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Dos Crimes Contra A Saúde Pública

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Nome: Daniel Henrique de Carvalho 
R.A: D366GH0
Professor: Sérgio Augusto Alves de Assis
Matéria: Proteção Penal ao Patrimônio
	DOS CRIMES CONTRA A SAÚDE PÚBLICA (ARTIGOS: 272,273 E 274).
Em nosso Código Penal, capítulo III, está relacionado aos crimes contra a saúde pública, onde o mesmo é objeto de estudo neste trabalho.
Os crimes contra a saúde pública tem como uma origem a percepção de quealguns bens jurídicos pertencem a coletividade. Com isso foi surgindo devagar outras categorias que sobrepõe o interesse pessoal, para o bem da sociedade.
Os crimes contra a saúde pública encontram-se previstos no Código Penal como uma espécie dos crimes contra a incolumidade pública. Estes cirmes expostos em nosso Código Penal possuem algumas características; como coletividade como sujeito passivo, utilização recorrente de normas penais em branco e de elementos normativos, antecipação da tutela a uma situação que na maioria das vezes o perigo é presumido. Também devemos lembrar que também existe previsão dessa espécie de crimes em legislação especial, como tráfico de drogas.
Com esta breve introdução, abordaremos a seguir os ARTIGOS: 272,273 E 274 do Código Penal, onde fazemos um breve resumo sucinto e objetivo dos referidos artigos.
· FALSIFICAÇÃO, CORRUPÇÃO, ADULTERAÇÃO OU ALTERAÇÃO DE SUBSTÂNCIA OU PRODUTO ALIMENTÍCIO (ART. 272)
Este artigo referido acima,trata-se em seu caput, corromper, adulterar, falsificar ou alterar substância ou produto alimentício destinado a consumo, tornando-o nocivo à saúde ou reduzindo-lhe o valor nutritivo, com o objeto jurídico a saúde pública, que a pena para tal crime é reclusão de quatro a oito anos, e multa.
Se o crime é culposo a pena é de detenção, de um a dois anos e multa, na modalidade culposa exclui-se as condutas falsificar e fabricar.
Neste artigo tem como elemento objetivo tipo, ações múltiplas, corromper, adulterar, falsificar e alterar.
Já como elemento subjetivo do tipo, tem o dolo, combinado com a vontade livre e consciente de corromper, adultera, falsificar ou alterar substância ou produto alimentício destinado a consumo, tornando-o nocivo à saúde ou reduzindo-lhe o valor nutritivo.
O sujeito ativo deste crime,pode ser qualquer pessoa (crime comum), independentemente de estar contaminada ou não pelos germes patogênicos. E como sujeito passivo: Coletividade (sociedade), uma vez que se trata de crime contra a incolumidade pública.
Este crime tem a consumação com a criação da situação de perigo comum, isto é, quando o agente, ao corromper, adulterar, falsificar ou alterar substância ou pro substancia ou produto alimentício destinado a consumo ou produto alimentício destinado a consumo de um número indeterminado de pessoas, ocorre a nocividade à saúde ou lhe reduza o valor nutritivo, sem prévia comunicação. Sendo assim, não basta o simples ato de corromper, adulterar, falsificar ou alterar, já que se trata de crime de perigo concreto, sendo necessário comprovar que tais atos provocaram a nocividade ou a redução do valor nutritivo do produto ou substância alimentícia. Também não é necessário que este chegue a ser comercializado ou consumido.
Com issoa tentativa pode e é perfeitamente admissível.
Neste crime a ação penal é pública incondicionada, portando independe de representação do ofendido ou de seu representante legal.
· FALSIFICAÇÃO, CORRUPÇÃO, ADULTERAÇÃO OU ALTERAÇÃO DE PRODUTO DESTINADO A FINS TERAPÊUTICOS OU MEDICINAIS (ART. 273)
No artigo 273 o crime ocorre quando a pessoa, falsificar, corromper, adulterar ou alterar produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais, com pena de reclusão de dez a quinze anos, e multa, a tutela penal do referido crime é a saúde Pública.
Ele tem com objetivos do tipo penal, também como crime de ação múltiplas, que corresponde as mesma do art. 272, ,mas difere um do outro, quanto ao objeto material que são produtos destinados para fins terapêuticos ou seja aquele destinado á prevenção, melhora ou cura de doenças. Também pode estar entre estes produtos, os medicamentos, as matérias-primas, os insumos farmacêuticos, os cosméticos, os saneantes e os de uso em diagnóstico.
O crime possui como elemento subjetivo do tipo, o dolo, combinado com a vontade livre e consciente de corromper, adulterar, falsificar ou alterar produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais.
Também tem como sujeitos do delito, no ativo, qualquer pessoa (crime comum) e no passivo a coletividade (sociedade), pois o crime também se trata de crime contra a incolumidade pública.
O crime se consuma-se com o ato de corromper, adulterar, falsificar ou alterar produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais, presume-se o perigo à coletividade, trata-se, portanto, de crime de perigo abstrato. Não é necessário que o produto chegue a ser comercializado ou consumido.
Neste crime também é possivel a tentativa.
No mesmo, também é punido quem importa, vende, expõe à venda, tem em depósito para vender ou, de qualquer forma, distribui ou entrega a consumo o produto falsificado corrompido, adulterado ou alterado.
"De acordo com CAPEZ, [10] se o crime é culposo, pena de detenção de três anos e multa, a modalidade culposa não abrange a conduta falsificar, prevista no caput desde artigo. A qualificadora para o artigo em estudo aplica-se o disposto no art. 258 CP, salvo quanto ao definido no art. 267."
É crime de ação penal pública incondicionada. Portanto independe de representação do ofendido ou seu representante legal.
· EMPREGO DE PROCESSO PROIBIDO OU DE SUBSTÂNCIA NÃO PERMITIDA (ART. 274)
Retrata o art. 274 do Código Penal; Empregar, no fabrico de produto destinado a consumo, revestimento, gaseificação artificial, matéria corante, substância aromatizada, anticéptica, conservadora ou qualquer outra não expressamente permitida pela legislação sanitária: Pena de reclusão, de cinco anos, e multa. O objeto jurídico tem por tutela a saúde pública.
Os elementos objetivos do tipo, está no verbo empregar, ou seja, utilizar, no fabrico, de produto destinado a consumo (objeto material) de um número indeterminado de pessoas, revestimento (é o revestimento que cobre o produto). Trata-se de norma penal em branco, pois seu complemento depende das disposições sanitárias (leis, decretos, regulamentos).
O elemento subjetivo é o dolo, combinado na vontade livre e consciente de empregar, no fabrício de produto destinado a consumo, revestimento, gaseificação artificial, matéria corante, substância aromatizada, anticéptica, conservadora ou qualquer outra não expressamente permitida pela legislação sanitária.
O sujeito ativo do delito é qualquer pessoa (crime comum); e o sujeito passivo é a coletividade (sociedade), uma vez que se trata de crime contra a incolumidade pública.
Estamos diante de um crime de perigo abstrato, isto é, presume-se o perigo à coletividade com a prática da ação típica. Assim, o crime consuma-se com o emprego, no fabrício de produto, de revestimento, gaseificação artificial, matéria corante, etc., não permitida pela legislação sanitária. É considerado, portanto, crime instantâneo. A tentativa é admissível.
É crime de ação penal pública incondicionada. Portanto independe de representação do ofendido ou seu representante legal.

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