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Teoria do Direito Civil

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Instituição: Universidade Estácio de Sá 
Aluno: Sullivan Gonçalves Madeira 
Matrícula: 201907344179 
Curso: Direito 
Turno: Noite 
Matéria: Teoria do Direito Civil 
Turma: 3040 
 
 
Vamos trata nesta atividade sobre as Benfeitorias realizadas em um bem imóvel, 
conceitos e penalidades. 
 
ATIVIDADE DE CAMPO 
 
Leia o caso concreto abaixo e responda de forma objetiva e 
fundamentada, com indicação dos dispositivos legais, doutrina e 
jurisprudência, às questões formuladas. 
(FGV -XXII Exame OAB. 2017) Ricardo realizou diversas obras no imóvel que 
Cláudia lhe emprestou: reparou um vazamento existente na cozinha; levantou uma 
divisória na área de serviço para formar um novo cômodo, destinado a servir de 
despensa; ampliou o número de tomadas disponíveis; e trocou o portão manual da 
garagem por um eletrônico. 
Quando Cláudia pediu o imóvel de volta, Ricardo exigiu o ressarcimento por 
todas as benfeitorias realizadas, embora sequer a tenha consultado previamente 
sobre as obras. 
1 -Somente pode-se considerar benfeitoria necessária, a justificar o 
direito ao ressarcimento: 
 a) o reparo do vazamento na cozinha. 
 b) a formação de novo cômodo, destinado a servir de despensa, pelo 
levantamento de divisória na área de serviço. 
 c) a ampliação do número de tomadas. 
 d) a troca do portão manual da garagem por um eletrônico. 
 
 
 
Resposta: 
 a) o reparo do vazamento na cozinha. 
 Trata-se de Benfeitoria Necessária. Conforme o “Art. 96 do CC. As 
benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis e necessárias. 
 §3º São necessárias as que tem por fim conservar o bem evitar que se 
deteriore”. 
 “Art. 1.219 do CC. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização 
das benfeitorias necessárias e úteis, bem como, quanto as voluptuárias, se não lhe 
forem pagas, a levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa e poderá exercer 
o direito de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis. ” 
 
Doutrina: 
A palavra benfeitoria deriva do latim benefactoria, que significa fazimento de 
bem. Benfeitorias são obras realizadas pelo homem a fim de conservar, melhorar ou 
auformosear algo imóvel ou móvel. Classificam-se em: necessárias, úteis e 
voluptuárias, conforme o caput do art. 96 do Código Civil e seus parágrafos. A 
benfeitoria será necessária quando realizada com a finalidade de conservar o 
bem, evitando sua deterioração, considerando-a indispensável. Quando a 
benfeitoria é realizada para aumentar ou facilitar o uso do bem, diz-se útil, e quando 
destinada a mero deleite ou recreio, não aumentando o uso do bem, mais objetivando 
tornar a coisa mais agradável e valorizada é chamada de voluptuária. Não são 
consideradas benfeitorias os melhoramentos ou acréscimo ao bem sem a intervenção 
do proprietário, possuidor ou detentor. 
Livro: Direito Civil – Parte Geral 
Páginas: 100 e 101 
Autores: Leonardo Pantaleão e Juliana Pantaleão 
 
Jurisprudência: 
 
0025991-12.2019.8.19.0000 - AGRAVO DE INSTRUMENTO 
 
Des(a). LUIZ HENRIQUE OLIVEIRA MARQUES - Julgamento: 10/02/2020 - 
DÉCIMA PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL 
 
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. DIREITO À RETENÇÃO 
DO IMÓVEL. INDENIZAÇÃO POR BENFEITORIAS. REINTEGRAÇÃO DE POSSE. 
- Reconhecido em favor do agravado o direito à retenção do imóvel, até o 
pagamento da indenização pelas benfeitorias erigidas de boa-fé, inviável se 
mostra a reintegração do agravante na posse dos imóveis antes da 
efetiva indenização. - DESPROVIMENTO AO RECURSO. 
 
 
 2 -Ante o exposto, com base nos estudos realizados nas aulas identifique as 
espécies de benfeitorias acima, conceituando-as e informando quais as 
indenizações cabíveis e demais consequências em cada caso. 
 
 
Respostas: 
 a) o reparo do vazamento na cozinha. 
 Trata-se de Benfeitoria Necessária. 
 “Art. 96 do CC. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis e 
necessárias. 
 §3º São necessárias as que tem por fim conservar o bem evitar que se 
deteriore”. 
 “Art. 1.219 do CC. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das 
benfeitorias necessárias e úteis, bem como, quanto as voluptuárias, se não lhe forem 
pagas, a levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa e poderá exercer o 
direito de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis. ” 
 
 b) a formação de novo cômodo, destinado a servir de despensa, 
pelo levantamento de divisória na área de serviço. 
 Trata-se de Benfeitorias Voluptuárias. 
 “Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis e necessárias. 
 §1º São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam 
o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor”. 
 “Art. 1.219 do CC. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das 
benfeitorias necessárias e úteis, bem como, quanto as voluptuárias, se não lhe forem 
pagas, a levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa e poderá exercer o 
direito de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis. ” 
 
 c) a ampliação do número de tomadas. 
 Trata-se de Benfeitorias Úteis. 
 “Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis e necessárias. 
 §2º São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem”. 
 “Art. 1.219 do CC. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das 
benfeitorias necessárias e úteis, bem como, quanto as voluptuárias, se não lhe forem 
pagas, a levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa e poderá exercer o 
direito de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis. ” 
 
 d) a troca do portão manual da garagem por um eletrônico. 
 Trata-se de Benfeitorias Úteis. 
 “Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis e necessárias. §2º 
São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem”. 
 “Art. 1.219 do CC. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das 
benfeitorias necessárias e úteis, bem como, quanto as voluptuárias, se não lhe forem 
pagas, a levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa e poderá exercer o 
direito de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis. ” 
 
Doutrina e Jurisprudência em relação a questão B – Benfeitorias Voluptuárias 
 
Doutrina 
A palavra benfeitoria deriva do latim benefactoria, que significa fazimento de 
bem. Benfeitorias são obras realizadas pelo homem a fim de conservar, melhorar ou 
aformosear algo imóvel ou móvel. Classificam-se em: necessárias, úteis e 
voluptuárias, conforme o caput do art. 96 do Código Civil e seus parágrafos. A 
benfeitoria será necessária quando realizada com a finalidade de conservar o bem, 
evitando sua deterioração, considerando-a indispensável. Quando a benfeitoria é 
realizada para aumentar ou facilitar o uso do bem, diz-se útil, e quando destinada a 
mero deleite ou recreio, não aumentando o uso do bem, mais objetivando tornar 
a coisa mais agradável e valorizada é chamada de voluptuária. Não são 
consideradas benfeitorias os melhoramentos ou acréscimo ao bem sem a intervenção 
do proprietário, possuidor ou detentor. 
Livro: Direito Civil – Parte Geral 
Páginas: 100 e 101 
Autores: Leonardo Pantaleão e Juliana Pantaleão 
 
 
 
Jurisprudência 
 
 
0067090-59.2019.8.19.0000 - AGRAVO DE INSTRUMENTO 
 
1ª Ementa 
Des(a). ROGÉRIO DE OLIVEIRA SOUZA - Julgamento: 28/01/2020 - VIGÉSIMA 
SEGUNDA CÂMARA CÍVEL 
 
 
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXTINÇÃO DE CONDOMÍNIO. IMÓVEL EM 
COPROPRIEDADE DE EX-CÔNJUGES. INDEFERIMENTO DE TUTELA DE 
URGÊNCIA. PRESENÇA DOS REQUISITOS PREVISTOS NO ART. 300 DO CPC. 
BEM NATURALMENTE INDIVISÍVEL. INCIDÊNCIA DOS ARTIGOS 1.319 E 1.322 
DO CÓDIGO CIVIL. PRESTAÇÃO DE CONTAS QUANTO AO PAGAMENTO DAS 
OBRIGAÇÕES PROPTER REM DO IMÓVEL. VEDAÇÃO EM 
REALIZAR BENFEITORIAS VOLUPTUÁRIAS SEM A CONCORDÂNCIA DA 
COPROPRIETÁRIA. DIREITO DA COPROPRIETÁRIA DE VISTORIAR O BEM 
DECORRENTE DO PRÓPRIO DIREITO DE PROPRIEDADE. DEFERIMENTO 
PARCIAL DA TUTELA. 1. Nos termos do art. 300 do CPC, para o deferimento da 
tutela de urgência é necessário que existamelementos que evidenciem a 
probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo. 2. 
Cada condômino responde aos demais pelos frutos que recebeu da coisa comum sem 
o consenso dos outros, bem como pelos danos que este causou, conforme artigos 
1.315 do CPC e 1.319 do CC, sendo que o agravado é quem está na posse do bem 
e dele usufruindo, razão por que deve prestar contas à agravante, acerca do 
pagamento das obrigações propter rem que digam respeito ao imóvel. 3. O ingresso 
do representante legal da condômina no imóvel, com o objetivo de vistoriá-lo, decorre 
do próprio direito de propriedade do qual se reveste a agravante, em conformidade 
com o art. 1.228 do Código Civil. Conhecimento e parcial provimento do recurso. 
 
http://www4.tjrj.jus.br/ejud/ConsultaProcesso.aspx?N=2019.002.87295

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