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AO JUÍZO DE DIREITO DA 1° VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO PEDRO DA ALDEIA
	CARLOS CARDOSO, brasileiro, solteiro, técnico judiciário, portador do documento de identidade nº 20.444.33-20, expedida pelo Detran, inscrito no CPF sob o nº 123.456.789-01, residente na rua das Canalhas nº 678, Outeiro, São Pedro da Aldeia – RJ, CEP 28947-003, e-mail carloscardoso@gmail.com, vem, respeitosamente, na presença de Vossa Excelência, através de seu advogado, AMÓS VIEIRA, inscrito(a) na OAB/RJ nº 03.199, com endereço profissional na Av. John Kennedy, nº120 - Centro, Araruama - RJ, CEP 28970-000 e e-mail amosvieiraadv@gmail.com onde recebe informações e notificações, propor:
AÇÃO DE RESPONSABILIDADE CIVIL C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS METERIAS E MORAIS
em face de TRANSPORTEX LOGÍSTICA LTDA., sociedade empresária, inscrita no CNPJ sob o nº 16.727.230.0001-97 localizada na RUA BARÃO, 207 – BAIRRO: PRACA SECA – CEP: 21321-620 – RIO DE JANEIRO – RJ, pelos fatos e fundamentos que passa a expor.
DA JUSTIÇA GRATUITA
Requer a demandante o benefício da JUSTIÇA GRATUITA, por não estar em condição de pagar as custas do processo e nem os honorários de advogado, sem prejuízo próprio ou de sua família. Com fulcro no art. 98/2015 - CPC. (Declaração de hipossuficiência em anexo).
DOS FATOS
Trafegava o Autor pela RJ 140, no mesmo município onde reside, conduzindo seu veículo, marca Fiat, modelo Uno 2002, dentro do limite da velocidade permitido – 60 Km/h.
Apesar de tomar todas as medidas recomendadas de segurança no trânsito, foi abalroado por um caminhão, da empresa Transportex Logística Ltda.
O motorista do caminhão, Sr. Marcelo Mendes, segundo consta de relato à autoridade policial, que compareceu ao local do acidente, alegou que seu veículo sofreu falha nos freios, o que o fez perder o controle do mesmo, provocando um acidente, com abalroamento do veículo conduzido pelo autor.
Em decorrência de tal acidente, o Senhor Carlos Cardoso sofreu ferimentos leves, que o levaram a necessitar de atendimento médico para tratamento das escoriações sofridas, o qual totalizou a quantia de R$4.000,00 (quatro mil reais), somados os valores pagos por consultas e medicamentos.
Também em decorrência do evento danoso, o veículo conduzido por Carlos Cardoso, avaliado em R$80.000,00 (oitenta mil reais) sofreu perda total, não sendo passível de reparos. 
Por fim, diante da inércia da empresa ré, que não buscou sanar os atendimentos necessários, o autor não teve outra forma de ver tanta injustiça sanada, se não batendo nas portas do judiciário para ter todo o prejuízo que lhe causaram reparado.
DO DIREITO
Os fatos aqui relatados indicam que foi cometido um ato ilícito, tomando como base o estabelecido no artigo 186 do Código Civil, seja por negligência ou imprudência, que levou a violação do direito do autor causando-lhe sérios danos materiais emergentes, assim como danos morais, pela violação de sua integridade física.
Outrossim, está estabelecido pelo artigo 927, do CC, que:
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Artigo esse que, combinado com o 932 nos dá a medida da responsabilidade do empregador, ao dispor que a responsabilidade pela reparação civil, cumpre ao empregador, por seus empregados no exercício do trabalho que lhes competir ou em razão dele:
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele;
Ressalte-se ainda que a obrigação de reparar o dano independe de culpa quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar risco para os direitos de outrem.
Impõe a artigo 949 CC que havendo lesão à saúde, como perfeitamente comprovado pelos recibos anexos, contendo os valores pagos por consultas e medicamentos, o ofensor indenizará o ofendido por tais despesas, além do prejuízo que o ofendido prova ter sofrido com a perda total de seu veículo, que não tem como ser recuperado.
Art. 949. No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das despesas do tratamento e dos lucros cessantes até ao fim da convalescença, além de algum outro prejuízo que o ofendido prove haver sofrido.
DO DANO MATERIAL
O dano material é comprovado pelo autor, pela perda total do automóvel e pelas despesas médicas. Saliento que a indenização se mede pela extensão do dano, nos exatos termos do disposto no art. 944 do Código Civil.
Outrossim, segundo o artigo 402 do CC: “salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.”
· Perda Total do automóvel: R$ 80.000,00
· Despesas de tratamento: R$ 4.000,00
DO DANO MORAL
A moral é reconhecida como bem jurídico, recebendo dos mais diversos diplomas legais a devida proteção, inclusive, estando amparada constitucionalmente pelo artigo 5º, V da Carta Magna/88:
Artigo 5º - (...)
V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem.
Além disso, devemos destacar ainda os artigos 186 e 927 do Código Civil de 2002 que assim estabelecem:
Artigo 186 - Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Artigo 927 - Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
O dano moral, como sabido, deriva de uma dor íntima, uma comoção interna, um constrangimento gerado naquele que o sofreu e que repercutiria de igual forma, em uma outra pessoa nas mesmas circunstâncias.
Cumpre ressaltar a lesão a integridade física da autora, conforme os laudos médicos em anexo, pelo exposto é tal entendimento do Egrégio Tribunal de Justiça de Minas Gerais: 
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO INDENIZATÓRIA - ACIDENTE DE TRÂNSITO COM VÍTIMA - LESÃO À INTEGRIDADE FÍSICA - DANO MORAL CONFIGURADO - "QUANTUM" INDENIZATÓRIO - LUCROS CESSANTES - PERCEPÇÃO SALARIAL - DEDUÇÃO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO - POSSIBILIDADE - PROVA DO RECEBIMENTO DO SEGURO DPVAT - DEDUÇÃO DA INDENIZAÇÃO - SÚMULA 246 DO STJ - JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA - TERMO INICIAL - RECURSO PROVIDO EM PARTE. I- Tendo em vista que o autor sofreu relevante lesão física decorrente do acidente automobilístico, e considerando que o seu tratamento médico perdurou por longo tempo, indubitável a lesão a atributo da personalidade, sobretudo quando o causador do dano evade do local, sem qualquer assistência ao vitimado, ampliando ainda mais a sua angústia. II- O dano moral se caracteriza quando comprovada a ocorrência de violação à integridade física da pessoa humana, fazendo jus o vitimado à indenização pelo dano extrapatrimonial suportado. III- O valor da indenização por dano moral deve ser fixado consoante os critérios da proporcionalidade e razoabilidade, a fim de cumprir satisfatoriamente com a sua finalidade compensatória, privilegiando a tutela da dignidade da pessoa humana, sem, contudo, implicar no enriquecimento sem causa. IV- Embora o pagamento de benefício previdenciário ao acidentado não exclua o seu direito à indenização por lucros cessantes, esta reparação depende de cabal comprovação e deverá representar a diferença entre o valor que ele comprovadamente auferia e o valor do benefício percebido durante o período da incapacidade, sob pena de ensejar enriquecimento ilícito. V- O valor do seguro obrigatório deve ser deduzido da indenização judicialmente fixada (Súmula 246 do STJ). VI- Em se tratando de responsabilidade extracontratual, a correção monetária dos valores devidos a título de dano material incide da data do efetivo prejuízo. Já quanto aos danos morais, a correçãomonetária sobre o quantum devido incide a p artir da data do arbitramento (Súmula 362/STJ), e os juros de mora, desde o evento danoso (Súmula 54/STJ). (TJMG - Apelação Cível 1.0701.15.046542-8/001, Relator(a): Des.(a) Mota e Silva , 18ª CÂMARA CÍVEL, julgamento em 19/05/2020, publicação da súmula em 19/05/2020)
DO PEDIDO
	Diante de todo o exposto, o autor requer:
a) Que sejam deferidos todos os pedidos desta exordial;
b) A concessão da gratuidade de justiça, nos termos do artigo 98 do CPC/2015;
c) A citação da empresa Ré para comparecer à audiência de conciliação a ser marcada, podendo esta ser convolada em audiência de instrução e julgamento nos termos da Lei 9.099/95, sob pena de revelia e confissão;
Seja a presente demanda julgada procedente para que haja
a) A condenação da empresa ré ao pagamento de indenização por danos materiais no valor de R$84.000,00 (oitenta e quatro mil reais), em função da perda total do veículo e despesas de tratamento médico;
b) A condenação da empresa ré a pagamento de indenização por danos morais no valor de R$10.000,00
c) A produção de todos os meios de prova, principalmente de prova documental;
d) A condenação da empresa ré ao pagamento das custas e honorários sucumbenciais de 20% do valor da condenação.
VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ 112.800,00 (cento e doze mil e oitocentos reais)
Termos em que aguarda deferimento.
São Pedro da Aldeia, 16 de março de 2021.
Amós Vieira. OAB/RJ nº 03.199

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