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Recurso em Sentido Estrito - Direito Penal

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI
Curso Superior Bacharelado em Direito
Disciplina: Estágio Supervisionado em Prática Jurídica
8° Período – Vespertino
Professora: Viviane Maria de Pádua Rios Magalhães
Maria Clara Silva Vasconcelos
Atividade Discente – Recurso Em Sentido Estrito
TERESINA-PI
2020
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DE DIREITO DA 1º VARA DO TRIBUAL DO JÚRI DA COMARCA DE ___
Autos nº: XXXX
Recorrente: Carlos
Recorrido: Ministério Público
CARLOS, devidamente qualificado nos autos em epígrafe, não se conformando com a decisão de fls.___, a qual o pronuncia, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por seu advogado e procurador, interpor o presente 
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO,
Com fulcro no artigo 581, IV, do Código de Processo Penal em razão do inconformismo com a sentença de pronúncia.
 Requer-se que seja recebido e processado o presente recurso e, caso Vossa Excelência não se retrate de sua decisão, que as inclusas razões sejam encaminhadas ao Egrégio Tribunal de Justiça.
 
Nestes termos,
Pede e espera deferimento.
Comarca ___, data ___
___________________________
Advogado.
___________________________
OAB
RAZÕES DE RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
Recorrente: Carlos
Recorrido: Ministério Público
Egrégio Tribunal de Justiça,
Colenda Câmara,
Douto Procurador de Justiça,
 
CARLOS, não conformado com a decisão do juiz da 1º Vara do Júri da Comarca de_________, a qual o condena por homicídio simples – art. 121 “caput” do C.P. e o pronuncia, ao entendimento de que houve dolo eventual, requer a sua reforma, com fundamento nas razões a seguir:
1 – DOS FATOS 
O ora recorrente foi denunciado com fulcro no artigo 121, caput, do Código
Penal, tendo em vista que o mesmo teria atingido com uma raquete de mão, de lado, sem proferir muita força, a cabeça de Roberto, com quem discutia, posteriormente a uma partida de tênis, e este, em razão da estrutura física inferior à do recorrente bem como por se encontrar com as mãos desprovidas de qualquer objeto em que pudesse revidar, desequilibrou-se e caiu ao solo, vindo a falecer, em decorrência de ter batido a cabeça na guia. 
Após o recebimento da denúncia e instrução do processo, Carlos foi processado em liberdade perante a 1ª Vara do Júri, por homicídio simples, respaldado pelo art. 121, “caput”, do Código Penal e pronunciado pelo magistrado, tendo em vista que o mesmo entendeu que ocorreu dolo eventual, ao passo em que o acusado teria assumido o risco de produzir o resultado, ao golpear a vítima utilizando-se de uma raquete. A sentença de pronúncia foi prolatada há dois dias.
Portanto, inconformado, então, com a decisão de pronúncia, o recorrente interpõe o presente recurso, pois esta não merece subsistir. 
 2 – DO DIREITO 
 	A decisão, de fato, merece ser reformada, uma vez que, o caso apurado nos autos, não retrata a ocorrência de crime doloso contra a vida, tendo em vista que não houve dolo direto, pois o recorrente não teve a intenção dolosa de proferir a retirada da vida de Roberto. 
Portanto, em virtude do fato de que Carlos não agiu com intenção de dolo contra a vida, não há em que se falar em homicídio, más sim, de lesão corporal seguida de morte, pois o ora recorrente teve a intensão de lesar fisicamente a vítima e não matá-lo, a morte foi em consequência do infortuito preterdoloso, fato tipificado no artigo 129, §3° do Código Penal. 
Nesse sentido, ausente o dolo de matar, bem como sendo o resultado decorrente de imprudência, resta demonstrado que deve a imputação ser desclassificada para o crime descrito no artigo 129, § 3 °, do código penal, e este ser julgado após a devida instrução pelo juízo criminal singular. 
 3 – DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer-se:
Que seja conhecido e provido o presente recurso em sentido estrito, para despronunciar, o recorrente, e assim, desclassificar a imputação para o crime tipificado no artigo 129, §3°, do Código Penal, bem como remetendo -se os autos ao juízo singular.
Nestes termos,
Pede e espera deferimento
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Local, Data

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