Buscar

Relatório de Assistência de Enfermagem em Ginecologia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
RELATÓRIO DE ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM 
Etapas: 
- Anamnese 
- Exame Clínico das Mamas 
- Exame Colpocitológico 
- Exames Complementares 
- Evolução e Registros 
Anamnese Ginecológica 
Durante a anamnese devemos abordar: 
- Idade, profissão 
- Menarca, sexarca, pubarca. 
- Motivo da Consulta: Sinais e Sintomas. 
- Ciclo menstrual ( duração, regularidade,queixas) 
- Antecedentes Ginecológicos 
- Antecedentes Obstétricos. 
Durante a anamnese devemos abordar: 
- Estudo dos elementos não ginecológicos que podem estar associadas 
(fadiga,palidez, temperatura). 
- Antecedentes familiares 
- Doenças prévias. 
 
 
 
2 
 
Exame Colpocitológico 
Exame Especular 
Toque Vaginal 
Palpação abdominal 
 
 
 
Sua utilização permite inspecionar o tônus muscular e a anatomia da 
vulva e canal vaginal 
Implica também na coleta de material para exames 
A coleta do material deve ser dupla, ou seja,acontece no endocérvice e 
ectocérvice. 
 
 
 
O material é coletado na ectocérvice fazendo uma volta completa com 
a espátula. Na endocérvice utilizasse uma escovinha, que é introduzida 
levemente no orifício externo do colo do uterino, sendo realizada uma volta 
completa. 
3 
 
 
 
 
 
 
 
Encaixe a ponta mais longa da espátula no orifício externo do colo 
apoiando-a firmemente, fazendo uma raspagem na mucosa ectocervical em 
movimento rotativo de 360 graus, em torno de todo orifício, procurando 
exercer uma pressão firme, mas delicada, sem agredir o colo, para não 
prejudicar a qualidade da amostra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
Coleta da Ectocérvice 
Estenda o material ectocervical na lâmina, dispondo-o no sentido 
horizontal, ocupando 2/3 de parte transparente da lâmina, em movimentos de 
ida e volta, esfregando a espátula com suave pressão. 
 
 
 
 
Realizar a coleta da endocérvice utilizando a escova de coleta. 
Recolha o material introduzindo a escova delicadamente no canal cervical, 
girando a 360°. 
 
 
Ocupando o 1/3 restante da lâmina, estenda o material rolando a 
escova de cima para baixo. 
 
 
Fixação dos Esfregaços 
5 
 
 
 
 
 
Após dispersão sobre a lâmina, as amostras devem ser fixadas 
imediatamente em etanol por pelo menos 15 minutos ou por um spray fixador. É 
desejável que a fixação ocorra em um tempo menor do que 10s após a coleta, 
visando preservar a morfologia celular, suas afinidades tintoriais, facilitar a 
permeabilidade dos corantes nas células e preservar contra ressecamento. 
Orientações Importantes 
- Não utilizar duchas ou medicamentos vaginais ou exames intravaginais, 
durante 48 horas antes da coleta. 
- Evitar relações sexuais durante 48 horas antes da coleta. 
- Anticoncepcionais locais, espermicidas, nas 48 horas anteriores ao exame. 
Não deve ser feito durante o período menstrual. 
 
6 
 
Exame Colpocitológico 
 Toque vaginal: deve ser combinado com a palpação abdominal e supra 
púbica, permitindo exploração dos anexos, bem como as alterações de forma, 
tamanho, consistência e posição do útero. 
- Pode ser complementado pelo toque retalou toque bidigital. 
 
 
 
Resultados que Podem ser Encontrados no Exame Citopatológico e Conduta 
a ser Adotada 
A neoplasia Intraepitelial Cervical (NIC) é uma lesão precursora, que 
dependendo de sua gravidade, poderá ou não evoluir para câncer. 
Exames Complementares 
Verificação do PH Vaginal: 
- 6,5 e cervical 7,5 
- Pesquisa microbiológica 
- Teste de Lamm- Schiller 
- Biópsia 
- Colposcopia 
- Punção de fundo de saco 
7 
 
Câncer Ginecológico 
Representa cerca de 20% de todos os tumores malignos na mulher. 
1 – Câncer de Vulva 
2 – Câncer do Colo do Útero 
3 – Câncer de Ovário 
 
 
Câncer do Colo do Uterino 
Doença progressiva, que se inicia com transformações intraepiteliais, que 
podem evoluir para um processo invasor, num período que varia de dez a vinte 
anos. 
 
 
8 
 
O Ministério da Saúde prioriza em suas ações educativas, de controle e 
investigação a faixa etária de 25 a 60 anos, com ênfase naquelas mulheres que 
nunca realizam exame citopatológico. 
Sabe-se que a faixa etária entre 35 a 49 anos é de maiorrisco para o 
desenvolvimento do câncer do colo. 
É importante destacar que esse tipo de câncer é um dos tumores malignos 
que podem ser prevenidos e que, quando detectado precocemente, pode ser curado 
em aproximadamente 100% dos casos (evolução lenta/Papanicolau com alta 
eficácia para o diagnóstico precoce). 
Apesar disso, continua sendo a segunda causa de morte por câncer entre 
brasileiras, superada apenas pelo câncer de mama. 
Relação entre o benefício direto da detecção precoce do câncer do colo e a 
estimativa de sobrevida. 
 
 
Fatores de Risco 
- Início precoce da vida sexual; 
- Multiparidade; 
- Multiparidade de parceiros sexuais; 
- Parceiro sexual com múltiplas parceiras; 
9 
 
- Lesão genital por papiloma vírus humano – HPV; 
- Tabagismo; 
- Condições sócio- econômicas precárias; 
- Infecções genitais de repetição. 
O desenvolvimento da neoplasia do colo uterino a partir do epitélio escamoso 
normal ocorre seguindo fases bem definidas: 
- Fase pré- invasora 
- Fase Invasora 
Fase Pré-invasora: 
Doença está restrita ao epitélio escamoso cervical, não ultrapassando a sua 
membrana basal. 
Essa fase compreende, do ponto de vista histopatológico, os 3 graus iniciais 
das chamadas neoplasias intraepiteliais cervicais (NIC). 
Embora denominadas neoplasias intraepiteliais, as displasias leves e 
moderadas são lesões reversíveis, se devidamente reconhecidas e tratadas. 
Fase Pré- Invasora: 
NIC I: Displasia leve ( que atinge apenas o terço inferior a profundo do 
epitélio). 
NIC II: Displasia moderada ( que compromete até dois terços da espessura do 
epitélio). 
NIC III: Displasia acentuada (alterações de quase toda a espessura do 
epitélio, poupando as células mais superficiais) e carcinoma in situ. 
10 
 
 
Fase Invasora: 
Ultrapassando os limites da membrana basal, a neoplasia passa para a fase 
invasiva de tecidos vizinhos ao epitélio (mas ainda restrita ao colo), órgãos próximos 
(vagina, paramétrios , linfonodos pélvicos e mucosas da bexiga e do reto) ou 
distantes (pulmões, fígado,ossos e linfonodos principalmente). 
Estágio I: Carcinoma confinado ao colo. 
Estágio IA: a invasão de estroma deve ser considerada em profundidade até 5 
mm e extensão de mm. Subclassificado em IA1 (4 cm). 
Estágio II: entendi além da cérvice, sem atingir a parede pélvica. Podem 
envolver os dois terços superiores da vagina. II a envolvimento não evidente de 
paramétrio. II b envolvimento endometrial evidente. 
Estágio III: carcinoma acometendo parede pélvica e/ou terço inferior da 
vagina. 
Estágio IV: lesão invadindo as mucosas do reto e/ ou bexiga, ou acometendo 
áreas além da pelve (metástase em linfonodos, pulmões, fígado e ossos). 
HPV – Condiloma Acuminado 
A infecção pelo HPV tem sido associada diretamente com o câncer do coo do 
uterino, tanto pela população, quanto pelos profissionais de saúde. A presença de 
alguns tipos de HPV realmente é encontrada. 
HPV – Papiloma Vírus Humano 
É um DNA- vírus do grupo papovavírus, com mais de 100 tipos reconhecidos 
atualmente, 20 dos quais podem infectar o trato genital. Estão divididos em dois 
11 
 
grupos, de acordo com seu potencial de oncogenicidade.Os tipos de alto risco 
oncogênico, quando associados a outros co-fatores, têm relação com 
desenvolvimento das neoplasias intraepiteliais e do câncer invasor do colo do útero, 
da vulva, da vagina e da região anal. 
 
 
Tratamentos Disponíveis 
Ácido tricloroacético (ATA), podofilina, crioterapia, eletrocoagulação e exérese 
cirúrgica, de acordo com a complexicidade da Unidade de Saúde. 
Criocauterização ou crioterapia: promove a destruição térmica por dispositivos 
metálicos resfriados por CO2, criocautérios, por meio de equipamento específico e 
elimina as verrugas por induzir citólise térmica.Manifestações Clínicas 
Sangramento ou hemorragia pós-coito; 
Leucorreia; 
Micro hemorragia sem causa aparente. 
 
 
12 
 
Teste de Schiller 
Negativo 
Positivo 
Colposcopia 
A colposcopia consiste na visualização do colo através do colposcópio ( um 
aparelho que possui iluminação e lentes de aumento), após a aplicação de soluções 
de ácido acético, entre 3% e 5% e lugol. É um exame usado para avaliar os epitélios 
do trato genital inferior e, quando necessário, orientar biópsias e cirurgia de alta 
frequência (CAF). 
Sinais Sintomas 
- Aumento do volume abdominal 
- Dor abdominal 
- Sangramento pós relação sexual ou intermitente 
- Assintomático nos estágios iniciais 
- Queixas urinárias ou intestinais em estágios mais avançados 
Tratamento 
Cirúrgico (laparotomia, histerectomia total, linfadenectomia, conização) 
Quimioterapia e Radioterapia. 
 
 
 
 
 
13 
 
Tipos de Histerectomia 
 
Pós Histerectomia 
O útero também produz uma substância chamada prostaciclina,que é 
responsável pela inibição da formação de coágulos sanguíneos. Em virtude disto, a 
remoção do útero pode deixar a mulher mais sujeita a ter tromboses e pode ser um 
fator de aumento do risco de um infarto. 
Se os ovários são retirados, a mulher perde sua fonte do hormônio feminino 
estrogênio. As mulheres que não podem se submeter a terapia de reposição 
hormonal, terão uma menopausa instantânea e terão uma chance aumentada de 
desenvolver osteoporose e infartos cardíacos. 
Mesmo entre as pacientes que não tiveram seus ovários retirados, muitas 
mulheres relatam sintomas como: fadiga, ganho de peso, dores articulares, 
alterações urinárias e depressão, Após uma histerectomia. 
Diretrizes Estratégias: 
- Articular e integrar uma rede nacional 
- Motivar a mulher a cuidar da sua saúde 
- Reduzir a desigualdade de acesso da mulher á rede de saúde 
- Melhorar a qualidade do atendimento á mulher 
- Aumentar a eficiência da rede de controle do câncer. 
14 
 
A idade também é considerada um dos principais fatores de risco para o 
câncer da mama. Acredita‑se que o acúmulo de exposições ao longo da vida e as 
modificações biológicas próprias do processo de envelhecimento aumentam esse 
risco. Assim, mulheres mais velhas, sobretudo a partir dos 50 anos de idade, são 
mais propensas a desenvolver a doença. 
O tabagismo é um fator que vem sendo estudado ao longo dos anos, com 
resultados contraditórios. Atualmente há alguma evidência de que ele também 
aumente o risco desse tipo de câncer. 
Câncer de Mama 
Considerado um problema mundial de saúde pública; 
Incidência alta na população feminina no mundo e no Brasil; 
Acomete homens, embora represente apenas 1% do total de casos; 
As taxas de mortalidade variam entre diferentes regiões do mundo, com as 
maiores taxas nos países desenvolvidos. 
Epidemiologia 
Uma em cada oito mulheres receberá o diagnóstico de câncer de mama 
durante a vida. 
Com que idade as mulheres adoecem por câncer de mama? 
53 anos em 2000 
56 anos em 2010 
Fatores de Risco 
- Sobrepeso 
- Exposição á Radiação 
- Consumo de Álcool 
- Genética 
15 
 
- Reposição Hormonal 
- Idade 
- Menarca Precoce 
- Menopausa tardia 
- Primeira gravidez após os 30 anos 
- Nuliparidade 
Baixa Letalidade 
Embora tenha uma taxa de mortalidade expressiva, o câncer de mama tem 
letalidade relativamente baixa, porque essa taxa de mortalidade é menor que um 
terço da taxa de incidência. 
Detecção precoce é fundamental 
Ações de rastreamento 
Diagnóstico precoce 
28% dos casos podem ser evitados com hábitos saudáveis. 
Etiologia 
 Não há uma causa única e específica, mas uma série de eventos genéticos, 
hormonais e ambientais. 
Fatores Genéticos e Hereditários 
Relacionados á presença de mutações em determinados genes transmitidos 
na família, especialmente BRCA1 e BRCA2. 
Mulheres com histórico de casos de câncer de mama em familiares 
consanguíneos (sobretudo em idade jovem) e de câncer de ovário ou de câncer de 
mama em homem podem ter predisposição genética e são consideradas de risco 
elevado para a doença. 
 
16 
 
Grupo de Risco Muito Elevado 
Histórico familiar de pelo menos um parente de primeiro grau ( mãe, irmã ou 
filha) com diagnóstico de câncer de mama, abaixo dos 50 anos de idade. 
Histórico familiar de pelo menos um parente de primeiro grau ( mãe,irmã ou 
filha) com diagnóstico de câncer de mama bilateral ou câncer de ovário, em qualquer 
faixa etária. 
Histórico familiar de câncer de mama masculino 
Diagnóstico histopatológico de lesão mamária proliferativa com atípica ou 
neoplasia lobular in situ. 
Manifestações Clínicas 
O sintoma mais comum de câncer de mama é o aparecimento de um nódulo 
geralmente indolor, duro e irregular. 
Saída de secreção pelo mamilo- especialmente quando é unilateral e 
espontânea 
Endurecimento da mama 
Coloração avermelhada da pele da mama 
Edema cutâneo semelhante á casca de laranja 
Retração ou abaulamento cutâneo 
Dor ou inversão no mamilo 
Descamação ou ulceração do mamilo, linfonodos axilares palpáveis. 
Manifestações Clínicas 
- Cisto Mamário 
- Fibroadenoma 
-Processos Inflamatórios 
17 
 
Exame Clínico das Mamas 
O ECM deve incluir as seguintes técnicas propedêuticas: 
- inspeção estática; 
- inspeção dinâmica; 
- palpação das mamas e das cadeias ganglionares axilares e 
supraclaviculares; 
- avaliação da descarga papilar. 
Inspeção estática 
A inspeção estática deve ser realizada com o objetivo de identificar 
visualmente sinais sugestivos de câncer, tais como alterações no contorno da mama 
e ulcerações cutâneas ou do complexo areolo papilar. 
Nessa etapa, a mulher pode se manter sentada com os braços pendentes ao 
lado do corpo ou com os braços levantados sobre a cabeça. 
 
 
 Figura 6 – Inspeção estática 
Durante a inspeção estática, o profissional de saúde deve avaliar: 
número de mamas; 
 simetria; 
18 
 
 volume; 
 consistência; 
 forma; 
contorno; 
modificações cutâneas; 
 tipo de mamilo (protruso, semiprotruso, invertido ou pseudoinvertido); 
 modificações do mamilo e aréola. 
Inspeção dinâmica 
Para a realização da inspeção dinâmica, o examinador deve solicitar que a 
mulher eleve e abaixe os braços lentamente e faça a contração da musculatura 
peitoral, comprimindo as palmas das mãos uma contra a outra adiante do tórax ou 
comprimindo o quadril com as mãos colocadas uma de cada lado. 
 
 
 Figura 7 – Inspeção dinâmica 
Durante a inspeção dinâmica, deve‑se avaliar a presença de retração ou 
abaulamento nas mamas. 
Palpação 
A palpação consiste no exame de todas as áreas do tecido mamário e dos 
linfonodos. Para palpar as cadeias ganglionares axilares, a mulher deverá estar 
19 
 
sentada, com o braço homolateral relaxado e o antebraço repousando sobre o 
antebraço homolateral do examinador. A palpação das cadeias ganglionares 
supraclaviculares deve ser realizada com a mulher sentada, mantendo a cabeça 
semifletida e com leve inclinação lateral, conforme demonstrado na figura a seguir: 
 
 
Figura 8 – Palpação das cadeias ganglionares axilares 
Durante a palpação da cadeia ganglionar, deve‑se investigar a presença de 
linfonodos comprometidos na região axilar, supra e infraclaviculares. A palpação das 
mamas (figura a seguir) é feita com a mulher em decúbito dorsal horizontal, com a 
mão correspondente à mama a ser examinada colocada sob a cabeça. 
 
 
 Figura 9 – Palpação do tecido mamário 
20 
 
Cada área de tecido mamário deve ser examinada aplicando‑se, 
sequencialmente, três níveis de pressão: leve, média e profunda, correspondendo 
ao tecido subcutâneo, ao nível intermediário e mais profundamente à parede 
torácica. Devem‑se realizar movimentos circulares com as polpas digitais do 2º, 3º e 
4º dedos da mão em toda a glândula mamária. 
Durante a palpação, o profissional deve investigar: 
 possíveis alterações na temperaturacutânea; 
presença de nódulos. 
Caso um nódulo seja identificado, o profissional deve fazer a avaliação do 
nódulo, considerando as seguintes informações : 
tamanho; 
 consistência; 
 contorno; 
superfície; 
mobilidade; 
localização. 
Avaliação da descarga papilar 
A pesquisa de descarga papilar deve ser feita aplicando‑se compressão uni 
digital suave sobre a região areolar, em sentido radial, contornando a papila. A saída 
da secreção pode ser provocada pela compressão digital de um nódulo ou área de 
espessamento, que pode estar localizado em qualquer região da mama: 
uni ou bilateral; 
 uni ou multiductal; 
 espontânea ou provocada pela compressão de algum ponto específico; 
coloração; 
21 
 
relação com algum nódulo ou espessamento palpável. 
No Brasil, a mamografia para mulheres entre 50 e 69 anos é a estratégia 
preconizada para o rastreamento de câncer de mama. O ECM deve ser realizado 
quando houver queixas mamárias como parte inicial da investigação, pois as 
evidências científicas revelaram que o exame não tem benefício bem estabelecido 
como rastreamento do câncer da mama. 
Demais etapas do Processo de Enfermagem (PE) 
Após a coleta de informações para a obtenção do histórico da mulher, que 
envolve a anamnese e o ECM, o enfermeiro deve prosseguir a consulta de 
enfermagem estabelecendo os diagnósticos de enfermagem, definindo o plano 
assistencial e procedendo às intervenções concernentes a cada situação clínica. 
Uma coleta de dados abrangente, incluindo a valorização das queixas 
ginecológicas, possibilita a identificação dos problemas de saúde específicos da 
mulher, tornando possível o estabelecimento de diagnósticos de enfermagem 
apropriados para cada situação. Por sua vez, um adequado diagnóstico permite ao 
enfermeiro planejar a assistência de enfermagem, de modo a retomar o bem‑estar e 
a saúde plena prévia da mulher. 
Realizar o ECM para investigação em caso de queixas mamárias é uma 
responsabilidade do e enfermeiro. Ao proceder a essa avaliação, o profissional deve 
observar a presença de manifestações clínicas sugestivas de câncer de mama, 
como: nódulo palpável, descarga papilar sanguinolenta ou em “água de rocha”, 
lesão eczematosa da pele, edema mamário com pele em aspecto de “casca de 
laranja”, retração na pele da mama e mudança no formato do mamilo. 
Exames Complementares 
- Exame físico feito pelo o Ginecologista através da palpação da mama para 
identificar nódulos e alterações na mama da mulher. 
- Exame de sangue 
- Ultrassom da mama 
22 
 
- Ressonância Magnética 
- Biópsia da mama 
- Exame FISH. 
- Mamografia 
Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) 
As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) estão entre os problemas de 
saúde públicas mais comuns em todo o mundo, com uma estimativa de 376 milhões 
de casos novos por ano (OMS, 2019). As ISTs são transmitidas, principalmente, por 
contato sexual sem o uso de camisinha com uma pessoa que esteja infectada. 
Algumas IST podem não apresentar sintomas, tanto no homem quanto na mulher. E 
isso requer que, se fizerem sexo sem camisinha, procurem o serviço de saúde para 
consultas com um profissional de saúde periodicamente. Essas doenças quando 
não diagnosticadas e tratadas a tempo, podem evoluir para complicações graves, 
como infertilidades, câncer e até a morte. O tratamento das IST melhora a qualidade 
de vida do paciente e interrompe a cadeia de transmissão dessas doenças. O 
presente trabalho traz um conjunto de informações sobre as ISTs mais comuns na 
sociedade, abordando aspectos clínicos, patogênese, diagnóstico, tratamento e 
prevenção. 
O que são as ISTs? 
As infecções sexualmente transmissíveis (IST) são infecções causadas, 
principalmente, através das relações sexuais sem o uso de preservativo com uma 
pessoa que esteja infectada, e geralmente se manifestam por meio de feridas, 
corrimentos, bolhas ou verrugas. 
A terminologia Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) passou a ser 
adotada em substituição à expressão Doenças Sexualmente Transmissível (DST), 
porque destaca a possibilidade de uma pessoa ter e transmitir uma infecção, mesmo 
sem sinais e sintomas. 
 
23 
 
O que causa? 
As IST são provocadas por microrganismos, tais como bactérias, vírus, 
fungos e protozoários. Estes agentes infeciosos encontram-se nos fluidos corporais, 
tais como sangue, esperma e secreções vaginais. 
 
 
 
Conheça os Fatores de Risco 
 
HIV/AIDS 
HIV é uma sigla para vírus da imunodeficiência humana, O vírus que pode 
levar à síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS). Os agentes causadores são 
os retrovírus: HIV-1 e HIV-2; Além da via sexual (esperma e secreção vaginal), o 
vírus pode ser transmitido pelo sangue (através da gestação, parto, uso de drogas 
injetáveis, transfusões e transplantes) e pelo leite materno. A partir do momento em 
que a pessoa é infectada, ela tem a capacidade de transmitir o HIV. A presença de 
outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) favorece a transmissão do HIV. 
24 
 
 
Masturbação a dois, beijo no rosto ou na boca, suor, lágrima, picada de 
inseto, aperto de mão ou abraço, sabonete/toalha/lençóis, talheres/copos, assento 
de ônibus, piscina, doação de sangue, pelo ar não são formas de transmitir o HIV. 
Sintomas 
Os primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como febre 
e mal-estar. Por isso, a maioria dos casos passa despercebida; Depois disso a 
pessoa infectada pelo vírus pode permanecer sem sintomas, e mais uma vez deixa 
a infecção passar sem perceber; Na fase seguinte aparecem sintomas como: febre, 
diarreia, suores noturnos e emagrecimento; Logo após um tempo começam a 
aparecer doenças associadas ao enfraquecimento do organismo pela infecção. Esse 
estágio dá-se o nome de AIDS. Hepatites virais, tuberculose, pneumonia, 
toxoplasmose e alguns tipos de câncer são algumas das doenças que podem 
aparecer nesse período. 
Diagnóstico 
O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito a partir da coleta de sangue ou por 
fluido oral. No Brasil, temos os exames laboratoriais e os testes rápidos, que 
detectam os anticorpos contra o HIV em cerca de 30 minutos, esses testes são 
realizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nas unidades da rede 
pública e nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA). 
 
25 
 
 
 
Tratamento 
Os medicamentos antirretrovirais (ARV) servem para impedir a multiplicação 
do HIV no organismo. Esses medicamentos ajudam a evitar o enfraquecimento do 
sistema imunológico. Por isso, o uso regular dos ARV é fundamental para aumentar 
o tempo e a qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV e reduzir o número 
de internações e infecções por doenças oportunistas. 
 
 
 Atenção 
É dever de o profissional manter o sigilo diagnóstico, de acordo com a 
decisão do paciente. 
 
 
26 
 
Sífilis 
A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) que acomete 
exclusivamente o ser humano. Podendo apresentar várias manifestações clínicas e 
diferentes estágios (sífilis primária, secundária, latente e terciária).É causada pela 
bactéria Treponema pallidum quando existe contato sexual sem camisinha com uma 
pessoa infectada. Isso reforça a necessidade do uso de preservativo durante 
relações sexuais. 
Sintomas 
Por ser uma infecção de múltiplos estágios, os sinais e sintomas podem 
variar. 
Primária: Apresenta-se na forma de uma ferida, geralmente única, no local de 
entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais 
da pele), aparecendo entre 10 a 90 dias após o contágio. Normalmente é indolor e 
não coça. 
Secundária: Podem ocorrer manchas no corpo, abrangendo palmas das 
mãos e plantas dos pés. Aparecendo entre seis semanas e seis meses após a 
cicatrização da ferida inicial. 
Latente: Neste período não se apresenta nenhum sinal ou sintoma. 
Terciária: Pode surgir entre um a 40 anos depois doinício da infecção. 
Costuma apresentar lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, 
podendo levar à morte. 
Diagnóstico 
O diagnóstico é feito através do teste rápido de sífilis, que é ofertado pelo 
Sistema Único de Saúde. Caso esse seja positivo, uma amostra de sangue deverá 
ser coletada e encaminhada para realização de um teste laboratorial para confirmar 
o diagnóstico. 
 
 
27 
 
Tratamento 
O tratamento é prescrito após a avaliação médica, sendo a penicilina 
benzatina (benzetacil) o remédio de escolha. Cabe ressaltar que ambos os parceiros 
devem realizar o tratamento. 
 
Hepatites B e C 
A hepatite é a inflamação do fígado e representa um grave problema de 
saúde pública no Brasil e no mundo. No Brasil, as hepatites causadas pelos vírus B 
e C hepatites virais mais comuns, as pessoas podem desenvolver a doença através 
de transfusão sanguínea, uso de álcool e drogas, uso de alguns remédios e doenças 
autoimunes, metabólicas e genéticas; a hepatite pode se apresentar nas formas: 
Aguda: Doença persiste por menos de seis meses. 
Crônica: Doença persiste por mais de seis meses. 
Sintomas 
As hepatites são doenças silenciosas que nem sempre apresentam sintomas, 
mas, quando estes aparecem, podem ser: Cansaço e mal-estar, dor abdominal, 
febre, tontura, enjoo e vômitos, pele e olhos amarelados, urina clara e fezes escuras. 
Diagnóstico 
O diagnóstico pode ser feito por exames de sangue. No caso das hepatites B 
e C, é preciso um intervalo de 60 dias para que sejam detectadas no exame. Para 
saber se há a necessidade de realizar exames que detectem as hepatites, observe 
se você já se expôs a algumas dessas situações: 
28 
 
Se praticar sexo desprotegido ou compartilhou seringas, agulhas, lâminas de 
barbear, alicates de unha e outros objetos que furam ou cortam; 
Transmissão de mãe para o filho durante a gravidez, o parto e a 
amamentação. 
Tratamento 
A Hepatite B não tem cura. Entretanto, o tratamento disponibilizado no SUS 
objetiva reduzir o risco de progressão da doença e suas complicações, como cirrose, 
câncer do fígado e até morte. Não existe vacina contra a hepatite C. Além disso, 
toda mulher grávida precisa fazer no pré-natal os exames para detectar as hepatites 
B e C, a aids e a sífilis. Esse cuidado é fundamental para evitar a transmissão de 
mãe para filho. Em caso de resultado positivo, é necessário seguir todas as 
recomendações médicas. Existem medicamentos disponíveis para controle das 
hepatites virais pelo SUS. 
A principal forma de prevenção da infecção pelo vírus da hepatite B é a 
vacinação. Crianças recebem 4 doses (1 de hepatite B e 3 pentavalente) e adultos 
recebem 3 doses, a depender da situação vacinal anterior, que está disponível em 
todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS). 
 
HPV 
A infecção por HPV é sexualmente transmissível (IST), atinge tanto homens 
quanto mulheres e provoca verrugas nas regiões genital e anal, podendo até 
desenvolver câncer, dependendo do tipo de vírus. O HPV (sigla que está em inglês e 
significa Papilomavírus Humano) é um vírus que infecta tanto mucosas (oral, genital, 
29 
 
anal) quanto a pele. Contém vários subtipos conhecidos e, a depender disto, variam 
também os sintomas que vão desde lesões de pele e mucosas até cânceres. 
Sintomas 
Lesões clínicas: verrugas que podem acometer vulva, vagina, colo do útero, 
região perianal, ânus, pênis, bolsa escrotal, e região pubiana que, tecnicamente, são 
chamadas de condilomas acuminados e, popularmente, chamadas de “crista de 
galo”, “figueira” ou “cavalo de crista”. Podem adquirir diversas formas e tamanhos 
variáveis. Geralmente são assintomáticas mas pode haver coceira local. Os tipo de 
vírus que as causam, geralmente, são não cancerígenos. 
Lesões subclínicas: lesões não visíveis a olho nú, não apresentam sinais e 
sintomas. Podem ser causadas por tipos de HPV com baixo e alto risco para levar 
ao desenvolvimento de câncer. 
Os primeiros sintomas surgem 2 a 8 meses após a infecção pelo HPV, 
podendo demorar até 20 anos. A maioria das pessoas não apresenta sintomas. O 
vírus pode permanecer latente por anos, sem manifestar sinais e sintomas, sendo 
mais comum o aparecimento em gestantes e em indivíduos com imunidade baixa. 
Você sabe o que é a Papiloma tose Respiratória Recorrente? 
É uma condição rara em que crianças infectadas na hora do parto 
desenvolvem lesões verrucosas nas cordas vocais e na laringe. 
Diagnóstico 
Realizado através de exames clínicos a laboratoriais. 
Para diagnosticar lesões clínicas: exame clínico urológico, ginecológico e 
dermatológico. 
Para diagnosticar lesões subclínicas: exames laboratoriais como Papanicolau 
(citopatologia), colposcopia, peniscopia e anuscopia e biopsias e histopatologia. 
 
30 
 
 
 
Tratamento 
A maioria das infecções em mulheres tem resolução espontânea, pelo próprio 
organismo, em aproximadamente 24 meses. O tratamento consiste na destruição 
das lesões, considerando suas características individualmente e podem variar a 
depender da avaliação profissional. Podem ser: 
Domiciliares: imiquimode (exceto na gestação), podofoloxotina; 
Ambulatoriais: ácido tricloroacético – ATA, podofilina (exceto na gestação), 
eletrocauterização, exérese cirúrgica e crioterapia. 
Atenção 
Uma medida eficaz de prevenção do HPV é a vacinação, disponível em todas 
as Unidades Básicas de Saúde (UBS), que deve ser administrada em duas doses, 
em meninos de 11 a 14 anos e meninas de 9 a 14. 
 
Vírus Herpes Simples ( HSV) 
O herpes simples é um dos diversos tipos de herpes vírus. Essa infecção viral 
muito contagiosa é transmitida pelo contato direto com ulcerações ou, por vezes, 
com uma área afetada quando nenhuma ulceração estiver presente. Há dois tipos 
de vírus do herpes simples: 
31 
 
 
 
A infecção pode também ocorrer em outras partes do corpo, como no cérebro 
(uma doença séria) ou no trato gastrointestinal. É importante lembrar que depois da 
primeira infecção (primária), o HSV, da mesma forma que outros herpes vírus, 
permanecem inativos (dormente ou latente) no organismo por toda a vida. 
Você sabe o que é uma infecção latente? 
A infecção latente pode não causar sintomas novamente ou pode ser 
periodicamente reativada e causar sintomas. 
A reativação de uma infecção latente oral ou genital por HSV pode ser 
desencadeada por: 
Febre 
Menstruação 
Tensão emocional 
Supressão do sistema imunológico 
 
 
32 
 
Sintomas 
 
Diagnóstico 
Análise de uma amostra retirada da ulceração; Exames de sangue para a 
identificação de anticorpos contra o HSV também podem ser utilizados. 
Tratamento 
Medicamentos antivirais, como o aciclovir, valaciclovir ou fanciclovir, podem 
aliviar ligeiramente o desconforto e ajudar a resolver os sintomas. Porém, os 
medicamentos antivirais estão disponíveis somente com prescrição. 
Tricomoníase 
A tricomoníase é uma infecção sexualmente transmissível, na maioria dos 
casos não há complicações sérias na mulher, mas pode facilitar a transmissão de 
outros agentes infecciosos como gonorreia e clamídia. Além disso, possuir clamídia 
não tratada durante a gestação pode provocar o rompimento prematuro da bolsa. É 
causada por um protozoário chamado Trichomonas vaginalis, que é encontrado com 
mais frequência na genitália feminina que a genitália masculina. 
Sintomas 
Os sintomas consistem em corrimento vaginal intenso de cor amarelo-
esverdeado, podendo ser cinza, bulboso e espumoso, acompanhado de mau cheiro 
33 
 
(lembrando peixe). Pode ocorrer coceira, sangramento e/ou dor após a relação 
sexual e dor ao urinar. 
Diagnóstico 
Pode ser realizado através do relato dos sintomas por um profissional de 
saúde e por meio laboratorial, com observação do parasita no microscópio. 
 
Tratamento 
Através de antibióticos receitados pelo médico, tratando-se simultaneamente 
o parceiro sexual. 
Candidíase 
São infecções oportunistas causadas por fungosdo gênero cândida albicans 
na pele ou tecido mucoso resultando em candidíase oral, candidíase vaginal 
intertrigo, onicomicose e paroníquia. Esse fungo é um microbiota normal da pele e 
mucosas que se proliferam em determinadas condições como hábitos de higiene e 
vestuário inadequados, uso incorreto de contraceptivos e antibióticos, diabetes 
melittus, tratamento com antibióticos de amplo espectro ou à imunodeficiência. 
Sintomas 
Nessa infecção é comum encontrar placas brancas na mucosa oral 
conhecidas como aftas ou sapinhos, na região vaginal pode se encontrar prurido 
secreção, ardor ou dor ao urinar e placas brancas e acinzentadas. 
34 
 
 
 
Diagnóstico 
O diagnostico é feito a partir da inspeção macroscópica através de 
endoscopia ou necropsia, ou microscopia (histologia ou citologia) em material obtido 
diretamente do tecido afetado e por meio do teste do pH vaginal. 
Tratamento 
O Fluconazol para monilíase orofaríngea ou esofágica ou candidíase 
disseminada. Para a candidíase vulvovaginal recomenda se isoconazol, uso tópico, 
sob forma de creme vaginal durante 7 dias. 
 
 
 
Gardnerella 
É uma infecção genital causada pela bactéria do gênero gardnerella vaginalis, 
podem ser encontradas habitualmente no corpo humano como microbiota normal. É 
causada pelo desequilíbrio de outras bactérias da flora vaginal responsáveis pelo 
equilíbrio do pH levando a proliferação da bactéria gardnerella vaginalis. 
 
35 
 
Sintomas 
Corrimento vaginal acinzentado cremoso ou bolhoso com odor fétido mais 
acentuado após a relação sexual ou menstruação, dor às relações sexuais. 
 
Diagnóstico 
O diagnostico pode ser feito através do teste de aminas, esfregaço do 
conteúdo e medidas de PH da secreção. 
Tratamento 
É feito por meio do uso de antibióticos, aplicados na forma de gel ou creme ou 
tomados por via oral, por exemplo, metronidazol, clindamicina ou tinidazol. É muito 
importante uma avaliação médica para poder ser prescrito o medicamento ideal ao combate 
da infecção. 
Como Prevenir as IST’s? 
O método mais eficaz para evitar a transmissão das IST é uso da camisinha 
(masculina ou feminina) durante relações sexuais. Ela pode ser retirada 
gratuitamente nas unidades de saúde. Valer-se da prevenção combinada aumenta a 
eficácia preventiva, porque abrange o uso da camisinha masculina ou feminina, 
ações de prevenção, diagnóstico e tratamento das IST, testagem para HIV, sífilis e 
hepatites virais B e C, profilaxia pós exposição ao HIV, imunização para HPV e 
hepatite B, prevenção da transmissão vertical de HIV, sífilis e hepatite B, tratamento 
antirretroviral para todas as PVHIV, redução de danos, entre outros. 
36 
 
 
 
Profilaxia Pós-Exposição PEP x Profilaxia Pré – Exposição 
PrEP 
 
Há diferentes abordagens voltadas para a redução do risco de exposição e 
exemplos incluem a Profilaxia Pós-Exposição – PEP; e a Profilaxia Pré-Exposição: 
 
– PrEP, que são intervenções biomédicas baseadas no uso de antirretrovirais 
(ARV). 
 
A PEP é o uso de medicamentos antirretrovirais por pessoas após terem tido 
um possível contato com o vírus HIV em situações como: violência sexual; relação 
sexual desprotegida, acidente ocupacional (com instrumentos perfuro cortantes ou 
em contato direto com material biológico). É essencial para a eficácia da PEP o 
inicio logo após a exposição de risco, em até 72 horas; e deve ser tomada por 28 
dias. A PEP é uma profilaxia de emergência. 
 
A PrEP é o uso preventivo de medicamentos antes da exposição ao vírus do 
HIV, reduzindo a 
Probabilidade da pessoa se infectar com vírus. Os públicos da PrEP são gays 
e outros homens que fazem sexo com homens (HSH); pessoas trans; 
trabalhadores/as do sexo e parcerias soro diferentes (quando uma pessoa está 
infectada pelo HIV e a outra não). 
 
 
37 
 
 
 Atenção 
A Profilaxia Pré-Exposição (PEP) não serve como substituta da camisinha. 
 
 Fique Atento 
Se notar a presença de algum sintoma das doenças apresentadas acima você 
deve procurar ajuda de um profissional de saúde, no posto de saúde mais próximo 
da sua casa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
Referências 
 
ANVISA. AGÊNCIA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Registrada vacina do HPV 
contra 9 subtipos di vírus, 2020. Disponível em: 
http://portal.anvisa.gov.br/noticias/-
/asset_publisher/FXrpx9qY7FbU/content/registradavacina- do-hpv-contra-9-subtipos-
do-virus/219201. Acesso em: 19 de maio de 2020. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. 
Departamento de DST, AIDS e 
Hepatites Virais. A B C D E do diagnóstico para as hepatites virais. Brasília: 
Ministério da Saúde, 
2009. Disponível em: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/ABCDE_diagnostico_hepatites_vir
ais.pdf. Acesso 
em: 21 de maio de 2020. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Infecções sexualmente transmissíveis (ist): O 
que são, quais são e como prevenir. Disponível em: http://saude.gov.br/saude-de-a-
z/infeccoes- sexualmente transmissíveis- ist. Acesso em: 20 de maio de 2020. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. 
Departamento de Doenças de 
Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Qual é a 
diferença entre a PrEP e 
PEP. Disponível em: http://www.aids.gov.br/pt-br/faq/qual-e-diferenca-entre-
prep-e-pep. 
Acesso em: 20 de maio de 2020. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. 
Departamento de Doenças de 
Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Protocolo 
Clínico e Diretrizes 
Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente 
Transmissíveis (IST).1 ed. Brasília: Ministério da Saúde,2020. 
http://portal.anvisa.gov.br/noticias/-/asset_publisher/FXrpx9qY7FbU/content/registradavacina-
http://portal.anvisa.gov.br/noticias/-/asset_publisher/FXrpx9qY7FbU/content/registradavacina-
http://saude.gov.br/saude-de-a-z/infeccoes-
http://saude.gov.br/saude-de-a-z/infeccoes-
39 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. HPV: o que é causas, sintomas, tratamento, 
diagnóstico e prevenção. Ministério da Saúde, 2020. Disponível em: 
https://saude.gov.br/saude-de-a-z/hpv. 
Acesso em: 19 mai. 2020. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. 
Departamento de Condições 
Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Guia de Vigilância em 
Saúde. Brasília, DF, 
2019. Disponível em: http://www.aids.gov.br/pt-br. Acesso em 20 maio de 
2020. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Doenças de Condições 
Crônicas e Infecções 
Sexualmente Transmissíveis: Tricomoníase. Ministério da Saúde, 2020. 
Disponível em: 
http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/o-que-sao-ist/tricomoniase. Acesso 
em 20 de maio de 2020. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. 
Departamento de Vigilância, 
Prevenção e Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis, Aids e 
Hepatites Virais. Manual 
Técnico para Diagnóstico da Sífilis / Ministério da Saúde, Secretaria de 
Vigilância em Saúde, 
Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Doenças Sexualmente 
Transmissíveis, 
AIDS e Hepatites Virais. – Brasília : Ministério da Saúde, 2016. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa 
Nacional de DST e 
AIDS. Manual de Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis / 
Ministério da Saúde, 
Secretaria de Vigilância em Saúde, Programa Nacional de DST e AIDS. 
Brasília: Ministério da 
Saúde. 2006. 
40 
 
KAYE, Kenneth. M. Infecções por vírus do herpes simples (Herpes Simplex 
Vírus, HSV). 
MANUAL MSD Versão Saúde para a Família, 2018. Disponível em: 
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/infec%C3%A7%C3
%B5espor- 
herpesv%C3%ADrus/infec%C3%A7%C3%B5es-por-v%C3%ADrus-do-
herpes-simplesherpes- 
simplex-virus,-hsv. Acesso em: 21 de maio de 2020. 
LEVINSSON, W. Microbiologiamédica e imunologia. 10º edição, Porto Alegre, 
AMGH, 2011.

Continue navegando