Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Balanço hídrico Enf. Carla Vila Nova Curso de Graduação em Enfermagem DISCIPLINA: ENSINO CLÍNICO PRÁTICO EM ALTA COMPLEXIDADE REVISÃO FUNCIONAL DO SISTEMA RENAL • Equilíbrio hidrioeletrolítico • Regulação da hemodinâmica sistêmica; • Regulação do equilíbrio ácido-básico; • Função endócrina (eritropoietina, angiotensina, “renina”); • Excreção de resíduos metabólicos; • Regulação do metabolismo do cálcio e fósforo. SBN, 2007; NASCIMENTO, 2012. CONCEITO PODE RESULTAR EM BALANÇO POSITIVO ONDE HÁ RETENÇÃO DE LÍQUIDO OU NEGATIVO ONDE HÁ PERDA DE LÍQUIDOS. PARA FACILITAR A MENSURAÇÃO NAS 24 HORAS DOS LÍQUIDOS INTRODUZIDOS E ELIMINADOS. PERDAGANHO OLIVEIRA, 2010 O QUE CONSIDERAR? GANHO - DIETAS POR SONDAS E OSTOMIAS - INGESTÃO; ÁGUA, SUCOS, CHÁS, SOPAS - MEDICAMENTOS; SOROS, MEDICAÇÃO DILUÍDAS EM BURETA, EM BOLUS, SANGUE, NPP E OUTROS.. ELIMINAÇÃO - VESICO INTESTINAIS; DIURESE, FEZES LÍQUIDAS E SEMI LÍQUIDAS - VÔMITOS - DRENAGENS - SECREÇÕES - SUDORESE COMO REGISTRAR NETO, 2003. Utilizar impresso próprio Anotar toda ingesta Anotar toda eliminação Realizar o calculo (líquidos infundidos ) – (líquidos eliminados) Fechar conforme rotina da unidade. TIPOS PARCIAL TOTAL ACUMULADO Sobre o BH NETO, 2003. Ajustar os volumes de fluidoterapia e nutrição, permitindo o equilíbrio homeostático; O balanço hídrico do paciente deve ser equilibrado de forma que o volume de líquidos administrados seja igual ou muito próximo do volume de líquidos eliminados; O registro adequado dessa equação é importante para a tomada de decisões terapêuticas e assistenciais. OLIVEIRA, 2010 Demanda pelo BH Insuficiência cardíaca congestiva; Insuficiência renal aguda; Situações de pós operatório de grandes cirurgias; Desenvolvimento da LRA na UTI SEPSE USO DE ANTIBIÓTICOS USO DE CONTRATES • Causam cerca de 9 a 14% de LRA. Nos indivíduos afetados, os níveis de CrS começam a aumentar nas 48 a 72h, com pico máximo em 3 a 5 dias e retornam ao normal dentro de outros 3 a 5 dias. • A LRA ocorre em 23% dos pacientes com sepse grave e em 51% dos pacientes com choque séptico. E Mortalidade de 70% • O hipofluxo -> (NTA), cuja recuperação é dependente da melhora funcional do quadro de inflação sistêmica.). • Ocorre em 05 a 15% dos pacientes tratados com aminoglicosídeos. • A sua toxicidade é dose dependente e tem efeito cumulativo, com repercursão clínica apartir do D5. SISTEMATIZANDO O CUIDADO Medida obrigatoriamente indireta : Deriva se principalmente de alterações do débito urinário (DU) E DO NIVEL DE CREATININA sérica, considerando se que as mudanças nesses valores refletem alterações na TFG. • 150ml/75kg/6h = 0,3ml/kg/h -> BAIXO DU->OLIGÚRICO • 800ml/75kg/12h = 0,8ml/kg/h -> ADEQUADO DU • 1800ml/75kg/12h = 2,0ml/kg/h -> ALTO DU-> POLIÚRICO MONITORAMENTO DO DÉBITO URINÁRIO Debito urinário = Diurese (ml)/Peso do paciente (kg)/intervalo de tempo (h) FERRAZ,et al 2012 FATORES PREDISPONENTES PARA OCORRÊNCIA E PROGNÓSTICO Os pacientes em terapia intensiva, em geral, possuem problemas de saúde não renais coexistentes que aumentam a susceptibilidade para o desenvolvimento de LRA: diabetes, idade avançada . (MATSUO, et al 2012). A mortalidade é alta, especialmente nos casos em que há necessidade de diálise, com índices que variam de 37% a 88%. (VIEIRA NETO 2003). Pacientes com BH persistentemente positivo estão mais sujeitos a repercussões clínicas desfavoráveis como congestão hepática, edema de alças intestinais, má absorção, disfunção diastólica, congestão pulmonar com piora na trocas gasosas, edema cerebral, edema renal e edema de tecidos periféricos com cicatrização inadequada de feridas e infecções (NOGUEIRA, 2014). J.L.P, 59 anos, ao 15º DIH na Unidade de Terapia Intensiva Adulto com diagnóstico de Diabete Mellitus Descompensado, Insuficiência Renal Aguda, recentemente diagnosticada pós realização de cateterismo cardíaco e Úlcera Varicosa em MID infectada. Ao exame físico: T=37,5º C, FC= 120 bpm, PA= 90x60 mmHg, descorado, discreta cianose de extremidades, edema moderado (godet 2+/4+) , glicemia capilar= 580 mg/dl, com curativo oclusivo em MSD, com dreno de penrose inserido. Mantém SNG com débito de 500 ml de líquido esverdeado nas primeiras 3h e 200 ml de 6/6h, SVD com 30 ml de diurese de 3/3h, dreno de penrose em MID com débito de 20 ml de 6/6h, evacuou na fralda 2x no dia na média de 150 ml às 11h e 16h. Apresentou intercorrência como: T= 38,5ºC às 16h, PA= 70x50mmHg às 8 e 16h, glicemia= 800 mg/dl às 12 e 22h. Na prescrição médica encontramos: SF 0,9% - 500 ml de 12/12h EV, Ringer Lactato – 500 ml rápido EV se PA= ou < 80x40 mmHg, Penicilina Cristalina 400.000UI em 150 ml de SG5% de 6/6h em 1h e 30 min. EV, Vancomicina 750 mg em 100 ml de SG5% de 12/12h em 1h EV, Heparina 700UI em 100 ml de SG5% 1x/dia em 2h EV (microgotas), Insulina NPH – 80UI 1x/dia SC pela manhã, Insulina Regular 100UI em 80 ml de SF0,9% de 6/6h EV em 30 min., se glicemia = ou > que 600 mg/dl, Dipirona Sódica 1g em 18 ml de água destilada de 6/6h EV se T= ou > 38ºC, Antak 01 ampola em 18 ml de água destilada de 8/8h EV, Lasix 01 ampola de 12/12h EV, Plasma Fresco 200ml de 12/12h em 1h EV, Cetoprofeno 100mg em 100 ml de SF0,9% 40 min. EV, antes do curativo 1x/dia. • LEVI, T.M; et al. Comparação dos critérios RIFLE, AKIN e KDIGO quanto à capacidade de predição de mortalidade em pacientes graves. Rev Bras Ter Intensiva. 2013;25(4):290-296. • FERRAZ, B. G; et al. Sistematização da Assistência de Enfermagem para prevenção de Insuficiência Renal Aguda na Unidade de Terapia Intensiva. Saúde Coletiva em Debate, 2(1), 20-29, dez. 2012 . • COSTA J.A.C; VIEIRA NETO OM & NETO M; INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA. Medicina, Ribeirão Preto, 36: 307-324, abr./dez. 2003 Capítulo I - Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NEFROLÓGICAS • NASCIMENTO,H.F.M; Novos Marcadores de Lesão Renal Aguda. Dissertação de Mestrado Integrado em Medicina submetida ao Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Porto, 2012. • BRASIL. Diretrizes da amb sociedade brasileira de nefrologia insuficiência renal aguda- Comitê de Insuficiência Renal Aguda da Sociedade Brasileira de Nefrologia, 2007. • ANTUNES ,L.F. et al. Insuficiência renal induzida por contraste: estudo prospectivo. Angiol Cir Vasc. 2013;9(2):5963. • OKAMOTO, T.Y et al. Insuficiência renal aguda em pacientes com sepse grave:fatores prognósticos. Acute renal injury in patients with severe sepsis: prognostic factors. Scientia Medica (Porto Alegre) 2012; volume 22, número 3, p. 138-141 • BARROS, L.C.N; et al. Insuficiência renal aguda em pacientes internados por insuficiência cardíaca descompensada – Reincade Acute kidney injury in hospitalized patients with decompensated heart failure. J Bras Nefrol 2012;34(2):122-129 • Oliveira, S.K; GUEDES, M.V.C; LIMA, F.E.T. Balanço hídrico na prática clínica de enfermagem em unidade coronariana. Rev. Rene. Fortaleza, v. 11, n. 2, p. 112-120, abr./jun.2010 Referências bibliográficas
Compartilhar