vírus, bactérias, fungos e protozoários. 
 Apresentação: corrimento uretral, corrimento vaginal, úlcera 
anogenital, verruga anogenital e doença inflamatória pélvica 
(DIP).
Aspectos epidemiológicos
 A presença de uma IST aumenta consideravelmente o risco de 
se adquirir ou transmitir a infecção por vírus da 
imunodeficiência humana (HIV). 
 De acordo com as estimativas da OMS (2013), mais de um 
milhão de pessoas adquirem uma IST diariamente no mundo. 
 Anualmente, estima-se que 500 milhões de indivíduos no 
mundo são contaminados com uma IST curável. 
 A infecção pelo HPV é responsável por 530 mil casos de 
câncer de colo uterino e por 275 mil mortes de mulheres em 
função dessa doença por ano. 
 Além disso, a sífilis na gravidez causa cerca de 300 mil óbitos 
fetais e mortes neonatais anualmente e coloca 215 mil recém-
nascidos (RN) sob o risco de morte prematura, baixo peso ao 
nascimento ou sífilis congênita.
Estratégias de atenção à saúde
 Garantir o acolhimento e realizar atividades de 
informação/educação em saúde;
 realizar consulta imediata no caso de úlceras genitais, 
de corrimentos genitais masculinos e femininos e de verrugas 
anogenitais;
 realizar coleta de material cérvico-vaginal para exames 
laboratoriais;
 realizar testagem rápida e/ou coleta de sangue e/ou solicitação 
de exames para sífilis, HIV e hepatites B e C, nos casos de IST;
 realizar tratamento das pessoas com IST e suas parcerias 
sexuais;
 seguir o protocolo do MS para prevenção da transmissão 
vertical de HIV, sífilis e hepatites virais;
 Notificar as IST, conforme a Portaria vigente. Os demais agravos 
são notificados de acordo com recomendações dos 
estados/municípios, quando existentes;
 comunicar as parcerias sexuais do caso-índice para tratamento, 
conforme protocolo;
 referir os casos suspeitos de IST com manifestações cutâneas 
extragenitais para unidades que disponham de dermatologista, 
caso necessário;
 referir os casos de IST complicadas e/ou não resolvidas para 
unidades que disponham de especialistas e mais recursos 
laboratoriais;
 referir os casos de dor pélvica com sangramento vaginal, casos 
com indicação de avaliação cirúrgica ou quadros mais graves 
para unidades com ginecologista e/ou que disponham de 
atendimento cirúrgico.
Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para 
Atenção Integral às Pessoas com Infecções 
Sexualmente Transmissíveis
A prevenção combinada das IST contempla diversas ações de 
prevenção e assistência, distribuídas em três áreas estratégicas:
 prevenção individual e coletiva;
 oferta de diagnóstico e tratamento para IST assintomáticas;
 manejo de IST sintomáticas com uso de fluxogramas.
Atuação do enfermeiro
 A abordagem das pessoas com IST deve compreender a 
anamnese, a identificação das diferentes vulnerabilidades e o 
exame físico para o diagnóstico das IST. 
 Durante o exame físico, o profissional de saúde deve proceder 
à coleta de material biológico para exame laboratorial, quando 
indicado. Também devem ser realizados exames para triagem 
de gonorreia, clamídia, sífilis, HIV e hepatites B e C sempre 
que disponível. 
 Portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 2011, que aprova a 
Política Nacional da Atenção Básica e estabelece, entre outras 
atribuições específicas desse profissional, a realização de 
consulta de enfermagem, de procedimentos e de atividades 
em grupo.
Prevenção das IST
Prática 
de 
redução 
de risco
Mais 
seguro
Risco alto 
- inseguro
Risco 
baixo -
potencial
Manejo IST
Fonte: Livro-texto
Interatividade
O enfermeiro em uma consulta de enfermagem, no atendimento à 
mulher com IST, o conjunto de ações essenciais, de acordo com 
as suas atribuições como membro da equipe de saúde, inclui:
a) Entrega de preservativo, mediante prescrição médica e 
orientação sobre o uso adequado.
b) Encaminhamento para vacinação contra o HPV, se maior 
de 35 anos de idade.
c) Orientação do tratamento, mesmo com o desaparecimento 
dos sinais e sintomas.
d) Agendamento do retorno, a cada três dias, para avaliação das 
queixas e acompanhamento.
e) Coleta de material para pesquisa de Machado Guerreiro.
Resposta
O enfermeiro em uma consulta de enfermagem, no atendimento à 
mulher com IST, o conjunto de ações essenciais, de acordo com 
as suas atribuições como membro da equipe de saúde, inclui:
a) Entrega de preservativo, mediante prescrição médica e 
orientação sobre o uso adequado.
b) Encaminhamento para vacinação contra o HPV, se maior 
de 35 anos de idade.
c) Orientação do tratamento, mesmo com o desaparecimento 
dos sinais e sintomas.
d) Agendamento do retorno, a cada três dias, para avaliação das 
queixas e acompanhamento.
e) Coleta de material para pesquisa de Machado Guerreiro.
Corrimento vaginal
 É uma síndrome comum, ocorrendo principalmente na idade 
reprodutiva da mulher = diferenciar o conteúdo vaginal 
fisiológico do patológico.
 O conteúdo vaginal fisiológico é proveniente de muco cervical, 
da descamação do epitélio vaginal (ação estrogênica), da 
transudação vaginal e da secreção das glândulas vestibulares 
(de Bartholin e de Skene).
 As causas não infecciosas do corrimento vaginal incluem a 
vaginite inflamatória descamativa, a vaginite atrófica (mulheres 
na pós-menopausa), a presença de corpo estranho, entre 
outros. 
 O corrimento vaginal patológico ocorre por múltiplos agentes 
etiológicos, dos quais citam-se os mais comuns: candidíase 
vulvovaginal, vaginose bacteriana e tricomoníase. 
Candidíase vulvovaginal
 O principal agente etiológico da candidíase vulvovaginal é o 
fungo Candida albicans, responsável por cerca de 80% a 90% 
dos casos da infecção
 Os sinais e sintomas da infecção podem se apresentar 
isolados ou associados e incluem: prurido vulvovaginal de 
intensidade variável (principal sintoma); disúria; dispareunia
(dor ou desconforto durante as relações sexuais); corrimento 
branco, grumoso e com aspecto caseoso (“leite coalhado”); 
hiperemia; edema vulvar; fissuras e maceração da vulva; 
placas brancas ou branco-acinzentadas, recobrindo a vagina 
e colo uterino.
 Fatores predisponentes.
Vaginose bacteriana
 É uma afecção caracterizada pelo desequilíbrio da flora 
microbiota vaginal normal, com diminuição acentuada ou 
desaparecimento de lactobacilos e aumento de bactérias 
anaeróbias.
 A bactéria Gardnerella vaginalis faz parte da flora vaginal 
normal das mulheres sexualmente ativas e é uma das principais 
responsáveis pela doença.
Corrimento vaginal.
 Odor fétido (semelhante a peixe), mais acentuado após a relação 
sexual sem o uso do preservativo e durante o período menstrual.
 Coloração branco-acinzentado.
 Aspecto fluido ou cremoso, algumas vezes bolhoso.
 Dispareunia (dor durante a relação sexual), pouco frequente.
Tricomoníase
 É causada pelo Trichomonas vaginalis, um protozoário 
flagelado, que tem como reservatório o colo uterino, a vagina 
e a uretra. Sua transmissão é quase exclusivamente por via 
sexual nos adultos. 
Sinais e sintomas da infecção são:
 corrimento abundante, amarelado ou amarelo esverdeado, 
bolhoso; 
 prurido e/ou irritação vulvar;
 dor pélvica (ocasionalmente);
 sintomas urinários, como disúria e polaciúria;
 hiperemia da mucosa do colo do útero (colpite difusa 
e/ou focal, com aspecto de framboesa). 
Manejo do corrimento vaginal
Fonte: Livro-texto
Métodos para o diagnóstico de corrimento vaginal
 Testede Whiff ou teste das aminas ou teste “do cheiro”.
 Teste de pH vaginal.
 Exame a fresco.
 Bacterioscopia por coloração de Gram.
Corrimento uretral
 As uretrites são IST caracterizadas pela presença de processo 
inflamatório no canal uretral, acompanhada de corrimento. 
 Os agentes microbianos causadores das uretrites podem ser 
transmitidos por relação sexual vaginal, anal e oral. 
 Entre os fatores de risco associados às uretrites, citam-se a 
idade jovem, o baixo nível socioeconômico, as múltiplas 
parcerias ou nova parceria sexual, o histórico de IST e o uso 
irregular de preservativos. 
 Os agentes etiológicos mais importantes do corrimento uretral 
são a Neisseria gonorrhoeae e a Chlamydia trachomatis. 
Uretrite gonocócica
 É um processo infeccioso e inflamatório da mucosa uretral, 
causado pela Neisseria gonorrhoeae.
 Os sinais e sintomas são determinados pelos locais primários 
da infecção, que pode acometer as membranas mucosas da 
uretra, a endocérvice, o reto, a faringe e a conjuntiva.
 Em cerca de 70 a 80% dos casos femininos, a doença é 
assintomática. 
 No homem, a infecção uretral pode ser assintomática em 
menos de 10% dos casos.
 No homem, a infecção provoca a uretrite masculina, na qual o 
sintoma mais precoce é a sensação de prurido. Após um a três 
dias, a pessoa doente se queixa disúria, seguida por corrimento.
Transmissão vertical
 As mães doentes ou com a infecção podem transmitir o 
gonococo para os recém-nascidos durante o parto devido 
à contaminação no canal de parto, causando a conjuntivite 
gonocócica.
 O risco de transmissão vertical da N. gonorrhoeae durante o 
parto vaginal oscila entre 30% e 50%. 
 A oftalmia neonatal ou a conjuntivite purulenta do RN ocorre 
no primeiro mês de vida da criança, podendo causar a 
cegueira, especialmente quando causada pela N. gonohrroeae. 
Por isso, a doença deve ser tratada imediatamente, para 
prevenir o agravamento das lesões oculares, realizada por 
meio da administração de uma solução de nitrato de prata a 
1%, chamada método de credeização.
Uretrite não gonocócica
 A infecção por Chlamydia trachomatis (clamídia) no homem é 
responsável por aproximadamente 50% dos casos das 
uretrites não gonocócicas. 
 Estima-se que dois terços das parceiras estáveis de homens 
com a infecção hospedem a clamídia na endocérvice. Essas 
mulheres podem reinfectar seu parceiro sexual e desenvolver 
quadro de DIP se permanecerem sem tratamento.
 Habitualmente, a uretrite não gonocócica caracteriza-se pela 
presença de corrimentos mucoides, discretos, com disúria 
leve e intermitente. 
 As uretrites podem evoluir para prostatite, epididimite, 
balanite, conjuntivite e síndrome uretro-conjuntivo-sinovial ou 
síndrome de Reiter.
Interatividade
O método de Credé é a instilação de 1 gota de nitrato de prata a 
1% para a profilaxia da oftalmia neonatal que pode ser causada 
pela infecção por Neisseria gonorrhoeae, pode ser realizada por 
meio desta instilação:
a) Em aplicação única nas primeiras 72 horas do nascimento.
b) Aplicando-se em seguida pomada de eritromicina 0,5% (dose 
única) após 12 horas do nascimento.
c) Com aplicação em duas doses, sendo uma dose a cada 12 
horas logo após o nascimento.
d) Em aplicação única após 12 horas do nascimento.
e) Em aplicação única na primeira hora após o nascimento.
Resposta
O método de Credé é a instilação de 1 gota de nitrato de prata a 
1% para a profilaxia da oftalmia neonatal que pode ser causada 
pela infecção por Neisseria gonorrhoeae, pode ser realizada por 
meio desta instilação:
a) Em aplicação única nas primeiras 72 horas do nascimento.
b) Aplicando-se em seguida pomada de eritromicina 0,5% (dose 
única) após 12 horas do nascimento.
c) Com aplicação em duas doses, sendo uma dose a cada 12 
horas logo após o nascimento.
d) Em aplicação única após 12 horas do nascimento.
e) Em aplicação única na primeira hora após o nascimento.
Sífilis
 Também conhecida como doença de Lues, a sífilis é uma 
doença infectocontagiosa sistêmica, de evolução crônica, 
provocada por uma espiroqueta exclusiva do ser humano 
chamada Treponema pallidum. Pode ser classificada como 
congênita e adquirida.
 A sífilis congênita é a infecção do feto pelo T. pallidum, 
transmitida por via placentária, em qualquer momento da 
gestação ou estágio clínico da doença em gestante não 
tratada ou inadequadamente tratada.
 A sífilis adquirida é transmitida predominantemente pela 
relação sexual. A transmissão por transfusão sanguínea é rara 
nos dias atuais. 
 Sua evolução é dividida em recente e tardia. 
 A sífilis adquirida recente compreende o primeiro ano de 
evolução da doença, período de desenvolvimento imunitário 
na sífilis não tratada. Inclui as fases primária, secundária e 
latente precoce e tardia da sífilis. 
 É considerada tardia após o primeiro ano de evolução e inclui 
a sífilis latente tardia e terciária. Ocorre em indivíduos 
infectados pelo treponema que não receberam tratamento 
adequado ou que não foram tratados. 
Manifestação da sífilis
 A sífilis primária, também conhecida como cancro, ocorre após 
o contato sexual com um indivíduo infectado. A primeira 
manifestação clínica é caracterizada pela presença de úlcera, 
geralmente única, indolor, com base endurecida e fundo limpo, 
rica em treponemas. 
 A sífilis secundária é marcada pela disseminação dos 
treponemas. Podem ocorrer erupções cutâneas em forma de 
máculas e/ou pápulas, principalmente no tronco; eritema 
palmo-plantares; placas eritematosas branco-acinzentadas nas 
mucosas; lesões pápulo-hipertróficas nas mucosas ou pregas 
cutâneas; alopécia em clareira e madarose (perda dos cílios 
e/ou sobrancelhas). 
 Na sífilis latente não existem manifestações clínicas, mas há 
treponemas localizados em determinados tecidos. 
Diagnóstico
 Testes treponêmicos rápidos ou os testes treponêmicos
convencionais (Elisa, FTA-Abs, TPHA, entre outros) e os não 
treponêmicos (VDRL, RPR, TRUST, entre outros). 
 Durante o pré-natal, todas as gestantes devem ser submetidas 
ao teste para o diagnóstico da sífilis em dois momentos: uma 
vez no primeiro trimestre de gravidez e a segunda no terceiro 
trimestre. 
 O tratamento da sífilis é realizado por meio da administração 
de penicilina. 
Herpes genital
 Os Herpes simplex virus (HSV), tipos 1 e 2, pertencem à família 
Herpesviridae. Embora os HSV 1 e 2 possam provocar lesões 
em qualquer parte do corpo, há predomínio do tipo 2 nas 
lesões genitais e do tipo 1 nas lesões periorais.
 A transmissão do vírus é feita por contato íntimo com o 
indivíduo transmissor do vírus, a partir de superfície mucosa 
ou lesão infectante. O vírus ganha acesso por meio de 
escoriações na pele ou contato direto com a cérvice uterina, 
uretra, orofaringe ou conjuntiva.
 As manifestações clínicas da infecção pelo vírus herpes 
simples dependem, principalmente, das características do 
vírus, da imunidade do hospedeiro e da predisposição 
genética do paciente.
Doença Inflamatória Pélvica – DPI
 A doença inflamatória pélvica (DIP) é uma inflamação da região 
pélvica em função da propagação de microrganismos a partir 
do trato genital inferior (vagina e colo do útero) para o trato 
genital superior (endométrio, tubas uterinas e estruturas 
adjacentes). 
 A ascensão de microrganismos pode ser espontânea ou 
proveniente de sua manipulação, como a inserção do 
dispositivo intrauterino (DIU), a biópsia de endométrio, 
a curetagem. 
 A progressão da doença, o que inclui endometrite, salpingite, 
pelviperitonite, ooforite, peri-hepatite (síndrome de Fitz-Hugh-
Curtis) e abscesso tubo-ovariano ou de fundo de saco de 
Douglas.
DIP
 Está associada a infertilidade por fator tubário, a gravidez 
ectópica e a dor pélvica crônica.
 Os fatores de risco para DIP incluem as IST prévias ou atuais 
(pessoas com infecção por clamídia, micoplasmas e/ou 
gonococosna cérvice uterina apresentam um risco aumentado 
de DIP); múltiplas parcerias sexuais e parceria sexual atual 
com uretrite; e o uso de método anticoncepcional (o DIU 
pode representar um risco três a cinco vezes maior para o 
desenvolvimento de DIP, se a paciente for portadora de 
cervicite).
 Quadro clínico descrito a seguir é sugestivo de DIP: dor no 
baixo ventre ou na região lombossacral e sintomas 
genitourinários; febre, dor no hipocôndrio direito e náuseas 
ou vômitos sugerem perihepatite.
Papiloma Vírus Humano – HPV
 O papiloma Vírus Humano (HPV), também conhecido como 
condiloma acuminado ou verrugas anogenitais.
 Em grande parte dos casos, a infecção é autolimitada e 
transitória, sem causar qualquer dano. A maioria das pessoas 
que entram em contato com o vírus pode nunca ter o 
diagnóstico da infecção se não desenvolver lesões clínicas e 
não realizar testes laboratoriais.
 Cerca de 1% a 2% da população apresenta verrugas genitais 
e 2% a 5% das mulheres apresentam alterações no exame de 
citologia oncótica do colo do útero em função da infecção pelo 
HPV. A prevalência é maior em mulheres jovens, quando 
comparadas às mulheres com mais de 30 anos de idade.
 O HPV está relacionado ao câncer cervical em 
aproximadamente 100% dos casos.
HPV
 200 tipos de HPV = 40 tipos infectam o trato anogenital e, 
no mínimo, 20 subtipos estão associados ao carcinoma 
do colo uterino.
De acordo com o risco oncogênico e o tipo de lesão, os tipos de 
HPV que infectam o trato genital são divididos em dois grupos:
 Baixo risco oncogênico: detectados em lesões anogenitais
benignas e lesões intraepiteliais de baixo grau. Tipos 6, 11, 40, 
42, 43, 44, 54, 61, 70, 72, 81 e CP6108.
HPV
 Alto risco oncogênico: detectados em lesões intraepiteliais de 
alto grau e, especialmente, nos carcinomas. Tipos 16, 18, 31, 
33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59, 68, 73 e 82.
 A maioria das infecções por HPV é assintomática ou não 
aparente. A infecção pelo HPV, tanto no homem como na 
mulher, tem sido descrita sob três formas de apresentação: 
latente, subclínica e clínica.
Ações terapêuticas
 Podofilina a 10%-25% (solução).
 Ácido tricloroacético (ATA) a 80%-90%.
 Eletrocauterização.
 Crioterapia.
 Exérese cirúrgica.
 A abstinência sexual logo após o diagnóstico da infecção e 
durante o período de tratamento, assim como o 
encaminhamento de parceiros sexuais para o serviço de 
saúde, constitui medidas de controle da infecção pelo HPV.
 A prevenção da infecção pelo HPV inclui a utilização do uso 
de preservativo nas relações sexuais. 
 Vacinação.
Interatividade
A Doença Inflamatória Pélvica (DIP) pode ser causada por várias 
bactérias que atingem os órgãos sexuais internos da mulher. 
Essa infecção pode ocorrer por meio de contato com as bactérias 
após a relação sexual desprotegida. A este respeito, é correto 
afirmar que a maioria dos casos de DIP ocorre pelas bactérias:
a) Herpes simplex e Treponema pallidum.
b) Treponema pallidum e Papilomavírus humano.
c) Chlamydia trachomatis e Herpes simplex.
d) Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis.
e) Herpes simplex e Papilomavírus humano.
Resposta
A Doença Inflamatória Pélvica (DIP) pode ser causada por várias 
bactérias que atingem os órgãos sexuais internos da mulher. 
Essa infecção pode ocorrer por meio de contato com as bactérias 
após a relação sexual desprotegida. A este respeito, é correto 
afirmar que a maioria dos casos de DIP ocorre pelas bactérias:
a) Herpes simplex e Treponema pallidum.
b) Treponema pallidum e Papilomavírus humano.
c) Chlamydia trachomatis e Herpes simplex.
d) Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis.
e) Herpes simplex e Papilomavírus humano.
Situação da saúde da mulher no Brasil
 Mulheres residentes no Brasil 
 42,4% moravam na região Sudeste, 
 27,9% moravam na Nordeste, 
 14,3% moravam na Sul, 
 8,1% moravam na Norte e
 7,3% moravam na Centro-Oeste. 
 As principais características demográficas dessa população 
no Brasil foram o predomínio de faixas etárias jovens e maior 
frequência de mulheres que se declararam de cor da pele 
branca entre as residentes em áreas urbanas e cor parda entre 
moradoras de áreas rurais. 
 Entre as características socioeconômicas, destacaram-se a 
baixa escolaridade e a baixa renda. 
Saúde da mulher no Brasil
Fonte: Livro-texto
Taxa de fecundidade
Fonte: Livro-texto
PNAISM
 Direitos sexuais e reprodutivos, com ênfase na melhoria da 
atenção obstétrica, no planejamento familiar, na atenção ao 
abortamento inseguro e no combate à violência doméstica e 
sexual. Incorpora, também, a prevenção e o tratamento de 
mulheres vivendo com HIV/aids e as portadoras de doenças 
crônicas não transmissíveis e de câncer ginecológico.
 Em março de 2011, o Ministério da Saúde lançou a estratégia 
Rede Cegonha.
 Apesar dos avanços no contexto da saúde, é necessário 
reconhecer que muitas mulheres brasileiras ainda vivem em 
condições precárias de vida e não usufruem ou usufruem 
pouco de seu direito fundamental à saúde. 
 Esse fato reflete diretamente nos indicadores de saúde da 
mulher no Brasil.
Aspectos biológicos e comportamentais
 Diferenças na constituição genética, na ação hormonal 
e na atividade do sistema imunológico. 
 Entre os fatores comportamentais, ressaltam-se a maior 
exposição entre os homens a fatores de risco, como tabagismo, 
consumo abusivo de álcool e alimentação não saudável, assim 
como a situações de violência.
 A mortalidade de mulheres apresenta um perfil distinto da 
masculina, em função das diferenças biológicas, 
comportamentais, demográficas e sociais. As causas de óbito 
e incapacidade entre as mulheres variam conforme a etapa do 
ciclo de vida. Na infância predominam as situações resultantes 
de doenças transmissíveis, enquanto na idade avançada se 
sobressaem as doenças crônicas não transmissíveis.
2000 2010
Causas definidas N° %
Taxa bruta 
de 
mortalidade
N° %
Taxa bruta 
de 
mortalidade
Doenças crônicas
Câncer (neoplasias malignas) 50.012 15,0 58,0 74.600 16,5 76,6
Câncer de mama 8.309 2,5 9,6 12.705 2,8 13,1
Câncer de pulmão 4.574 1,4 5,3 8.171 1,8 8,4
Câncer do colo do útero 3.954 1,2 4,6 4.986 1,1 5,1
Doenças cerebrovasculares 41.457 12,4 48,1 49.190 10,9 50,5
Doenças isquèrnicas do 
coração
32.936 9,9 38,2 41.719 9,2 42,9
Outras doenças cardíacas 26.133 7,8 30,3 30.872 6,8 31,7
Diabetes mellitus 20.400 6,1 23,7 28.300 6,3 29,1
Doenças hipertensivas 12.687 3,8 14,7 23.862 5,3 24,5
Doenças transmissíveis
Gripe (influenza) e pneumonia 13.884 4,2 16,1 27.760 6,1 28,5
Causas externas
Acidentes de transporte 5.681 1,7 6,6 8.058 1,8 8,3
Agressões 3.743 1,1 4,3 4.465 1,0 4,6
Gravidez, parto e puerpério 1.645 0,5 1,9 1.728 0,4 1,8
Todas as causas definidas
333.815
100,
0
387,2 453.151 100,0 465,5
Mortalidade materna
 A Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Ministério da 
Saúde do Brasil conceituam a mortalidade materna ou óbito 
materno como a morte de uma mulher durante a gravidez, 
aborto, parto ou até 42 dias após o parto ou aborto, 
independentemente da duração ou da localização da gravidez, 
atribuídas a causas relacionadas ou agravadas pela gravidez 
ou por medidas tomadas em relação a ela.
Mortalidade materna
 Não obstétricas: quando é resultante de causas incidentais ou 
acidentais não relacionadas à gravidez e seu manejo. 
 Também chamada por alguns autores como morte 
não relacionada. 
 Estes óbitos não são incluídos no cálculo da razão de 
mortalidade materna (RMM).
Mortalidade materna – obstétricas diretas
 Complicações ocorridas durante a gravidez, o parto ou o 
puerpério em função de intervenções, omissões, tratamento 
incorreto ou a uma cadeia de eventos resultantes de qualquer 
uma dessas causas. 
 Gestação terminada em abortamento.
 Síndromes hipertensivas específicas da gravidez, parto ou 
puerpério.
 Síndromes hemorrágicas gestacionais.Mortalidade materna – obstétricas diretas
 Outros transtornos maternos relacionados com a gravidez 
(complicações venosas na gravidez e infecção no 
trato urinário).
 Complicações do trabalho de parto e parto (hemorragia da 
segunda metade e complicações de anestesia).
 Complicações relacionadas ao puerpério (infecção puerperal, 
complicações venosas, embolia amniótica).
Mortalidade materna – obstétricas indiretas
 Resultantes de doenças preexistentes ou que se 
desenvolveram durante a gestação, não provocadas por 
causas obstétricas diretas, mas agravadas pelos efeitos 
fisiológicos da gravidez.
 Afecções anteriores da mãe complicando a gravidez, parto ou 
puerpério (hipertensão prévia, diabetes mellitus, cardiopatias, 
hemoglobulinopatias).
 Doenças infecciosas e parasitárias da mãe complicando a 
gravidez, parto ou puerpério (sífilis, tuberculose, malária, 
hepatites).
 Doenças causadas pelo vírus da imunodeficiência humana.
Estratégias – Ministério da Saúde
 Rede Cegonha, que foi instituída no âmbito do Sistema Único 
de Saúde (SUS) em 2011. Essa medida prevê o fortalecimento 
da rede de assistência à saúde materno-infantil, visando 
assegurar à mulher o direito ao planejamento reprodutivo e à 
atenção humanizada durante a gravidez, o parto e o puerpério, 
bem como à criança o direito ao nascimento seguro e ao 
crescimento e desenvolvimento saudáveis.
 Apesar desses avanços, o Brasil ainda apresenta elevadas 
taxas de mortalidade materna quando comparado aos 
países desenvolvidos. 
 Isso indica a necessidade de aprimoramento e melhoria na 
assistência materno-infantil para que as políticas públicas de 
saúde implementadas no país tenham maior impacto na 
redução dessas mortes.
Interatividade
A respeito da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da 
Mulher, analise as frases a seguir:
I. Contribuir para a redução da morbidade e mortalidade 
feminina no Brasil, especialmente por causas não evitáveis, 
em alguns ciclos de vida, sem discriminação de qualquer 
natureza.
II. Promover a melhoria das condições de vida e saúde das 
mulheres brasileiras, mediante a garantia de direitos 
legalmente constituídos e ampliação do acesso aos meios e 
serviços de promoção, prevenção, assistência e recuperação 
da saúde em todo território brasileiro.
Interatividade
III. Promover a atenção à saúde das mulheres em situação de 
prisão, incluindo a promoção das ações de prevenção e 
controle de doenças sexualmente transmissíveis e da 
infecção pelo HIV/Aids nessa população.
Estão corretas:
a) I, II e III.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas II e III.
e) Apenas I e II.
Resposta
II. Promover a melhoria das condições de vida e saúde das 
mulheres brasileiras, mediante a garantia de direitos legalmente 
constituídos e ampliação do acesso aos meios e serviços de 
promoção, prevenção, assistência e recuperação da saúde em 
todo território brasileiro.
III. Promover a atenção à saúde das mulheres em situação de 
prisão, incluindo a promoção das ações de prevenção e controle 
de doenças sexualmente transmissíveis e da infecção pelo 
HIV/Aids nessa população.
Estão corretas:
a) I, II e III.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas II e III.
e) Apenas I e II.
ATÉ A PRÓXIMA!

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