Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Pré-Clínica 3 Odontometria Radiográfica e Eletrônica Importância da Odontometria para o sucesso do tratamento endodôntico ↳ Para um tratamento endodôntico de sucesso é necessário descobrir o comprimento e o limite de atuação do endodontista no interior do canal dentinário para realizar a instrumentação, limpeza e desinfecção adequada. ↳ Diminuir os traumas operatórios, promovendo respeito aos tecidos periapicais ↳ O fracasso em determinar o comprimento do dente pode provocar perfurações apicais, instrumentação deficiente, causando insucesso no tratamento endodôntico Método Sinestésico ↳ É o método mais simples para a realização de odontometria, sem auxílio de radiografia ou qualquer artefato ↳ Utilizado o próprio instrumento Endodôntico ↳ Introduz o instrumento endodôntico no canal com a finalidade de localizar por meio de sensibilidade a zona de maior constrição apical com um “ai” do paciente, posteriormente recuar um milímetro. Técnica de Ingle ↳ O Método de INGLE (1957) consiste em uma técnica que utiliza radiografia de diagnóstico clínico. Passo a Passo 1. Realizar radiografia periapical de diagnóstico inicial 2. Medir desde a borda incisal (dentes anteriores) ou ponta de cúspide (dentes posteriores) até o ápice do dente, descobrindo assim o CAD. 3. Diminuir 3 mm da medida obtida para descobrir o CRI – Comprimento Real do Instrumento (CRI = CAD - 3 mm). Esta precaução deve ser tomada, devido a possíveis erros na angulagem, e distorções, durante a tomada da radiografia diagnóstico. 4. Com auxílio de uma lima que se ajusta no canal (L.A.I) introduzir o instrumento no canal no comprimento do CRI 5. Ajustar o cursor/stop no ponto de referência (CRI) e realizar uma radiografia 6. Processada a radiografia, mede-se com auxílio de lupa e régua milimetrada transparente, o espaço entre a ponta do instrumento e o vértice radiográfico, em que esta medida acharemos um valor X 7. Sabendo desse valor, CRD = CRI + x, ou seja, comprimento real do dente será o comprimento real do instrumento mais o x que achamos na etapa anterior 8. Para descobrir o CRT é só diminuir um milímetro do CRD Exemplo: CAD = 22mm 22 - 3mm = CRI → CRI= 19mm X = 3mm CRI + X = CRD → 19 + 3 = 22mm → CRD= 22 mm CRT = CRD – 1 → 22 - 1 = 21mm → CRT = 21mm Técnica de Bregman ↳ O Método de BREGAMAN consiste em uma técnica que utiliza radiografia de diagnóstico clínico, aplicando o Teorema de Thales. Passo a Passo 1. Realizar radiografia periapical de diagnóstico inicial 2. Medir desde a borda incisal (dentes anteriores) ou ponta de cúspide (dentes posteriores) até o ápice do dente, descobrindo assim o CAD. 3. Diminuir 3 mm da medida obtida para descobrir o CRI – Comprimento Real do Instrumento (CRI = CAD - 3 mm). Esta precaução deve ser tomada, devido a possíveis erros na angulagem, e distorções, durante a tomada da radiografia diagnóstico. 4. Com auxílio de uma lima que se ajusta no canal (L.A.I) introduzir o instrumento no canal no comprimento do CRI 5. Ajustar o cursor/stop no ponto de referência (CRI) e realizar uma radiografia 6. Processada a radiografia, mede-se com auxílio de lupa e régua milimetrada mede-se o comprimento aparente do instrumento (CAI) 7. Conhecidos o CRI, o CAI e CAD, podemos calcular o comprimento real do dente (CRD) aplicando a seguinte fórmula: 𝐶𝐴𝐼 𝐶𝑅𝐼 = 𝐶𝐴𝐷 𝐶𝑅𝐷 𝑪𝑹𝑫 = 𝑪𝑹𝑰 𝒙 𝑪𝑨𝑫 𝑪𝑨𝑰 8. Uma vez obtido o CRD pode-se determinar o comprimento de trabalho (CRT), que o comprimento real do dente menos 1 mm. 9. A seguir, verifica-se se o comprimento de trabalho (CT) obtido está correto, fazendo-se uma radiografia com o instrumento no interior do canal radicular no CT obtido. A análise da radiografia de confirmação do CT deve mostrar claramente o instrumento no interior do canal radicular colocado 1 mm aquém do ápice radiográfico. CAD = 22mm 22 - 3mm = CRI → CRI= 19mm CAI = 19 CRD= ? 19 19 = 22 𝐶𝑅𝐷 1 = 22 𝐶𝑅𝐷 𝐶𝑅𝐷 = 22 CRT = CRD – 1 → 22 - 1 = 21mm → CRT = 21mm Técnica Eletrônica ↳ Uso de localizadores apicais ↳ O aparelho APIT é composto basicamente por um amperímetro e dois eletrodos. Um eletrodo é conectado a um porta-limas, onde a lima endodôntica é adaptada. O outro eletrodo é conectado a uma peça metálica que entra em contato com a mucosa bucal do paciente. Passo a Passo 1. Isola-se o campo operatório com dique de borracha. 2. Realiza-se a cirurgia de acesso à câmara pulpar. 3. Seca-se a câmara pulpar com o auxílio de um penço de algodão, tomando-se o cuidado para não secar o canal radicular. 4. Com auxílio da radiografia de diagnóstico, introduza a lima até dois terços do canal radicular e conecte a lima ao eletrodo por meio do porta lima. 5. O outro eletrodo, possui uma peça metálica em forma de gancho que deve ser colocada na comissura labial, ficando em contato com a bochecha do paciente. 6. O passo seguinte consiste no ajuste do ponteiro do mostrador do aparelho na posição (ADJ), este é o ponto de ajuste do aparelho. 7. Após o ajuste, introduza a lima lentamente no interior do canal radicular até ouvir um som intermitente emitido pelo aparelho. Esse som é indicativo que o instrumento está 1 mm aquém do ápice. 8. Ao ouvir o som intermitente, ajuste o cursor previamente colocado na lima, em um ponto referencial do dente, obtendo-se o comprimento de trabalho. 9. Radiografe para confirmar se o instrumento está ou não na posição correta.
Compartilhar