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MAIO, 2020 ANDRÉ L. BATISTA ÉRICO FLÁVIA LANA PAULO JOSÉ FARIA RICARDO FELIPE FERREIRA DA SILVA SÂMYA PIRES PRODUÇÃO BIOTECNOLÓGICA DE HORMÔNIOS Biotechnological Production of Hormones UNIVERSIDADE POTIGUAR LAURETATE INTERNATIONAL UNIVERSITIES PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOTECNOLOGIA MESTRADO ACADÊMICO EM BIOTECNOLOGIA DA SAÚDE MECANISMOS MOLECULARES APLICADOS À BIOTECNOLOGIA PRODUÇÃO BIOTECNOLÓGICA DE HORMÔNIOS OBJETIVOS 1. Compreender a relação que os hormônios desempenham na homeostasia; 2. Entender o papel da biotecnologia na produção hormonal; 3. Analisar os principais hormônios endógenos, suas funções e como se dá a produção biotecnológica; 4. Identificar os microorganismos que atuam neste processo. PRODUÇÃO BIOTECNOLÓGICA DE HORMÔNIOS INTRODUÇÃO Todas as funções corporais sofrem influência de neurotransmissores e hormônios. Estes últimos são mensageiros químicos que, normalmente, são sintetizados e armazenados nas glândulas endócrinas liberados por exocitose. Pode ocorrer, ainda, a produção biotecnológica para fins terapêuticos dos hormônios que modulam as principais funções do organismo. HORMÔNIOS FUNÇÕES ESPECÍFICAS GLÂNDULAS RECEPTORES PRODUZIDOS POR LIGAM-SE A REALIZAM HORMÔNIOS ENDÓCRINOS MICROORGANISMOS VIA BIOTECNOLÓGICA INSULINA GLUCAGON GH GONADOTROFINAS PRODUZIDOS POR ATRAVÉS DE S E N D O O S P R IN C IP A IS PRODUÇÃO BIOTECNOLÓGICA DE HORMÔNIOS 1. INSULINA Hormônio anabólico essencial na manutenção da homeostase de glicose e do crescimento e diferenciação celular. 1.1 PRODUÇÃO Secretado pelas células β das ilhotas pancreáticas após as refeições em resposta a elevação da concentração dos níveis circulantes de glicose e aminoácidos. 1.2 MECANISMOS DE AÇÃO Redução da produção hepática de glicose e aumentando a captação de glicose pelas células, principalmente nos tecidos muscular e adiposo. DIABETES PRODUÇÃO BIOTECNOLÓGICA DE HORMÔNIOS PRODUÇÃO BIOTECNOLÓGICA DE HORMÔNIOS 1.4 PRODUÇÃO DE INSULINA As preparações comerciais de insulina eram produzidas por extração direta do tecido pancreático de porcos e bovinos para matadouros, seguido de purificação cromatográfica em várias etapas. No entanto, o uso de produtos de origem animal teve várias desvantagens em potencial, incluindo: DIFERENÇAS IMUNOGENÉTICAS 1. A insulina bovina difere da humana por três aminoácidos, enquanto a suína por um aminoácido. RESPOSTA IMUNOLÓGICA RESISTÊNCIA À INSULINA DISPONIBILIDADE A elevada demanda de insuline reflete na disponibilidade dos matadouros, sendo uma problemática para esse meio de produção. TECNOLOGIA DE DNA RECOMBINANTE PRODUÇÃO BIOTECNOLÓGICA DE HORMÔNIOS 1.5 DNA RECOMBINANTE A abordagem inicial para a produção de insulina recombinante realizada envolveu a inserção do nucleotídeo sequência que codifica as cadeias A e B da insulina em duas células diferentes de E. coli. Essas cadeiras serão incubadas em condições oxidantes para formar a “insulina humana crb”. O método mais utilizado por possuir fermentação única envolve a inserção de uma sequência de nucleotídeos que codifica a proinsulina humana em E. coli recombinante. Isto é seguido por purificação da proinsulina expressa e subsequente excisão proteolítica do peptídeo C in vitro. Tais preparações foram denominadas 'insulina humana prb'. Resulta em baixos níveis de impurezas, evitando respostas imunológicas expressivas em diabéticos. PRODUÇÃO BIOTECNOLÓGICA DE HORMÔNIOS 1.6 ENGENHARIA DE INSULINAS Através da mudança de análogos na cadeia genética não só é possível produzir a insulina, mas alterar o seu efeito de acordo com o desejado. Os resíduos de aminoácidos da insulina que interagem com o receptor de insulina foram identificados (A1, A5, A19, A21, B10, B16, B23-25) e vários análogos que contêm substituições de aminoácidos em vários desses pontos foram fabricados. HISTIDINA GLUTAMATOB10 ANÁLOGO ↑ ATIVIDADE IN VITRO* * Não necessariamente apresentará a mesma velocidade in vivo. ASPARGINA C- TERMINAL RESÍDUO DE GLICINA TROCA NA CADEIA A DOIS RESÍDUOS DE ARGININA ALONGAMENTO NA CADEIA β RESULTADO MEIAS-VIDAS PLASMÁTICAS DE ATÉ 35H PRODUÇÃO BIOTECNOLÓGICA DE HORMÔNIOS 2. GLUCAGON Hormônio antagonista à insulina, aumentando os níveis de glicose no sangue e geralmente resolve as crises graves de hipoglicemia quando a pessoa está em coma e não consegue se alimentar. 2.1 PRODUÇÃO É sintetizado pelas células A das ilhotas de Langerhans, e também pelas células relacionadas encontradas no trato digestivo. 2.2 MECANISMOS DE AÇÃO As principais ações biológicas do glucagon tendem a se opor às da insulina. Tem um efeito catabólico geral, estimulando a decomposição de glicogênio, lipídios e proteínas. Aumenta os níveis de glicose no sangue, ou seja, é um hormônio hiperglicêmico. HIPOGLICEMIA PRODUÇÃO BIOTECNOLÓGICA DE HORMÔNIOS 2.3 PRODUÇÃO DE GLUCAGON Tradicionalmente, as preparações de glucagon utilizadas terapeuticamente são purificadas do tecido pancreático bovino ou porcino. A estrutura do glucagon bovino, suíno e humano são idênticas, eliminando assim a possibilidade de complicações imunológicas diretas. 2.4 DNA RECOMBINANTE E. COLI S. CEREVISIAE GLUCAGEN PRODUÇÃO BIOTECNOLÓGICA DE HORMÔNIOS 3. HORMÔNIO DE CRESCIMENTO - GH A hGH (somatotrofina) é um hormônio polipeptídico sintetizado na hipófise anterior. Promove o crescimento e a lactação normais do corpo e influencia vários aspectos do metabolismo celular. 3.1 CARACTERÍSTICAS Contém 191 resíduos de aminoácidos e exibe uma massa molecular de 22 kDa. Seu mRNA de hGH também pode sofrer splicing, produzindo uma molécula GH reduzida (20 kDa), que parece exibir atividades biológicas indistinguíveis das espécies de 22 kDa. 3.2 PRODUÇÃO GH isolado de outros primatas. PRODUÇÃO BIOTECNOLÓGICA DE HORMÔNIOS 3.3 DNA RECOMBINANTE E. COLI PRODUÇÃO BIOTECNOLÓGICA DE HORMÔNIOS 4. GONADOTROFINAS FUNÇÃO REPRODUTIVA PRODUÇÃO BIOTECNOLÓGICA DE HORMÔNIOS 4.1 DNA RECOMBINANTE Os genes, ou cDNAs que codificam gonadotrofinas de várias espécies, foram identificados e expressos em vários sistemas hospedeiros recombinantes, particularmente linhas celulares de mamíferos. OVITRELLE É produzido em uma linha de células projetadas de ovários de hamster chinês e, após a cultura celular, o produto é purificado dos meios por cromatografia em várias etapas, ultrafiltração e nanofiltração. O produto final também contém manitol, metionina, hidróxido de sódio e ácido orto- fosfórico e é apresentado em frascos para injetáveis . EEDBACKS 1. THERAPEUTIC HORMONES. WALSH, GARY, DR. PHARMACEUTICAL BIOTECHNOLOGY : CONCEPTS AND APPLICATIONS / GARY WALSH. 2. INSULIN (CAP 12). PHARMACEUTICAL BIOTECHNOLOGY: FUNDAMENTALS AND APPLICATIONS / EDITED BY DAAN J.A. CROMMELIN, ROBERT D. SINDELAR, BERND MEIBOHM.—3RD ED. 3. GROWTH HORMONES (CAP 13). PHARMACEUTICAL BIOTECHNOLOGY: FUNDAMENTALS AND APPLICATIONS / EDITED BY DAAN J.A. CROMMELIN, ROBERT D. SINDELAR, BERND MEIBOHM.— 3RD ED. EFERÊNCIAS