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1 Técnica de Parafina Antes de iniciar o procedimento é necessário realizar a coleta do material, clivagem e identificação da amostra. Em seguida, recomenda-se realizar as etapas a seguir, tratando adequadamente o tecido depois de retirado do corpo. Fixação: Realizada com a finalidade de evitar a destruição das células por autólise (suas próprias enzimas), bactérias ou afins, preservando a morfologia e estrutura do tecido. Geralmente, é utilizado formaldeído a 4% em solução tamponada. Desidratação: Nesta etapa a água do tecido será extraída. Em geral, é realizado em álcool etílico com concentrações crescentes, iniciando com álcool a 70% e finalizando com álcool absoluto (100%). Diafanização ou clareamento: Esta fase será necessária para substituição do etanol por um líquido miscível com o meio de inclusão (geralmente Xilol). Essa substância é capaz de tornar o tecido translúcido. Tal procedimento é importante, pois permite a passagem de luz do microscópio. Impregnação: Ocorre a penetração da parafina nos vasos, espaços intercelulares e interior das células, tornando as estruturas estáticas, o que facilita os cortes. Por causa do calor, o xilol evapora e o tecido será ocupado pela parafina fundida, geralmente, em estufa à 60º. Inclusão: Neste momento, o objetivo é obter um bloco de parafina de forma retangular para ser cortado. Para isso, é necessário colocar o tecido em um recipiente de forma retangular, que contenha parafina fundida e deixar secar em temperatura ambiente. Etapas do processamento histológico na técnica da parafina para realizar os cortes histológicos 2 Após esses procedimentos são realizados, no micrótomo, os cortes histológicos, chamados de microtomia. Em geral, os cortes são bastante delgados, com espessura que pode variar entre 6μm a 8μm (micrômetro). São colocados em água quente para deixá-los mais estirados e depositados nas lâminas. DICA A técnica da parafina deixa o tecido transparente e isso torna extremamente difícil sua visualização no microscópio óptico. São introduzidos os métodos de coloração a esse procedimento, com a finalidade de facilitar a visualização do tecido e destacar determinados componentes. A maioria dos corantes utilizados para essa finalidade se comporta como ácidos ou básicos. • Quando os componentes do tecido são corados com corante ácido (por exemplo: eosina, Orange G, fucsina ácida) são chamados de acidófilos. • Quando os componentes do tecido são corados com corante básico (por exemplo: hematoxilina, azul-de-toluidina, azul-de-metileno) são chamados de basófilos. 3 A coloração dupla pela hematoxilina e eosina (HE) é a mais utilizada. • As estruturas coradas de roxo/azul pela hematoxilina são núcleo celular e outras estruturas de natureza ácida. • As estruturas coradas de rosa pela eosina são citoplasma e o colágeno do material extracelular. Corte de bronquíolo terminal corado com HE. As estruturas acidófilas, como o citoplasma, foram corados com eosina (rosa) e as estruturas basófilas, como o núcleo, foram coradas com hematoxilina (roxo).
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