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TEORIA DO DIREITO CIVIL PROFESSORA NATALYA ASSUNÇÃO THAIS TEIXEIRA DA SILVA 201908498935 ATIVIDADE DE CAMPO 02 A) A que espécie de benfeitoria existentes no código civil de 2002 se refere o caso acima? RESPOSTA: De acordo com atual Código Civil brasileiro, temos três tipos de benfeitorias conceituadas no art. 96, voluptuárias, úteis e necessárias, que estão descritas da seguinte forma: § 1 º São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor. § 2º São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem. § 3º São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore. No caso acima foram mencionadas as benfeitorias úteis e necessárias. B) É cabível indenização pelas benfeitorias realizadas no imóvel emprestado por Cláudia? Justifique. RESPOSTA: Sim, é cabível. O ordenamento jurídico brasileiro cita em diversas normas sobre tal tema. Em consonância com art. 1219 do Código Civil de 2002, determina que “o possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis, bem como, quanto às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa, e poderá exercer o direito de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis.” Apesar de o caso citar empréstimo e não locação, temos precedente jurídico que discorre sobre esse direito, como a Súmula 335-STJ e a Súmula 158-STF, e no art. 51, XVI, na Lei 8.078/90, dos Direitos do Consumidor. C) Supondo que as benfeitorias realizadas por Ricardo tivessem sido realizadas em imóvel alugado, haveria a possibilidade de indenização? Justifique. RESPOSTA: Sim, no que discorre no Código Civil, retrata-se do “possuidor”, não vinculando este a restrição de ser locatário, hospede, comprador, ou aquele que possui por tempo determinado ou indeterminado o bem na confiança de empréstimo pelo proprietário do imóvel, como também dispõe os artigos 579, 1204 e 1205. Sendo assim a possível de indenização conforme citação na resposta da questão anterior, resguardada no art. 1219 do Código Civil brasileiro. C) Em que hipóteses é admissível o direito de retenção das benfeitorias realizadas pelo possuidor? Justifique. RESPOSTA: Para ressarcimento de benfeitorias, os artigos 1219 a 1222 do C.C. expressa três consequências claras, quais sejam: 1- ser possuidor de boa-fé; 2- não ter sido indenizado; 3- quanto à benfeitorias voluptuárias. Quanto à primeira, Flávio Tartuce expressa que o possuidor de boa-fé tem o direito a indenização pelas benfeitorias necessárias e úteis que fez no imóvel. Quanto à segunda, o possuidor, não indenizado, pode exercer o direito de retenção, direito admissível ao possuidor de boa-fé. Porém, tendo que restituir o valor correspondente aos frutos e rendimentos obtidos no período de ocupação de má-fé. Quanto à terceira, concernente às voluptuárias, Carlos Roberto Gonçalves, expressa que poderá o possuidor de boa-fé levantá-la, se não acarretar estrago à coisa e se o reivindicante não preferir ficar com elas, indenizando o seu valor. Neste o objetivo é evitar o locupletamento (enriquecimento ilícito) sem causa do proprietário pelas benfeitorias então realizadas. Bibliografia: Caderno de Estudos Lei Seca, Tomo 1, 2ª edição – EDITORA JusPODIVM; Súmulas do STF e do STJ – Anotadas e organizadas por assunto, 5ª edição – MÁRCIO ANDRÉ E LOPES CAVALCANTE – EDITORA JusPODIVM; acesso no dia 17/04/2020 site http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8078.htm acesso no dia 17/04/2020 site https://jus.com.br/artigos/39104/das-regras-de-indenizacao-de-benfeitorias- no-ambito-civil-e-nas-relacoes-de-locacao
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