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EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE DOURADO -MS BERNARDO DE TAL, brasileiro, com identidade n XXXXX, inscrito no CPF sob o n XXX, com endereço eletrônico XXXX, residente e domiciliado na em Dourado/MS, vem, por seu advogado, ____________________, com escritório na _________________, número ____, CEP _________, com endereço eletrônico _________________________, para fins de intimação/publicação, propor a presente ação: INDENIZATÓRIA POR PERDAS E DANOS C/C DANOS MORAIS Pelo rito especial, em face de SAMUEL DE TAL, brasileiro, com CPF sob o n. XXXX, com endereço eletrônico XXXX, residente Campo Grande/MS, baseado nos motivos e fundamentos a seguir expostos: I – DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA O autor qualificado nos autos, pede gratuidade de justiça nos termos do art. 54 da lei 9099/95 II – DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO O autor manifesta interesse na realização da audiência de conciliação tendo em vista seu anseio em ter efetiva a reparação pelo dano que lhe fora causado, nos termos do Artigo 319, inciso VII, do Código de Processo Civil; III - DOS FATOS Ocorre que o autor era proprietário de um cavalo da raça manga-larga que estava avaliado em R$ 10.000,00 (dez mil reais). A parte autora emprestou ao réu o referido cavalo, ficando acordado entre as partes que a devolução seria realizada no 02, do mês de outubro do ano de 2016. Porém o sr. Samuel, por pura desídia não efetuou o combinado, e por decorrência de uma forte chuva e devido à altura atingida pela água, ocorreu a morte do cavalo. IV - DOS FUNDAMENTOS 1- DA INDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS Excelência, nota-se conforme os fatos narrados, que a parte ré ocasionou de forma indireta a perda do bem, no entanto a legislação brasileira nos traz o entendimento de que a perda da coisa mesmo que sem culpa será passível a reparação quando a obrigação de restituir estiver sido cumprida por desídia daquele que deveria restituir a coisa a seu proprietário. Neste sentido o artigo 389 do código civil, traz em sua redação a obrigatoriedade do devedor em pagar ao credor perdas e danos: "art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.” E no que se refere a responsabilidade do devedor, sob perda da coisa que esteja em mora, o artigo 399 do código civil, traz a seguinte redação; “art.399. O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, embora essa impossibilidade resulte de caso fortuito ou de força maior, se estes ocorrerem durante o atraso; salvo se provar isenção de culpa, ou que o dano sobreviria ainda quando a obrigação fosse oportunamente desempenhada.” 1.1 – DA DOUTRINA A questão da reparação ao credor é ressaltada por MARIA HELENA DINIZ (2004, p. 398) nos seguintes termos: “Pelos prejuízos sujeitar-se-ão o inadimplente e o contratante moroso ao dever de reparar as perdas e danos sofridos pelo credor, inserindo o dano como pressuposto da responsabilidade civil contratual [...] A responsabilidade civil consiste na obrigação de indenizar, e só haverá indenização quando existir prejuízo a reparar.” 2 - DO DANO MORAL Em decorrência deste incidente, o autor experimentou situação angustiante, tendo sua moral abalada, pois TUFÃO, o cavalo, era de inestimável valor sentimental e por este motivo reaquer de vossa excelência a reparação pelo dano moral causado, que encontra amparo legal, no artigo 186 do código civil; “art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. ” 2.2 – DA DOUTRINA A questão do dano moral é ressaltada por FLÁVIO TARTUCE nos seguintes termos: “Dessa forma, em sentido próprio, o dano moral causa na pessoa dor, desgosto, tristeza, pesar, sofrimento, angústia, amargura, depressão. Em sentido impróprio ou amplo, abrange a lesão de todos e quaisquer bens ou interesses pessoais, exceto econômicos, como a liberdade, o nome, a família, a honra subjetiva ou objetiva, a integridade física, a intimidade, a imagem.” V– DA JURISPRUDÊNCIA 1 - INDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS Ensina Karl Larenz (p. 362) que; “o devedor não está obrigado a cumprir somente a obrigação, mas também a cumpri-la diligentemente. Se a prestação é cumprida de maneira negligente e sem os cuidados necessários, enseja-se a reparação dos danos adicionais ou suplementares. Neste caso, a prestação não é impossível de ser realizada e os danos produzidos não se devem ao atraso no cumprimento, não podendo ser aplicados os princípios relativos à mora, deve ser o devedor responsabilizado pelas perdas e danos do cumprimento imperfeito”. 2 - DANO MORAL Eis a acepção de dano moral na jurisprudência pátria: Entende-se por dano moral a lesão a um bem jurídico integrante de própria personalidade da vítima, como a sua honra, imagem, saúde, integridade psicológica, causando dor, tristeza, vexame e humilhação à vítima. (TRF 2ª Região – 5ª Turma; Apelação Cível nº 96.02.43696-4/RJ – Rel. Desembargadora Federal Tanyra Vargas). VI– DO PEDIDO Pelo exposto, requer-se de Vossa Excelência: a) Que seja deferida a gratuita de justiça nos termos do Artigo 54 da lei9099/95; b) A designação de data para realização de audiência de conciliação, nos termos do Artigo319, inciso VII, do Código de Processo Civil; c) A citação do réu para integrar o polo processual e querendo conteste o feito sob pena de revelia e confissão; d) Que seja julgado procedente o pedido do autor para condenar o réu ao pagamento a título de danos morais, na quantia de5.000,00; e) Que seja condenado o réu a indenizar ao autor a título de perdas e danos, o valor de R$10.000,00 (dez mil reais); f) Que seja julgado procedente o pedido para a condenação do réu nas custas e honorários advocatícios. VII - DAS PROVAS Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude do artigo 369 do CPC, em especial, prova documental, prova pericial, testemunhal e depoimento pessoal do Réu, sob pena de confissão. VIII – DO VALOR DA CAUSA Dá-se a causa o valor de R$ 10.000,00(dez mil reais). Termos em que, pede deferimento. Rio de janeiro 06 de abril de 2018 _______________________ OABXXXX - RJ EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE DOURADO -MS INDENIZATÓRIA POR PERDAS E DANOS C/C DANOS MORAIS I – DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA II – DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO III - DOS FATOS IV - DOS FUNDAMENTOS 1.1 – DA DOUTRINA 2 - DO DANO MORAL 2.2 – DA DOUTRINA V– DA JURISPRUDÊNCIA 2 - DANO MORAL Entende-se por dano moral a lesão a um bem jurídico integrante de própria personalidade da vítima, como a sua honra, imagem, saúde, integridade psicológica, causando dor, tristeza, vexame e humilhação à vítima. (TRF 2ª Região – 5ª Turma; Apelação Cível nº 96.02.43696-4/RJ – Rel. Desembargadora Federal Tanyra Vargas). VII - DAS PROVAS VIII – DO VALOR DA CAUSA
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