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IMUNIDADE TRIBUTARIA

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FACULDADE PAN-AMAZÔNICA
CURSO BACHARELADO EM DIREITO
Acadêmicos:
Ana Cristina Santana Felinto
Danielle Lopes da Silva
Eliene Carolina Chucre Maciel
Glaiane Silva Rodrigues
João Ulysses da Silva Freitas
Midiã da Silva Nascimento
Ygor Noronha da Silva
IMUNIDADE TRIBUTÁRIA NO MUNICÍPIO DE BELÉM, NO ESTADO DO PARÁ E UNIÃO DAS ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS.
BELÉM
 2020
IMUNIDADE TRIBUTÁRIA NO MUNICÍPIO DE BELÉM, NO ESTADO DO PARÁ E UNIÃO DAS ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS.
1. INTRODUÇÃO
O Direito Tributário consiste no ramo do direito que estuda o recolhimento de tributos destinados a União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Os tributos são essenciais para obtenção de receitas públicas que possibilitam as atividades do Estado. Os tributos compreendem os impostos, taxas e contribuições e estão reguladas pelo Código Tributário Nacional.
Ademais, a Carta Magna em seu art. 150, dispõe as instituições que possuem imunidade tributária, ou seja, não serão cobrados impostos em razão da sua função social. Isso permite que essas instituições possam exercer suas atividades à sociedade.
A imunidade tributária é uma norma que vem descrita na Constituição Federal, que traz elencada as situações que não podem ser objeto de tributação, visando garantir direitos sociais e fundamentais, tal qual como liberdade religiosa, liberdade de expressão, acesso a cultura e democracia politica.
Todavia a Constituição Federal não estabelece qualquer tributo, porém concede competência aos entes federativos para assim fazer, sendo assim, União, Estado, Distrito Federal e Municípios emitem leis para instituir tributos constitucionalmente previstos em seus territórios sempre nos limites dessa competência, com a Constituição Federal trazendo limites ao exercício dessa competência em seu art.150, o qual estabelece o rol de instituições que possuem imunidade, com objetivo de garantir o exercício das atividades pelos quais foram criadas.
Diante o exposto, o trabalho aqui descrito visa explicar sobre a imunidade tributária das entidades sem fins lucrativos existente no município de Belém, no Estado do Pará e na União.
1.1 - IMUNIDADE TRIBUTÁRIA NO MUNICÍPIO DE BELÉM
A competência tributária do município de Belém está regulamentada pela Lei Ordinária n° 7056 de Dezembro de 1977, o qual estabelece os dispositivos para capitalização dos tributos. Além disso, institui os sujeitos que não integram o sistema de cobrança dos tributos municipais.
A imunidade está prevista no art. 3° da referida lei, que obedece aos preceitos constitucionais que:
 Art. 3º É vedado o lançamento de impostos municipais sobre:
I - O patrimônio e os serviços da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
II - Os templos de qualquer culto;
III - O patrimônio e os serviços dos partidos políticos e de instituições de educação e de assistência social, observados os requisitos da lei.
O disposto no Inciso I, a lei tem efeito extensivo “às autarquias no que se refere o patrimônio e os serviços vinculados”.
Sobre os templos de qualquer culto previsto no Inciso II, a lei municipal inova ao estabelecer que a imunidade se restringe aos bens imóveis destinados ao exercício do culto. Isso possibilita o município de Belém cobrar impostos sobre bens móveis ou serviços que podem está relacionados ao exercício da função social desses templos. Dessa forma, gera um preceito inconstitucional.
Quanto a imunidade prevista no Inciso III, sobre o patrimônio dos partidos políticos e instituições de educação, a lei estabelece requisitos para imunidade tributária, uma vez que a Constituição não define essas instituições e entidades. Além disso, o art. 3° não se aplica aos bens com a finalidade de exploração econômica. Isso garante que esses sujeitos não desviem da finalmente pelo qual foram criados, uma vez que a Carta Magna garante imunidade tributária para que essas entidades possam exercer suas atividades sem fins lucrativos.
1.2 - IMUNIDADE TRIBUTÁRIA NO ESTADO DO PARÁ
1.3 - IMUNIDADE TRIBUTÁRIA NA UNIÃO 
As entidades sem fins lucrativos que são imunes aos impostos como templos de qualquer culto, os partidos políticos, os livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão estão previstas no art. 150, IV, “c” e § 4º da Constituição Federal, nos seguintes termos: 
“Art. 150 Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
(…)
VI instituir impostos sobre:
(…)
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos de lei.”.
(…)
§ 4º – As vedações expressas no inciso VI, alíneas b e c, compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços relacionados com as finalidades essenciais das entidades neles mencionadas.”
Observa-se do dispositivo constitucional transcrito, que a CF/88 colocou a salvo da dos, do Distrito Federal e dos Municípios, as instituições de educação e assistência social, sem fins lucrativos, desde que atendidos os requisitos legais.
· Imunidade nas Contribuições Sociais
Em relação às contribuições sociais, a CF/88 determinou que a imunidade fosse aplicável às entidades beneficentes de assistência social, também atendidas as exigências legais, conforme se verifica do § 7°, do art. 195, in verbis:
“Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
(…)
§ 7º – São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei.”
O artigo que aborda a imunidade está previsto no ordenamento jurídico no artigo 150, inciso VI, alíneas “a”, “b”, “c” e “d”, da Constituição Federal de 1988, qual vem protegendo o patrimônio, a renda ou os serviços dos entes federados; os templos de qualquer culto; o patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social sem fins lucrativos, atendendo os requisitos da lei; e, por último, os livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.
A primeira vez que a constituição abordou o tema imunidade tributária foi versando sobre o papel destinado à impressão de jornais, periódicos e livros e foi introduzida pela Constituição Federal de 1946, nos seguintes termos:
"Artigo 31 - À União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios é vedado:
 (...)
V - lançar impostos sobre:
(...)
d) papel destinado exclusivamente à impressão de jornais, periódicos e livros."
A Imunidade Tributária ocorre quando a Constituição, ao realizar a repartição de competência, coloca fora do campo tributário certos bens, pessoas, patrimônios ou serviços.
Na imunidade, como na não incidência, não há fato gerador, só que não porque a lei não descreva o fato como hipótese legal, mas sim porque a Constituição não permite que se encontre nos acontecimentos característicos de fatos geradores de obrigação principal.
Alguns estudiosos dizem que a imunidade é uma hipótese de não incidência prescrita na Constituição (não incidência qualificada). Em abril/2020 o STF publicou a Súmula Vinculante 57, nessa o STF decidiu que livros eletrônicos e os suportes próprios para sua leitura são alcançados pela imunidade tributária. Parte da doutrina se debruça em diferenciar os institutos da imunidade, da não incidência e isenção. Tentaremos agora diferenciar de uma forma simples os institutos para a melhor compreensão do tema.
Inicialmente, a “não incidência” possui sentido amplo e significa que o tributo não incidirá em determinado caso. Configura-se em face da própria norma de tributação, sendo objeto da não incidênciatodos os fatos que não estão abrangidos pela própria definição legal da hipótese de incidência. Isso significa que constitui o inverso da incidência, ou seja, a situação fica fora dos limites tributários pois não ocorre o fato gerador, e a lei, consequentemente, não descreve a hipótese de incidência (BARROS, 2012).
Já a isenção é a retirada por lei, de parte da hipótese de incidência, elucidada nos artigos 176 a 179 do Código Tributário Nacional. A isenção, conforme esses dispositivos legais são sempre decorrentes de lei, que especificará suas condições e requisitos exigidos para sua concessão, os tributos que se aplica, e sendo o caso o prazo de duração. O artigo 176 também dispõe no parágrafo único que a isenção pode ser restrita a determinada região do território da entidade tributante, em função das condições a ela peculiares. Em seguida, o artigo 177 do Código Tributário Nacional nos diz que salvo disposição de lei em contrário, a isenção não é extensiva às taxas e às contribuições de melhoria e aos tributos instituídos posteriormente a sua concessão.
Em relação às imunidades tributárias, a maioria dos doutrinadores considera como aquelas vedações a instituição de tributos elencadas no texto constitucional, sendo um obstáculo à incidência da regra jurídica de tributação. Ou seja, diversos dispositivos constitucionais definem o âmbito dos mais diversos tributos, e a imunidade tributária surge como a retirada de uma parcela desse âmbito, tornando imunes alguns institutos.
A distinção fundamental entre a isenção e a imunidade está no fato de que a isenção opera no campo do exercício da competência e a imunidade, na própria delimitação da competência (ALEXANDRE, 2017).
A imunidade tributária ocorre, em suma, quando a Constituição veda a criação e a cobrança de tributos sobre determinadas situações ou sobre determinados sujeitos. Assim, existindo imunidade tributária, inexistirá a hipótese de incidência, justamente pelo fato do texto constitucional ter retirado do campo de competência tributária aquela determinada situação em que incide a imunidade, independentemente de regime fiscal.
Constata-se, portanto, segundo a doutrina, a limitação do estado ao poder de tributar. Esta limitação fundamentada na garantia constitucional, que preserva a manifestação de pensamento como rumo fundamental para o desenvolvimento da sociedade.
REFERÊNCIAS:
CARVALHO, PAULO. Direito Tributário: Fundamentos Jurídicos de Incidência. São Paulo: Saraiva, 1998.
http://www.belem.pa.gov.br/semaj/app/Sistema/view_lei.php?lei=7056&ano=1977&tipo=1 Acessado em: 29 de Maio de 2020.
https://conteudojuridico.com.br/consulta/artigos/54234/a-imunidade-tributria-no-brasil-e-seus-reflexos-prticos-um-panorama-atual. Acessado em: 29 de Maio de 2020.
https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-tributario/breves-consideracoes-sobre-a-imunidade-tributaria/ Acessado em: 29 de Maio de 2020.
https://www.valortributario.com.br/tributacao-de-entidade-sem-fins-lucrativos/ Acessado em: 30 de Maio de 2020.
https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-77/imunidade-tributaria/ Acessado em: 30 de Maio de 2020.

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