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A2-GUERRA IRAQUE

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1) Analise a decisão norte-americana de intervir no Iraque em 2003 usando a teoria do Realismo Clássico ou do Idealismo Clássico.
Desde 2003 e até meados de 2011, os Estados Unidos e seus aliados travaram uma guerra com o Iraque, iniciada por acusações do governo norte-americano, que alegava a posse e fabricação de armas químicas de "destruição em massa" no regime do presidente iraquiano Saddam Hussein, para usá-las contra seus inimigos e ate mesmo contra sua própria população. Diante disto, o governo norte-americano enxergava a política de Hussein como uma ameaça para a região do Oriente Médio, alegando ter uma paz insegura e tendo de se defender frente a isso. 
Na teoria do realismo clássico é defendido que o Estado é soberano, reconhecido como o único ator do cenário internacional, onde a sua principal função é manter a paz e a segurança interna e externa frente a ameaças, declarando argumentos sobre sobrevivência e manutenção do estado, para conservar seu poder e preservar a ordem internacional pela sobrevivência da população, colocando ao estado o dever de ser forte por meio do monopólio legitimo da violência, alegando que qualquer possível ameaça a sua soberania será evitada, pois os Estados estarão sempre suscetíveis a entrar em guerra para se proteger, usando sempre a racionalidade perante relações internacionais. Nesta teoria também é visto que no cenário internacional encontramos a anarquia, onde os países sempre se encontram em conflitos para se sobrepor aos outros
Portanto os Estados Unidos encontraram nesse momento uma ameaça para sua soberania dentro do governo iraquiano. Porém, os mesmos enxergavam o oriente médio como uma ameaça econômica, visto que o Iraque possui reservas cinco vezes maiores do que as reservas americanas, sendo a maior fonte de reserva de petróleo do mundo, o que gera uma dependência econômica internacional de todos os países em cima disto. Sendo assim, foi decidido atacar o governo iraquiano, pois os Estados Unidos visavam maximizar seu poder, tendo interesse em expandir seu controle sobre as reservas de petróleo iraquianas, o que foi um grande impulsionador na guerra. 
Entretanto até hoje, questionam-se as razões para a invasão, visto que as armas de destruição em massa não foram encontradas e a impossibilidade de realizar tal objetivo gerou grandes críticas e controvérsias, pois não havia terrorismo no Iraque antes da invasão americana, e hoje este país é alvo de inúmeros atentados terroristas. Apesar de quase nenhum país no mundo se opor à queda do regime de Hussein, a maioria das nações e a opinião pública eram contrárias à guerra. Alguns críticos consideram que guerras como a do Iraque têm objetivos menos defensivos (defesa contra o terrorismo) e mais ofensivos do que o governo dos Estados Unidos declara. Na prática, servem para aumentar o poder e a influência dos EUA, mediante a expansão da rede de bases militares americanas no mundo, assegurando o controle de áreas estratégicas, onde há grandes reservas de petróleo e gás natural (como o Iraque). Em 2016, um relatório feito pelo governo britânico para avaliar a decisão de participar da guerra concluiu que a ação militar não era o último recurso, e que as consequências da invasão foram subestimadas.

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