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CASO CONCRETO AULA 13 - PRÁTICA SIMULADA

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EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA 
COMARCA DE DOURADO -MS
BERNARDO DE TAL, brasileiro, com identidade n XXXXX, inscrito no CPF sob o n XXX, 
com endereço eletrônico XXXX, residente e domiciliado na em Dourado/MS, vem, por seu 
advogado, ____________________, com escritório na _________________, número ____, 
CEP _________, com endereço eletrônico _________________________, para fins de 
intimação/publicação, propor a presente ação:
INDENIZATÓRIA POR PERDAS E DANOS C/C DANOS MORAIS
Pelo rito especial, em face de SAMUEL DE TAL, brasileiro, com CPF sob o n. XXXX, com 
endereço eletrônico XXXX, residente Campo Grande/MS, baseado nos motivos e fundamentos a 
seguir expostos:
I – DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
O autor qualificado nos autos, pede gratuidade de justiça nos termos do art. 54 da lei 9099/95
II – DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO
O autor manifesta interesse na realização da audiência de conciliação tendo em vista seu anseio 
em ter efetiva a reparação pelo dano que lhe fora causado, nos termos do Artigo 319, inciso VII, 
do Código de Processo Civil;
III - DOS FATOS
Ocorre que o autor era proprietário de um cavalo da raça manga-larga que estava avaliado em 
R$ 10.000,00 (dez mil reais). A parte autora emprestou ao réu o referido cavalo, ficando 
acordado entre as partes que a devolução seria realizada no 02, do mês de outubro do ano de 
2016.
Porém o sr. Samuel, por pura desídia não efetuou o combinado, e por decorrência de uma forte 
chuva e devido à altura atingida pela água, ocorreu a morte do cavalo.
IV - DOS FUNDAMENTOS
1- DA INDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS
Excelência, nota-se conforme os fatos narrados, que a parte ré ocasionou de forma indireta a 
perda do bem, no entanto a legislação brasileira nos traz o entendimento de que a perda da coisa 
mesmo que sem culpa será passível a reparação quando a obrigação de restituir estiver sido 
cumprida por desídia daquele que deveria restituir a coisa a seu proprietário.
Neste sentido o artigo 389 do código civil, traz em sua redação a obrigatoriedade do devedor em pagar
ao credor perdas e danos: 
"art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização 
monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.”
E no que se refere a responsabilidade do devedor, sob perda da coisa que esteja em mora, o artigo 399
do código civil, traz a seguinte redação;
“art.399. O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, embora essa impossibilidade 
resulte de caso fortuito ou de força maior, se estes ocorrerem durante o atraso; salvo se provar isenção de
culpa, ou que o dano sobreviria ainda quando a obrigação fosse oportunamente desempenhada.”
1.1 – DA DOUTRINA
A questão da reparação ao credor é ressaltada por MARIA HELENA DINIZ (2004, p. 398) nos seguintes 
termos:
“Pelos prejuízos sujeitar-se-ão o inadimplente e o contratante moroso ao dever de reparar as perdas e
danos sofridos pelo credor, inserindo o dano como pressuposto da responsabilidade civil contratual [...] A
responsabilidade civil consiste na obrigação de indenizar, e só haverá indenização quando existir prejuízo a reparar.”
2 - DO DANO MORAL
Em decorrência deste incidente, o autor experimentou situação angustiante, tendo sua moral 
abalada, pois TUFÃO, o cavalo, era de inestimável valor sentimental e por este motivo reaquer 
de vossa excelência a reparação pelo dano moral causado, que encontra amparo legal, no artigo 
186 do código civil;
“art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e 
causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. ”
2.2 – DA DOUTRINA
A questão do dano moral é ressaltada por FLÁVIO TARTUCE nos seguintes termos:
“Dessa forma, em sentido próprio, o dano moral causa na pessoa dor, desgosto, tristeza, pesar, 
sofrimento, angústia, amargura, depressão. Em sentido impróprio ou amplo, abrange a lesão de todos e 
quaisquer bens ou interesses pessoais, exceto econômicos, como a liberdade, o nome, a família, a honra 
subjetiva ou objetiva, a integridade física, a intimidade, a imagem.”
V– DA JURISPRUDÊNCIA
1 - INDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS
Ensina Karl Larenz (p. 362) que;
“o devedor não está obrigado a cumprir somente a obrigação, mas também a cumpri-la 
diligentemente. Se a prestação é cumprida de maneira negligente e sem os cuidados necessários, 
enseja-se a reparação dos danos adicionais ou suplementares. Neste caso, a prestação não é impossível
de ser realizada e os danos produzidos não se devem ao atraso no cumprimento, não podendo ser 
aplicados os princípios relativos à mora, deve ser o devedor responsabilizado pelas perdas e danos do 
cumprimento imperfeito”.
2 - DANO MORAL
Eis a acepção de dano moral na jurisprudência pátria:
Entende-se por dano moral a lesão a um bem jurídico integrante de própria personalidade da vítima,
como a sua honra, imagem, saúde, integridade psicológica, causando dor, tristeza, vexame e 
humilhação à vítima. (TRF 2ª Região – 5ª Turma; Apelação Cível nº 96.02.43696-4/RJ – Rel. 
Desembargadora Federal Tanyra Vargas).
VI– DO PEDIDO
Pelo exposto, requer-se de Vossa Excelência:
a) Que seja deferida a gratuita de justiça nos termos do Artigo 54 da lei9099/95;
b) A designação de data para realização de audiência de conciliação, nos termos do Artigo319, inciso VII, do 
Código de Processo Civil;
c) A citação do réu para integrar o polo processual e querendo conteste o feito sob pena de revelia 
e confissão;
d) Que seja julgado procedente o pedido do autor para condenar o réu ao pagamento a título de danos 
morais, na quantia de5.000,00;
e) Que seja condenado o réu a indenizar ao autor a título de perdas e danos, o valor de 
R$10.000,00 (dez mil reais);
f) Que seja julgado procedente o pedido para a condenação do réu nas custas e honorários 
advocatícios.
VII - DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude do artigo 369 do CPC, 
em especial, prova documental, prova pericial, testemunhal e depoimento pessoal do Réu, sob 
pena de confissão.
VIII – DO VALOR DA CAUSA
Dá-se a causa o valor de R$ 10.000,00(dez mil reais).
Termos em que, pede deferimento.
Rio de janeiro 06 de abril de 2018 
_______________________
 OABXXXX - RJ
	EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE DOURADO -MS
	INDENIZATÓRIA POR PERDAS E DANOS C/C DANOS MORAIS
	I – DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
	II – DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO
	III - DOS FATOS
	IV - DOS FUNDAMENTOS
	1.1 – DA DOUTRINA
	2 - DO DANO MORAL
	2.2 – DA DOUTRINA
	V– DA JURISPRUDÊNCIA
	2 - DANO MORAL
	Entende-se por dano moral a lesão a um bem jurídico integrante de própria personalidade da vítima, como a sua honra, imagem, saúde, integridade psicológica, causando dor, tristeza, vexame e humilhação à vítima. (TRF 2ª Região – 5ª Turma; Apelação Cível nº 96.02.43696-4/RJ – Rel. Desembargadora Federal Tanyra Vargas).
	VII - DAS PROVAS
	VIII – DO VALOR DA CAUSA

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